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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Tiago Barreira meditando sobre o nacionismo

Tiago Barreira: 

1) Eis o segundo mandamento de Cristo: amai o próximo como a ti próprio. A esquerda esquece o "como a ti próprio" e o reduz "a amar o próximo", tão-somente.

2) A verdade é que o amor próprio é um amor tão necessário quanto o amor ao próximo. O suicídio por exemplo, de se matar em nome do amor, é um exemplo clássico do romantismo sociopata.

José Octavio Dettmann: Sim, é verdade. Basta ver o exemplo dos "Sofrimentos do Jovem Werther". Muita gente na Europa se matou. E isso inspirou gerações de marxistas, principalmente o próprio Marx.

Tiago Barreira:

1) Ao contrário do que Nietzsche prega, a Igreja nunca combateu o amor-próprio. Apenas o colocou na conformidade com o Todo, conformidade esta fundada no amor de Deus. Eis o amor ágape, fundado na compreensão.

2) Ambos os amores, o amor a si mesmo e o amor ao próximo, estão em conformidade com o Todo que vem de Deus. 

3.1) É falsa a dicotomia entre egoísmo e altruísmo. 

3.2) O vício do egoísmo, o indiferentismo, deriva de se atribuir um amor-próprio maior do que ao próximo.

3.3) O vício do altruísmo, a auto-abnegação, deriva o contrário, de se atribuir maior amor ao próximo do que a si.

3.4) Se a dicotomia é falsa, falsa é também a dicotomia que estes põem entre o interesse privado, egoísta, e interesse público, altruísta.

José Octavio Dettmann: 

1) O liberal geralmente bota o egoísmo e o altruísmo como duas coisas contrárias. Até porque ele tem uma forte tendência ateísta e anarquista. Ele edifica uma liberdade para o nada, sem Deus. Isso leva a uma luta de classes, a um jogo de soma zero, uma guerra permanente.

2) O marxista toma este fato como se fosse coisa, pois ele parte de algo sem Deus, já edificado pelo liberal. E o marxista bota a culpa em Deus porque as coisas "são" dessa forma. O marxista, na verdade, vê algo distorcido e toma isso como se fosse realidade, por conta de sua maldade. É neurose fundada na maldade, como se este tivesse sido possuído por um espírito maligno.

Tiago Barreira:

1) Por isso que a esquerda é a primeira a culpar a corrupção pelo sistema patrimonialista. Culpa-se a ausência de interesse público, e não a ação individual má. Criam a ideia abstrata de Estado impessoal, o que não existe em país nenhum.

2) A idéia de um estado sem interesses particulares, governado tão-somente por uma suposta imparcialidade - que é o interesse público - é tomada como se fosse um imperativo categórico ideal. Enfim, ela é tomada como se fosse uma verdadeira religião.

3) Eis aí porque o PT faz campanha pelo financiamento público de campanha - pois doação privada de campanha, fundada no fato de se tomar o país como um lar, leva os íntegros à conquista do Estado.

4) Eis aí o ponto onde se encaixa a teoria da nacionidade. A base de todo civismo, de todo o amor a tudo o que é público (porque fundado em Deus), está no amor ao privado e ao local, quando estes são tomados como um lar, em Cristo. Como em círculos concêntricos, o amor individual se irradia em objetos ao seu alcance (família, comunidade, paróquia), até alcançar a totalidade da nação.

José Octavio Dettmann: E os círculos concêntricos se expandem e tornam-se secantes, até o ponto em que Deus é recolocado na ordem pública por força da santidade e do exemplo individual sistemático dos que são santos, cujo exemplo se distribui sistematicamente a todos os outros ao longo das gerações, tornando-se um bem coletivo, derivado da cultura de se tomar o país como um lar sistematicamente. Eu estava pensando justamente nisto semana passada.

Comentários a alguns conselhos que eu recebi


Letícia Maria Barbano: José, suas notas são muito importantes, mas vou dar uma sugestão: pense em breve fazer algo de consistente. A mensagem do facebook se vai - o feed se atualiza, as pessoas lêem e depois vão embora. Veja se você escreve um artigo acadêmico, um livro, cria um grupo de estudo, dá aulas ou coisas do tipo, pois são atitudes mais consistentes e que realmente causam alguma mudança.

José Octavio Dettmann: Estou compilando as anotações num livro. Fico grato pela sugestão.

Letícia Maria Barbano: Que ótimo! Que Legal! Pois o trabalho realmente vale a pena! :)

José Octavio Dettmann (expondo as dificuldades apontadas pela Letícia): 

1) A parte mais difícil não é nem escrever - é compilar. Eu escrevi mais de 900 artigos nos últimos três anos - e cada um melhor do que o outro. Nacionismo é um assunto tão complexo que passei cinco anos escrevendo sobre ele. 

