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quinta-feira, 3 de maio de 2018

TIranos, como democratas predestinados

O humorista José Simão costumava falar dos predestinados. Embora tal episódio não tenha ocorrido, fico imaginando a conversa entre o Boechat e o Simão:

Boechat: você pode nos dar um exemplo de democrata predestinado?

Simão: o Zé Laia! Vote no Zelaya que a sua dieta será a base de pão e água! Afinal, é tudo pelo social!

1) Considerando que democracia moderna pavimenta o caminho para muitas ditaduras, então o Zelaya é ditador de Honduras por predestinação - isso para não falar de outras danações precedentes, como ocorre em todas as repúblicas bananeiras, incluindo a nossa).

2) Ainda bem que só pode ser piada mesmo, pois não acredito em predestinação. Para Honduras, foi mesmo muito azar ter um tirano como esse, amigo do Lula, do Fidel e do Foro de São Paulo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de maio de 2018.

Se alguns vícios decorrem da prática deficiente das virtudes cristãs, então o conservantismo pode voltar a vir à toda, se as autoridades forem omissas no tocante à tentativa de promover tal vício como se fosse uma virtude, tal como vemos no humanismo

1.1) Ainda que algumas pessoas conservem o que é conveniente e sensato, certas coisas se tornam insensatas porque nós somos limitados, deficientes, já que a onisciência nos foi negada.

1.2.1) Aristóteles percebeu que a virtude está na completude e que o vício está na prática insuficiente das virtudes.

1.2.2) Basta que haja essa deficiência na prática das virtudes fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus que o conservantismo insensato se manifesta, ainda que de maneira não intencional.

2.1) Santo Agostinho acertou em cheio ao dizer que o mal decorre da ausência de bem - e isso se dá quando essa deficiência é estimulada por uma cultura de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade que não é reprimida por todos aqueles que tem o poder e que podem combatê-la - afinal, não opor-se ao erro é aprová-lo. O pior dos mundos pode surgir do casamento da prática insuficiente das virtudes cristãs com o "admirável mundo novo" da heresia.

2.2) É por conta desse crime comissivo por omissão que o relativismo moral de tempos em tempos volta a imperar, gerando uma verdadeira crise no nosso modelo de civilização. Na verdade, o problema não está no modelo, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, mas no fato de que não há exemplos de santidade disponíveis para se promover o devido restauro dessa realidade.

3.1) É por essa razão que precisamos ser guiados pelo Santo Espírito de Deus para conservar o que é conveniente e sensato, sem que caiamos no pecado do conservantismo.

3.2) É pelas águas do batismo que recebemos esse Espírito e nos deixamos ser guiados por ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2018 (data da postagem original).

Da importância de se combater o movimento libertário-conservantista com troça

1) Um dos lemas do blog do Felipe Moura Brasil se baseia em um dizer de Lima Barreto: é preciso que se faça troça de modo que as coisas fundadas na loucura política caiam no ridículo.

2.1) Isso é uma poderosa arma contra o conservantismo, contra a cultura de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.2) É preciso que se faça troça contra quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, de modo que esse hábito nada salutar na política caia no ridículo e abandonado por ser insensato, um atentado contra a reta razão fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A moda agora é defender idéias anarco-capitalistas, que pavimentam o caminho para o comunismo.

3.2) Não é à toa que se dizem a nova esquerda, ainda que se digam de direita, de maneira dissimulada. Isso é tanto cinismo quanto desinformação, pois coloca os críticos na pista falsa. Mas comigo isso não cola - conheço bem o tema e não me deixo ser enganado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2018.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Do colonialismo, sob o ponto de vista de um anarco-capitalista

1) Para alguns libertários e conservantistas, o melhor negócio do mundo seria queimar o herege na fogueira e vender a carne desse herege assada para os índios antropófagos, em troca de pau-brasil. Afinal, eles são favoráveis a uma verdadeira visão empresarial pura, essencial para o livre-cambismo.

2.1) O único problema seria como conservar essa carne por longos períodos, de modo a fazer a navegação transoceânica.

2.2) Antes do advento da refrigeração, a única forma de transportar carne no navio era por meio de víveres - animais vivos que eram abatidos ali mesmo, na cozinha do navio.

