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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Para os que servem a Cristo em terras distantes por meio da rede social, o próximo não é o que está geograficamente próximo, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade

1) Uma coisa é certa: se devo servir ao próximo, isso não quer dizer que devo necessariamente servir ao que está geograficamente próximo. Meu próximo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e ele está em terras distantes - pelo país afora ou no mundo inteiro, na chamada Lusitânia Dispersa.

2.1) Pela minha experiência, os que me são próximos são agraciados por Deus em muita coisa, a ponto de estarem na condição de bogaty (rico) naquilo que sabem fazer de melhor.

2.2) Mas os agraciados por Deus não são agraciados em tudo - vejo neles uma certa pobreza, mas aquela pobreza evangélica que Deus tanto aprecia nos pobres, a ponto de chamá-la de humildade.

2.3) O verdadeiro bogaty (rico) foi ubogi (pobre) no passado e o ubogi (pobre) é um bogaty (rico) em potência - e Deus promove o encontro entre eles por meio do mercado, pois ambos se enxergam um no outro no espelho da perfeição moral e espiritual, coisa que é essencial para a construção do bem comum, a ponto de fazer o país ser tomado como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2018.

Notas sobre uma coisa da qual sinto falta do meu tempo de faculdade

1) Uma das coisas que mais sinto falta nos meus anos de universidade é dos momentos em que ficava a sós comigo mesmo, distante dos meus pais. De tanto enfrentar a solidão e a miséria dos que estavam ao meu redor na época que desenvolvi um espírito filosófico. Naquela época não havia rede social.

2) Quando passei a me dedicar à rede social, eu pude trocar os medíocres ao meu redor pelos melhores dispersos pelo país afora. É de tanto lidar com os melhores que fui ganhando conhecimento e esse conhecimento me poupou muitas leituras.

3) Se somarmos os itens 1 e 2, isso me deu mais de 4000 mil artigos escritos. Isso foi possível porque tenho um conhecimento empírico monstruoso, segundo o que meu amigo Rodrigo Arantes me disse.

4.1) Desde que minha mãe se aposentou em 2011, eu perdi de alguma forma esse senso de enfrentar a solidão.

4.2) Mesmo que esteja sozinho em meu quarto a maior parte do tempo, eu não me sinto sozinho: meus pais podem entrar no meu quarto a qualquer momento pedindo a minha ajuda, assim como tenho a companhia dos melhores na rede.

4.3) Mas tem momentos em que o pessoal na rede fica discutindo tanto assunto irrelevante e falando um monte de besteira que sinto vontade de pegar um bom tablet e ler os livros que eu mesmo digitalizei.

5) O problema é que eu preciso me sentir só para me sentir livresco. E só quando estou na missa, aos domingos, é que consigo me sentir a sós comigo mesmo. Esse é o momento em que estou longe da família e desenvolvendo uma atividade filosófica intensa - e aí que sinto vontade de ler livros, já que o silêncio da paróquia é convidativo. Se a cidade fosse segura e os pacotes de dados fossem baratos, eu poderia aproveitar o momento em que a missa ainda não começou para ler os livros que digitalizei. Eu consigo fazer isso, quando estou na sala de espera esperando meu pai ser liberado pelo médico. Meu pai sempre leva o meu smartphone, mas o pacote de dados não dura muito.

6.1) Enfim, é desta solidão que eu sinto falta, coisa que só encontro na igreja, onde estou comigo mesmo e com meu ouvinte e leitor onisciente. É isso que me move a ler.

6.2) Isso me faz muita falta, sobretudo quando vejo certas opiniões na rede social mais ou menos deste tipo: certa ocasião estava acompanhando algumas postagens do mural de uma amiga minha quando vi alguém dizendo esta estupidez: que a Igreja Católica condena o lucro, enquanto no protestantismo o lucro é uma bênção.

6.3) Imediatamente, eu bloqueei o sujeito, mas a sensação que eu tenho é que isso, o bloqueio, não é o bastante. Se estivesse diante de um sujeito que tivesse falado tal asneira no mundo real, teria partido para as vias de fato, pois tal declaração é um acinte à inteligência, um atentado contra a conformidade com o Todo que vem de Deus - e eu odeio esse tipo de coisa profundamente. Ver alguém falando essas coisas é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade e vejo nisso um pecado mortal - e este é de longe o pecado que mais odeio.

