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quarta-feira, 6 de março de 2019

Por que é coisa de alucinado dizer que Jesus é uma idéia, tal qual o Lula?

1) Se Jesus fosse uma idéia, o duende do pé de maconha podia ser chamado de "Jesus" e ninguém ia perceber. Eis o nominalismo.

2) E para estar íntimo desse duende, eu precisaria fazer uma viagem espiritual, tal como os xamãs fazem. Nos Andes, tem um tipo de cacto chamado São Pedro. Você bebe da água desse cacto e fica doidão, "batizado".

3) Ou seja, cristianismo e xamanismo seriam a mesma coisa. Eis no que dá dizer que todas as religiões são boas. Algumas usam narcóticos de modo que a pessoa fique alucinada, em estado de torpor - e nesse estado, a pessoa não precisa ir mais à Igreja. É o argumento perfeito para liberação das drogas.

4) Enfim, o sujeito que fala que Jesus é uma idéia deve ter feito uma viagem espiritual com maconha estragada, pensando que fosse o pergaminho do Mar Morto. Não há apologia à droga maior do que essa, pois o protestantismo é uma droga.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de março de 2019.

Especulações sobre o futuro da série Civilization

1.1) Fico imaginando como seria jogar Civilization com a possibilidade de você customizar as unidades, tal como ocorria no Sid Meier's Alpha Centauri. 

1.2) Um exemplo disso seria a possibilidade de você escolher armadura de bronze ou armadura de couro para as suas unidades; escudos de madeira ou escudos de bronze; lanças de ferro ou lanças de bronze; espadas de aço, cujo metal foi extraído a partir de raros meteoritos encontrados no Egito, ou espadas de ferro. Isso para não falar que poderíamos ter fazendeiros fazendo arado com boi ou arado puxado a cavalo, botânicos capturando as sementes, pastores trazendo animais de um lugar para outro, além de cervejeiros, pedreiros, sacerdotes, escribas e muitas outras classes profissionais, tal como havia no Sid Meier's Colonization.

1.3) Segundo o que o designer do Civilization IV me contou, o problema são os gráficos. Não sei se os computadores atuais são capazes de criar um Civilization com tanta complexidade, mas só de pensar nisso já empolga.

2.1) Outro detalhe interessante que poderia ser criado, aproveitando o que foi feito a partir da expansão Gathering Storm, seriam as estações do ano e o efeito delas nas guerras e na economia de uma civilização.

2.2) Em se tratando de produção, as plantas iriam hibernar e você teria que se virar com o que estivesse estocado, de modo a poder sobreviver até a estação seguinte.

2.3) Em se tratando de guerra, a Rússia ganhou várias guerras graças ao general inverno. Na guerra no Vietnã, os fuzis M-16 viviam emperrando, por conta da umidade, pois o sudeste asiático tem um clima bem tropical - e isso foi crucial para a derrota dos marines para os vietcongues.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 05 de março de 2019.

Notas de pós-escrito:

1) Sobre esta análise onde faço especulações sobre os próximos jogos da série civilization, uma das pessoas que a leu me respondeu: "isso vai ficar igual ao Endless Lengend - e isso não é uma boa idéia".

2) Fiquei curioso. Por isso, resolvi colocar na minha lista de favoritos do Steam o Endless Legend. Vou comprá-lo mais tarde.

3) Vejam só como são as coisas: o que é lixo para um pode ser tesouro para outro. Como não conhecia esse jogo, então vou experimentá-lo.  


Comentários:

Pedro Henrique Cardoso Barreto: Dettmann, você me permite colaborar?
 

1) Os EUA não chegaram a perder uma batalha sequer para os vietconges, mas cada baixa americana sofrida era muito sentida na capital. A pressão política da população derrotou os EUA, em pleno movimento hippie, pacifista. 

2) Quem derrotou a América foi a opinião pública. Trata-se de é um grande exemplo de como os inimigos internos de uma nação são muito mais perigosos do que os externos. Vai ao encontro de tudo tudo aquilo que sempre pregaste aqui nos teus textos.

