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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Notas sobre imaginação moral e política

1) Habilidade sem imaginação é artesanato. E neste ponto o pragmatismo político se enquadra neste elemento.
 
2) Artesanato fundado no homem como a medida de todas as coisas leva ao utilitarismo, ao homo faber. O homem rico no amor de si até o desprezo produzirá a melhor solução técnica de modo que seu interesse prevaleça sobre os demais. Tudo se dá pela força ou pela coação moral irresistível

3.1) Em inglês há uma expressão chamada statecraft - Estado fabricado, manufaturado.
 
3.2) O pretenso chefe de Estado vai se aliando com pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas do que ele, de modo a conseguir tomar o poder, seja pela força, seja pela corrupção.

3.3.1) Esse estado de compromisso foi toscamente costurado, a tal ponto que os conservantistas mudam de senhor com prazer, quando seus interesses vis e egoístas não estão satisfeitos.
 
3.3.2) A coisa tende a ser ainda mais grave quando o homem, enquanto animal que mente, tende a ser a medida de todas as coisas, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. E isso faz com que a liberdade seja servida com fins vazios.

4.1) Se a habilidade for combinada à imaginação moral, a ponto de vermos o que não se vê - o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem nas pessoas -, então o bom político é como um bom tecelão, capaz de fazer um arranjo de excelente qualidade, uma costura feita de tal modo a influir decisivamente no tecido social, uma vez que estamos amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de as coisas apontarem a conformidade de todo que vem de Deus e assim não serem esquecidas.

4.2.1) O responsável pela articulação, pela costura desses acordos, adquire sua autoridade pela força do exemplo, a ponto de conduzir os negócios da cidade dessa forma - e é assim que ele se torna o primeiro cidadão da cidade, por ser servidor de Cristo neste fundamento.

4.2.2) A notícia desse serviço se espalha a ponto de o bom governante se tornar primeiro cidadão de outras cidades próximas, pois estimula as lealdades a gravitarem em torno de sua pessoa, uma vez que ela está revestida de Cristo. E ele se torna rei, quando se torna primeiro cidadão sistemático de todas as cidades do Brasil, assim como de todo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

4.2.3) Este é o verdadeiro sucessor de D. Afonso Henriques, pois ele fez isso com base em um chamado, já que semeou a todos de tal maneira que a missão de servir a Cristo em terras distantes, fundada em Ourique, não viesse a ser esquecida.  
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2019.

Notas sobre uma medida que tomaria, se tivesse autoridade para isso

1) Se o Estado estivesse em aliança com a Igreja Católica, eu daria isenção à Igreja para não pagar conta de luz no verão.

2.1) A razão pela qual digo isso é que as igrejas são de pedra. Se não houver ar ligado, fica insuportável ficar dentro delas.

2.2) Se pudesse, eu iria conversar com as autoridades eclesiásticas sobre a questão de construir paróquias com materiais que fossem isolantes térmicos, como isopor. Seria ótimo haver igrejas com sua arquitetura tradicional e adequadas à realidade do verão carioca.

2.3) Se preciso for, iria ter uma audiência com o papa para tratar do problema.

3.1) Não sou contra a tradição - só acho sensato é que as Igrejas sejam mais confortáveis para o povo de Deus, sobretudo no verão.

3.2) A casa de Deus não pode ser um inferno lá dentro quando estamos no verão carioca, pois isso é contrariar a razão pela qual ela foi feita.

4.1) Nas atuais circunstâncias atuais de Estado laico eu teria que dar essa mesma concessão às seitas heréticas, por conta da isonomia. E isso eu não posso dar, pois os templos protestantes não passam de empresas disfarçadas de igrejas.

4.2) Isso sem mencionar que essa maldita isonomia causaria um baita impacto na arrecadação - o que seria um tiro no próprio pé. Que bela porcaria é a Carta de 1988!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2019.

Igrejas de pedra não são uma boa pedida no verão carioca

1) A Igreja da minha paróquia é feita de pedra. No verão, sobretudo em janeiro, fica muito quente lá dentro - um calor quase insuportável, pois pega todo o sol da tarde. Se não fosse o ar condicionado, eu não iria conseguir assistir missa lá dentro.

2) Outro dia, eu imaginei uma conversa com o padre Jan e disse o seguinte: "um escritor, com seu olhar aguçado, dirá que a casa de Deus é um verdadeiro inferno no verão, de tão quente que é aqui dentro. Se a Igreja é a porta de entrada do paraíso, então o que ocorre aqui é um pouco diferente daquilo que Dante descreveu na Divina Comédia. Ou seja, ele vai chegar à conclusão de que Dante está errado, uma vez que ele não sabe o que é o verão no Rio de Janeiro.

