Pesquisar este blog

quinta-feira, 25 de março de 2021

Por que a classe ociosa investe no que é vão - notas sobre a indústria do entretenimento como uma das bases para o liberalismo, enquanto movimento revolucionário

1) No original em inglês, a classe ociosa não se preocupa em investir no produtivo de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, tal como se espera naturalmente de uma autoridade, no sentido católico do termo. 

2.1) Como essas pessoas amam o poder pelo poder, amam a si mesmas até o desprezo de Deus, elas buscam fazer do investimento uma diversão, uma aposta, a ponto de fazer disso, um jogo, o que edifica ordem com fins vazios - eis o liberalismo enquanto ordem revolucionária. 

2.2) Por isso, eles são chamados de leisure class - a classe que busca os prazeres da vida sem trabalhar, já que trabalhar para eles é um sofrimento. E neste ponto, a tradução em português por classe ociosa é um termo mais que apropriado.

3.1) A indústria do entretenimento, a indústria pornográfica e os esportes profissionais constituem os ramos voltados ao atendimento das classes que buscam o prazer pelo prazer. Essas indústrias não produzem riqueza, mas movimentam muito dinheiro.

3.2) No caso dos esportes profissionais, a base da riqueza é a aposta, é a especulação. E com os times entrando na bolsa de valores, o processo especulativo tornou-se ainda mais extremo. Ninguém comprará ações de uma empresa com o intuito de gerar riqueza e desenvolvimento permanente para o país.  Muitos comprarão ações do Flamengo de modo que gerem alegrias fugazes e passageiras  A galeria de troféus do Flamengo estará lotada de títulos, mas tal tradição não está lastreada no real, na luta por uma sociedade melhor, na missão de servir a Cristo em terras distantes. Isso não faz o menor sentido.

4.1) O investimento para o que é vão, para o que é vazio, só vai gerar miséria espiritual e pobreza.  Isso só concentrará a riqueza em poucas mãos, ao invés de esta ser distribuída a outros cristos necessitados, como os empregados de uma fábrica, que são a base para que as riquezas de uma nação sejam construídas. 

4.2) E santificar-se através desse trabalho é uma das maiores alegrias que Deus pode proporcionar a alguém - e isso não pode ser confundido com o prazer fugaz e passageiro do futebol ou da pornografia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2021 (data da postagem original).

Postagens Relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/03/da-aposta-como-mae-do-mercado.html

Como o conservantismo é a causa dos ataques especulativos? Um exame da realidade política brasileira, historicamente falando

1) Se a aposta é a mãe da especulação, então quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade sempre vai apostar contra o Brasil de modo a ter ganhos certos sobre a incerteza, a ponto de prejudicar quem entra no mercado de capitais para investir em atividades produtivas que se situam no Brasil. Eis a luta de classes no âmbito financeiro.

2) Considerando que o regime republicano brasileiro foi feito para ser um verdadeiro cambalacho, dado que ele é muito instável,  então não faz muito sentido investir no Brasil, a menos que você elimine os apátridas revolucionários e tome a Terra de Santa Cruz como seu lar em Cristo, a ponto de aperfeiçoar a liberdade de muitos, de tal modo que muitos se santifiquem através do trabalho, o que pede investimento em produção e distribuição de riquezas. É assim que se constrói a concórdia entre as diferentes classes produtivas e os diferentes segmentos que constituem o povo, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo quem vem de Deus.

3) Enfim, não é só a classe política que é corrupta - o empresariado que faz da riqueza sinal de salvação, a quem o professor Olavo chamou de metacapitalistas, é o grande patrocinador da ação revolucionária. Eles são os corruptores - e eles são ligados à maçonaria. E o acessório deve seguir a sorte do principal.

4) O verdadeiro problema não está sendo atacado (até porque boa parte desses supostos movimentos de direita são financiados por essa gente). E como já foi dito, nada mais liberal do que um conservador no poder de modo a se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2021 (data da postagem original).

Da importância das estradas romanas para a História da Civilização

 

A Via Ápia

Legião Romana em marcha

Trabalhadores pavimentando uma estrada - uma mostra do processo de pavimentação romano

Mapa que mostra as principais cidades da Península Itálica conectadas a Roma pelo sistema viário romano, o que constituiu a base para a expansão do Império Romano

1) A estrada romana era o modelo de caminho usado por Roma para a estruturação de seu império. A rede de estradas foi usada pelo exército na conquista de territórios e, graças a isso, grandes tropas puderam ser mobilizadas com uma velocidade nunca vista antes. No aspecto econômico, desempenhou um papel fundamental, uma vez que o transporte de mercadorias foi notavelmente agilizado. As estradas também tiveram uma grande influência na disseminação da nova cultura e em difundir por todo o Império a romanização. O Itinerário de Antonino, do século III, é a fonte escrita que nos fornece mais informações sobre a rede viária romana e, devido à escassez de outras obras tão extensas, é considerada uma fonte inestimável.