José Octavio Dettmann: muito obrigado por me corrigir.

terça-feira, 5 de março de 2019

Da importância dos franciscanos para a teoria da nacionidade

1) Na oração de São Francisco de Assis, há um trecho que diz o seguinte: onde houver discórdia, que eu leve a união.

2) Se o homem enquanto animal que mente imagina comunidades onde irmão enxerga irmão como uma imagem distorcida de um mesmo espelho, a ponto de servir liberdade com fins vazios, então aquele que prova do sabor das coisas a ponto de conservar o que é conveniente e sensato tomará dois ou mais países como um mesmo lar, criando pontes que levem à união, fundada na missão de se servir a Cristo em terras distantes.

3) Se o liberalismo levou à dúvida, então o nacionismo levará a fé.

4.1) Quem busca o poder quer ser compreendido por todos os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade - por isso, tal pessoa compra os apoios por meio do toma-lá-dá-cá; quem busca tomar dois países como um mesmo lar em Cristo busca compreender a história, a ponto de entender por que as coisas se deram desse modo.

4.2.1) Se a secessão se deu por motivos injustos, por traição ao Crucificado de Ourique, então aquele que toma dois ou mais lugares como um mesmo lar em Cristo buscará restaurar a unidade criada por força dessa missão, visto que Cristo quis um império para Si de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre as nações mais estranhas.

4.2.2) Não foi à toa que os franciscanos também contribuíram para a construção do império cristocêntrico universal pensado em Cluny - e a base prática desse projeto espiritual é tomando dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de março de 2019 (data da postagem original).

Comentários a um artigo que escrevi ontem

1.1) Ontem respondi a uma critica de Erásmio Pereira a respeito da inviabilidade da restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

1.2) Ele me falou que D. João VI separou os reinos por meio de motu proprio. Além disso, há uma decisão das cortes de 1641 determinando que nenhum Rei Português deveria se apossar de uma coroa estrangeira. Ou seja, Portugal desde a restauração não agirá como a Espanha agiu, ao unir as Coroas Ibéricas.

2.1) A solução de separar os reinos por motu proprio se deveu ao cenário político totalmente dominado por ideologia, pois a cultura estava toda poluída por ideologia liberal, a ponto de semear má consciência na sociedade, fazendo com que portugueses e brasileiros se enxergassem como imagens distorcidas num mesmo espelho.

2.2) Ele esperava que essa medida fosse apaziguar a situação. Para a época, deve ter sido uma boa situação, considerando o gênio estratégico de D. João VI.

3.1) A melhor forma de se combater a cultura liberal é tomando dois países como um mesmo lar em Cristo.

3.2) E essa coisa começa entrando a partir de uma família. Com o passar do tempo, isso vai preenchendo círculos concêntricos até chegar à realeza.

3.3.1) Se a mentalidade revolucionária é uma cultura, então uma cultura contra-revolucionária precisa ser fomentada nessa direção, a ponto de a liberdade não ser servida de maneira vazia e de modo a atender a um gosto egoísta e relativista.

3.3.2) Afinal, o nacionismo é uma cultura - ele não é um movimento de massa, como o nacionalismo. Trata-se de um movimento pautado no princípio da subsidiariedade, pois ele vai de baixo pra cima. Segundo o professor Loryel Rocha, os portugueses foram os únicos a montar um império de cultura porque foram casando as filhas dos melhores locais com os seus melhores, a ponto de formar novas aristocracias que herdavam o melhor dos dois mundos.

4.1) Não é usando violência ou corrupção que se conquista um país, mas convencendo-o a se juntar a seu lado. E dessa forma uma simples família é a unidade mais básica do exército que se expande por conta de se tomar diferentes países como um mesmo lar em Cristo, uma vez que eles semeiam consciência nessa direção, por conta do apostolado do exemplo.

