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sexta-feira, 16 de março de 2018

Notas sobre liberalismo e libertarismo (um estudo de caso sobre inversão de sígnos)

Liberar - desobrigar alguém.

1) Cristo veio trazer a liberdade, pois é a verdade em pessoa, uma vez que o pecado, a perda da amizade com Deus, aprisiona as pessoas. Os liberais - ou libertários-conservantistas, como eu chamo -  pregam que o corpo de Cristo , a Igreja - e por extensão o próprio Cristo -, veio trazer a prisão e que liberdade implica o fato de que ninguém deve crer n'Ele porque não há verdade. E isso é conservado conveniente e dissociado da verdade, pois se funda no amor de si até o desprezo de Deus. Se as almas são fechadas à verdade, então é gnose. Eis a mentira dita em nome da verdade. Este é o típico caso de inversão de signos, pervertendo o significado da palavra liberdade.

2) No sentido político, quando os governantes desobrigam sistematicamente um povo a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, essa liberdade está divorciada da verdade e passa a servir ordem com fins vazios, fomentando o relativismo. Logo, essa desobrigação tem pretensão libertária, já que esses mentirosos começaram a pregar nas escolas que a Igreja, a esposa de Cristo, nos instituiu uma prisão e não a liberdade (afinal, eles inverteram o significado das coisas). Se a Igreja instituiu a prisão, então Cristo instituiu a prisão. Uma grande mentira!

3.1) Em Direito Natural, nós temos as obrigações morais decorrente da lei que se dá na Carne, pois Jesus é o verbo que se fez carne e que passou a habitar em nós, por meio da santa eucaristia. 

3.2) Um dos fundamentos do amor é dar ao irmão o que se pede, uma vez que a liberalidade é dar o que se pede de maneira desinteressada e vendo nas pessoas a figura do Cristo necessitado- e isso é magnificência, pois edifica uma nova ordem fundada no amor de Deus, que passa a ser o centro de todas as coisas. 

3.3) Fazer da liberalidade um caminho de vida que prepara a todos para a pátria definitiva, que se dá no Céu, é o verdadeiro liberalismo, posto que decorre da dor de Cristo. E quem é conservador é também liberal porque pratica a liberalidade, a caridade sistemática. E a liberalidade obriga o beneficiado a ser leal e grato a seu benfeitor - eis o sistema de lealdades, a base das tradições, pois nisso está o antídoto para todo esse mundo líqüido em nos encontramos, pois a caridade gera a solidariedade, o que faz com que os valores que fazem o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo sejam sólidos, posto que verdadeiros.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2018.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Conselhos que dou a alguém que se relaciona online

1) Nunca aceite nada de estranhos. Ainda mais de gente que promete mundos e fundos, logo no começo do relacionamento. Isso é uma forma de corrupção - e meu afeto não pode ser comprado.

2) Se alguém te vê como sendo a sua futura esposa ou seu futuro marido logo de primeira, pule fora, pois é furada! Como essa pessoa pode ter tanta certeza assim, se não conhece o meu caráter? Como essa pessoa pode ter essa certeza assim, se não veio me visitar e conhecer a minha família?

3) Além disso, eu não confundo amor com paixão. Para eu amar alguém de verdade, eu preciso de muitos anos de relacionamento, pois isso é de fato uma plantinha. Por conta da minha circunstância, pois eu moro numa cidade conflagrada, eu não consigo converter relacionamento virtual em relacionamento real.

4) Quando peço doações aos meus contatos, eu geralmente peço a pessoas que acompanham meu trabalho de escritor já há algum tempo. Não peço a quem conheci noutro dia, pois isso não é ético, além de imprudente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de março de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre um caso de Direito Internacional Privado

1) Vamos supor que um ditador do naipe do Saddam Hussein seja deposto e morto. A fortuna que ele acumulou pilhando o povo termina sendo confiscada pelo governo americano e acaba virando um bônus, uma recompensa para os soldados que participaram do esforço de guerra para acabar com o reino desse tirano.