7.1) Enfim, estas são algumas das coisas que mais sinto falta - às vezes eu vejo na rede o mesmo vazio que vejo no tempo de faculdade, o que me pede solidão. 

7.2) Como esse bem tem sido escasso, então eu sinto muita falta disso, dessa solidão que edifica, a ponto de querer ler mais livros de modo a não me enervar com a estupidez alheia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2018.

Comentários à falácia de Boulos

1) Boulos falou que o imóvel onde o Bolsonaro vive com a família não era muito produtivo.

2) Mas o que torna produtivo um imóvel destinado à residência de uma família? Ao contrário do que Boulos pensa, não são os critérios do MST que definem isso, uma vez que não dá para plantar couve na sala, ainda mais num "apertamento". O máximo que dá para fazer é plantar mandioca na cama, se você tiver uma mulher virtuosa como sua esposa e que te ame muito. E a colheita só virá após os 9 meses de gestação.

3.1) A verdadeira produtividade de um imóvel residencial está numa família grande. Uma família numerosa é uma bênção dos céus - e é isto que torna um imóvel na cidade produtivo, pois isso é tomar o país como um lar em Cristo na sua escala microscópica, no seu dado mais irredutível.

3.2) Como a família é a base da sociedade e cada indivíduo que faz parte dessa família tem uma vocação, então a produtividade não pode ser apurada por critérios técnicos, por critérios humanos, mas, sim, por critérios divinos - e o critério objetivo é a amizade com Deus sem medida, a ponto de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3) Se os verdadeiros critérios são divinos e não humanos, então, ao contrário do que Boulos pensa, o imóvel onde Bolsonaro reside é produtivo - ele é pai de 5 filhos, 4 homens e uma menina ainda em fase de crescimento, além de uma enteada.

4.1) Enfim, o que há por trás dessa palhaçada de "imóvel residencial improdutivo" é o fato de que o Bolsnaro é uma clara ameaça ao projeto totalitário da esquerda.

4.2) Eles querem se livrar dele de qualquer jeito, seja fraudando a eleição - coisa que não vai ser possível porque a maioria da população o apóia esmagadoramente - ou matando-o. E a eliminação física do adversário é o caminho que eles tentaram tomar, pois tentaram fazer isso em Juiz de Fora, mas tal tentativa não deu certo, pois Deus conduziu as mãos dos médicos de modo que salvassem a vida de Bolsonaro.

4.3.1) Com gente assim, disposta a eliminar fisicamente os adversários, nem é uma boa idéia discutir com essa gente, pois eles são fechados à verdade e são, portanto, irrecuperáveis, a não ser que Deus aja de modo a transformar o coração de pedra deles num coração de carne, pois para Ele nada é impossível.

4.3.2) Se fosse o Bolsonaro, seria mais sensato ficar em casa falando online para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.3.3) A eleição já está ganha. A partir de 1º de janeiro, que comece o processo de desestalinização do Estado brasileiro. Primeiro, banindo o comunismo da política; depois, convocando um plebiscito de modo que a monarquia seja restaurada, pois a República preparou o caminho para esse totalitarismo em que nos encontramos. Esse nefasto regime já deu tudo o que tinha de dar, uma vez que conhecemos muito bem os frutos dessa árvore envenenada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2018.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Aforismo sobre a função social da mente de um esquerdista

1) A cabeça de um comunista não me parece muito produtiva, uma vez que mente vazia é oficina do diabo.

2) Ei, projeto de Boulos sem futuro! Que tal você ocupar essa sua cabeça oca com algo produtivo, como lendo o que escrevi, por exemplo? Ou então lendo Olavo de Carvalho? Assim você pára de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2018.

Notas sobre a utopia arquitetônica de Paolo Soleri

1) Arcologia => arquitetura + ecologia.

2) Se arquitetura em grego quer dizer segunda construção, então isso quer dizer que ela necessita de um segundo Adão, de um Deus que se fez carne a ponto de fazer santa habitação em nós de modo que essa segunda construção se torne definitiva, uma vez que o conceito de beleza está irremediavelmente associado ao conceito de verdade, àquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Se aquilo que decorre do segundo Adão for tomado como ecologia, então a tendência é tomar a polis humana como um espelho da polis divina, uma vez que o homem se aperfeiçoa na sociedade.

