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segunda-feira, 11 de março de 2019

Como o registro de impressões autênticas favorece o senso de nacionidade?

1.1) É sempre preferível pensar a partir da experiência concreta a fazer abstrações.

1.2) A experiência concreta pode ser sua ou do próximo. Por isso, tome a experiência do próximo como sendo sua, de modo a provar o sabor das coisas e assim não esquecê-las.

2.1) É preferível tomar o país como um lar em Cristo, por força de Ourique. Meus ancestrais foram aos mares para servir a Ele em terras distantes, para expandir a fé cristã.

2.2) Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, construtor e destruidor de impérios. Em cada povo que n'Ele acredita, Ele fez um vassalo, que é o primeiro cidadão daquela região que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento num mesmo contexto cultural - eis o rei, cuja vassalagem a Cristo pode ser feita diretamente a Ele ou por intermédio da esposa de Cristo, a Igreja Católica.

2.3.1) Para se tomar o país como um lar em Cristo, você precisa se santificar através do trabalho.

2.3.2) Se você não é rei, então você é súdito - você está sujeito à autoridade daquele que foi feito rei pela graças de Deus.

2.3.3) Por isso, tome seu país como um lar em Cristo e sirva a Ele em terras distantes - e isso pode se dar na sua própria casa, através da internet, ou mesmo presencialmente em outras regiões de sua cidade, de seu bairro, ou mesmo no seu país, quiçá no mundo inteiro.

3.1) Sempre tenha um diário para registrar aquilo que é relevante e partilhar com todo aquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo que ele também possa refletir melhor sobre essas experiências colhidas.

3.2) A microeconomia se dá no âmbito da casa, a Igreja doméstica; a mesoeconomia de se dá no âmbito do bairro, da cidade e da província; a macroeconomia se dá na escala nacional, pois o todo transcende a soma das partes.

3.3.1) Os melhores dados se dão a partir da cultura de compartilhamento sistemáticos das impressões autênticas uns com outros, a ponto de influírem da imaginação do político, uma vez que são impressões autênticas da realidade e essas impressões podem ser quantificadas.

3.3.2) Mais do que alfabetizar o povo, é preciso que haja uma cultura de língua escrita de modo que toda a experiência seja documentada por escrito, uma vez que isso aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.3) Os portugueses sempre tiveram por hábito registrar tudo por escrito, a ponto de servir de ponto de partida para reflexões futuras. Desde que passei a seguir esse esse exemplo, eu venho expandindo minhas reflexões ao longo dos dias, de maneira progressiva.

3.3.4) Dados reais acumulados vão gerando novas conexões, a ponto de criar um novo mosaico.

3.3.5) Se isso for feito ao longo das gerações, isso se torna uma tradição, uma vez que registrar o que importa é se importar com o próximo que ainda não nasceu, a ponto de gerar um pacto entre as gerações, o que faz com o que o senso de tomar o país em Cristo seja ainda mais necessário de ser observado.

3.3.6) Por isso, o governo dos números sempre é limitado a esse senso, que é concreto. Como o governo depende desses números, o governo passa a ser limitado, por força da realidade.

3.3.7) Quanto mais abstraírem com os números, maior a fuga da realidade, maior a utopia. Isso leva a concentrarem os poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra Ele.

3.3.8) Eis porque a abstração faz com que a liberdade seja servida com fins vazios, pois a pessoa rica no amor de si até o desprezo de Deus não se deixa ser guiada pelo Santo Espírito de Deus, a ponto de registrar experiências autênticas que apontam para a conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que Ele fala através de fatos, palavras e coisas.

3.3.9) Quanto mais abstraída a economia, maior a ilusão de fazer da riqueza sinal de salvação, a ponto de ser imposta por meio do arbítrio - e a economia se torna uma espécie de gnose, uma pseudociência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de março de 2019 (data da postagem original).

Notas sobre a gênese dos juros numa ordem onde as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento

1.1) Quando você pede alguma coisa emprestada a alguém, você fala o seguinte: "eu juro que te pago daqui a dois ou três meses".

1.2) Esse pagamento, além da restituição do valor emprestado, tem também um prêmio por força da produtividade desse empréstimo - uma forma de gratidão, por força da lealdade, uma vez que as pessoas estão amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que a vida eterna, o bem futuro, está sendo preferido aos bens presentes.

