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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O fenômeno inflacionário está relacionado ao gigantismo do Estado e da sua parceria com os grandes bancos

1) Na época em que a emissão de papel-moeda - enquanto título de crédito - era prerrogativa dos bancos, o que fazia com que o título de crédito fosse aceito se dava em razão da credibilidade do banco, se ele era honesto com relação às suas obrigações perante os seus credores - e isso assumia um caráter subjetivo e arriscado, uma vez que há banqueiros honestos e banqueiros desonestos - e esses banqueiros desonestos tendiam a manipular os títulos de créditos, de modo a gerar fraude contra os credores. Como títulos de créditos visam a satisfazer obrigações e havia riscos sistêmicos de fraude, então este tipo de questão assumiu caráter de ordem pública, passando a ser matéria de justiça, objeto do Estado, já que este tem o poder de dizer o Direito. Por isso mesmo, passou a ser prerrogativa real emitir papel-moeda.

2) Como matéria de ordem pública leva ao fato de o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, então a tarefa de emitir papel-moeda passou a ser acessório que segue a sorte do principal, que é cunhar moeda, uma vez que isso é tarefa de soberano - como o dinheiro vale o que vale, então isso, como já disse, assume caráter de justiça, uma vez que o soberano está dizendo, por força de autoridade, quanto o dinheiro realmente vale - e esse valor está relacionado não só à produtividade das minas como também com relação à quantidade de riquezas que há dentro de uma nação. E o rei pode fazer isso porque é um vassalo de Cristo, ou seja, a sua pessoa se torna a garantia por meio da qual este valor é considerado verdadeiro. Era tanto uma garantia pessoal quanto real, uma vez que as terras do reino serviam de lastro para a moeda.

3) Com o advento da mentalidade revolucionária, coisa que se deu a partir da Revolução Francesa, o Estado começou a ser tomado como se fosse religião, já que a figura pessoal do Rei foi substituída pela figura impessoal dos presidentes - como o Estado totalitário está sempre em parceria com esses banqueiros desonestos, que vivem sempre desejando eliminar a livre iniciativa bancária que é feita de modo a estimular a ordem econômica distributivista em meio à população, então o próprio governo começou a adotar aquilo que os banqueiros renascentistas faziam: começaram a manipular a moeda de modo a fazer com que a população passasse a ser refém dos caprichos do Estado, gerando uma espécie de imposto inflacionário. E o povo todo acaba sendo escravo das dívidas, perdendo toda a sua dignidade - e isso acaba sendo agravado com o fim da aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique, coisa que se deu em 15 de novembro de 1889, aqui no Brasil.

4.1) Para que os títulos de crédito tenham seu valor, então o povo do país deve tomado como se fosse uma família - e isso se dá a partir da aliança do altar com o trono.

4.2) Como a monarquia tem poder moderador, coisa que pode ser exercida através da senhoreagem na ordem econômica, isso faz com que a ganância dos banqueiros seja moderada, favorecendo que o surgimento de pequenos bancos, feitos de modo a atender todos aqueles que necessitam de empréstimos de modo a fomentar pequenos negócios comunitários, integrando famílias entre si - e da integração sistemática das famílias surgem as comunidades.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre os quatro propósitos da fundação de uma instituição universitária

1) Se o propósito das universidades é formar as elites pensantes do país, então as aulas devem ser reservadas de modo a que os melhores entrem de modo que possam servir a Cristo em terras distantes. Como isso tem caráter de ordem pública, a universidade deve ser mantida pela comunidade, já que é um bem comum cuja manutenção é crucial para que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo. Por essa razão são tanto centros de ensino quanto de pesquisa.

2) Se o propósito da universidade é distribuir o saber a quem realmente ama o saber, uma vez que a amizade por Deus e dá pela sabedoria, então a universidade assume um verdadeiro caráter comunitarista. Por isso mesmo, as extensões são a porta de entrada da universidade a quem deseja aprender algo novo. Eis a importância das extensões, cujas aulas devem ser abertas.

3) Ensino, pesquisa e extensão são os três pilares da universidade pública. Enquanto as extensões são pagas por meio de taxas, a graduação e a pesquisa são pagas por impostos ou contribuições de melhoria - ou por financiamento coletivo (crowdfunding), uma vez que o caráter estratégico das universidades  é compreendido por toda a população em geral.