2) O dinheiro pilhado, na verdade, não pertence ao governo americano, muito menos aos soldados que receberam isso como recompensa pelos serviços prestados. Esse dinheiro pilhado pertence ao povo inocente do Iraque, que foi vítima da tirania desse cara. Alias, quem colocou esse canalha no poder foram os próprios EUA - ou seja, estão se valendo da própria torpeza.

3) Mesmo que uma mulher que eventualmente pertença às forças armadas que participaram dessa empreita se apaixone por mim e me ofereça uma parte desse dinheiro, eu não posso aceitar, pois é dinheiro sujo. Esse dinheiro deve ser devolvido ao seu verdadeiro dono: o povo do Iraque. Meu afeto não pode ser comprado, ainda mais dessa forma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de março de 2018.

A luta pelo Direito Natural neste mundo atual se dá pela crucificação, pois você vence ao perder. E isso restaura a verdade no mundo

1) Mesmo que eu ganhe pouco dinheiro por conta dos poucos generosos que patrocinam o meu trabalho, eu prefiro ter uma vida honesta como escritor a exercer a advocacia como o famigerado Clovis Sahione. Ganhar milhões para defender bandidos do colarinho branco e ficar inventando teses que são fora da verdade - fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a ver esses FDP livres e destruindo famílias inteiras com o genocídio decorrente da corrupção - é uma coisa inglória. Ter sucesso, neste caso, é ser um fracasso na vida.

2) Por isso que não considero que ter sucesso na vida o mais importante - o que importa é ser honesto e servir ao próximo de uma maneira justa, sem vender a alma ao diabo. Sirvo mais ao meu próximo escrevendo do que advogando. Como o sistema legal está divorciado de Deus, então eu me considero inútil como operador do Direito.

3) Se houvesse aliança do altar com o trono, o advogado precisaria ser necessariamente honesto e temente a Deus de modo a ser um bom profissional. Como a riqueza tornou-se a salvação, então a classe está toda corrompida, infelizmente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de março de 2018.

terça-feira, 13 de março de 2018

É pela lisonja que os grandes enganadores constroem a cultura de admiração voltada para o nada, fundada no homem que confia no homem, que se tornou a medida de todas as coisas

1) Uma pessoa que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade adquire um enorme poder e influência se muitos a admirarem. Muitos pensam ver a figura de Cristo na pessoa, quando na verdade vêem a figura de Allah, o grande enganador. É para isso que servem os picaretas.

2.1) Uma técnica para se ganhar a lealdade e a admiração de alguém é por meio da lisonja. 

2.2) Como uma alma doente só tem habilidades verbais, então ela emula bons sentimentos sem participar da experiência de servir a verdade, já que a profissão se tornou apenas um papel social, do qual é tão somente um ator. E aí é que está a enganação, pois a pessoa não está fazendo da sua profissão um meio de santificação, o que pede presença diante do Divino Pai Eterno de modo a exercer bem seu ofício e ter o pão de cada dia.

3.1) Mesmo que a pessoa em si não minta, ela acaba se tornando cúmplice de uma mentira, se ela não vê a circunstância em encontra, já que o Brasil desde 1822 está amputado de sua razão de ser, estabelecida em Ourique.

3.2.1) O professor Loryel Rocha é categórico, ao afirmar que não há cultura sem mitologema.

3.2.2.1) Como o Brasil decorre de Ourique, então não fazer exame de consciência e perceber em que situação se encontra é pecado por omissão. 

3.2.2.2) A pessoa pode pregar sinceridade como estar diante do Divino Pai de uma maneira abstraída (essa é a coisa em si), mas a conformidade com o Todo que vem de Deus se torna uma verdade prática, e necessária, se ela for o motor para um projeto civilizacional tendo por Cristo fundamento, a ponto de casar o particular ao universal, já não há fé sem obra. E a santificação por meio do trabalho se torna a mônada espiritual da civilização fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo - o dado irredutível.

3.2.3) Como o Brasil secedeu de Portugal e daquilo que se funda em Ourique, acabou tendo de imitar a Espanha, que foi aos mares em busca de si mesma - e agora esta terra está condenada ao projeto da Pátria Grande, que foi gestado na Espanha. Ou seja, o Brasil se tornou uma espécie de filho pródigo - e só vai ser tomado como um lar em Cristo se voltar à casa do Pai.

