Pesquisar este blog

domingo, 11 de janeiro de 2015

Para se amar o saber, não é preciso pensar muito


1) Quem ama o saber não deve pensar muito. Basta invocar o Espírito Santo e deixar que Ele te guie para aquilo que é preciso ser dito e feito, de modo a estarmos em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Se eu for conforme o Todo daquilo que Isaac Newton pensou - de que cabe ao filósofo três coisas: pensar, pensar e pensar - então vou perder tudo, exceto a razão. Chesterton devia estar olhando para o busto de Newton, quando disse o que disse.

Para se estar em conformidade com o Todo, é preciso voltarmos à infância de novo


1) Tenho a impressão de que estou voltando a ser criança de novo, quando estou estudando as coisas fundadas na Lei Natural, que decorre de Deus.

2) Se para estarmos em conformidade com o todo que vem de Deus precisamos voltar a ser crianças espirituais, então este é o caminho, pois a infância é marcada pela inocência e pureza de coração.

3) Se meu amigo Flavio Carvalho me reconhece o fato de ser verdadeiro, acredito que deve ser porque voltei a ser uma criança, no sentido espiritual do termo. 

4) Para se tomar o país como se fosse um lar, é preciso pensar nos nossos filhos. E para que isso se dê de forma efetiva, precisamos fazer um esforço de voltarmos a sermos crianças - e é somente assim que você começa a sentir a dor dos nossos filhos, sobretudo quando eles estão sofrendo abuso, por parte da mentalidade revolucionária.

5) Para conservar a dor de Cristo, sobretudo nas crianças, precisamos voltar a sermos crianças neste aspecto. Só assim seremos efetivos na defesa da verdade.

Quem nos julga pelos vícios do Governo Brasileiro, só vê o que convém, ainda que dissociado da verdade


1) Se os estrangeiros nos enxergam pelos vícios decorrentes da cultura de se tomar o país como se fosse religião, então eles só olham apenas o aparente, pois têm o péssimo hábito de dar infalibilidade à imprensa, algo que é insensato - eles partem do pressuposto de que o Estado deve educar as pessoas - se o Estado é viciado, todo o povo, no geral, é viciado. E neste ponto, estão tomando o país como se fosse religião.

2) Os estrangeiros que tomam o virtuoso por pecador só porque nasceu numa terra cuja fama decorre dos vícios, esses precisam aprender a tirar a trave do meio de seus olhos, antes de julgar os vícios de alguém. Essa conduta não é digna de um cristão.

3) Como ele nunca esteve na terra e nunca lidou com gente que é conforme o Todo, então esse estrangeiro é desinformado. E se ele for preconceituoso, pecador, ele conservará tal ignorância conveniente, pois ela está dissociada da verdade. Enfim, não levem a sério esses imbecis que só olham o aparente. Essa gente não tem caráter. Eis os herdeiros do canceroso liberalismo que faz com que a terra estrangeira também seja tomada como se fosse religião.

4) Jamais julguei meu padrinho pelo comunismo que houve na Polônia. Por conta da influência de João Paulo II e de meu padrinho, eu tendo a julgar os poloneses como santos, pois minhas referências são as mais altas possíveis - mas só vou chamar um polonês de santo se ele for conforme o exemplo que me é tão bem conhecido, pois eu o vivi em toda a minha vida antes e ao longo da minha vida de católico.

Comentários sobre a balela de "ser brasileiro, mas não praticante"

1) Tem gente por aí dizendo que é "brasileiro, mas não praticante".

2) Católico não-praticante é, na verdade, alguém que não é católico, que conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade. O brasileiro que se diz não-praticante está se tornando apátrida, pois está fugindo do seu dever de tomar o país como se fosse um lar. É, pois, um covarde. E um dos lugares mais quentes do inferno se reserva a quem optou por neutralidade em tempos de crise - e os covardes estão nele.

3) Brasileiro que pratica a cultura de tomar o país como se fosse religião não é brasileiro, mas apátrida em essência. Os sensatos, os que estão em conformidade com o Todo, não podem confundir vício com virtude. É uma perda completa do senso das proporções dizer tal sandice, tal tipo de confusão.

4) Eu sou brasileiro, pois tomo o país como um lar - este país nasceu da missão que o Cristo Crucificado deu ao Rei D. Afonso Henriques de que devemos servir a Ele em terras distantes. Sob o signo da Santa Cruz que foi erigida nesta terra, não posso ser brasileiro se não tomar como parte do meu ser e do meu lar esta missão de servir a Cristo em terras distantes. Se eu não fizer isso, sou apátrida e não tenho direito algum.

A perversão da lei leva a perversão do crédito


1) O conceito de crédito tem relação direta com o conceito de justiça - quem faz as coisas de maneira conforme ao Todo que vem de Deus, este sempre será bem atendido. Se este serve bem a Deus e se Deus sempre atende a todos os desejos dele, nós também devemos bem servir a ele, de modo a que tenhamos os mesmos favores de Deus. E esse crédito se distribui a todas as pessoas.

2) A justiça implica dizer o direito de tal forma a que a verdade prevaleça entre nós, pois Jesus é Emanuel, Deus entre nós - então, se a lei natural não estiver internalizada na carne de cada um que toma o país como se fosse um lar em Cristo, então fica impossível darmos crédito a alguém, pois não seremos capazes de reconhecer Deus naquilo que está sendo dito ou feito por alguém.