2.1) Se outras pessoas fazem a mesma coisa, a ponto de se tornar um hábito, então o juro se torna plural - eis os juros.

2.2) O fundamento disso é a lealdade sistemática, a legitimidade. Alguém se santificou através do trabalho e tem capital disponível de modo a ajudar a quem deseja organizar uma atividade econômica organizada, de tal maneira a se santificar através dela e fazer o país ser tomado como um lar por força disso.

3.1) Como essas coisas se tornam rotineiras, costumeiras, isso está integrado ao mores. Por isso mesmo é capitalização moral, a ponto de se tornar uma norma ética e assim virar lei que se dá na carne.

3.2) E quem a violar precisa ser punido através da lei, que deve proteger esse bom costume da comunidade de pessoas que tomam o país como um lar em Cristo por força disso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de março de 2019 (data da postagem original).

Por que o senso de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo deve ser partilhado?

1) Quando tomo meu país como um lar, eu acabo ensinando outras pessoas a fazerem isso, a ponto de criarem uma rede de solidariedade, o nós-nacionais.

2.1) Se eu tomo o país do outro como se meu lar em Cristo fosse, então eu acabo criando outros tipos de nós-nacionais.

2.2) Esses nós são diferentes uns dos outros em razão das circunstâncias, da língua e da cultura - o que há em em comum é o senso de tomarem esses lugares como um mesmo lar em Cristo, a ponto de irmos para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2.3) Se amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamentos, então esses nós diferentes podem ser estreitados, tal como se faz enxertia em plantas, de modo a melhorar sua eficiência produtiva.

3.1) Eu me torno uma referência, uma espécie de construtor de pontes ou de redes, pois vou criando nós diferentes a ponto de esses se estreitarem ainda mais.

3.2) Eis aí as internacionidades, pois o senso de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo pode ser partilhado. E é dividindo que se multiplica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de março de 2019.

Do nacionismo como poesia em atos

1) Certa ocasião, eu havia dito que é preciso trocar a caricatura do nacionalismo pela poesia do nacionismo.

2.1) Quando se toma um país como um lar em Cristo, por conta da missão de se servir a Ele em terras distantes, o eu-nacional se torna uma espécie de eu-lirico.

2.2) Se eu me santifico através do trabalho e descubro os outros de modo a servi-los tal como serviria ao Cristo necessitado, ao Cristo-mendigo, então eu acabo ensinando esta pessoa a tomar o país como um lar em Cristo por força disso.

2.3.1) Se nós amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento, então nós temos o nós-nacionais, uma vez que a verdade é objetiva - ela não precisa ser minha ou dele para ser nossa.

2.3.2) Como o exemplo arrasta, mais gente aprende a tomar o país como um lar por força disso, a ponto de esses nós se estreitarem e ficarem cada mais apertados, mais difíceis de serem desatados, por força da lealdade, da legitimidade. Eis a solidariedade.

3.1) O apostolado do exemplo, fundado na santificação através do trabalho, é uma das coisas mais belas a serem cantadas.

3.2) Por isso que o nacionismo é poesia na forma de atos - e esses atos precisam ser descritos em palavras, a ponto de dar causa a um discurso poético.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de março de 2019.

domingo, 10 de março de 2019

Devemos ser otimistas aqui e pessimistas nos EUA

1) O que justifica o pessimismo no Brasil é o desconhecimento da nossa verdadeira História. Desde que aprendi a verdade sobre o Brasil, eu sou otimista. Não vou desistir da missão de servir a Cristo em terras distantes - quem desistiu abraçou a apatria.

2) Por outro lado, se fosse americano, eu seria profundamente pessimista. Como vou ser otimista num país que foi fundado numa cosmovisão protestante, que vê a riqueza como sinal de salvação e que divide o mundo entre eleitos e condenados, por força de algum demiurgo maldito?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

Da Bolívia como a jóia da comunidade imaginada por Bolívar, a Pátria Grade

1) A Bolívia tem o seu nome em homenagem a Simón Bolívar, maçom que seguiu o exemplarismo americano e que rompeu por força de espada a relação dos territórios da América Espanhola com a Espanha, a ponto de se verem como imagens distorcidas de um mesmo espelho. Esta é a jóia da comunidade imaginada por ele.

