1) Ortega y Gasset costuma dizer que o valor do homem está nele mesmo, em suas circunstâncias
2.1) Uma circunstância é constituída das instâncias que te circundam: seus pais, seus avós, seu país, o governo de seu país, sua esposa, seus filhos, seus netos - enfim, sua família é a sua circunstância.
2.2) Esta é a primeira instância imediata que te circunda. Você tem dons para ajudar os que estão acima de você hierarquicamente, como seus pais e seus irmãos, e a proteger os que dependem de você, como sua esposa e seus filhos. Por isso você precisa usar estes dons de modo a prover o sustento de sua família.
2.3.1) Quando você se santifica através do trabalho, isto é uma vocação, é uma decisão, fundada no fato de se amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo.
2.3.2) Você deve servir à vizinhança e à comunidade da mesma forma como você serviria à sua família: com verdadeiro amor. Você morre para si de modo que Deus viva em nós, pois a verdade está em nós e ela faz santa habitação em nós através da Santa Eucaristia. Não existe outro caminho.
3.1) Quando você adquire a confiança das pessoas, você passa para a instância seguinte, que é ser líder de uma organização, de uma atividade econômica organizada, de modo a prover sustento para famílias inteiras.
3.2) Depois que sua empresa passa a ter relevância para a economia da sua cidade, você pode se candidatar à vereança de sua cidade. E depois de um tempo servindo à sua cidade fiscalizando os atos do prefeito, propondo leis de modo a se melhor reger o bem comum e prestando contas à comunidade de seus atos, você pode ser prefeito dessa cidade.
3.3.1) Quando você se torna prefeito da cidade, você deve organizar a economia de sua localidade de tal maneira que ela se torna uma cidade importante para a economia da província.
3.3.2) A província é uma escola de nacionidade. Para ser brasileiro, você precisaria ser mineiro primeiro; para ser mineiro de verdade, você precisa tirar ouro de tudo quanto é tipo de atividade através da santificação através do trabalho, sendo um polímata.
3.3.3) É assim que você serve a Cristo em terras distantes - e não deixe que a narrativa da maçonaria norteie o verdadeiro sentido de Minas, pois isso faz a razão de ser da província ser voltada para o nada, a ponto de matar uma parte do Brasil dessa forma.
3.3.4) Se você é brasileiro de verdade, você deve tomar várias províncias como mesmo lar em Cristo, estudando essas diferentes escolas de nacionidade de modo que o Brasil seja tomado como um lar de maneira holística, de modo que todos saiam ganhando, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se você faz esse trabalho como prefeito e vereador servindo a Cristo na sua província e em terras distantes de seu país, você pode ser governador, coordenador de um conjunto de províncias. Se você coordena tudo e constrói uma sólida escola de nacionidade, você vira senador e daí você vira presidente.
4.1) Ser deputado federal implica ser diplomata do município ou da província em Brasília. Ele está ligado à população de seus estados, respondendo aos vereadores e aos deputados estaduais.
4.2) Se você for um bom diplomata, você pode ser elevado à dignidade do Senado, a ponto de ser um príncipe da província. E a eleição do presidente se dá entre os príncipes das províncias, entre os que percorreram o caminho das honras, honrando seus ancestrais e sua gente através do serviço.
4.3.1) Para a monarquia ser restaurada, uma verdadeira república precisa ser fundada - e para isso, a república de tipo maçônico precisa cair.
4.3.2) A monarquia portuguesa, fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes, era essencialmente republicana. E é este modelo que deve ser imitado.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Corpus, animus e spiritus, os três elementos para se ocupar alguma coisa de maneira produtiva e salvífica
1) Quando cursei Direito, havia um clássico debate sobre os critérios jurídicos para se definir o conceito de posse. Savigny defendia que, além do corpus, do contato físico com a coisa possuída, você deveria ter animus (vontade de ser dono da da coisa). Já Rudolf von Ihering defendia somente o corpus, a ponto de este desdobrar-se em posse direta e indireta, tal como vemos num contrato de locação.
2.1) O ser humano é dividido em corpo, alma e espírito. Para que ele possa ocupar uma coisa e nela se instalar como seu dono, ele necessita de um propósito. É preciso que a vida dessa pessoa tenha sentido de serviço a Deus e à comunidade.
2.2.1) O Brasil foi fundado para propagar a fé cristã, uma vez que Cristo quis um Império para si de modo que seu Santo Nome fosse publicado entre os povos das terras mais longínquas, que ainda não tinham conhecido as letras do Evangelho.
2.2.2) Quando uma pessoa se instala sobre uma determinada propriedade e passa a ocupá-la de modo a produzir sustento para si e para sua família, essa pessoa está se santificando através do trabalho e está sempre pronta a servir a seus semelhantes ainda que em terras distantes, uma vez que vê nessas pessoas a figura do Cristo necessitado.