4.2) Dessa simples família surge toda uma comunidade fundada na união de A com B - e é a partir desse fato que essa comunidade quererá um vassalo de Cristo para bem governá-los, pois a união se dá pelo fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.3) Como Portugal e Brasil são governados pela mesma casa dinástica, então um casamento dinástico será feito, para o bem dessa comunidade formada a partir do senso de tomar Portugal, Brasil e Algarves como um mesmo lar em Cristo. Assim, toda aquela conjuntura política criada pela maçonaria a partir das revoluções liberais será desfeita.

5.1) A separação de Portugal e Brasil obedece ao mesmo critério das duas Alemanhas e das duas Coréias: ideologia, a ponto de as pessoas se enxergarem como imagens distorcidas de um mesmo espelho.

5.2) Essas comunidades foram imaginadas para serem vistas dessas forma, um verdadeiro horror metafísico, uma verdadeira apeirokalia política. Se for você ver o Belonging in the two Berlins, perceberá o que estou dizendo - foi daí que tirei os insights para escrever o que escrevo. E isso parece não se esgotar.

5.3.1) Embora esse livro tenha marxismo de cabo a rabo, eu não virei marxista. Eu fui eliminando o marxismo e colocando pensamento católico no lugar, a ponto de criar uma contracultura através de um cuidadoso trabalho de engenharia reversa que fiz ao longo desses anos, coisa que essa esquerdireita vagabunda jamais ousou fazer, em momento algum.

5.3.2) Talvez ninguém tenha feito isso até agora, seja por preguiça, seja por vaidade, mas os esquerdistas estão estudando a obra do Borneman. Eu aprendi essas coisas por meio da professora Cecília Azevedo da UFF, quando assistia aulas de história como ouvinte, no intervalo das aulas da minha faculdade. Isso se deu em 2004, quando tinha 23 anos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 05 de março de 2019.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Das conseqüências do nacionismo, enquanto teoria e doutrina

1) A beleza do nacionismo é que dá para se tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo assimilando o que há de bom das culturas locais. O que é bom, conforme o Todo que vem de Deus será preservado - e o que é fora disso será eliminado.

2.1) Isso leva a um novo tipo de helenismo.

2.2) Assim como o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves pode ser restaurado dessa forma, uma nova América pode ser pensada mantendo o que há de bom da experiência americana, sem destruir a língua, o direito e a cultura anglo-saxã. O que será descartado será tudo o que decorre de Henrique VIII: maçonaria, protestantismo e riqueza tomada como sinal de salvação, pois isso faz com que a liberdade seja servida com fins vazios.

2.3) Uma nova América pode ser tomada como um lar a partir da seguinte narrativa:
"Rompemos com o Rei da Inglaterra porque ele foi um tirano, mesmo sendo nós descendentes de ingleses. Durante muito tempo buscamos a nós mesmos, mas isso não é o suficiente, pois isso nos tornou indefesos diante da mentalidade revolucionária, coisa marcou todo o século XX.
Se é por meio da Santa Cruz que venceremos e seremos realmente livres, então é de bom grado que aceitamos estar sujeitos à proteção e autoridade do Rei de Portugal, Brasil e Algarves, visto que ele não traiu a Cristo, tal como fez Henrique VIII. Dessa experiência, conjugada com aquilo que nos fez ser grandes, faremos uma nova América, melhor do que aquela nascida no dia 4 de julho de 1776.
Esta será a segunda declaração de independência da América, desta vez pautada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - e não na ideologia".
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de março de 2019.

Respondendo a uma crítica pertinente

Erásmio Pereira me fez esta crítica pertinente: "O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves não será mais possível de ser reunido, exceto se as duas coroas se unirem em Matrimônio e haver um único herdeiro (mesmo assim como uma exceção, porque as Cortes de 1641 deixaram claro que o Rei de Portugal não pode possuir Coroas estrangeiras). D. João VI fez por motu proprio e livre vontade a divisão dos Reinos".

