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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A empatia tem profunda relação com o discernimento


1) Enxergar o outro como se fosse a si próprio implica renunciar a todo o tipo de impressão que faça com que ele seja tomado como se fosse objeto, pois o outro é também sujeito, é criatura criada e amada pelo criador tal como você. Por isso, a empatia tem profunda relação com o discernimento.

2) Uma pessoa sem discernimento é uma pessoa que não crê na fraternidade universal. É um apátrida na pátria do céu - logo, incapaz de tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Ela tomará o pais como se fosse religião totalitária de Estado - para ela, tudo deve estar no Estado e nada deverá estar fora dele.

3) Ao conservar isso que é conveniente e dissociado da verdade, a pessoa sem discernimento está à esquerda do pai no seu grau mais básico. E se ela o faz de modo sistemático, isso se torna uma doença, pois vai contra tendência natural do homem de conhecer a verdade.

A empatia é a base para se viver a liberdade em Cristo e crucial para se conservar a dor de Cristo


1) Se a empatia é a capacidade de separar a verdade da mentira, então quem é realmente conforme o Todo que vem de Deus deve ser sempre empático - sua capacidade de separar a verdade do erro deve estar presente e deve ser distribuída ao mundo. Se a sinceridade é a presença dessa capacidade de executar tal ação no mundo, então a pessoa sincera deve dar o testemunho corajoso de que Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e que ninguém vem ao Pai senão pelo Filho, o evangelizador por excelência.

2) A capacidade de separar a verdade da mentira precisa de uma ferramenta que favoreça a distribuição desse senso a todas as outras pessoas. E a capacidade de convencer outras pessoas, no plano da realidade, se dá através da retórica, da arte bem dizer as coisas no plano da realidade, de modo a que todos estejam em conformidade com o Todo que vem de Deus. Não é à toa que todos os que morrem para si, de modo a servir a Cristo Jesus, são treinados na retórica, como são os padres.

3) A presença dessa capacidade de estar no mundo virtual pede um equivalente à retórica, no plano real: a capacidade de saber muito bem manejar o teclado ou a pena, de modo a falar aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Por isso, um bom escritor pode fazer tão bem um trabalho de evangelizador quanto um bom orador.

4) É por essa razão que a vida intelectual é uma vida vocacionada - é um outro tipo de sacerdócio.

Como a economia virtual leva ao distributivismo


1) A economia presencial é uma economia de escassez - estando a pessoa num lugar, ela não pode estar presente em outro. Sendo escassa, faz muito sentido o comércio entre moedas, o câmbio - e com o câmbio, a usura, fundada na negação da fraternidade universal.

2) Na era virtual, o que digo é distribuído a todos os lugares do mundo - e se sou sincero no que falo, a minha presença é distribuída a todos os lugares do mundo e ao mesmo tempo, como se estivesse falando para um ouvinte na França, na Itália, em Portugal e na China, gerando uma verdadeira multiplicação das impressões. Se meu texto é traduzido, eu falo para o chinês tudo o que penso, de modo a que ele possa entender, pois tradução implica converter as nuances em português para as nuances de uma língua estrangeira, de modo a que tenham um sentido equivalente ou idêntico àquilo que estou pretendendo dizer, ampliando ainda mais a minha presença no mundo. Se na era virtual ocorre o distributivismo da minha presença, então a doação, que é o pagamento pelos meus seviços prestados, será feita nas mais diferentes moedas locais e se dará de maneira generosa e liberal - e isso acaba gerando uma economia de abundância, fundada na gratidão. E isso mata o câmbio - e, por conseguinte, a usura.

3) O pai da internet era Cristão. E sendo Cristão, ele aplicou os fundamentos do distributivismo, ainda que não tenha atentado quanto a isso. 

Sobre o efeito da era virtual no senso de se tomar o país como se fosse um lar

1) Quando a economia era fisicamente presencial, a pessoa, para poder progredir na vida, ela tinha de emigrar de seu país de origem e ir para um outro pais, de cultura completamente diferente da dele. Em duas ou três gerações, esses imigrantes eram tomados como cidadãos locais - e como havia uma forte cultura de se tomar o país como se fosse religião, havia-se a tendência de se renunciar à cultura originária. 

2) Na era virtual, em que a sua presença se distribui através da sinceridade com a qual você prega o seu pensamento, não há fronteiras culturais ou idiomáticas que te impeçam de tomar todas as regiões habitadas por seus ouvintes como se fossem um lar. Onde quer que haja brasileiros dispostos a ouvir o que tenho a dizer, o lugar onde ele se encontra é também meu lugar. E se meu pensamento for convertido para outras línguas, de modo a que os nativos do lugar possam compreender o que digo, o meu eu-nacional se amalgamará ao eu-nacional desse novo ouvinte - e aí uma nova nação surge por conta do compartilhamento dessas experiências que decorrem do senso de se tomar o país como se fossem um lar. E isso leva a uma teoria geral da nacionidade.

