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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tomar o lugar do trabalho como extensão da casa é também tomar o país como sendo o seu lar, de maneira ampliada

"Sara Rozante: À primeira vista parece uma coisa estranha, quando li essa sua postagem, meu caro amigo José. Me veio à mente a figura de uma governanta".

Minha resposta:

1) Quando elaborei meu pensamento, eu foquei muito o que falei sobre o que é a guilda medieval, em essência. O empresário é mais do que um prestador de serviço: como um líder, ele se faz às vezes de professor - e nesse aspecto ocorre o que você falou: ele às vezes assume o trabalho de uma governanta, no sentido de vigiar a disciplina na empresa, de modo a ver se o empregado está fazendo as coisas de modo direito e se não vai causar prejuízo ao patrimônio da empresa. Não é de todo ruim esse aspecto. A supervisão do trabalho, o controle de qualidade é necessário, de modo a que a organização seja bem produtiva e eficiente.

2) A empresa é um centro de formação também e não somente um mero centro de produção. Uma empresa sem valores não tem alma, nem identidade - logo ela não tem marca, nem tradição, nem filosofia, nem razão de ser para continuar funcionando, enquanto um projeto de vida. A marca, como se sabe, é um dos principais ativos de uma empresa. Mais do que um produto, a empresa expõe sua alma, os seus valores - e as compras nada mais do que são o financiamento desse projeto de vida, pois os consumidores acreditam em você, se o seu trabalho é sério e bem feito. Claro, a empresa é uma pessoa jurídica, mas é uma pessoa, uma criação humana. Mais do que a espinha dorsal da economia, uma empresa é uma organização social e ela tem valores, uma filosofia, uma visão de mundo. Esse aspecto cultural não pode ser negligenciado.

3) O empresário possui alguns aspectos próprios da liderança da mãe: o de ensinar capacitando para a vida. E o empresário, para a vida, possui alguns aspectos da figura da mãe e alguns aspectos da figura do pai. Não é à toa que os perfis de empresário diferem muito se o responsável pela empresa é homem ou mulher. A figura do empresário é uma zona cinzenta, que só pode ser preenchida pela essência de quem cuida da empresa, não como um tirano, mas como um professor e um empreendedor ao mesmo tempo

4) É essencialmente importante tomar o lugar de trabalho como um lar, pois é no trabalho que a pessoa enobrece. Esse é o aspecto microeconômico da nacionidade, no tocante à ação humana.

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1) Considerações sobre a essência de uma guilda medieval: http://adf.ly/PJfJo

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