3.1) Políticos pragmatistas, que gostam de agradar a Deus e ao mundo, adotariam uma medida dessa, se houvesse possibilidade de trazer a carne do herege cozida e condimentada e para dá-la como moeda de troca por pau-brasil.

3.2) Ninguém em sã consciência nos séculos XV e XVI fez isso, mas o pessoal do "Ancapistão" faria. E ainda chamariam isso de "princípio da não-agressão".

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2018.

sábado, 28 de abril de 2018

Notas sobre a perversão de um bem concreto e em um bem imaginário - o caso da comida

1.1) A comida, como um bem concreto, tem o propósito de manter o corpo, de tal maneira a estar livre de doenças.

1.2) É também um conforto para a alma, pois coisas que possuem boa qualidade são feitas com amor e carinho, já que os consumidores desses alimentos são vistos como irmãos de Cristo por quem os produz - e como a conformidade com o Todo que vem de Deus é motivo de excelência, então o alimento é usado como uma forma de evangelização, pois a pessoa toma o país como um lar em Cristo mais facilmente, a ponto de servir a Ele nestas terras que consagram Jesus como o Rei do lugar, tal como ocorre na Polônia, hoje em dia.

2.1) Para quem vê a riqueza como um sinal de salvação, a qualidade é o que menos importa - o que importa é o ganho sobre a incerteza, já que a sociedade é dividida entre eleitos e condenados e ninguém está interessado em amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo, mas em ter parceiros que conservem junto com ele o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se tornar um projeto de poder onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2) Num ambiente de incerteza, a comida não alimentará, nem trará conforto para a alma. Ela pode ser usada como um veneno de forma a matar os condenados - no caso, os mais pobres.

2.3) Se a riqueza é vista como um sinal de salvação, isso fará da agricultura um negócio, a ponto de se especular com a comida. E se a comida não atingir o preço desejável, então ela será descartada.

3.1) Outra forma de especulação da comida pode ser feita através da publicação de relatórios científicos falsos, que são vendidos como se fossem verdadeiros, quando são divulgados na imprensa.

3.2.1) Isso faz a comida ser consumida como se fosse um remédio, pois a pessoa está buscando o salvacionismo do corpo, a boa saúde pela boa saúde.

3.2.2) E como todo bom hipocondríaco, o sujeito consumirá toda a sorte de alimento, desenvolvendo uma verdadeira gastrolatria, fazendo que a comida adquira um caráter de bem imaginário, fundamental para o salvacionismo do corpo, tomado como se fosse religião e fundado no amor de si até o desprezo de Deus. E nesse ponto a comida atinge um grau de ídolo como os amuletos e mandingas dos tempos antigos.

4.1) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, o consumismo é estimulado. E o consumismo, estimulado pela propaganda, estimula desejos desordenados, feitos de tal maneira a fazer com que um bem concreto adquira um caráter de bem imaginário, fazendo com que ele perca a sua real utilidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, perdendo seu caráter salvífico.

4.2.1) Não é à toa que a comida consumida tal como um hipocondríaco consome um remédio é um verdadeiro veneno - e se considerarmos que usam defensivos agrícolas tóxicos para os humanos, então ela passa a ser usada como arma de destruição em massa.

4.2.2) E neste ponto, fazer da riqueza como um sinal de salvação atinge uma conotação genocida, o que serve aos propósitos do governo mundial, que quer despovoar o mundo.

5) Afinal, a lógica de dividir o mundo em eleitos e condenados é parte do projeto revolucionário de poder.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

A criança deficiente ou doente é um verdadeiro evangelho em si mesma

1.1) O homem precisa do pão para sobreviver e da palavra de Deus para viver.

1.2) Sobreviver implica estar completamente saudável, livre de qualquer doença ou ferimento que o impeça de produzir, de modo a fazer o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, o que nos perpara para a pátria definitiva, que se no Céu.

1.3) Viver faz com que os fortes construam um ambiente em que os fracos, os doentes, os incapazes e os indefesos possam tomar o país como um lar em Cristo junto com os fortes, pois os fortes vêem nos fracos a figura de Cristo necessitado de ajuda. Afinal, Jesus já foi uma criança indefesa e precisou da força de São José e do auxílio maternal da virgem Maria para protegê-lo de déspotas como Herodes, que queriam matá-Lo.

