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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O nacionalista leva à perda de informação, à ignorância

1) O nacionalista rejeita os dados externos que moldam o senso pelo qual o país é tomado como um lar. 

2) Ele toma as coisas prontas, edificadas a partir do senso de se tomar como um lar, e faz disso tábula rasa, a ponto de o país ser tomado como se fosse religião, tal qual o protestante que faz da Bíblia tábula rasa, uma crença de livro a ser interpretada fora da tradição que levou a compilar a Bíblia, de modo a que a tradição cristã seja melhor compreendida.

3) O nacionalismo causa um tipo de entropia, a perda de informações importantes pelas quais você só consegue se universalizando e comparando as diferentes experiências de modo a se tomar um país como um lar, de tal modo que você tome o Brasil como um lar da melhor maneira possível.

4) É da ignorância sistemática do nacionalismo que surge formas mais graves de ignorância, que resultarão em totalitarismo, seja em escala local ou global.

Para se tomar o país como um lar, você precisa aprender a experiência de outros povos antes

1) Para se tomar um país como um lar, você precisa aprender de outros povos as melhores experiências de como se tomar um país como um lar.

2) Não haveria Brasil se não tivéssemos o conhecimento da experiência de Israel, dos Gregos e dos Romanos reunida em torno da Igreja.

3) Não haveria Brasil se não houvesse o Reino de Portugal fundado de modo a servir a Cristo, em terras distantes.

4) Não haveria o desenvolvimento de uma civilização ocidental se não houvesse a Igreja Católica convertido povos inteiros e dado a esses povos uma razão pela qual eles devem tomar seus países como um lar.

5) Do compartilhamento das diferentes experiências de nacionismo surge uma ciência internacionista, que é nacionismo comparado e sistematizado.

6) Quando se busca tomar o país como um lar, a experiência leva a uma teoria constitucional natural, que se radica no próprio país tomado como se fosse um lar.

7) Para se tomar o país como um lar, é preciso se universalizar primeiro. É preciso estar conforme o Todo de Deus primeiro, de modo a que possa se responder a Ele, dentro das circunstâncias pelas quais seu país deve ser tomado como um lar.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2014

O internacionalismo leva o planeta Terra a ser tomado como se fosse religião


1) O internacionalismo deriva do nacionalismo, da crença de se tomar o país como se fosse religião.

2) O internacionalismo é planetarista, pois toma o Planeta Terra como se fosse religião.

3) E o modo de se tomar a terra como se fosse religião é através do retorno ao culto da deusa Gaia.

3) O planetarista buscará a colonização sistemática de outros planetas, de tal modo a que o universo inteiro seja tomado como se fosse religião.

4) Como a conquista se dará no infinito, essa concepção universalista e falsificada, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, não suportará o peso do Estado, pois não haverá força humana suficiente para se dar cabo a uma expansão desenfreada, fundada numa ambição sem limites. Tal como o Império Romano, sucumbirá ao peso de sua própria expansão.

5) Esse império definitivo perecerá como tantos outros.

O verdadeiro internacionismo nasce da comparação e do compartilhamento das diferentes experiências de se tomar o país como um lar

1) Se você quer saber quem foi o infeliz que deu liberdade para que os partidos de esquerda tivessem direito de participar da política nacional, a resposta está nos liberais.

2) Esses infames revolucionários ousaram buscar uma liberdade fundada na sabedoria humana, de tal modo que buscaram se libertar da liberdade que se dá em Cristo. Eles trocaram a liberdade concreta e boa por si mesma por uma liberdade abstrata e desconhecida, fundada no fato de que cada tem um a sua verdade. É do relativismo do moderado que nasce o absolutismo tirânico do totalitário, coisa que é incarnada no comunista.

2) Não há nos liberais e nos comunistas um elemento fundamental e constitucional, de tal modo que possam ser parte da pátria: os seus partidos não possuem índole nacional. Todos eles são internacionalistas - os liberais são pacifistas que buscam uma paz indiferente à noção daquilo que é bom e correto, em Cristo fundado, e os comunistas são beligerantes, que querem ver a todos escravos do Estado, livre de toda a sorte de religião (sobretudo a Cristã).

3) E como é possível ser internacionalista abstraindo ilusões e matando a nacionidade de povos inteiros? Isso é impossível - esse internacionalismo tanto dos comunistas quanto dos liberais, que tentam matar a figura do Estado - que colabora com a Igreja no trato de servir ordem a todos os que necessitam de ordem -, é na verdade apatria sistemática.