4.1) Se o propósito da universidade é o de ser um mercado onde as guildas das mais variadas classes se reúnem de modo a recrutar membros de modo a atender às necessidades humanas presentes e futuras, seja na iniciativa pública ou privada, então a universidade tem caráter privado, ainda que Estado seja o titular desse bem.

4.2) No Brasil, as universidades não foram criadas por força do amor ao saber - elas foram criadas de modo a preencher os quadros da Administração Pública, fundada no fato de que o País deve ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. Logo, essas instituições têm caráter privado e não público. E onde se confunde o público com o privado, as universidades tendem a perder todo o seu propósito, já que edificam liberdade para o nada - por isso mesmo, devem ser fechadas, uma vez que há uma pressão cada vez maior sobre quem paga impostos de modo a mantê-la, pois o que ela dá em troca é nada ou quase nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2016 (data da postagem original).

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Da relação entre distributivismo, dação em pagamento e doações in natura

1) Nas nossas atuais circunstâncias, eu não posso receber dólar ou euro, por força de lei. Então, como as pessoas que estão fora do Brasil podem colaborar comigo? Mandando-me livros, se estiver em alguns países importantes como Portugal, Itália, França, Espanha, EUA, Inglaterra, Alemanha e Polônia.

2) Quando se dá dinheiro, você dá liberdade para eu fazer o que eu quiser dentro do limite daquele valor, de modo a tomar o país que emitiu aquele dinheiro como se fosse um lar em Cristo. Quando o governo de meu país não me dá esta possibilidade, você pode ao menos pode me dar a liberdade de aperfeiçoar os meus conhecimentos, de modo a que eu possa tomar os países que produziram informações importantes aos meus estudos como se fossem um lar em Cristo.

3) A dação em pagamento, ou a doação in natura por conta do serviço prestado, amplia ainda mais as possibilidades do distributivismo. As possibilidades que posso tirar de uma informação que colho de um livro são ilimitadas. E é essa liberdade sem precedentes que faz com que eu tome os países produtores de conhecimento como se fossem um mesmo lar em Cristo, por força da eterna gratidão pelos melhores que me ajudaram a ser um sábio melhor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2016.

As perguntas implícitas, que estão na carne, são respondidas por quem é onisciente - e a resposta a isso se chama sabedoria

1) A respeito de questionar Deus, quando tenho dúvidas, isso não é necessário. Deus é onisciente e vê o que há no meu coração. Toda dúvida gera angústia, apreensão - e Ele conhece o coração das pessoas e resolve esta questão com graça e mansidão. A pergunta está na carne - e a sabedoria é, pois, a resposta a esta pergunta que está na carne.

2) Quando Ele vê que preciso d"Ele para entender melhor as coisas, Ele me manda o Espírito Santo para ser meu guia nas investigações que conduzo.

3) Questionar só é possível a quem não tem a capacidade de saber de todas as coisas. Isso é perfeitamente lícito a quem é igual a mim, mas não a quem está acima de mim, por ser o Criador. Eu sou apenas criatura, objeto por meio do qual Deus faz o seu trabalho em mim. E as coisas todas vêm no devido tempo - e só Deus é quem sabe disso.

4) Eu só poderia questionar uma autoridade se não visse nela a figura de Cristo. Afinal, não há hierarquia se os homens não se mostrarem bons imitadores de Cristo - se eles não forem bons imitadores, então não passam de gente igual a mim que está se valendo de uma prerrogativa que não é própria de quem me é igual - por isso mesmo, devem ser retirados daquilo que não é deles, mas de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Dúvida por responder

Dúvida de Eric Ribeiro Silva:

1) Quando o Cristo Crucificado de Ourique diz a Dom Afonso que seu povo serviria a Ele em terras distantes, essa promessa concerne apenas aos cristãos ou isso também inclui os judeus, que sempre foram numerosos em Portugal?

2) É possível aplicar o "direito do solo" numa promessa de ordem espiritual? Porque lendo o livro do Jean Lombard eu simplesmente descobri que o capitalismo anglo-saxônico não seria NADA sem os judeus portugueses que se instalaram em Amsterdam. E Eu não conhecia isso.

Resposta provisória: Bom, Cristo era judeu e ele queria também salvar seu povo. Isso não está especificamente nos termos da missão (da chave maior, como eu falo), mas está incluso em outras passagens complementares (que apontam para a chave mestra, aquela que o mesmo Cristo Deus a São Pedro, quando foi eleito seu vigário).