2.1) O que torna uma criança fraca, frágil e indefesa numa pessoa forte é a família virtuosa. Com os devidos cuidados e com o todo o amor fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma criança chega à idade adulta servindo a todos os que necessitam de ajuda.

2.2) Mesmo que uma criança permaneça em estágio de fraqueza ou de deficiência até a idade adulta, a vida com deficiência é um plano de Deus, pois essa família está tendo a fé testada por Deus de modo que ela se torne ainda mais virtuosa nas gerações seguintes.

2.3) Enfim, ter na família uma pessoa deficiente que necessite de cuidados, tal como houve no passado, é um evangelho que faz com que a família passe a ser mais nobre e viva a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.4) Se uma pessoa deficiente não é cuidada com o devido carinho, como é que as pessoas honrarão os mortos? Afinal, quem não honra os mortos não honrará os vivos, a tal ponto que os fracos serão eliminados pelos fortes, por conta de haver uma cultura de eleitos e condenados, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Enfim, de nada valerá uma tradição se a coisas são feitas para se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, tal como ocorre na Inglaterra, que matou Charie Gard e Alfie Evans.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

Mais sobre a diferença entre bens concretos e bens imaginários em Aristóteles

1.1) Como já foi dito, Aristóteles apontou a diferença entre bens concretos e bens imaginários.

1.2.1) Os bens concretos atendem a necessidades humanas. 

1.2.2) Como o homem é criatura, essas necessidades atendidas também agradam ao Criador: Deus. Afinal, o ser humano não vive só de pão, mas também da palavra de Deus, pois são necessidades ordenadas, fundadas na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, dado que preparam as coisas para a vida eterna.
1.3.1) Um bem imaginário se funda numa necessidade humana desordenada, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Exemplo disso é a produção de amuletos e ídolos - esses atendem a necessidades humanas desordenadas fundadas no amor de até o desprezo de Deus.
1.3.2) Até mesmo crianças para sacrifícios humanos são bens que atendem a essas necessidades humanas desordenadas, por isso mesmo bens ilícitos, pois atentam contra a Lei Eterna. Eis no que dá a economia humana puramente subjetiva - como cada um tem a sua própria verdade, então a tendência é se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
2.1) Para necessidades humanas ordenadas, a produção organizada de bens deve ser ordenada, pois a fé verdadeira leva a uma boa razão para se fazer isso, levando-se a conservar o que é conveniente e sensato a ponto de isso apontar para aquilo que leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.2) Se a fonte de todas as riquezas decorre da terra, então da terra virá não só o alimento mas também as matérias-primas que precisarão ser transformadas de modo a se criar os bens de consumo necessários para o atendimento das necessidades humanas. 

2.3) É como se fosse construída toda uma pirâmide que aponta diretamente para Deus, já que o homem d'Ele decorre. Organizar a casa de modo a que o país inteiro seja tomado como um lar em Cristo é parte da economia da salvação.
3.1) Quando se leva em conta o amor de si até o desprezo de Deus, o dinheiro se torna o padrão universal de valor, a ponto de ser uma espécie de salvação.
3.2.1) Num mundo dividido entre eleitos e condenados, a concentração de riqueza leva também à concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos, a ponto de não admitir a edificação de uma nova ordem que combata a vilania dessas coisas fundadas no pecado.
3.2.2) Isso faz com que a colaboração, que prepara sistematicamente a todos para a vida eterna, se perverta numa competição, numa briga de morte em que uns tendem a ficar ricos à custa dos outros. E isso é libertar o corpo social da vida eterna, o que é um tipo de gnose - e neste ponto, o país será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.
3.2.3) Como a moeda deixa de ser símbolo de verdade, de justiça, então a produção de moeda tende a não ter lastro algum, a ponto de ser usada como um imposto indireto, na forma de imposto inflacionário. E isso explica o fato de as economias totalitárias serem economias de hiperinflação, a ponto de tudo entrar em colapso, pois o comunismo decorre da liberdade voltada para o nada dos que buscam liberdade fora da verdade em Cristo, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, do verbo que fez carne.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.