4) Devemos estudar os diferentes sensos de se tomar o país como um lar. Devemos buscar o internacionismo e não o internacionalismo.

5) O internacionismo exige que as diferentes circunstâncias que moldam o senso de se tomar o país como um lar sejam compartilhadas enquanto uma experiência viva, enquanto um dado da realidade - isso é feito de tal modo a que os erros de um povo em um determinado lugar e circunstância não sejam repetidos por outro em outra época e em outra circunstância, quando se lida com algum problema social semelhante que possa dar causa a que um país deixe de ser tomado como um lar e que passe a ser tomado como se fosse religião, de modo a estar fora da conformidade com o todo de Deus. O estudo dessas experiências distribui a noção de liberdade que se dá em Cristo, fomentando noções de aliança e de cooperação entre os povos, de tal modo a que possam se desenvolver e se ajudar mutuamente, amando tudo o que Cristo ensinou e rejeitando tudo aquilo que Cristo rejeitou ou que rejeita a Cristo por si mesmo.

5) O compartilhamento e o estudo sistemático dessas diferenças leva os países, em razão de sermos todos irmãos em Cristo, a trocarem a suas eventuais rivalidades por algo maior e que dê causa à unidade, de tal modo que essas diferenças sejam reconciliadas em torno de algo que é maior do que nós mesmos: esse elemento unificador é Cristo Jesus, que é o príncipe da paz.

5) Não existe internacionismo sem haver uma base comum pela qual se deva comparar os diferentes modos e circunstâncias em que os países devam ser tomados como se fossem um lar e não como uma religião de Estado global. É por haver uma base comum de experiências que podem ser compartilhadas (desde aspectos da vida cotidiana, particular, à vida pública) que se pode afirmar, com propriedade, que há estudos internacionistas. Esses estudos  dependem de toda uma tradição civilizatória calcada numa noção de liberdade comum e natural, que se dá em Cristo. Fora de Cristo não há essa tradição, muito menos salvação.

7) Qualquer cosmopolitanismo fundado em abstração iluminista não passa de utopia. E qualquer debate nessa seara só produzirá centralismo e tirania, em âmbito global.

8) O processo de se tomar o país como um lar nunca será superado. No entanto, para reafirmá-lo é preciso combater o modo errado: o fato de se tomar o país como religião. Pois todo nacionalismo leva a um internacionalismo que dá causa à infame Nova Ordem Mundial.

9) Do mesmo modo como Marx decretou que a tirania deve ser plantada em cada país individualmente, o combate à tirania deve se dar do mesmo modo, até transbordar as fronteiras.

Quando se deve ou não falar - sobre a importância do silêncio, de modo a edificar a prudênci

1) Quando não você não está exercendo a fala, de modo a ensinar em caridade, o silêncio deve ser usado de modo a edificar a prudência. 

2) Tal como em certa ocasião afirmei que a literatura é um jogo e mostrar e esconder, o trabalho do intelectual deve sempre buscar os momentos onde se deve ou não falar, de modo a edificar a caridade em seus semelhantes.

3) Quando não se está exercendo a caridade em prol do seu semelhante, através do ensino escrito ou oral, ele deve buscar o próprio aperfeiçoamento, através da leitura ou aprendendo o máximo que puder, vindo dos acertos ou erros de seus semelhantes, em suas falas. E isso exige o silêncio.

4) O silêncio semeia a prudência - e uma fala imprudente é tal qual a semente que germina em um terreno inapropriado: ela logo germina, mas não gera raízes profundas, de tal modo que não produzirá boa obra, distribuindo fé morta sistematicamente. O que é a revolta contra a razão, fundada na fé reta de Cristo, senão uma imprudência fundada em sabedoria humana dissociada da divina? Nada mais infernal do que uma mente imprudente, pois ela semeará injustiça e inverdade.

5) Para ser prudente, é preciso dominar a si próprio - é preciso não ceder às paixões e nem entrar em polêmicas improdutivas, sobretudo com gente que você não conhece.

6) Quando se domina a si próprio, o primeiro passo para a restauração dos valores tradicionais começa na sua própria ordem, isto, é naqueles que podem e querem te ouvir - por isso, você deve edificar quem ama e rejeita as mesmas coisas que você, tendo por fundamento Cristo Jesus; e só depois é que você edifica quem te procura, através de todos aqueles que aprenderam dos seus amigos, que serão seus discípulos e divulgadores de sua obra. É se elitizando primeiro que se democratiza depois, por meio da distribuição do exemplo.

