1) É
preciso uma noção do que foi a Europa pós-Guerra pra se entender a
distinção entre nacionidade e nacionalidade. Ela nasce dessa
circunstância.
2) Assim como se deu na Alemanha, algo parecido pode ser feito em relação ao Sul, quanto ao resto do Brasil.
3) O PT no Rio Grande Sul acirrou os ânimos separatistas de lá. O cidadão comum do Sul não faz a menor idéia de onde começam esses movimentos. Por ter uma formação tosca, isso faz com que não tenha como entender porque separar não é a solução. Além disso, isso faz com que não se compreenda qual é a ligação dele com o Nordeste, assim como o resto do Brasil.
4) O fato é que acusar o cidadão comum e ignorante do Sul de apátrida não é uma boa saída - ele se sentirá ofendido e se afastará. Agora, se forem dados motivos e explicações que o façam desistir da idéia do separatismo, sem atacá-lo frontalmente, aí ele pode pensar no ponto de vista que aponto e até aderir sem se sentir violado em suas próprias convicções.
5) É preciso explicar pra ele que o que criou este país e que deu causa para o posterior desenvolvimento do país ao longo dos séculos foi uma coisa só: a Monarquia. É da monarquia que encontramos a vitalidade necessária de modo a se tomar o país como um lar. Na república, nós não encontramos isso, pois o país foi dividido em oligarquias estaduais, em que uma compete com a outra para se ter domínio do poder. Virou-se uma guerra de facção, uma guerra de oligarquias que quase sempre terminam em Guerra Civil, como se deu em 1932. E para se governar o país, os partidos precisam fazer coalizões de modo a governar, o que agrava ainda mais as divisões, tal como vemos na ordem pós-1988.
6) O fato é que a noção de povo brasileiro só se completa na noção de nacionidade: de país tomado como se fosse um lar. Para se tomar o país como um lar, um governo justo e estável, que fomente a noção de que o do Sul e o do Nordeste são irmãos, como partes mesmo de uma grande família, é que torna isso possível.
7) Sem esse conceito de nacionidade, o próprio conceito de povo brasileiro se perde. Ele acaba se reduzindo a um abstracionismo malévolo em que todos se reduzem a ovelhas governadas por lobos, os demagogos. Exemplo disso são os Brizolas da vida.
8) O verdadeiro conceito de povo brasileiro deriva da noção tal qual preconizada na carta de 1824: uma associação de vários povos em torno de uma commonwealth: no caso, o Império do Brasil.
9) Essa associação lentamente evolui para um verdadeiro federalismo, fundada na noção que todos são irmãos e que tomam o país como um lar, tendo por liderança um soberano comum, uma língua comum, moeda comum, leis que regem a unidade, essas coisas. Mas esse processo é sedimentado por gerações e foi interrompido pela república.
(reflexão decorrente de uma conversa com Eduardo Bisotto)
2) Assim como se deu na Alemanha, algo parecido pode ser feito em relação ao Sul, quanto ao resto do Brasil.
3) O PT no Rio Grande Sul acirrou os ânimos separatistas de lá. O cidadão comum do Sul não faz a menor idéia de onde começam esses movimentos. Por ter uma formação tosca, isso faz com que não tenha como entender porque separar não é a solução. Além disso, isso faz com que não se compreenda qual é a ligação dele com o Nordeste, assim como o resto do Brasil.
4) O fato é que acusar o cidadão comum e ignorante do Sul de apátrida não é uma boa saída - ele se sentirá ofendido e se afastará. Agora, se forem dados motivos e explicações que o façam desistir da idéia do separatismo, sem atacá-lo frontalmente, aí ele pode pensar no ponto de vista que aponto e até aderir sem se sentir violado em suas próprias convicções.
5) É preciso explicar pra ele que o que criou este país e que deu causa para o posterior desenvolvimento do país ao longo dos séculos foi uma coisa só: a Monarquia. É da monarquia que encontramos a vitalidade necessária de modo a se tomar o país como um lar. Na república, nós não encontramos isso, pois o país foi dividido em oligarquias estaduais, em que uma compete com a outra para se ter domínio do poder. Virou-se uma guerra de facção, uma guerra de oligarquias que quase sempre terminam em Guerra Civil, como se deu em 1932. E para se governar o país, os partidos precisam fazer coalizões de modo a governar, o que agrava ainda mais as divisões, tal como vemos na ordem pós-1988.
6) O fato é que a noção de povo brasileiro só se completa na noção de nacionidade: de país tomado como se fosse um lar. Para se tomar o país como um lar, um governo justo e estável, que fomente a noção de que o do Sul e o do Nordeste são irmãos, como partes mesmo de uma grande família, é que torna isso possível.
7) Sem esse conceito de nacionidade, o próprio conceito de povo brasileiro se perde. Ele acaba se reduzindo a um abstracionismo malévolo em que todos se reduzem a ovelhas governadas por lobos, os demagogos. Exemplo disso são os Brizolas da vida.
8) O verdadeiro conceito de povo brasileiro deriva da noção tal qual preconizada na carta de 1824: uma associação de vários povos em torno de uma commonwealth: no caso, o Império do Brasil.
9) Essa associação lentamente evolui para um verdadeiro federalismo, fundada na noção que todos são irmãos e que tomam o país como um lar, tendo por liderança um soberano comum, uma língua comum, moeda comum, leis que regem a unidade, essas coisas. Mas esse processo é sedimentado por gerações e foi interrompido pela república.
(reflexão decorrente de uma conversa com Eduardo Bisotto)