3) Num país tomado como se fosse religião, justiça implica estar conforme o Todo de leis que decorrem de uma sabedoria humana dissociada da divina. Se as leis estiverem pervertidas, elas criam obrigações pervertidas - se as obrigações são pervertidas, o seu fiel cumprimento, a sua fiel execução para satisfazer um crédito se torna impossível. Se o cumprimento se torna impossível, aí ocorre a perda da autoridade e da credibilidade.

4) Um dos sintomas de país tomado como se fosse religião está no fato de que o dinheiro compra a felicidade das pessoas - e neste ponto, ele é tomado como se fosse um Deus. Nele, as pessoas buscam se endividar a todo o custo de modo a ter o maior número de prazeres que só o dinheiro pode proporcionar. 

4.1) Como esse dinheiro não é fruto de empenho, de trabalho, a prosperidade é ilusória. E é de um estilo de vida ilusório, perdulário, que nasce o assistencialismo igualitarista, pois o pobre, por ser cidadão do estado que toma o país como se fosse religião, é iludido a pensar que tem os mesmos direitos que os ricos, por conta de leis escritas pelo homem - e essa idéia de falsa caridade nasce justamente dos ricos que rejeitam a Cristo, que é a causa de todas as coisas. Onde o Estado está separado da Igreja, a fraude será institucionalizada.

4.2) E aí começa-se toda uma sorte de tributação sobre os ricos e sobre a classe  média em geral, de modo a dar dinheiro para os pobres. E aí, começa o empobrecimento geral da sociedade, por conta da corrupção e por conta dos custos da crescente burocratização do poder público.

5) A sociedade brasileira é uma das mais dinheiristas do mundo - as carreiras são escolhidas por conta da remuneração e não da vocação. E eis aí a nossa falência, pois negamos a santidade que nasce do trabalho. 

6) Some-se a isso o fato de que a sociedade brasileira é uma das mais impessoais. A impessoalidade é a marca da deserto urbano. E quem é virtuoso tem mais dificuldade de prosperar numa terra assim, pois o material humano encontrado é o pior possível. Impossível haver uma cultura de doação, onde houver a marca da impessoalidade, um reflexo do país tomado como se fosse religião.

O conservantismo é a causa da mesquinhez, da falta da cultura de doação


1) Quando peço aos meus contatos para financiar minhas atividades, através de doação, é como se eu falasse com as paredes. Será que eu devo culpar a Deus por não ter nascido nos Estados Unidos, onde lá o povo, embora protestante, é mais bem generoso que o nosso, quando o assunto é doação? É claro que não poderia culpá-lo - para a missão de servir a Cristo em terras distantes, cujo compromisso foi firmado em Ourique, Deus manda seus melhores soldados pra cá, como, por exemplo, este que vos fala. Se a culpa não é de Deus, então de quem é a culpa? Dos que abraçaram o positivismo e o liberalismo - essas doutrinas nefastas aqui fizeram sucesso de tal forma que muitos acabaram se corrompendo, como ainda se acabam - e os que nasceram para ser bons soldados tornaram-se o que há de pior, em termos de material humano. E este problema é permanente, enquanto as forças revolucionárias não forem removidas de vez.

2) Enfim, o que acontece aqui, como pátria, é mais ou menos a mesma coisa tal como se dá entre a Igreja e a Sociedade Fraternal São Pio X, mal comparando. A corrupção é a causa da desobediência e a desobediência torna a corrupção a ordem do dia. - da nossa desobediência nasce a desgraça; dela, um governo que nega a Deus sistematicamente. Se ele rompeu a aliança entre o altar e o trono que se deu em Ourique, que credibilidade um governo republicano terá com as obrigações contraídas no âmbito interno ou internacional? Nenhuma! Se eu fosse banqueiro, jamais emprestaria meu dinheiro para o governo. Do mesmo modo, o dinheiro que me confiariam à administração, através da relação bancária.

3) Há quem diga que a direita brasileira é mesquinha. Se ela é conservantista com relação a esse mal edificado pelo positivismo e liberalismo, então ela é tão esquerdista quando a esquerda radical, revolucionária. Não consigo conceber uma direita política que não esteja fora daquilo que está à direita do Pai, conforme o Todo daquilo que vem de Deus.

4) Aliança entre o altar e o trono é o fundamento sob o qual podemos conceber a verdadeira direita. E ela necessariamente deve conservar aquilo que decorre da dor de Cristo, que morreu por nós na Cruz.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Sobre a ciência política

A propósito deste ato terrorista cometido na França, é conveniente relembrarmos as análises dos professores Olavo de Carvalho e Luiz Gonzaga de Carvalho sobre o que constitui a ciência política: 

1) Em primeiro lugar, só é ciência política aquela que consegue apresentar e analisar os factos concretos, para poder prever com rigor o que irá acontecer. 

2) Em segundo lugar, para se fazer ciência política é necessário maturidade. Quando somos imaturos, tendemos a analisar a realidade em termos de ideais e idéias abstratas. Com a maturidade, o foco da análise política passa a ser os factos concretos, as acções concretas cometidas ou que vão ser cometidas no futuro por um indivíduo ou por um grupo ou grupos de indivíduos.

Artur Silva