2.2.3.1) O mercado é o encontro constante desses cristos necessitados, desses ubogis em alguma coisa específica com algum bogaty que é capaz de satisfazer tal demanda.
2.2.3.2) Do encontro do Cristo-príncipe com o Cristo necessitado, nós temos a necessidade atendida e o ganho sobre a incerteza, uma vez que houve um acordo de vontades cujo pagamento se dá num preço justo, de modo que isso produza vantagem para ambas as partes. Assim, o Cristo necessitado adquire um pouco das virtudes do Cristo-príncipe e o Cristo-príncipe adquire um pouco das virtudes do Cristo necessitado.
3.1) Sem um spiritus, sem o propósito de se servir a Cristo em terras distantes ou de se tomar o país como um lar em Cristo, não faz sentido ter o animus de ser dono de alguma coisa, ainda que se tenha contato físico com ela (corpus).
3.2.1) Quando Deus e a missão de servir a Cristo em terras distantes são negados, esse spiritus se converte num nada jurídico chamado "função social da propriedade".
3.2.2) Ninguém consegue definir tal coisa, uma vez que Deus não é o centro da vida desta sociedade, mas o homem tomado como se fosse Deus, a ponto de a mentira ter o mesmo peso que a verdade, o que faz com a liberdade e a ordem decorrente dela sejam servidas com fins vazios.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020 (data da postagem original).
Notas sobre o regime constitucional das comunidades imaginadas, tal como vemos nas repúblicas presidencialistas da América Latina
1) No livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil, Ernest Hambloch destaca em seu prefácio uma grande verdade: as constituições das repúblicas presidencialistas da América constituem licenças de corso, cartas de marca.
2.1) No Estado liberal, todo poder está novamente na mão do faraó.
2.2) Todo presidente imitará o Faraó do Egito Antigo a ponto de ser um Senhor Absoluto. A constituição, mais do uma carta de marca, é um livro de auto-ajuda. Como todas as leis foram escritas por animais que mentem, elas não passam de preconceitos burgueses, a ponto de a constituição de não passar de uma falsa crença de livro, uma vez que o papel aceita qualquer tolice escrita por essa gente que tem o poder ilegitimamente.
3.1) É através do sangue derramado dos inimigos sem sentido que se produz a tinta para se escrever este contrato social.
3.2.1) É a partir deste contrato social que se imagina uma comunidade onde o maior propósito não é glorificar a Deus, mas glorificar a estupidez dos governantes que deram as costas para Deus, a ponto de tornar qualquer utopia ser possível de ser realizada.
3.2.2) É por esta razão que essas comunidades imaginadas constituem verdadeiras casas de noca - não há autoridade nenhuma e nenhum respeito pelas pessoas - até porque não se vê o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem nessas pessoas que ocupam cargo.
4) Se isso ocorre no macro, imagine no micro, onde os livros de auto-ajuda são vendidos a rodo e onde o empreendedorismo de palco constitui a nova religião da moda? Aquilo ali é uma fábrica de presidentes, de futuros tiranetes, de novos homens kantianos.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020.
Notas sobre a cristologia do heroísmo e seus problemas no Brasil
1) Jesus, além de ser a fonte de toda a santidade, é também a fonte de todo heroísmo
2) O verdadeiro herói é aquele que se sacrifica em prol da verdade, em prol da missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique, até porque o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem morreu por nós pelo perdão de nossas faltas. Por isso, ele é o verdadeiro Herói, pois é o verbo que se fez carne.
3.1) O Brasil está de costas para isso desde que se inventou a alegação de que era colônia de Portugal, a ponto de negar o povoamento desta terra dentro de um propósito salvífico, negando assim a expansão da fé cristã por todo o globo.
3.2.1) Desde que o Brasil se separou de Portugal o país está sujeito ao arbítrio de falsos homens, de animais que mentem e que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.
3.2.2) Esses "libertadores" da América Portuguesa nos aprisionaram numa prisão mental, numa comunidade imaginada onde qualquer utopia pode e deve ser realizada sem qualquer restrição moral, a ponto de servirem de experiências laboratoriais para a Nova Orem Mundial. E segundo o que diz o professor Loryel Rocha, muitas das experiências tiveram início no Brasil e já foram exportadas para o mundo inteiro. E a lava-jato certamente é uma dessas experiências.
4) Num Estado de costas para Deus, não busque cultivar heróis. O bom juiz é apenas um bom juiz e nada mais. Se você torná-lo um herói, apenas porque cumpre bem o seu papel, isso apenas inflará o ego desse servidor carreirista, a ponto de ficar cheio de si até o desprezo de Deus
5) Se vocês querem lutar contra isso, vocês precisam revestir o Estado de Cristo e restaurar o que foi estabelecido em Ourique, que é o verdadeiro establishment.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020.
domingo, 26 de abril de 2020
Notas sobre Moro, enquanto pretenso símbolo da justiça
1) O que é justiça? Eis uma definição que encontrei, segundo o jogo Ultima IV: The Quest of Avatar: "Justiça é enxergar a verdade contida nas ações humanas".
