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sábado, 28 de julho de 2018

Notas sobre o dever de votar, em relação à política de ocupação de espaços

1.1) Se política é ocupação de espaço, então ir votar em alguém honesto de modo que as câmaras legislativas sejam ocupadas só por gente honesta é um dever patriótico, fundado no fato de tomar o país como um lar em Cristo. 
 
1.2) É dentro desse senso de urgência que a lei deve ser vista como um mecanismo de legítima defesa em face daqueles que têm mentalidade revolucionária, que farão do crime e da corrupção os meios necessários para se chegar ao poder, uma vez que crime é como guerra: continuação da política, só que por meios violentos.

2.1) No Brasil, o voto é obrigatório, enquanto na Itália não (corrijam-me, se estou errado).

2.2.1) Nos termos daquilo que falei, se você toma dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, o dever de votar aqui te capacita ao mesmo dever de votar naqueles que são honestos e que estão a se candidatar a uma vaga no parlamento da Itália.

2.2.2) Comunistas são internacionalistas - e a única medida para se combater o internacionalismo é tomando dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo e criando as pontes necessárias de modo que ambos os povos se beneficiem do fato de você ser cidadão em comum dos dois países. E o que ocorre contigo afeta toda uma legião de pessoas que estão nesta mesma circunstância.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2018.

Comentários:

Cristina Bassôa De Moraes: Nada disso tem o menor sentido numa eleição fraudável e fraudada, como tem ocorrido no Brasil nos últimos 20 anos. 

José Octavio Dettmann: Você tem razão, Cristina. Aqui no caso, estou falando em tese. Quanto à ação, isso eu deixo para quem pode.

Se digitalização é um tipo de extrativismo; o remake é um tipo de cultivo, de modo a melhorar ou preservar a qualidade da reserva

1) Tempo atrás eu havia comparado à digitalização de livros ao extrativismo. Num ambiente de guerra cultural, isso é matéria de sobrevivência. É preciso você ter uma biblioteca bem equipada de modo a estar com a alma bem cultivada e assim semear a consciência das pessoas. É preciso se dedicar ao arado tanto quanto um guerreiro se dedica à guerra, por meio da espada.

2) Certa ocasião, no twitter, a Senadora Kátia Abreu havia dito que a mão que produz (e o extrativismo é um tipo de produção) é a mesma que preserva. Se digitalização de livros é um tipo de extrativismo, então as fotos servem de semente de modo a refazer o projeto, quando o ebook for perdido, por alguma razão. Por isso que guardo todas as fotos que me serviram de base para compor o ebook.

3.1) Durante muito tempo, meu quarto tinha uma cortina pesada - o que o deixava bem escuro. Quando meu pai mudou a cortina do meu quarto, a qualidade da luz melhorou muito. Isso foi como uma revolução para mim - é como se tivesse encontrado terreno favorável para aperfeiçoar os meus trabalhos anteriores. Por conta disso, contarei com sementes de melhor qualidade. 

3.2) Por isso, tão logo eu possa, eu refarei os projetos anteriores à mudança da cortina (2011 à 2017), na medida do possível. O que já digitalizei ficará à disposição dos leitores até a conclusão de todos os remakes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2018.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Recado aos ítalo-brasileiros

1) O preço da liberdade é a eterna vigilância. Isso é chover no molhado.

2) Agora, quando você toma dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, a ponto de você ter duas ou mais nacionalidades, este preço tende a valer duas ou três vezes mais.

3.1) Eu não sou ítalo-brasileiro, mas, por conta dos meus estudos sobre o senso de tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, venho percebendo que todos ou quase todos os que conheço e que estão nesta condição não percebem a dimensão em que se encontram, por conta de nascerem com este direito, a ponto de serem contados como uma espécie de nobreza nessa seara e não se darem conta disso.

3.2.1) Essa gente não acordou para o fato de que o privilégio de ser tratado como europeu pede o preço da eterna vigilância. 

3.2.2) Omitir-se do dever de ocupar as vagas a que têm direito no Parlamento Italiano é declarar-se apátrida - um esquerdista se valerá desse privilégio e abrirá as portas aos islâmicos, bem como fará as pontes de tal maneira que o Foro de São Paulo tenha seus tentáculos na União Européia. Por conta de omitir-se de seu dever, você prejudica o Brasil também, a ponto de tornar-se duplamente apátrida.

4) É preciso largar de ser hedonista e egoísta. Se você preza o legado de nossa civilização, então honre seus ancestrais italianos e faça o que deve e precisa ser feito tanto para o bem da Itália quanto para o bem do Brasil. Tome, portanto, os dois países como um lar em Cristo e sirva a Cristo nestas terras distantes, honrando o legado de Ourique do qual você é também herdeiro, por ter nascido no Brasil e ser falante da língua portuguesa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2018.