3.2.1) Se a urbe estiver povoada de elementos que apontem para aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, então podemos dizer que as cidades são verdadeiras ecologias, pois nos servem de escola para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.2.2) A ecologia da urbe depende da ecologia do campo, uma vez que é preciso haver a concórdia entre as classes que habitam a urbe e a classe dos produtores rurais de modo que tudo corra perfeitamente bem. E a política é o lugar onde se dá conciliação dos interesses de classe, que não são necessariamente antagônicos, a ponto de haver uma luta de morte por força disso.

4.1) Se Cristo for negado, a segunda construção volta a ser primeira construção, embora formalmente o termo "arquitetura" continue existindo.

4.2) Mas o termo "arquitetura" será servido com fins vazios, do mesmo modo que a liberdade é servida com fins vazios tal como ocorre no liberalismo. Se não há verdade, então o belo dá lugar ao tosco, pois cada um terá a verdade que quiser, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que tal pessoa estará à esquerda do Pai por força disso.

4.3) Se o tosco for tomado como ecologia, então a polis, tal como na Grécia, tende a ter um fim nela mesma, a ponto de ser agravada ainda mais com a noção de promovê-la como se fosse uma verdadeira torre de babel, uma verdadeira aldeia global.

5.1) Eis no que dá essa tal arcologia, tão presente nos livros de ficção científica e nas idéias de Paolo Soleri, um arquiteto ítalo-americano que reside no Arizona - ela retoma esse aspecto da polis grega e combina com a pretensão dos homens de quererem tomar o lugar de Deus, a ponto de criarem uma espécie de torre de babel sustentável, um ecossistema que basta a si mesmo a ponto de fazer da arquitetura a ecologia do homem rico no amor de si até o desprezo de Deus.

5.2) Os Estados tomados como se fossem religião serão repúblicas neste aspecto. Esta é mais uma utopia de nossos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre o marrom, enquanto cor das vestes de certas ordens monásticas

1) Alguns hábitos dos monges, quando não são pretos, são marrons, cuja cor resulta da combinação de verde com vermelho.

2.1) Como diz São Bento, ora et labora. O trabalho santifica, pois você faz da alma um arado.

2.2) Como o cristão luta o bom combate, incluindo o combate espiritual, então a espada para se lutar esse combate se dá na pena, uma vez que muitos monges são monges copistas.

3) Os monges são uma classe muito especial de guerreiros, pois são capazes de dar a vida por Cristo quando é preciso e também imitam a nobreza dos que se santificam pelo arado, quando fazem da pena a espada para se lutar o bom combate, como fez São Paulo.

4.1) Por essa razão, a verdadeira trindade está no marrom do hábito de certas ordens monásticas, no púrpura dos nobres e no verde dos que se santificam através do trabalho.

4.2) Direta ou indiretamente, o azul do manto da Virgem Maria é a base dessa trindade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Antes do choque de civilizações, temos um verdadeiro choque de ordens econômicas

1) A única coisa que pode se contrapor ao liberalismo, simbolizado na cor laranja, é a ordem fundada na santificação através do trabalho, simbolizada na cor verde.

2) Do verde vem a verdade - quando uma atividade economicamente organizada é feita de tal maneira a se tomar o país como um lar em Cristo, o empresário vê no empregado uma espelho daquilo que ele é, uma vez que o empresário foi antes empregado, pois ele passou por vários empregos anteriores, adquiriu experiência e capital de modo a tomar a iniciativa e servir aos seus semelhantes naquilo que tem de melhor, uma vez que isso agrada a Deus. Por isso, ele recompensa o empregado dando a ele uma fração dos poderes de usar, gozar e dispor das coisas, de modo que possa se organizar e servir a todos da melhor maneira possível. Se os poderes de usar, gozar e dispor estão disseminados por toda a sociedade, então nós temos o distributivismo.

3.1) O liberalismo esvazia o mundo dessa verdade, ao fazer da riqueza sinal da salvação, uma vez que descristianiza o mundo, ao refazer do homem, rico no amor de si até o desprezo de Deus, a medida de todas as coisas.

3.2) Com a Europa descristianizada por força disso, os islâmicos acabam ocupando o espaço, cirando um verdadeiro choque de civilizações, aproveitando-se daquilo que decorreu das heresias de Lutero e Calvino, a ponto de fazer do Cristianismo daquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, uma ordem enfraquecida, combalida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.