Pesquisar este blog

sábado, 20 de setembro de 2014

Como combater o republicanismo cultural


1) Se formos levar em conta a nossa realidade, falar uma mesóclise, ainda que esteja correta do ponto de vista gramatical, é falar de maneira errada, inadequada. Ela tende a ser um exibicionismo, algo que vai fora da conformidade com o todo de Deus, que pede constantemente a readequação das formas, de modo a edificarmos coisas para o bem do país, em nome de Cristo.

2) Em vez de edificar no seu semelhante a idéia de que a alta cultura deve ser buscada, de modo a edificar a si próprio e fazer da língua que se fala um elemento de modo a se tomar o país como um lar, você acaba sedimentando uma espécie de estupor, um elogio à cultura de ignorância, fazendo com que muitos se orgulhem disso, tal qual o infame presidente Lula. O exibicionismo, a má teleologia, alimenta a vala comum da exclusão social marxista, que semeia a ignorância entre nós, em nome da cultura.

3) Para se combater o republicanismo cultural, precisamos adotar formas simples de falar - construções frasais mais simples, de modo a que as idéias mais complexas e necessárias sejam passadas de modo muito claro, preciso. As coisas precisam ser ditas de modo caridoso, em conformidade com o todo de Cristo.

4) Para pessoas como meu amigo Heitor Buchaul e o senhor Leonardo Faccioni, falar formalmente é até motivo de honra, de pompa em circunstância: nós somos todos monarquistas e a alta cultural espelha a noção de se tomar o país como um lar. O português imperial é nossa língua e sinto até prazer em falar mesóclises e outros termos mais rebuscados, dado que o ambiente cultural me leva a tomar isto como parte da idéia de se tomar país como um lar. Pois onde há dois ou três pessoas agindo assim, Cristo está entre eles.

5) Pessoas como o senhor Fábio Salgado de Carvalho, no entanto, tendem a ralhar a todos, quando a pessoa comete o erro de separar sujeito e verbo com uma vírgula. É um erro muito comum, dado que o ensino de português não é dado de modo correto. Se a pessoa erra, devemos ter a caridade de corrigir. Se a pessoa desempenha um papel importante, corrija-a, sim, mas de modo caridoso, respeitoso.

6) Em vez de o sujeito falar a todos com caridade, ele faz o contrário: ele parece que vai querer mandar a pessoa para o inferno só porque esta não sabe usar adequadamente o português como ferramenta - enfim, esse sujeito está louco para ir para as vias de fato com alguém só porque este escreve sisudo com "z". Nesse ponto, o senhor Fábio Salgado de Carvalho ainda tem sérios resquícios de protestantismo, de puritanismo, dado que ele está a fazer da gramática crença de livro - ele necessita de um sério exame de consciência, dado que a atitude dele não edifica. E é por ser testemunha do que ele faz online que me sinto no dever de chamá-lo à correção fraternal.

7) Não estou dizendo que devemos abolir a mesóclise - quem defende essas coisas são os criminosos que vivem a fazer reformas na língua a ela se tornar um espectro de língua, que vivem a defender o que é por força divina indefensável. Nós precisamos é falar de um jeito, de um modo a que as pessoas de bem aceitem converter esse português negro da república sindical bolivariana num português branco, imperial. E é assim que se combate cultural a república e a mentalidade revolucionária neste país.

8) Há quem diga que brasileiro é burro. Eu respondo: nenhuma civilização floresceu na ignorância. Então não chame quem é burro de brasileiro. Se o burro é quem toma o país como se fosse religião, de modo a se afastar dos planos do Criador, chame-o de apátrida - e duplamente, pois quem não toma a pátria do céu como lar não pode, por força lógica, tomar o Brasil como um lar. A cidade dos homens precisa ser um espelho da cidade de Deus, de modo a continentalizar as almas e forjar uma nação.

9) Quando se forja uma nação, devemos forjá-la tal como se faz com o ferro - devemos eliminar as impurezas. E quando se tem o produto, podemos fazer ligas com os outros metais. Em outras palavras, ao excluir os apátridas, nós incluímos os que querem edificar a si mesmos com alta cultura. Não conheço educação inclusiva sem se excluir os que são por si mesmos réprobos. Quem confunde isso com aprovação automática não sabe o que e educar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sobre a necessidade de se estudar a lógica paraconsistente

1) O verbo divino se manifesta de várias maneiras, de modo a edificar as coisas, conforme a vontade do pai. Ela se manifesta através de fatos, palavras e coisas.

2) A verdade que ordena as coisas, de modo a que fiquem em conformidade com o todo de Deus, exige uma atualização constante do nosso modo de descrever a realidade. Precisamos aperfeiçoar a teleologia e a lógica, de modo a entender a verdade que se dá em Cristo

3) Como a verdade de Cristo vai além das formas consistentes, ela vai além da consistência fundada nas formas conhecidas. E para se conservar a dor daquele que morreu por todos na Cruz, é preciso buscar formas lógicas, de organização e estruturação do pensamento, que se adeqüem a essa necessidade de se servir à palavra de Deus, de modo a que as pessoas permaneçam na conformidade com o todo, do modo mais claramente possível.