3) Enfim, o nacionismo é continentalização das almas porque crê na fraternidade universal, coisa que é conforme o Todo que vem de Deus.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A capitalização moral na rede social pede que você lute contra as adições arbitrárias, impessoais e massificantes

1) Já cansei desse negócio de gente tentando me adicionar arbitrariamente, sem antes falar comigo qual é a razão pela qual me adiciona.

2) Por conta da atividade intelectual que desempenho, eu não adicionar qualquer um. Eu trabalho com capitalização moral e não estou interessado em adicionar samambaias - muitos menos massificar os serviços intelectuais que presto. Afinal, um católico deve ser distributivista e não capitalista.

3) Se você quer mesmo minha amizade, faça aquilo que eu faço com outros contatos, antes de me adicionar: converse primeiro com aquele que você deseja adicionar como amigo e vá debatendo sobre idéias relevantes, coisas essas que você encontra no perfil da pessoa que você deseja adicionar. Um exemplo disso foi o que fiz quando resolvi adicionar a Cinthia Tonani: antes de adicioná-la, eu conversei sobre coisas relevantes que se encontravam no perfil dela e só depois é que entrei com o pedido de adição, pois eu percebi que ela amava e rejeitava as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

4) Além de ser uma maneira simpática, dialogar com a pessoa antes da adição dá um toque mais humano à rede social.. Eu pelo menos faço aquilo que meu coração me pede - e meu coração e minha mente estão em conformidade com o Todo que vem de Deus. Se liberdade é uma prerrogativa, então eu devo exercê-la de maneira honrosa - por isso, antes de adicionar alguém, eu converso com a pessoa até o momento em que sinto em que ela vai ser muito bem-vinda para colaborar comigo nos meus projetos intelectuais, coisa que executo aqui neste mural, para vocês todos.

Ver também:

1) Da Amizade como a base para a sociedade política: http://adf.ly/c8q6A

A ordem fundada no saber se move através da atividade intelectual independente


1) A ordem fundada no saber pede necessariamente a atividade intelectual independente - e a atividade intelectual independente volta-se para uma economia personalista e visa a semear consciência reta, fé reta e vida reta, base para o verdadeiro processo de capitalização moral, coisa que é conforme o Todo que vem de Deus.

2) Para cada serviço bem prestado, fundado no trabalho liberal, magnificente, a remuneração deve ser igualmente liberal, magnificente. Eis aí porque a atividade intelectual independente se move precipuamente de doações; ela é caridade intelectual organizada, de modo a que o próximo cresça intelectualmente e espiritualmente - e o país desse prestador acaba sendo tomado como se fosse um lar em Cristo.

3) O que explica o fato de muitos intelectuais serem contra o capitalismo está no fato de que a atividade intelectual, por sua natureza, é incompatível com a economia de massas, voltada para a impessoalidade, onde todos têm direito de ter a sua própria verdade, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Nada é mais inconstitucional do que o libertarismo - nela, a liberdade é voltada para o nada e servida de modo vazio. Se Cristo é a liberdade, então a palavra de Deus, que depende de um verdadeiro esforço intelectual e pessoal de modo a que seja bem compreendida, dentro da tradição da Igreja, não pode ser servida vazia, sob pena de gerar uma apatria sistemática, tal como vemos no marxismo cultural.

Ver também:

1) Notas sobre a natureza econômica da atividade intelectual independente: http://adf.ly/1QhlJI

2) A ordem se edifica a partir dos poucos que podem te ouvir: http://adf.ly/c8q9b

3) Da amizade como a base para a sociedade política: http://adf.ly/c8q6A

Notas sobre a natureza econômica da atividade intelectual independente


1) A atividade intelectual independente possui dois mercados: o mercado de idéias novas, que é alimentado com doações, e o mercado de reapresentação das idéias já expostas, fundada no file-sharing remunerado, tal como faço no adf.ly.

2) Uma idéia nova puxa a reapresentação das idéias mais antigas já expostas, de modo a que se reveja constantemente o estado da questão já discutida. E isso acaba promovendo um verdadeiro processo de capitalização moral, alavancado por uma compensação financeira. 

3) Como cada acesso ao meu blog me remunera, a capitalização moral leva necessariamente a uma remuneração econômica. E quanto mais gente envolvida no processo, maior a remuneração que é devida ao intelectual, que está fazendo do seu trabalho uma atividade economicamente organizada, de modo a fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar, em Cristo.