3.1) Eu sou escritor e não cheguei a dizer este tipo de blasfêmia de fato para o meu pároco, mas é fora de dúvida que isso é muito irônico.

3.2) Igrejas de pedra no verão carioca causam esta confusão. A casa de Deus se torna um verdadeiro inferno, tamanho o calor que há dentro delas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2019.

Da crônica como uma forma de documentar os fatos da política nacional atual - o caso do Governo Bolsonaro

1) O professor Marco Antônio Villa disse que ele não seria crítico de costumes.

2) Embora ele não queira fazer esse papel, penso que esta é uma excelente oportunidade para quem escreve bem, uma vez que isso é uma verdadeira prestação de serviço às futuras gerações.

3) É preciso ser um cronista deste governo Bolsonaro, documentando todas as essas coisas relativas ao fenômeno do caipira político que foi alçado ao poder, uma vez que os conservantistas optaram por tomar o poder ao invés de criar uma nova cultura onde a ameaça da volta da esquerda seja um problema resolvido de uma vez por todas.

4) E a crítica dos costumes é o caminho. Há muitos deslumbrados que sequer viram uma baixela de porcelana ou um prédio antigo dos tempos da China Imperial - e essa gente é facilmente corrompível, por conta de sua falta de preparo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

Comentários sobre o ato de apatria praticado por uma certa leva de deputados que foi à China

1) Durante os anos petistas, o STF estabeleceu uma jurisprudência no entendimento de que o mandato pertence ao partido, quebrando a cultura eleitoral de que votamos em pessoas. 

2) Considerando que os mandatos pertencem agora ao partido, que esta já é uma realidade sedimentada, penso que seria interessante que esses deputados que foram à China para adquirir a tecnologia de reconhecimento facial para uso em aeroportos deveriam ser banidos do partido por alta traição e que seus mandatos sejam entregues a pessoas mais capacitadas.

3.1) É a pena que deveria ser aplicada por alta traição, uma vez que a CRFB proíbe a pena de morte, salvo em guerra declarada. 
 
3.2) O ponto crucial da questão é que os dados de todos aqueles que moram no Brasil - sejam de nacionais, sejam de estrangeiros, sejam até de refugiados chineses que se encontram no Brasil - seriam repassados a esse governo totalitário maldito. Mais do que traição, isso constitui crime de lesa-pátria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2019.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Como tomar dois países como um mesmo lar favorece o estudo dos casos particulares que levarão ao estudo de uma teoria geral da nacionidade

1) Se indução é investigar um caso particular de modo a deduzir uma regra geral, então você precisa estudar o maior número de casos particulares possíveis a ponto de você estabelecer uma teoria geral da nacionidade, do senso de se tomar um país como um lar em Cristo.

2.1) A teoria da nacionidade, enquanto teoria geral, necessita que gerações de pessoas da família do investigador tomem dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, ao longo das gerações, sempre amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.2) Como Cristo escolheu Portugal para o trabalho de servir a Cristo em terras distantes, então o lastro dessa definição está nesse povo que é capaz de converter o interesse nacional em interesse universal, já que ele foi por Cristo para isso.

2.3) Como Portugal foi seqüestrado pelas forças da maçonaria, então o país que sucedeu Portugal neste trabalho foi a Polônia, que é o país que melhor defende a cristandade, neste momento.

3) O primeiro grau do estudo da teoria da nacionidade é estudar as relações entre Portugal e Brasil e entre Portugal e os demais países que povoou na África e na Ásia.

4) O segundo grau é o estudo das relações ibéricas.

5) O terceiro grau é o estudo das relações dos povos ibéricos como os demais povos que fazem da língua latina a base da sua razão de ser. Essas relações são de forasteria, não de estrangeria

6) O quarto grau é o estudo desses países que fazem da língua latina sua razão de ser com o povos de base cultural germânica ou eslava. Aqui a relação de estrangeria.

7) As relações de estrangeria podem se fundar em Cristo, o que fará com que as relações sejam abertas, o que ajuda na construção de um bem comum de tal maneira que a Europa e todos povos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento sejam tomados como um lar n'Ele por Ele ou para Ele. E nesse ponto as relações entre os povos da cristandade produzem o verdadeiro direito internacional, pois a razão de ser desses povos, de tomar a terra de seus ancestrais como um lar em Cristo, é partilhada com outros povos, a ponto de edificarem legados civilizacionais virtuosos;

8) Fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, as relações de estrangeria levam à civilização cristã a ser destruída. Exemplo disso é a relação dos europeus com os árabes, que são islâmicos. E neste ponto há um choque de civilizações.