3.2.4) Não é à toa que a língua oficial do Foro de São Paulo é o espanhol e eles estão comprometidos com a destruição da língua portuguesa. Enquanto o Brasil viver em conformidade com o Todo que vem do Pan-Americanismo, o pais estará eternamente à deriva. O Brasil é na verdade uma extensão de Portugal noutro continente - ou seja, parte da Europa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,13 de março de 2018.

O professor Olavo nem sempre tem razão e por isso ele não pode ser endeusado, pois até mesmo determinados aspectos do pensamento dos doutores da Igreja são falhos

1.1) O que me consola é que meu colega Roberto Santos reconheceu que eu estava certo.

1.2) Essa postura de tomar o Olavo como se fosse religião - como se tivesse razão sempre, o tempo todo - é fora da realidade. Ele não é Deus, a ponto de ser infalível.

2.1) Até mesmo doutores da Igreja tem um ou outro ponto de suas idéias falhas.

2.2) Já vi muitos meditarem a respeito das falhas contidas no argumento ontológico de Santo Anselmo, bem como já presenciei debates a respeito dos problemas inerentes à explicação que Santo Agostinho deu a respeito da Santíssima Trindade.

3) O fato de haver falhas não tira deles a qualidade de doutores da Igreja, pois essas pessoas foram amigas de Deus em suas circunstâncias (e a época em que viveram é também uma circunstância), enquanto buscavam o conhecimento - são modelos de honestidade intelectual e isso é o que realmente importa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de março de 2018.

O católico não pode alegar argumento de autoridade com fins vazios (notas sobre o debate entre Roberto Santos e Murilo Rezende Ferreira)

1) Argumento de autoridade só é válido para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por respeito à verdade em pessoa que é Jesus, que fundou a Igreja, muitos se calarão a ponto de não pecarem por conservantismo, uma vez que se trata de uma questão de sensatez.

2) Quem escolhe o que é conveniente e dissociado da verdade pregará suas heresias em público, em praça pública. A razão de denunciar o herege conservantista é evitar que aquele que o ouve não seja convertido à gnose dele, a ponto de amar e rejeitar as mesmas coisas do que ele, que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se alguém por exemplo está estudando a questão da gnose e percebe um problema filosófico relativo à explicação de Santo Agostinho a respeito da trindade, por uma questão de sensatez ele exporá esse problema para quem também busca a verdade, de modo a compreender as coisas tais como elas são. Logo, se essa postagem for pública com intuito de fazer do seu mural uma sala de aula - e não um púlpito - de modo a meditarem e compreenderem melhor acerca da natureza do problema filosófico e teológico, então a pessoa não está incorrendo em heresia, pois a pessoa está buscando a verdade, já que conservar o que é conveniente e dissociado da verdade pede uma decisão, um posicionamento, um fechamento para a correção fraterna. E esse conservantismo é uma projeção de poder, já que o conservantista se vale do argumento de autoridade, por ser um professor de uma universidade federal, por gozar de prestígio público, ou mesmo ser um padre ou bispo, fazendo disso uma arma de destruição em massa das almas.

4) Acusar de heresia quem está agindo como um estudante de filosofia, que está buscando compreender a verdade a partir das coisas, é como atacar um moinho de vento pensando que é um gigante. É bem quixotesco, já que o código de cavalaria está sendo voltado para o nada, para fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

5.1) Essa postura quixotesca tem relação com o esvaziamento da fé por conta da secessão de 1822. O senso de conformidade com o Todo que vem de Deus tornou-se uma coisa abstrata, sem conexão de sentido com aquilo que foi fundado em Ourique. Logo, equipara-se ao protestantismo, cuja salvação se dá somente pela fé, já que fazer boa obra tornou-se impossível, pois muitos ignoram o projeto de civilização fundado em Ourique. E a religião, neste caso, não passa de um grande porrete.

5.2) Nesse ponto, o catolicismo no Brasil secedido em 1822, sem Ourique, se torna fé morta, por perda da conexão de sentido que fez o Brasil ser povoado e tomado como um lar em Cristo por força de Ourique.

José Octavio Dettmann