1) Para que a União seja restaurada, é preciso que a realeza tome os dois países como um mesmo lar em Cristo, por força de Ourique, a ponto de ambos os povos serem tomados como parte da mesma família.

2) Se famílias comuns podem tomar vários países como um mesmo lar em Cristo, então surgirá toda uma comunidade de pessoas que pedirá a União das Coroas, a ponto de as famílias dinásticas atenderem a esse pedido do povo de modo que isso ocorra, uma vez que o senso de tomar dois países como um lar em Cristo legitima esse processo, dado que haverá toda uma comunidade formada a partir da União de A com B, que reúne o melhor dos dois mundos. E esse novo mundo tem seus próprios problemas, a ponto de exigir um vassalo de Cristo para bem governá-lo.

3) O processo de se tomar dois países como um lar em Cristo sempre se dá de maneira subsidiária: sempre debaixo para cima - assim não haverá coroa estrangeira a ser tomada, uma vez que não há mais fronteira entre Portugal e Brasil artificialmente criada por conta de se tomar esses países como se fossem religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, a ponto de esses países se enxergarem como imagens distorcidas de um mesmo espelho, tal como aconteceu com a Alemanha durante o tempo do Muro de Berlim ou mesmo entre as Coréias, divididas por força da ideologia - e é neste ponto que a maçonaria será definitivamente derrotada. Afinal, não é possível haver príncipes, os primeiros cidadãos de república, se não houver uma comunidade fundada no princípio de que os homens não se tornam coisa de outro homem, uma vez que há um verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos ensinou a nos amarmos uns aos outros tal como Ele nos amou, uma vez que Ele foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. E neste ponto, a monarquia republicana portuguesa será restaurada, ensejando a restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

4) Essas coisas demandam séculos e toda uma consciência nessa direção. É mais fácil ensinar os homens comuns nessa direção do que a realeza - afinal, essas coisas percorrem círculos concêntricos. Quando atingir o último grau, que é o grau da realeza, a unificação será inevitável.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de março de 2019.

Meditação sobre alguns aspectos da história econômica

1.1) Se a economia nasceu da experiência prática acumulada por mercadores ao longo dos séculos, então aquele que faz filosofia a partir desse conhecimento acumulado precisa ser necessariamente um mercador, a ponto de ter um conhecimento total acerca do que faz, uma vez que é preciso se colocar no lugar do outro de modo a poder meditar de forma realista acerca do problema e viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. 

1.2) Somente um filósofo tem condições de coordenar os esforços da sociedade porque ele tem o conhecimento do todo. E para o economista ter o conhecimento de seu campo, ele precisa reunir em todo de si as qualidades de filósofo e mercador - qualidade rara, se observamos as biografias dos principais pensadores econômicos.

2) Muitos dos mercadores foram homens práticos e nunca foram filósofos. Por outro lado, Adam Smith foi filósofo, mas nunca foi mercador. Todos os economistas em geral foram homens que passaram suas carreiras na academia ou no governo, a ponto de não terem nenhuma experiência como mercadores. Todos eles foram homens de gabinete, mais presos à abstração - nunca chegaram a abordar problemas práticos ou mesmo problemas morais inerentes ao seu caminho profissional.

3.1) Até agora eu não conheço um que tenha realizado bem as duas funções: de conciliar a praxe mercantil com a experiência filosófica. Isso dependerá do surgimento de um gênio que invente uma profissão que una essas duas pontas, uma vez que não houve tal casamento, ao longo da história.

3.2) Nesse ponto, a economia se libertará da crematística e passará a estar mais ligada ao campo da filosofia da lealdade, a ponto de trocar a riqueza como sinal de salvação, fundada no ouro, pela ética fundada na santificação através do trabalho, o que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo, a ponto de preparar a todos para a pátria definitiva, que se dá no Céu, pois esta dará ensejo a uma boa e santa vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de março de 2019 (data da postagem original).