2) As estradas ligaram as cidades de todas as partes da Itália e depois do Império aos centros de decisão políticos ou econômicos. As viagens eram fáceis e rápidas para a época, graças a uma organização que favoreceu o conforto relativo de seus usuários. Pensadas primeiramente para uso militar, elas foram a origem da expansão econômica do Império e, até no fim deste, facilitaram as grandes invasões dos povos bárbaros

3) Até o ano 427 a.C., os romanos usavam trilhas para ir de Roma às cidades que a cercavam. As incursões dos gauleses de Breno, desastrosas para os romanos em 390 a.C., foram o primeiro sinal da ineficácia do sistema defensivo de Roma, principalmente devido à lentidão das tropas nas estradas da época. A necessidade de uma melhor defesa, aliada ao desejo de expansão e hegemonia sobre a Itália, levou uma República Romana ainda frágil e ameaçada pelo exterior a construir uma malha viária que suprisse a sua carência de sólidas vias pavimentadas. Esses eixos permitiam uma circulação mais rápida e fácil das mercadorias e dos comerciantes, bem como uma movimentação rápida de tropas.

4) A primeira grande via foi construída em 312 a.C. por Ápio Cláudio Cego [Appius Claudius Caecus] e conectou Roma a Cápua: é a chamada Via Ápia. No final da República Romana, todo o território da península itálica era atravessado por esses grandes eixos, cada estrada recebeu o nome do censor que a construiu. Essas estradas eram todas pavimentadas através de um método muito engenhoso e sofisticado para época, tanto que algumas delas sobrevivem até hoje .

Fonte: Antigüidade em Foco 

Link para a postagem original: http://aciterar.com/UAh

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2021 (data da postagem original)

Postagens Relacionadas:

quarta-feira, 24 de março de 2021

Da aposta como a mãe do mercado especulativo - e como a República no Brasil faz prosperar esse jogo de azar, que deveria ser ilegal

1) O que faz com que o mundo das bolsas de valores se torne um ambiente detestável é a cultura da aposta. E a aposta é a causa da especulação.

2) Alguns apostam no evento A e outros apostam no evento B - se ocorrer o evento C, que não foi previsto ou sequer imaginado, todos perdem.  O fato de o investimento se reduzir a um jogo é fora dos ditames da justiça e do bem comum, sem mencionar que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o vencedor se acha eleito de antemão e salvo com a riqueza e o perdedor sai condenado de antemão por ter perdido a aposta e o dinheiro.

3.1) Pela mesma razão como são proibidos os jogos de azar, deveria ser proibido também fazer apostas e precificá-las na bolsa, pois isso é antieconômico. 

3.2) O próprio fato de vivermos numa república instável, que muda sua constituição de 30 em 30 anos, só reforça ainda mais a cultura de jogo, de aposta. Por isso mesmo, o regime republicano tem que ser abolido no Brasil e a monarquia precisa ser restaurada, pois é na estabilidade política que se recupera o caráter produtivo do investimento, a ponto de a riqueza ser servida ao bem comum, já que a verdade é o fundamento da liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2021 (data da postagem original).

Postagens Relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/03/por-que-classe-ociosa-investe-no-que-e.html

Evitem o termo bolsa de valores, por ser enganoso

1) Eu diria que o termo "bolsa de valores" é enganoso, pois ele dá a entender que os negócios são impessoais e não se fundam visando ao bem comum, uma vez que se tratam de conspiração contra o público. E quanto maior a impessoalidade de um negócio, maior a tendência da negociação entre ausentes, a tal ponto que cresce o arbítrio. Do arbítrio vem a usura, a cobrança de bens e serviços fora dos ditames da verdade, da caridade, da justiça e do bem comum, a ponto de semear justiça na sociedade. E isso edifica ordem com fins vazios, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação, a ponto de dividir os homens entre eleitos e condenados, criando assim uma sociedade de castas, semelhante à da Índia.

2.1) Por essa razão, prefiro outra nomenclatura: o mercado de títulos de crédito. 