2) Tentei ser o mais claro que pude. E olha que falta ainda algo importante: estudos de caso. E isso não tenho condição de fazer agora - até porque quero ser breve com vocês, para não cansá-los muito. Prefiro manuais curtos e fáceis de ler. Só quando vocês me conhecerem melhor, escrevo algo mais alongado, mais elaborado. E aí vou pedindo contribuições a vocês, de modo a publicar o pensamento numa editora.

3) Não acho que sei o suficiente para dar uma aula pra vocês no nível do Olavo. Só sei o que andei investigando.

4) Quando for dar uma "aula" no meu "COF", eu chamo vocês e falo por escrito, que é mais o meu jeito de fazer. Eu proferi ao todo quatro "aulas". Não tenho condições de ensinar por três horas - só tenho a capacidade de falar brevemente sobre um assunto, com base na minha experiência de 5 anos estudando o assunto.

5) Se a clientela nas escolas não fosse ruim, eu daria aula nas escolas. Meus pais foram professores e sempre me orientaram nesse sentido. Por isso, eu dou mais "aula" online aqui no facebook. Alguns 
me chamam de "professor", embora de fato eu não o seja, pois não sou formado em pedagogia, mas em Direito, pela UFF. Já me desejaram um feliz dia dos professores mesmo não sendo professor, apesar de, online, estar sempre ensinando pra vocês. Sou do tipo que prefiro escrever a falar. É o meu jeito de agir.

6) Se o mercado editorial não fosse fechado, eu publicaria meus trabalhos com muito prazer. Há duas coisas que detesto: ver as editoras tratando o livro como banana na feira e direcionar meus livros a gente que não ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

7) Até agora, só tenho este pequeno grupo online, disperso pelo país e pelo mundo afora, do qual você, Letícia, faz parte. Pelo que vejo, acho melhor isso do que os medíocres com os quais convivo na vizinhança ou no meu condomínio.

8) Queria poder fazer algo mais efetivo, mas isso vai exigir algo que não possuo ainda: uma tropa de choque que me proteja desses insanos revolucionários. Eu sei que é mais complicado atuar da forma como eu atuo, mas é melhor assim. Até porque tento tomar o máximo de cautela que posso, de modo a evitar a invasão de gente indesejada, como os famigerados conservantistas, assim como os positivistas e os petistas.

9) Como não tenho essa tropa de choque pra me proteger, eu vou tentando ganhar a lealdade das pessoas, uma a uma, de modo a pedir aquilo que preciso, quando vier a precisar.

10) Pela minha experiência, sinto que não dá pra se lançar na estrada sem um bom seguro, pois precisamos muito uns dos outros nesta guerra. 

11) Nosso inimigo é muito organizado e tem muitos anos de experiência neste tipo de guerra nós só estamos começando isso. Por enquanto, só posso contar com pouca gente mesmo - apesar de querer muito que o livro vá para o grande público, este ainda não está preparado para estas idéias que estou a escrever.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Os conservantistas não fazem exame de consciência


1) É um erro muito comum do formador de opinião não fazer um exame de consciência antes e depois de escrever. E é por não fazer tal exame que termino cortando laços com todo aquele que insiste em conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade, ainda que eu a tenha chamado à razão, coisa que vem de Deus. Pois a má consciência é também oficina do diabo - quem não crê na fraternidade universal, fundada em Cristo, está necessariamente a pregar a apatria entre nós, que desejamos tomar o país como um lar.

2) Se esta pessoa, este formador de opinião tivesse o cuidado de examinar se o que ela fala é ou não conforme o Todo que vem de Deus, ela jamais declararia coisas fundadas no fato de se conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade. Pois o pecado do conservantismo nos afasta da amizade de Deus nos leva ao caminho da heresia. 

3) Só quem conserva o que convém e dissociado da verdade é capaz de transgredir a sã doutrina e atentar contra a autoridade da Igreja ou relativizar o papel do Papado, ao adotar uma postura sedevacantista ou um "tradicionalismo" falsamente radical, fundado no fato de se conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade, de modo a descaracterizar a Santa Tradição, em sua essência.

4) Em resumo, o conservantismo é a maior chaga que afeta todos aqueles que têm a pretensão de serem conservadores. Pois não é possível ser conservador se você não souber o que deve e merece ser conservado. 

5) Nós devemos conservar a dor de Cristo, dor essa que edificou uma civilização inteira, fundada no fato de se tomar um país como um lar n'Ele, pois é n'Ele que encontramos o refúgio da vida difícil do dia-a-dia e é n'Ele que aprendemos a tomar o país como um lar e não como se fosse religião totalitária de Estado, coisa que nos afasta da conformidade com o Todo que vem de Deus. E este processo não é fácil, pois a santidade sistemática de um povo se dá no dia-a-dia. Eis aí porque Deus jamais deve ser retirado da esfera pública (dos tribunais, das praças, das políticas públicas, enfim, de tudo o que rege as coisas de modo a que o país seja tomado como um lar).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Muito cuidado com os que estão a falar miudezas, ao invés de minúcias

1) Se a pessoa fala coisas desnecessárias e que tendem a semear a má consciência sistemática entre os que tomam o País como um lar, então esta pessoa está a falar não minúcias fundadas na verdade que decorre da dor de Cristo, mas verdadeiras miudezas decorrentes do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado dessa verdade.

