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quinta-feira, 27 de abril de 2017

É do pleno entendimento que nasce uma boa intendência

intender - administrar - e um dos fundamentos das administração, segundo Faiol, é o controle. Logo, intendência.

entender - compreender. Da compreensão nasce o senso de conservar o que é conveniente e sensato. E é por meio desta estrada que aprendemos a conservar a dor de Cristo e a cuidar do bem comum, de modo que a verdadeira liberdade em pessoa esteja entre nós, o que faz com que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.
Logo, quem entende bem as coisas bem intende. Para toda beneficência há sempre uma benintendência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2017.

Por que é importante confessar-se logo, quando se falta à missa de domingo?

1) Quando falto à missa de domingo, uma das primeiras coisas que faço, quando tenho a oportunidade, é me confessar.

2) Deus é uma pessoa e Cristo é o verbo que se fez carne. Como Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, eu o levo em consideração sempre.

3) O verdadeiro amigo sempre perde perdão por suas faltas. O verdadeiro amigo de Deus sempre vai ao confessionário quando falha no seu compromisso para com Ele.

4) Entre um domingo e outro há um espaço de 8 dias. Para o Santo Padre Pio de Petrelcina, esse é o tempo necessário para se limpar os pecados - quando não se faz isso, enquanto o pecado arde e isso é flagrante, a pessoa tende a esquecer a omissão praticada, a ponto de edificar uma má consciência, um vazio tão grande na alma a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que atrai mais pecados ainda e cada vez mais graves.

5) O processo de descapitalização moral é como uma síndrome adquirida, mas a deficiência está na alma, não no sistema imunológico. E isso é mais grave do que AIDS.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre dois tipos de faculdade de Direito

1) Existem dois tipos de faculdade de Direito: as que formam operadores do Direito (sejam eles advogados, juízes e promotores) e as que formam cidadãos, de modo que não sejam enganados pelos que se formam no primeiro tipo de faculdade.

2) As faculdades do primeiro tipo são reconhecidas pelo MEC e são uma atualização daquilo que Sócrates uma vez chamou de sofistas: gente rica em sabedoria humana dissociada da divina que vai te ensinar a defender tanto o ponto de vista A quanto o ponto de vista B de modo que seu cliente seja sempre beneficiado. Para eles, dizer o direito não tem relação com a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - o que importa é o pronunciamento definitivo do Estado, seja pelo provimento ou não do pedido. Não é à toa que não passam de charlatães.

3.1) As faculdades do segundo tipo, assim como o COF do professor Olavo de Carvalho, elas não são reconhecidas pelo MEC.

3.2) Nela, aquele que ama o saber e a justiça ensina a todos aqueles amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a não serem enganados pelos sofistas.

3.3) Ao terem conhecimento jurídico e rica formação filosófica, histórica e literária, eles certamente se infiltrarão numa faculdade de Direito de modo a pegar o canudo e assim fazer uma contra-revolução cultural.

3.4) Eles entrarão na universidade e acabarão com a mentalidade revolucionária desde dentro, uma vez que aprenderão nas faculdades de segundo tipo a sobreviverem ao ambiente nefasto das faculdades de primeiro tipo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017 (data da postagem original).

Se você ama o saber, então escreva sobre isso, pois isso é fonte geradora de impressões autênticas

1) Albert Camus dizia o seguinte: se você quiser filosofar, então escreva literatura.

2) Existem dois tipos de literatura: a literatura de narração (seja ela envolvendo personagens fictícios ou reais) ou literatura de dissertação, em que envolve teses filosóficas, como é a que costumo fazer.

3) No caso da literatura de dissertação, você pode descrever argumentando ou descrever expondo, tal qual uma confissão - nela, você está diante de um ouvinte onisciente, uma vez que você não tem um destinatário específico, que pode estar na mesma cidade, no mesmo país ou em outro lugar, numa outra época.

4) Não importa qual seja o tipo de literatura que você pratica - se você for um bom escritor, você se tornará um professor de uma nação inteira, de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo. E ao fazer isso, o seu país se torna uma escola de nacionidade para o mundo inteiro, a ponto de se tornar um livro de referência na cultura universal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017.

Por que não podemos adotar o ceticismo político como um princípio próprio de quem conserva a dor de Cristo?

1) Aquilo que o mundo chama de "conservadorismo" (que na verdade se chama conservantismo) adota o ceticismo político por princípio norteador de suas ações.

2.1) A postura cética baseia-se no fato de que o homem é o animal que mente, segundo Kant. E por conta disso, a norma geral dessa postura é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo.