Matérias relacionadas:

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com.br/2015/07/dos-criterios-para-se-estabelecer-o.html

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https://www.facebook.com/daniela.gouveia.104/posts/824029667734723

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com.br/2016/08/da-relacao-entre-ensino-publico-e-o.html

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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Notas sobre o potencial da publicidade no facebook

1) Recentemente, eu recebi um vale-publicidade do facebook. Decidi promover uma postagem de meu blog: até agora, eu recebi mais de 60 curtidas e tive quatro compartilhamentos.

2) Promover a postagem me atraiu muita gente interessante. Desses que curtiram minha postagem, eu posso verificar quem tem idéias de valor, de modo a segui-los e levar para o meu mural o que há de interessante dessas pessoas. Poderei, inclusive, conversar com essa gente de maneira reservada no inbox- e só depois de várias conversas edificantes é que terei algumas destas pessoas adicionadas à minha rede social, já que rede a economia personalista pede necessariamente diplomacia pessoal, já que nações virtuosas podem nascer a partir de um homem virtuoso.

3.1) Se a publicidade revela a demanda, então ela revelou a quem curtiu minha postagem uma demanda que eu há muito tempo tenho: minha demanda por gente qualificada, com a qual eu possa ter uma conversa edificante, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

3.2) Se a publicidade tem esse fundamento de revelar demanda, então ela converte o impessoal em pessoal e vira distributivismo, além de ser um poderoso meio de capitalização moral, se essa ferramenta for sabiamente usada. Acho que vou precisar criar um orçamento específico só para gastar com publicidade no facebook, daqui pra frente. Dá pra crescer mais rápido fazendo uma divulgação das minhas postagens e das minhas vaquinhas. Afinal, a verdade precisa vir à tona - por isso, vou promover meu trabalho da melhor forma possível.

Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2016.

O que aprendi com o Górgias? - Parte I - Sobre a Alma

Fonte: Diálogos de Platão (EDIPRO), quem souber de traduções melhores, por favor, avise-me.

Primeiramente, irei já deixando claro que: a) não irei fazer quaisquer citações do texto de Platão (somente paráfrases); b) que este é um mero ensaio de impressões primárias que obtive dos ensinamentos de Sócrates (logo, há abertura imensa para objeções) e, por fim, c) isso, não, em hipótese alguma um "manual para contrapor a retórica", ao contrário, pouco falarei de retórica.

Busquei, ao longo da leitura, deste grande diálogo platônico os pressupostos iniciais em que Sócrates pode ter se baseado para refutar as opiniões dos sofistas. Notei que, na fase final do diálogo, é que o sábio enuncia isso. Nem sempre a leitura do texto se começo pela início, há até muitos instrutores que nos dizem para "pular a introdução" e depois relê-la.

Partirei das impressões, repito primeiras impressões, que tive sobre o fundamento no qual Sócrates se fixou para iniciar o diálogo.

A alma, sua predisposição para a busca da verdade e "como devemos agir" para que esta seja a fonte primária (e única) da possível verdade. Em primeiro plano, eles nos adverte que "o apego a vícios e as fugacidades" tendem a corromper a fonte de sabedoria, após isso nos recomenda alguns meios para aprimorar nossa alma, ressaltando "a disciplina", "a adequação da alma interior com aquilo que nos transcende (Deus)" e cuidados físicos.

Quanto à disciplina, ele suscita que de nossos erros façamos uma dialética interna (erros muitas vezes são matéria-prima importantíssimas para isso); a adequação àquilo que "agrada a Deus", nos projetar (imaginar) como sendo aquilo que a Bíblia diz "a imagem e semelhança Dele" - isso é o que ele categoriza como ordem e harmonia entre a alma e o Ser Supremo, parafraseando o sábio "temos que fugir da preguiça, da sensualidade e daquilo que nos desregrada", isso destrói a FONTE de sabedoria. Quanto ao corpo, sempre, Platão nos adverte para a "prática de exercícios físicos" e cuidados com a alimentação.

Esta é a primeira parte das minhas impressões sobre os pressupostos que temos que seguir para partir para as próximas etapas - "A posição da Alma perante ao objeto de discussão" e "como agir diante de opiniões puramente retóricas".

Até lá. Abraços e Tenham um bom dia. Fiquem com Deus!

Emerson Barbosa