2.2) Os títulos de crédito são feitos para circular e são para servir confiança, uma vez que o produtor tende a aperfeiçoar a liberdade de quem consome. Além disso, a verdadeira natureza do mercado é de encontro, não de sujeição, a ponto de ser um encontro olhos nos olhos, onde as partes podem discutir as cláusulas do contrato livremente, por serem iguais, perante a figura do Divino Pai Eterno. Se os negociantes não amam e não rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, como poderão agir com lealdade um para com o outro?

2.3.1) Se há encontro e se há confiança, então há empréstimo para fins produtivos, a ponto de maximizar riqueza. E neste ponto há investimento. 

2.3.2) Como a riqueza produzia com fins justos faz o país ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, juros podem ser cobrados, em razão do princípio da lealdade que o produtor deve para com seus investidores, pois ele prestou um juramento de fidelidade, ao ver Cristo na figura de seus investidores.

3) É dentro destes princípios - além da cartularidade, da literalidade e da portabilidade - que o mercado de títulos de crédito atende ao mercado moral.  Os títulos precisam passar pela figura do padre de modo que sejam abençoados, de modo que aperfeiçoem a liberdade de muitos e sirvam ao bem comum. E o que é abençoado, é garantido, já que é palavra de honra dada perante o Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,  24 de março de 2021 (data da postagem original).

Como driblar o direito natural, a analogia, os bons costumes e os princípios gerais de Direito - da ágora virtual enquanto invenção para se burlar a impossibilidade de se apropriar de bem público físico, de uso comum do povo

1) Quando não havia mundo virtual, praças, ruas, praias e mercados públicos eram bens de uso comum do povo - portanto, bens públicos, à luz do Direito Brasileiro.

2) Como esse argumento é difícil de refutar, o que eles fizeram? Desenvolveram empresas de rede social, aproveitando uma então brecha na lei positiva. E agora eles têm uma ágora onde podem censurar o discurso de quem quiser, pois o discurso da oposição, do conservador, fere o que eles conservam de conveniente e dissociado da verdade.

3) Ainda que haja uma brecha na lei positiva, essa lacuna pode ser preenchida com analogia, com os costumes, com os princípios gerais do direito e com o direito natural. E uma pessoa, só com analogia, perceberia que redes sociais como o facebook são uma verdadeira violação da lei, uma vez que redes sociais são ágoras. Ainda que virtuais, são bens de uso comum do povo - e esses bens só podem ser explorados mediante uma sociedade de economia mista no tocante a aperfeiçoar a liberdade de muitos e observando a legislação brasileira. 

4) A União tinha que trazer todos os usuários do facebook para essa empresa. Os usuários receberiam uma cota social, por conta de estarem participando como sócios, uma vez que o conhecimento e suas experiências trazem riquezas para o país, fazendo com que este seja tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. Conforme essa rede for crescendo, se desenvolvendo, seus usuários seriam monetizados e remunerados em razão da cota social que receberam. 

5) Muitos poderiam dizer que a sociedade de economia mista cria uma internet soberana, a ponto de inviabilizar os negócios internacionais. É verdade, mas é preferível que as coisas sejam servidas por alguém que foi legitimamente eleito para aperfeiçoar a liberdade de muitos a alguém que é cheio de si e faz da riqueza sinal de salvação, a tal ponto de fazer do comunismo um negócio, uma estratégia para censurar a liberdade de muitos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2021 (data da postagem original).

A verdade sobre esse negócio de privatizar praças, tão pregado por liberais e anarco-capitalistas

1) Liberais e anarco-capitalistas falam em privatizar praças.

2) Se eles não tivessem uma noção de mercado tão distorcida, fundada no conservantismo revolucionário deles, eles veriam que nossas próprias casas servem como praças, como lugares de encontro onde fazemos negócios com pessoas que prezamos muito ou que são muito influentes visando o bem comum da sociedade. E neste ponto, fazer negócios com alguém que aperfeiçoa a liberdade de muitos é ser anfitrião de algo que pode fazer com que o país seja tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo por muitas gerações, enquanto projeto civilizacional.

3) Fazer da minha casa meu mercado moral, minha praça natural, é ser dono da minha praça no sentido natural do termo, sem querer me apropriar do bem comum, da coisa de todos enquanto coisa alheia, uma que vez que esse próximo está indeterminado, a ponto de ser algum Cristo necessitado que não conheço ou alguém que ainda não nasceu.

4) Enfim, esse negócio de apropriação da ágora, ainda que virtual, não passa de pura rapinagem, de licença de corso. E isso é a porta de entrada para o comunismo. E eles mesmos dizem que são a nova esquerda (no caso, os anarco-capitalistas).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2021 (data da postagem original).