2) Essas miudezas levam à fofoca e tendem a rebaixar o espírito de quem as ouve - e logo estas pessoas terminarão condenadas a viver no lamaçal da apatria. Como nossos políticos só falam miudezas, o país será tomado como se fosse religião e o povo termina corrompido e mergulhado no lamaçal do pecado e da apatria. E quanto mais conforme o todo daquilo que é baixo e disforme, menos capaz de se arrepender de seus pecados esse povo será.

3) Todo país mergulhado numa cultura nula, decorrente de se tomar o país como se fosse religião, perecerá. Só os poucos que tomam o país como um lar, que estudam as coisas em suas minúcias de modo a chegar à conformidade com o Todo que vem de Deus, manterão o país verdadeiro vivo - e estes, tal como aconteceu com os judeus, passarão gerações em diáspora, aprendendo a tomar outros lugares como se fossem um lar, de modo a aprender outras coisas necessárias que poderão fazer com que o país verdadeiro renasça lá na frente, a partir de uma cultura nobre e excelente, tal como tínhamos no Império.

Miudeza não é minúcia


1) Para quem conserva o que convém e que é dissociado da verdade, a miudeza é tudo. Para quem investiga as coisas de modo a conhecer a verdade, a minúcia é tudo. 

2) A miudeza é parte de um todo chamado nada, que nos leva à pusilanimidade; a minúcia é parte daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, cuja liberdade, que se dá em Cristo, nos leva ao que é bom, nobre e magnificente.

O verdadeiro católico tem o direito natural de ser radical


1) Quem é conforme o Todo que vem de Deus abraça toda a fé e não escolhe o que acreditar e nem escolhe aquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Quem é conforme o Todo que vem de Deus tem o direito natural de ser radical, pois Deus é amor. Se o amor de Deus é a nossa lei, então os que estão em conformidade com o Todo da Lei de Deus têm o direito natural de serem radicais, pois isso se funda em sabedoria divina. Santa é a sabedoria humana que é conforme o Todo dessa sabedoria divina.

3) Nenhum radicalismo fundado em sabedoria humana dissociada da divina será tolerado. Estes carregam o germe da morte e da apatria nas mãos.

A guerra entre conservantistas e islâmicos já chegou ao Brasil


1) Estou vendo a verdadeira face do conservantismo se revelar: a face da morte. Muitos chegam ao cúmulo de defender islâmico, mesmo sabendo das barbaridades que eles cometem contra nós, Cristãos. 

2) Em nome de um "Estado Democrático de Direito", em nome da tolerância estes elementos conservam o que é conveniente, ainda que isso seja dissociado da verdade. Vou começar a botar pra fora todo mundo que age assim. 

3) Muçulmano que queira implementar esta infame heresia e a lei da Sharia por aqui será tratado à bala - e se eu fosse rico, oferecia recompensa por cada muçulmano dessa natureza expulso do país. Seus filhos são apátridas e não terão direito a nada, pois estes não conheceram o exemplo dos pais de firmar compromisso, de modo a tomar o país como um lar, em Cristo.

4) Mas quem é muçulmano e que deseja viver em paz no país não está em conformidade com o Todo dessa loucura - este é o primeiro passo para se estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Como estes são sensatos, assinarão um termo de compromisso de que tomarão este país como um lar e não forçarão ninguém a ter que abraçar essa desgraça, que é o islamismo.  A crença desses que firmaram compromisso será respeitada e ninguém dessa natureza será perseguido. Ai daqueles que confundirem estes sensatos com os radicais, nossos verdadeiros inimigos.

5) Não é da essência do Cristão a conversão forçada. Quem faz isso é quem toma o país como se fosse religião, que se vale dos poucos resíduos de cristianismo que ainda nos resta de modo a perseguir estes islâmicos, que são poucos, mas são inocentes.  Eu não odeio muçulmano que escolhe ser pacífico e dialogar com o Cristianismo, de modo a tomar o País como um lar N'ele - eu odeio quem é conforme o todo do Islamismo, que é intolerante e violento.

6) A grande guerra agora é entre libertários conservantistas e islâmicos. E esta guerra não será ganha por nenhum dos dois lados, mas pelos poucos que estão em conformidade com o Todo que vem de Deus e que tomam o país como um lar, por força da missão que herdamos do Cristo Crucificado, em Ourique.