2) Aristóteles dizia que a verdade está em nós e que devemos adequá-la à realidade. E a realidade é o verbo que se fez carne, a ponto de fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.
3) Um campeão da virtude da Justiça deve necessariamente imitar a Cristo neste fundamento, a ponto de dizer o direito com justiça e enxergar a verdade contida nas ações humanas, principalmente quando há conflito de interesses qualificados pela pretensão resistida, geralmente fundada em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
4.1) Num País onde PT e o PSDB roubaram, corromperam, saquearam e mataram de modo a destruir a essência das coisas, então o campeão da virtude da Justiça não deveria ter partidos - ele deveria pôr na cadeia gente do PT, do PMDB, do DEM e do PSDB.
4.2) Mas o dito "campeão" era tucano - e nunca apurou os crimes do PSDB. Ou seja, ele era um juiz parcial. E sendo um juiz parcial, certamente ele praticou cerceamento de defesa contra o PT, quando tentava mostrar que o esquema tinha origem no FHC. E agora que conhecemos esse cerceamento de defesa, esse julgamento será anulado e Lula será absolvido, por conta desse cerceamento de defesa.
4.3.1) De nada adianta ser técnico e competente, se a justiça de seu país é destinada aos carreiristas e se o Estado está de costas para a verdade. Se Cristo não for de fato o verdadeiro Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves junto com sua mãe, a virgem Maria, a ponto de os monarcas aqui constituídos serem seus vassalos, homens como Moro não passarão de símbolos criados para serem servidos com fins vazios.
4.3.2) Para um homem como Moro, a justiça é uma ilusão, como diria Kelsen, uma vez que a verdade não existe. Este homem é um horror metafísico ambulante - um sujeito pérfido, desprezível.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.
Marcadores:
conservantismo,
heroísmo,
justiça como ilusão,
Lava-jato,
liberalismo,
maçonaria,
mentalidade revolucionária,
ordem servida com fins vazios,
relativismo moral,
Sergio Moro,
simbolismo
Por que fiquei tanto tempo sem escrever?
1) Algumas pessoas sentiram minha falta - fiquei muito tempo sem escrever coisa alguma.
2) Neste mês muitas coisas aconteceram em pouco tempo: o coronavírus, a nova política dos governadores (a ponto de formarem a República dos Estados Unidos da China), a traição de Moro a Bolsonaro. E de quebra, meu computador de trabalho perdeu o boot. Estou trabalhando com o computador do meu pai, enquanto meu irmão não vem aqui ao Rio e traz o computador que comprou pra mim dos EUA.
3.1) Com tantos fatos acontecendo em pouco tempo, não sobrava tempo para poder refletir e produzir uma reflexão de qualidade.
3.2) Essas coisas demandam tempo e pedem o melhor de mim e só agora é que estou conseguindo produzir alguma coisa, pois a situação do Moro ficou patente - e como a verdade é filha do tempo, tecerei considerações sobre a questão da justiça e sobre a questão de Moro enquanto símbolo dessa justiça.
3.3.1) Podem ficar tranqüilos - eu escreverei sobre o que está acontecendo, mas dentro do seu devido tempo.
3.3.2) Como tendo a ser um historiador na essência, preciso ter um certo distanciamento em relação aos fatos, de modo que possa fazer uma análise racional dos mesmos. E essas coisas demandam tempo e de muitas evidências que me façam criar um juízo de certeza acerca do que realmente aconteceu.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.
O que Moro, Bolívar e Bonifácio têm em comum?
1) Se minha biografia, e não meu país, fosse o bem mais importante, meu destino seria morar na Bolívia, essa comunidade imaginada onde meu eu é o bem mais importante, onde eu sou a medida de todas as coisas. E a Constituição do país não passará de livro de auto-ajuda.
2) Bolívar era maçom e cometeu a atrocidade de separar a Espanha de seu espelho no Novo Mundo, a ponto de ambas as imagens verem-se como uma imagem distorcida uma da outra, sob a alegação de que a Igreja Católica é má e exploradora. A mesma coisa fez José Bonifácio aqui na América Portuguesa, sob a alegação de que o Brasil era colônia, a ponto de negar a missão de servir a Cristo em terras distantes, estabelecida em Ourique.
3) Por isso, Moro, Bolívar e Bonifácio não passam de falsos patriotas. A pátria do apátrida é o ego - nada cabe além da vaidade, que não passa de um gigantesco buraco negro. Não é à toa que a Bolívia lembra uma Coréia do Norte ou uma China.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.
Marcadores:
maçonaria,
mentalidade revolucionária,
Sergio Moro
Assinar:
Postagens (Atom)