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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A boa esperança se semeia no combate que se nesta geração e no ensino da próxima que virá a assumir o lugar dela


1) Eu me admiro como pessoas como Leonardo Faccioni e Olavo de Carvalho falam de forma como se os outros tivessem cultura e inteligência - este modo edifica esperança.

2) Pelo que vejo online, eu sou forçado a admitir que o pessoal está eivado desse veneno chamado má consciência - pois confundir conservadorismo com conservantismo é algo muito grave, inaceitável, pois a pessoa sabe o que está conservando: aquilo que convém, dissociado da verdade. 

3) A solução para este povo conservantista não é tratá-los como se fossem tão inteligentes quanto nós, pois tomamos o nosso país como um lar. Como eles tomam sistematicamente o país como religião, de tal modo que ficam fora da conformidade com o todo que vem de Deus, há um sistemático rebaixamento da inteligência nacional, decorrente de escolha própria, da qual são incapazes de se arrepender. Por essa via, a da persuasão racional, a esperança será vã, pois os apátridas continuem 60% da população apta a votar.

4) Como eles possuem um coração de pedra, e este é o ponto fraco deles, é preciso ser que nem água: ela tanto bate nessa pedra até furar. Se água é vida, a água é espada. E é preciso ser espada nesse aspecto, nesta e noutras gerações. Pois a água como espada é democracia dos mortos, santa tradição. 

5) Só a partir das crianças, dos filhos que ainda não disseram sim ao não que os pais disseram, é que podemos tratá-las como se fossem inteligentes. É ensinando de maneira caridosa que você edifica a esperança

6) Talvez o que meu amigo Faccioni esteja sempre a dizer hoje seja bom e necessário para esses filhos dos conservantistas que se tornarão adultos e que estarão prontos e dispostos a dizer não ao não que os pais deram a Cristo, quando mantiveram a República, no plebiscito de 1993. 

7) Pois o que ele diz é conforme o todo que vem de Deus - o que precisa ser feito é criarmos os conservadores tal qual se cria galinha caipira. Quando ela é bem alimentada e feliz, ela pode ir para o sacrifício e servir-se de modelo de santidade, já que devemos servir a Cristo, pois Ele se serviu por todos nós de alimento, de modo a nos salvar da inanição do pecado.

A vida online nos renova a missão que herdamos de Ourique


1) A vida em rede social te dá a vantagem de você servir aos seus irmãos, ainda que estejam em terras distantes.

2) Se Cristo nos manda servirmos a Ele em terras distantes, então é conforme o todo estar sempre servindo a Ele online, na rede social. A vida social, enfim, resgata a necessidade de lembrarmos sempre de Ourique

3) Se navegar é preciso, é preciso esvaziar-se muito de si mesmo de modo a que vida social decorrente da vida virtual seja realmente edificante. É preciso ter alma forte e ser muito desprendido, de modo a poder fazer uma boa obra neste tipo de ambiente.

4) É se esvaziando de si mesmo que você aprende a servir a Cristo - e é servindo a Cristo que você fortalece a si próprio de tal modo a que possa bem servir aos outros.

5) É só assim que você consegue sobreviver a essa indigência moral e cultural que assola a nossa circunstância geográfica. 

6) Essa indigência moral e cultural destrói a personalidade, pois estamos sendo forçados a ter que tomar de alguma forma o país como se fosse religião - de certo modo, somos forçados a ter que dizer sim à ordem fundada no não que certos apátridas disseram a Cristo em 15 de novembro de 1889, o que matou o senso de se tomar o Brasil como um lar.

Não se pode combater o racismo e a xenofobia sem se combater o nacionalismo primeiro

1) Nacionalismo é nação tomada como se fosse religião de Estado, de tal modo a que nos afastemos da conformidade com o todo que vem de Deus.

2) O nacionalismo deriva do determinismo geográfico e o do atavismo.

3) Se um determinado povo toma um lugar como um lar, a origem étnica e lingüística desse povo será elevada à condição de religião, se o nacionalismo for sempre levado em conta.

4) A cultura etnocêntrica, de raça e língua tomados como se fossem religião, é causa de racismo e xenofobia.

5) Para se combater o racismo e a xenofobia, é preciso se combater o nacionalismo, a cultura de se confundir a nação com a figura do Estado. Por acaso o filho do brasileiro nascido fora do Brasil é menos brasileiro que o nascido aqui? A verdade é que o verdadeiro brasileiro toma o Brasil como um lar e não como religião. Muitos tiveram de aprender essa lição saindo do Brasil, dado que a nossa cultura não nos ensina a tomar o país como um lar, mas como religião, o que é causa de apatria.

6) Os sensatos de certo modo são obrigados a fazer uma diáspora, de modo a aprender os valores da nobreza e da excelência - e isso eles têm que aprender com os outros povos, através da vivência - e esse tipo de coisa não pode ser totalmente destilada em teoria, pois certas coisas são indizíveis, posto que são ensinadas do ponto de vista dos sentidos - muito desse processo de se tomar o país como um lar depende do ver, do ouvir, do provar, do tocar e até do cheirar, pois até os cheiros nos remetem a um lugar. 