7) Se você faz boa obra, o tempo, que é regido por Deus, aperfeiçoará sua obra, a ponto de nos levar à lembrança de Deus por si mesma, tal qual a semente que coloniza outros terrenos para gerar novas árvores, pelos confins da Terra.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Não haveria Brasil, se não houvesse colonialismo

1) Se colonialismo fosse uma coisa ruim, não haveria imigração. 

2) Logo, não haveria Brasil - não haveria descendentes de portugueses, alemães, italianos, japoneses e outros tantos que tomam o país como um lar.

3) Quem busca a sorte em terras d'além-mar certamente tende a tomar o lugar como um lar, pois nesse país se fixará por gerações. Ainda que se pretenda voltar, os desafios são tantos e a necessidade de se trabalhar é tanta que acabam gostando de viver na nova terra, em face da falta de perspectivas, na terra de origem.

4) Muitos dos descendentes de italianos, por exemplo, são brasileiros não só porque seus filhos nasceram aqui, mas porque aqui há muito mais chance de prosperar aqui do que na Itália. O fato de serem parte da nação italiana não será esquercido - eles preservarão a cultura antiga por tradição de família, adaptada às circunstâncias da realidade da nova terra. É assim que se faz o processo de nacionidade. 

5) Esses italianos são a Nova Itália - e essa Nova Itália não existe sem se tomar o Brasil como um lar. A pequena pátria neo-italiana ensina seus descendentes a serem brasileiros sem que deixem de ser italianos. E ainda são parte da nação portuguesa, pois herdam deste país a missão de servir a Cristo, em terras distantes.

Para se combater a mentalidade revolucionária, é preciso se repensar o conceito de colônia do Brasil

1) Quando você se finca num pedaço de chão de maneira estável e passa a viver naquele lugar de maneira definitiva, com a sua família, você está tomando o país como um lar. E não há nacionidade sem a ocupação, a colonização efetiva de um determinado território de modo a que ele bem sirva a Cristo, para a glória de Portugal, que se comprometeu em Ourique a servir a Cristo em terras distantes.

2) Olhando por essa via, a colonização do Brasil e a salvação da gente indígena, coisa que foi recomendada por Pero Vaz da Caminha em carta el-rei D. Manuel, foram verdadeiras bênçãos ao Brasil.

3) Os negros, que eram escravizados pelos próprios negros desde a África, passaram a ser progressivamente parte da pátria portuguesa por conta de terem sido rejeitados pelos seus irmãos negros, que os venderam como objeto - a partir do momento que incorporaram a cultura de vida e de liberdade em Cristo, passaram a ser parte da nação portuguesa. Pois em Cristo eles não são objetos de uso, abuso e descarte, mas cidadãos da pátria do céu - e se comprometeram, por osmose, a servir a Cristo em terras distantes, pois também tomaram D. Afonso Henriques como pai de sua pátria também. É justamente por terem sido comprados pelos portugueses que esses negros começaram a salvos, quando começaram a servir como servos aqui no Brasil.

4) Para se combater o movimento cotista, a primeira coisa a fazer é combater a noção de que o Brasil foi colônia de exploração.

4.1) Todo território ocupado deve ser explorado, de modo a servir a Portugal, que serve a Cristo em terras distantes.

4.2) O Brasil era vice-reino - tinha seu próprio vice-rei, governador-geral, que se fazia às vezes de Rei, dentro dessas terras. Toda e qualquer queixa que devia ser direcionada ao Rei era direcionada ao vice-rei, de modo a que providências fossem tomadas desde Lisboa, que é a capital de toda a pátria.

4.3) O Brasil por herança serve a Cristo em terras distantes. É parte da nação portuguesa por toda a sua essência e por toda a eternidade - não há senso de se tomar o país como um lar sem essa herança, que está sendo negligenciada sistematicamente pelo famigerado quinhentismo. Essa herança é que dá causa a uma só nação portuguesa, ainda que em terras distantes.

4.4) É preciso se combater o nacionalismo, o senso de país tomado como se fosse religião - só assim que o Brasil volta a sua verdadeira glória, seja como uma verdadeira nação imperial, por direito próprio, seja como parte da nação portuguesa, servindo a Cristo em terras distantes, como sempre foi.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2014 (data da postagem original).