4) É extremamente necessário que se faça o estudo permanente da lógica paraconsistente, de modo a que se tenha o entendimento correto das nuances pelas quais a verdade de Cristo se irradia e edifica coisas conforme a vontade do Pai. Sem isso, tomaremos a bíblia como crença de livro e faremos uso inadequado da Santa Tradição, a nos afastarmos da conformidade com o todo de Deus.

Sobre o grande erro dos austríacos

1) Quando se busca estudar a praxeologia somente a partir de formas conhecidas, fundado tão somente na lógica clássica, você na verdade conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade.

2) E ao agir sob conservantismo, você semeia o relativismo, você estimula as pessoas a se libertarem da liberdade que se dá em Cristo, restabelecendo a escravidão.

3) O grande erro dos austríacos está no fato de terem sido fortemente influenciados por Kant e outros iluministas, que tentaram reintroduzir muitos elementos da cultura pagã clássica, dissociados daquilo que se edificou a partir do fato de se conservar a dor de Cristo na cruz sistematicamente, que deu causa à edificação de uma civilização inteira.

A verdadeira praxeologia se funda numa lógica paraconsistente


1) Se a praxeologia é o estudo dos meios que levam à execução da vontade, de modo a se estar em conformidade com o todo de Deus, então ela deverá buscar formas adequadas de melhor servir a essa verdade.

2) A sabedoria divina é superior à sabedoria humana, pois ela fala através de fatos, palavras e coisas - e a todo momento pede que readeqüemos constantemente nossa linguagem, de modo a descrever de maneira precisa a nossa realidade.

3) Esse exame vai além das formas conhecidas - ela busca novas formas de se falar a verdade, sem relativizá-la. 

4) A busca permanente e constante de novas formas de servir com caridade a palavra de Deus se funda numa lógica paraconsistente.

A literatura é um jogo de mostrar e esconder

1) Em literatura, existe um jogo permanente de mostrar e esconder.

2) Certas coisas devem ser mostradas, de modo a se semear a caridade, que se dá em Cristo; algumas coisas, reservadas, como peça de informação, de modo a ser usado mais tarde, quando a necessidade surgir.

3) Se o pessoal da rede social tivesse o hábito de escrever, próprio de quem pratica a atividade literária, não ficariam compartilhando qualquer coisa que apareceria logo de cara, sob pena de logo perder a credibilidade.

4) Quando se tem um perfil de facebook, você deve aprender a agir de modo correto na rede social: o que vem ao teu conhecimento deve ser filtrado e digerido e só então o ensinamento deve ser repassado, de modo a semear a verdade.

5) Os problemas da rede social decorrem da cultura de massa. Ela cria um exército de pessoas presas ao vício do hedonismo, a tal ponto que acabam relativizando o peso da notícia e o próprio peso da verdade, fundamento da liberdade.

Relatos da minha experiência bloguística e de rede social

1) Quando a tecnologia dos boletins online (blog) surgiu, em 1997, eu não me tornei adepto da idéia logo de cara.

2) Os primeiros adeptos da idéia eram jornalistas com experiência em servir ao povo com informações relevantes à população e que tinham necessidade de ter um repositório de texto sempre à mão, de modo a que população pudesse consultar as informações logo depois. Esses repositórios serviam para se distribuir a informação a quem precisasse dela - se elas fossem em conformidade com o todo de Deus, elas edificam algo por si, fundado no distributivismo cristão. Como não era jornalista e nem tinha algo relevante pra falar, acabei não tendo blog.

3) Havia, em paralelo a esses jornalistas, gente neófita, que faz as coisas por modismo, sem se preocupar com a verdadeira teleologia das coisas. Esses neófitos se exibiam na rua virtual, coisa se que dá através de buscadores, como o google, e expunham suas sandices. Como não havia um meio de separar a rua da casa, eu acabei não aderindo ao modismo. Essa gente semeia o relativismo moral e não deveria expor suas idéias em público. Deviam ser censuradas, por conta de seus pecados.

4) Quando comecei a postar materiais para os concurseiros em grupos de e-mail, vi a necessidade de blogar. O blog servia de repositório de textos, de modo a que informação pudesse ser mais facilmente recuperada, poupando a trabalheira que é encontrar o e-mail, que ficava perdido no meio dos tantos e-mails que eram enviados paralelamente pelo outros usuários. Como essas informações exigiam organização e esforço, eu introduzia nelas um link, onde toda vez que clicassem, a pessoa remunerava o esforço. Pois quem serve bem merece ser bem remunerado, pois quem trabalha para o próximo tem o direito de ser alimentado no pão de cada dia, que alimenta o corpo e a alma.

5) Quando comecei a assumir minhas verdadeiras funções de intelectual, na rede social, o blog acabou se tornando um verdadeiro repositório de textos, de modo a que a informação pudesse ser mais facilmente recuperada e distribuída à população, quando fosse necessário. Pois vasculhar o mural até achar a informação relevante requer exercício de paciência.