7) É por causa dessa vivência que vem de fora que o Aécio foi eleito de maneira esmagadora fora do Brasil, pois o PT é a síntese extrema de todo o mal republicano que nos domina.

O nacionalismo inflaciona a ignorância

1) Seria um verdadeiro sintoma de nacionismo o seguinte:

1.1) Eu ouço uma pessoa apontar pontos sensatos e em conformidade com o todo de Cristo em inglês.

1.2) Se os compreendo bem, respondo na minha língua, de maneira sensata e em conformidade com o todo de Cristo.

1.3) Se o nativo da língua inglesa compreende bem minha língua, ele faz a tréplica, de maneira conforme o todo que vem de Deus, em inglês.

2) Quando há boa compreensão, português e inglês podem ser trocados livremente, dado que o valor que se dá a verdade é o mesmo.

3) A mesma coisa pode se dar com relação ao dólar e ao real se forem trocados pelo mesmo valor, se forem todos regulados pelo padrão ouro, que é universal e responde bem a conformidade com o todo que vem de Deus, que clama justiça nas boas trocas, sejam elas sociais (quando decorrem de uma boa conversa) ou econômicas (quando envolve mercadorias e serviços).

4) Enfim, o nacionalismo, causa de uma cultura monoglota, inflaciona a ignorância, de tal modo que se dá pouco valor às outras línguas, de tal forma a que busquemos a verdade, que se dá em Cristo.

A vida online requer maturidade e vivência


1) Se eu tivesse filhos, eu aconselharia a eles a só usar a internet e a rede social quando tiver vivência no mundo real suficiente de modo a tratar as pessoas bem. Por isso que não acho sensato ir para a vida online antes dos 18 anos, pois o ambiente online exige que seja conduzido de maneira séria e responsável - pois a capacidade da vida virtual exige plena capacidade para exercer os atos da vida civil. E para ter plena capacidade da vida civil, é preciso vivência, muita vivência.

2) As empresas virtuais, quando atendem seus clientes online, necessitam da experiência real do balcão.

3) A cortesia e o jeito de saber lidar com as pessoas online necessitam da experiência real de se lidar com as pessoas do mundo real, face a face.

4) É este ponto 3 que está se perdendo por conta da vida online extremada, em que o mundo real é confundido com o virtual, por conta dessa famigerada cultura progressista, construtora de relativismo moral.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A literatura espanhola nasceu da tradição de se buscar a si própria

1) Há quem não veja nexo em um país sair para o mundo desconhecido de modo a se encontrar como nação, ainda mais em se tratando da Espanha, que tem uma rica tradição. Mas esse fato realmente aconteceu - basta nos reportarmos aos trabalhos de Ortega y Gasset sobre a inteligibilidade da Espanha, dentro de um contexto Europeu, cristão e ocidental, sobretudo num contexto de reconquista Ibérica.

2) A maior prova de Espanha estava em busca de si mesma ocorreu logo após a Reconquista: a Espanha sabia o que devia abraçar e rejeitar: era uma nação cristã e repudiava o islamismo. Para ser uma nação européia, ela precisava se pôr a serviço de Cristo, ainda que em terras distantes. Ainda que sem um mandato expresso do Altíssimo, como se deu em Ourique, ela ousou arriscar e construir um destino, ao tentar a sorte no desconhecido. Assim, nasceram as Espanhas, o mundo hispano.

3) Essa questão da busca de um sentido de tal modo a que país seja tomado como um lar é bem apontada no livro de Miguel de Cervantes. Em Dom Quixote, há sérias meditações sobre a questão da busca de um sentido autêntico de vida, de tal modo a que o país seja tomado como um lar, de maneira permanente e dentro da conformidade com o todo que vem de Deus. 

4) Isso era uma questão bem presente no imaginário do povo daquela época, marcado por tempos de incerteza - e isso terminou se tornando um clássico da literatura universal.

5) Seria sensato que se estudasse D. Quixote junto com Os Lusíadas. Aí vocês perceberiam a disparidade da mentalidade espanhola em face da portuguesa.

Cristo deve ser a causa de uma busca de si

1) Tomando o fato por si mesmo, uma nação ir ao além-mar ou ao espaço em busca de si mesma pode ser um bom motivo para se tomar o país como um lar.

2) O problema é que essa busca não gerará um bom fruto, uma boa nacionidade, se Cristo não for o norte nessa empreitada - alguns demagogos distorcerão as coisas de modo a que se faça tomar o país como se fosse religião, fora da conformidade com o todo que vem de Deus.

3) Certa ocasião, eu cheguei a fazer ponderações sobre o fato de que o Brasil deveria ir ao espaço em busca de si mesmo, de tal forma a que seja melhor tomado como se fosse um lar. 

4) Nós temos uma herança espanhola nessa direção e precisamos conjugá-la com a herança portuguesa, de modo servir melhor a Cristo em terras distantes, ainda que sejam na fronteira final: o espaço.

5) Quando se tem no imaginário da pátria a consciência de se servir a Cristo em terras distantes, a probabilidade de se fazer atrocidade ou de se ser um péssimo colonizador é menor.