9) Direito Internacional sem Cristo leva à apatria. E o globalismo fundado nisso, que leva a uma nova ordem mundial, é apatria pura. É fascismo em escala global, pois tudo estará na ONU e nada estará fora dela ou contra ela. Em termos mais precisos, tudo estará nas mãos do Conselho de Segurança da ONU. Eis o drama da cosmópolis!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2019.

Notas sobre o problema de se tomar a estatística como se fosse religião, a ponto de fomentar totalitarismo

1.1) Uma das características do pensamento gnóstico é reduzir as pessoas às suas funções, a ponto de as virtudes das mesmas serem consideradas irrelevantes em matéria de estatística, onde os números tendem a governar o mundo de maneira absoluta, a ponto de corromper tudo absolutamente, uma vez que o homem se tornou a medida de todas as coisas, sem levar em conta suas qualidades ou defeitos.
 
1.2.1) A maior prova disso é a pretensão de que qualquer general podia fazer aquilo que Napoleão Bonaparte fez em sua época, como dizem os marxistas. Mas acontece que nem todo general é Júlio César, Alexandre ou Aníbal, muito menos Napoleão Bonaparte - comparar um general com gênios da arte da guerra é desrespeitar o princípio da desigualdade de talento que se dá entre os homens.

1.2.2) É perfeitamente possível entender como pensavam esses grandes estrategistas, mas o que incluirá você entre os grandes da história da arte da guerra é a maneira como você responde a esta circunstância, de modo a assegurar a vitória do seu país contra um determinado inimigo, num estado de pressão extrema. E neste ponto, a definição de indivíduo de Ortega y Gasset é o principal ponto de virada, a ponto de transformar quantidade (um general) em qualidade (Júlio César, Napoleão e outros notáveis).

1.2.3) Eis a importância da reabsorção da circunstância, a ponto de converter imitação em criação, a ponto de seu trabalho ser tomado como um estudo de caso indispensável para o estudo da arte da guerra. O cristianismo mesmo não pode ser estudado senão pela cruz, pela morte e conseqüente ressurreição de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. É isto que santifica uma causa e todo o trabalho voltado para isso,.

2.1) A história de uma família pode ser medida pela mútua assistência e mútua santificação que um homem e uma mulher deram um a outro a ponto de formarem gerações para a virtude. E a história de uma nação tomada como um lar em Cristo se resume ao conjunto dessas famílias fundadas nisso.

2.2) Se família se reduz ao casal, ao agrupamento de macho e fêmea que são capazes de gerar descendentes férteis, isso faria com que os propósitos da criação fossem servidos com fins vazios. Com o advento da impessoalidade e da androginia - onde o homem pode ser convertido em mulher e mulher em homem, uma vez que a espécie se reduziu ao gênero -, então isso faz com que o sexo se reduza a prazer, a ponto de perder a função reprodutiva, o que certamente levará a humanidade à extinção.

2.3.1) É por essas razões que não podemos acreditar que os números governam o mundo de maneira absoluta, pois o poder fundado nisso corrompe absolutamente.

2.3.2) A maior prova disso é que a democracia não é o melhor tipo de governo, onde o governante é escolhido pela quantidade de votos. A verdadeira escolha está nos motivos determinantes que fizeram com que um determinado eleitor escolha um determinado candidato e não outro, pois os motivos determinantes mais sensatos certamente determinarão os limites da representação política - ou seja, o que o presidente pode ou não fazer nos termos desse mandato. Como são milhões de eleitores, a apuração desses motivos determinantes seria muito complicada, o que demandaria muitos anos para se apurar o próximo presidente do país - e em tempos de guerra, isso é um tempo muito precioso que está sendo perdido. Não é à toa que as coisas descambam para a violência durante a campanha eleitoral.

2.3.3) Por isso que muitos adotam critérios numéricos, reduzindo as decisões pessoais, as decisões de poder, à quantidade de votos - é um critério prático, mas que acaba servindo liberdade com fins vazios, já que um país que tem seu imaginário colonizado na base da Revolução Francesa certamente sofre de instabilidade política, dado que está em crise, como se dá ao longo destes 130 anos de República.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2019.