2) O pensamento de Bolívar inspirou a Pátria Grande, da qual a Unasul é tributário - se a América é para os americanos, então o exemplarismo americano colonizou o imaginário dessa gente a ponto de se servirem de longa manus dessa gente cuja visão de mundo é dividir o mundo entre eleitos e condenados. O continente americano ficará nas mãos dos eleitos, a ponto de concentrarem o poderes de usar, gozar e dispor das coisas em poucas mãos.

3) Todos os países bolivarianos (os que faziam parte da Grande Colômbia e a Bolívia) são modelos de um império de domínio que destruirá o legado ouriqueano no Brasil se eles anexarem tudo o que decorreu de 1822 em seu cabedal - a Bolívia é o modelo mais bem acabado disso, pois recebeu seu nome em homenagem a um tirano. Esse império de domínio surgiu das entranhas de um país que foi aos mares em busca de si mesma (a Espanha) e que se apoderou da coroa portuguesa, após o desaparecimento de D. Sebastião - e o exemplarismo americano abriu uma verdadeira caixa de Pandora.

4.1) É por essa razão que estamos numa verdadeira guerra espiritual entre tudo o que decorre de D. Afonso Henriques e tudo o que decorre de Henrique VIII - e a descolonização e balcanização da América Espanhola decorre do exemplarismo americano. A destruição da língua portuguesa e da fé católica feita pelos apátridas é feita com este intuito: balcanizar a América Portuguesa.

4.2.1) Os erros desse rei herege são como os erros da Rússia - eles se espalharam por todo o continente e já estão afetando o Brasil, uma vez que a alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal tornou-se uma fé metastática.

4.2.2) Por isso, é urgente aprendermos a História de Portugal o quanto antes. É urgente termos paciência, pois o ritmo desta guerra espiritual é a eternidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

EUA, Brasil e França - três formas de se ver o fenômeno da apatria

1) No Direito Internacional Privado, apátrida é todo aquele filho de estrangeiro nascido num país onde a nacionalidade do filho é dada por conta de o pai ser portador daquela nacionalidade, como se isso fosse um direito em si mesmo. Como filho é acessório que segue a sorte do pai, então a nacionalidade decorre do direito de sangue.

2.1) O jus sanguinis decorre do princípio da lealdade.

2.2) Se o Estado é tomado como se fosse religião, então ele determina quem é seu nacional e quem não é, com base no critério de se distinguir amigo de inimigo.

2.3) Tudo isso decorre do liberalismo decorrente da Revolução Francesa. São critérios, portanto, materialistas, fundados na cosmovisão protestante de se dividir o mundo entre eleitos e condenados - e por conta disso, edificam liberdade com fins vazios, a ponto de gerar conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida. Por essa razão, o apátrida é, portanto, vítima de uma tirania.

3.1) No Brasil, o apátrida é todo aquele que nasceu no Brasil biologicamente falando, mas que está envolvido em atividade revolucionária, a ponto de estar à esquerda do Pai, ainda que se diga de direita nominalmente falando.

3.2) Os apátridas são os comunistas, os liberais, os islâmicos e todos os que são hereges e apóstatas, uma vez que estão fora daquilo que decorre de Ourique. O Brasil de 1822 foi feito para essa gente e o objetivo é destruir a cultura portuguesa e católica que fez o Brasil ser o que é.

3.3) Esse apátrida é um apátrida verdadeiro, pois ele faz parte de um projeto revolucionário - por isso, é um criminoso.

4.1) Nos EUA atual, o apátrida pode ter cidadania americana porque nasceu na América, mas é cidadão de segunda classe por não se adequar à cosmovisão protestante que divide o mundo entre eleitos e condenados.

4.2.1) Os EUA são uma nação recente, perto das nações européias - esse país não tem tradições.

4.2.2) O país está sendo feito do zero, inventando tradições desde que rompeu com a Inglaterra, a partir da Revolução Americana. Esta é a diferença este país e os países da Europa pós-1789.

4.2.3) A partir do momento em que essas tradições estiverem consolidadas, o jus solli dará lugar ao jus sanguinis - somente os descendentes dos peregrinos do Mayflower serão considerados cidadãos americanos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019 (data da postagem original).