2.2) Não é à toa que o kantismo se desenvolveu numa sociedade protestante - nela, não existe a regra de amarmos uns aos outros, tal como Jesus nos amou, assim como a regra basilar de que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, o que levaria necessariamente à descoberta do outro, base para uma economia de mercado pautada em princípios distributivistas.

2.3.1) No protestantismo, existe a regra dos eleitos e condenados - e os eleitos, em nome da salvação, poderão mentir e enganar, uma vez que se acham salvos de antemão - e isso não é muito diferente de mentir, matar e roubar em nome do islã.

2.3.2) É por conta desse vazio espiritual provocado pelo ceticismo e pelo nihilismo que o islã se aproveita e acaba invadindo a Europa de modo a colonizá-la e dominá-la, fazendo com que o antigo projeto de fazer do Mediterrâneo um lago muçulmano acabe se tornando realidade.

3.1) Muito diferente é a definição aristotélica: o homem é o animal que erra.

3.2) Enquanto a mentira é um erro essencial, proposital, algo planejado de modo a obter fins maléficos, o erro - o afastamento daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus - é acidental. É por conta de errar que o homem é um animal que prova todas as coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato. E quando a sensatez se torna sistemática, nós temos a prudência, que é uma virtude.

3.3.1) É pela prudência que nós construímos a estrada que nos leva até conhecermos a verdade, que decorre de Cristo.

3.3.2) E ao aprendermos a conservar a dor de Cristo, que morreu por nós de modo a nos salvar do pecado, nós nos tornamos conservadores. Como Cristo é a verdade, Ele é também a liberdade.

3.3.3) Como a liberdade se baseia no fato de que devemos amar uns aos outros tal como Ele nos amou e a amar Deus sobre todas as coisas, então isso faz da caridade a ordem do dia - e como isso é virtude sistemática, vira magnificência. Por isso mesmo, é o liberalismo, no sentido verdadeiro da palavra.

3.3.4) Como nos alimentamos de Sua carne e de Seu sangue, então o liberalismo é alimentado por meio de eucaristia. E como Cristo está em mim e eu n'Ele, eu me torno conservador - e é por conta disso que me torno membro da Igreja militante e acabo agindo na sociedade de modo a semear a palavra de Deus seja falando, escrevendo, seja agindo em prol do bem comum ou servindo de maneira organizada de modo a atender necessidades humanas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Das eras de nacionalismo às eras de nacionismo

1) Gellner, em debate com Borneman dizia que a História de um país é marcada por eras de nacionalismo. Como nacionalismo implica tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então isso confirma a alegação de que a História se reduz a luta de classes, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) No país que é tomado como se fosse um lar em Cristo nós temos concórdia entre as classes - e o poder moderador do monarca é exercido de modo que o conflito de interesses não desagüe numa Guerra Civil.

2.2) O mundo português é dividido em várias classes que tem sua causa derivada daquela que se fundou em Ourique. E essas classes com causa são partidos.

2.3.1) Na América Portuguesa nós temos o partido português e o partido brasileiro.

2.3.2) Em certos momentos, vai ser necessário servir a Cristo em terras distantes, coisa que se dará no mundo inteiro - e neste ponto, o partido português atuará, enquanto forem assim as coisas.

2.3.3) Em outros momentos, o partido brasileiro atuará de modo a que a América não seja só dos americanos, mas também uma extensão da civilização européia que decorre do fato de se conservar a dor de Cristo, o que mata de vez o americanismo distribuído no continente, o pan-americanismo, que edifica liberdade voltada para o nada.

3) Dentro desta circunstância, a história pautada na concórdia das classes - cada uma se alternando no poder de modo a responder à missão de servir a Cristo em terras distantes, em face das circunstâncias - levará a eras de nacionidade, de senso de se tomar o país como um lar em Cristo, o que quebraria o ciclo revolucionário decorrente da Revolução Francesa. E isso só pode ser feito porque somos único império de cultura que houve na História, tal como bem apontou o professor Loryel Rocha.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Por que na Era Clássica o comércio era uma atividade marginal, secundária?

1) Na Roma e na Grécia Antiga, a atividade mercantil era atividade marginal, secundária.

2) A prática do comércio era uma prática eventual. Não era uma coisa essencial, fundada no fato de se amar o dinheiro mais do que a Deus, o que faz com que a sociedade se torne fratricida.

3) Se tivesse de exercer uma atividade mercantil, eu não faria dela a minha atividade primária, responsável pelo meu sustento. O apelo constante ao amor próprio, como já mostrei, leva ao abuso da confiança e à prática da extorsão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.