6) Os verdadeiros debates, que se dão por e-mail, devem ser feitos em grupos de e-mails e depois publicados na rede social. O registro fica depositado num blog. Seria sensato e conveniente que você tivesse um grupo de e-mails do yahoo justamente para esses debates. 

7) A rede social não é o lugar mais adequado para debates. Ela é muito boa para conversas rápidas e para se tecer alguns comentários pontuais. Para uma disputatio mais profunda, de modo a se chegar à verdade, ela não é adequada - quem ousar fazer isso estará buscando atrito para com os seus semelhantes, o que leva a um pecado sistemático grave. E a rede social deve ser usada de modo a servir à caridade, que se dá em Cristo.

8) Os grupos do facebook são úteis de modo a você reunir gente importante em torno de você e compartilhar as notícias com eles, de modo a que a informação circule mais rápido. É sensato montar um grupo de facebook, quando você tem pelo menos 20 ou 30 pessoas de confiança, que ajudam você no processo de criação intelectual. Para um debate mais profundo, os e-mails continuam valendo.

9) Quem disser que o e-mail é coisa do passado está a promover a má consciência. A pessoa está presa a uma mentalidade progressista, fundada na busca eterna do prazer e da eficiência a todo e qualquer custo - e a constante atualização tecnológica de certo modo alimenta o hedonismo. E sob o hedonismo, essa pessoa será vazia de idéias, dado o vazio da alma de quem assim diz. 

10) O verdadeiro progresso encontra-se na adequação e no uso racional das ferramentas disponíveis. Conhecendo-se bem a teleologia das coisas, é possível buscar os meios mais adequados, de modo a você servir a verdade com caridade. 

11) Uma boa teleologia leva a uma boa praxeologia, a uma boa ação, que fica em conformidade com o todo de Deus.

Notas sobre o estágio estético em Kierkegaard


1) Quando o homem se encontra no estágio estético, este vive para as coisas do presente, sem pensar nas coisas que poderão advir no amanhã.

2) Ele busca sempre o prazer, acreditando que o bom é aquilo que decorre do belo e do agradável, fundado no fato de que tudo tem a sua própria verdade. Tal pessoa vive inteiramente no mundo dos sentidos e é extremamente focado na sensualidade e acorda e dorme priorizando os apetites carnais. Interessa-lhe o jogo da sedução - sua existência é uma representação exclusivamente individual, que não considera os limites éticos e as obrigações sociais. 

3) O esteta, além de não saber discernir a diferença entre liberdade e libertinagem, acaba virando joguete de seus próprios prazeres e estados de ânimo - tudo o que lhe aborrece e que não condiz com a sua concepção de moralidade é negativo. 

4) Até mesmo em situação caótica, que causa preocupação e sofrimento, este adota um comportamento de mero observador, dado que responsabilidade e esforço não são o seu forte. Ele buscará um sentido para a sua existência guiado sob a influência do sentidos. 

5) Nesta fase, o indivíduo escolhe viver de aparências - ele vive uma vida de prazeres de maneira sistemática e se transforma num hedonista, buscando o prazer a qualquer custo e a toda hora, sem limites.

6) Para o hedonista, o ser humano precisa sentir prazer imediato - ele não deve se preocupar com o futuro e nem com grandes projetos espirituais que visam à vida eterna, dado que tudo é momento, tudo é circunstância, tudo é passageiro - pois tudo se funda no momento presente. Ele simplesmente busca satisfação imediata, seja com sexo, drogas ou rock'n'roll. 

7) Acredito que a maior parte das pessoas estão estagnadas nesse estágio, pois desprezam o fato de que possuem um cérebro com capacidade para pensar e acabam por adotar um estilo de vida artificial, sem aspirações intelectuais. 

8) Esse estágio também pode ser chamado de "Felicidade Ignorante" (pois há quem diga a seguinte frase: "feliz é o ignorante") - a pessoa tem todos os prazeres, todas as verdades que quiser, mas essas satisfações de curta duração só fazem aumentar o vazio que sentem por dentro. Ao viver dessa forma, o indivíduo não encontra satisfação, pois sua existência passa a ser um círculo vicioso de busca pelo prazer seguido de uma insatisfação profunda. Sendo assim, com o tempo o indivíduo torna-se frustrado, melancólico. 

9) A melancolia é oriunda de uma personalidade focada no imediatismo e desprovida da reflexão ética. Tende a refugiar-se no passado para encontrar satisfação, mas é em vão. Insatisfeito, e sujeito a sentimentos de medo e sensações de vazio e tédio, tende a cair no desespero. É a partir do desespero que o homem pode atingir um outro estágio existencial. 

11) O desespero é algo positivo para Kierkegaard, pois é por intermédio dele que o homem reflete a possibilidade de dar o ''salto'' para um estágio superior.

Flávio Fortini

Facebook, 19 de setembro de 2014.