Devemos buscar Cristo e não a unidade transcendental das religiões e das civilizações

1.1) Antes de Cristo, as sociedades tinham aristocracias que se pervertiam em oligarquias, monarquias que se pervertiam em tiranias, assim como politéias que se pervertiam em democracias, que, por sua vez, preparam o caminho para uma cesarocracia, onde nela um pretenso iluminado, que toma o país se fosse religião, vai salvar o pais prometendo mais Estado, a ponto de promover uma espécie de milagre econômico que levará a uma espécie de espetáculo do crescimento. Nesse espetáculo, uma sociedade em crise, que perdeu o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo, passará a habitar uma terra onde leite e mel abundam, como se a riqueza fosse sinal de salvação, como se isso decorresse de um milagre.

1.2) De fato esses problemas são todos universais, mas não concordo com a pretensão panenteísta de buscar a unidade transcendental das religiões, bem como das civilizações, pois isso tende a reduzir a explicação do mitologema a uma única causa - e isso não me parece realista, assim como o faz o mundo prescindir da verdade, que é Cristo.

2.1) É em Cristo que você verá um um Rei deixar de ser faraó e se tornar vassalo n'Ele, por Ele e para Ele, como aconteceu com D. Afonso Henriques. E é a partir desse vassalo que toda uma aristocracia é escolhida a ponto de servir ao povo naquilo que têm de melhor, fazendo com o vassalo e o povo sujeito a sua proteção em autoridade se tornem cúmplices, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se o povo vê no vassalo de Cristo a figura do próprio Cristo, então a tendência natural é aclamar o seu sucessor,uma vez que a aclamação tem mais motivos determinantes do que um voto, uma vez que Cristo basta a si mesmo, por ser verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

2.2.1) Os povos que não tiveram a mesma graça que os portugueses tiveram na Igreja, a esposa de Cristo, o corpo intermediário necessário a ponto de fazer um Rei vassalo de Cristo, tal como aconteceu com a França, a filha favorita da Igreja.

2.2.2) Isso não torna a França menos importante que Portugal - pelo contrário, o que a Igreja faz é distribuir essa graça a todos os outros povos que encontram sua razão de ser em Cristo, a ponto de tomarem o seu país como um lar n'Ele, por Ele e para Ele.

2.2.3) Enfim, o milagre de Ourique serviu como um exemplo de como deve ser a gênese de uma nação livre - e o legado dessas civilizações será medido por conta de sua lealdade a Cristo bem como a sua esposa, a Santa Madre Igreja Católica. Por este prisma, portanto, podemos dizer que houve uma renovação da ordem monárquica, por força desse milagre. Uma monarquia republicana, onde rei, nobreza e povo (os três estados) trabalham um em função do outro visando a grandeza de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2018.

A monarquia é o marco de decadência das civilizações?

Haroldo Monteiro:

1) A monarquia já é o inicio da queda e não um marco de conquista civilizacional.

2) O fim do governo dos santos, dos virtuosos e dos nobres sempre coincide com inicio de uma monarquia e essa culmina desastrosamente em uma democracia quando inevitavelmente a oligarquia triunfante manda cortar a cabeça real assumindo o domínio de um corpo sem cabeça que agora, desde o oculto será, até a emersão de um Cesarocrata, governado por farsantes e mandaretes de um poder real que se esconde atrás da falsa afirmativa de que o poder emana do povo.

José Octavio Dettmann:

1) Não seria a tirania, a forma pervertida da monarquia, o início da queda civilizacional de uma nação inteira? É sempre quando há tirania que os regimes descambam nessas loucuras que decorrem da Revolução Francesa.

2) Se a monarquia não se fundar no altíssimo, ela tende a ter a um fim em si mesma, a ponto de fazer do homem a medida de todas as coisas. E aí ela já descamba na sua forma pervertida, a tirania

Haroldo Monteiro: 

1) A monarquia é, na verdade, o crepúsculo e não a aurora de um civilização. É só observarmos a história de Israel e a história cristã para verificarmos isso.

2) O fato de todas as monarquias declinarem e dar início a um processo de ascensão de uma oligarquia triunfante depõe a respeito do fato de que a monarquia é a conseqüência da perda de substância espiritual, como se fosse aquele momento o ponto final de um movimento que se fazia por pura inércia, sem uma vitalidade movente interna. É diferente dos tipos de governo em que o poder político gravitava em torno de uma autoridade espiritual bem consolidada, como a dos governantes santos, virtuosos e nobres.

3.1) Se entendermos um processo histórico civilizacional como se fossem fases formando um ciclo de ascendência e descendência no que concerne a formação do poder social em sua unidade, então verificamos, nas mais diversas civilizações, fases bem distintas da formação do poder político no qual a monarquia se apresentará como uma forma conseqüente desse desenvolvimento. Ela em si não é a forma que dá unidade espiritual ao ciclo, mas uma forma que sempre se apresenta no inicio do processo de descendência do ciclo.

3.2) As fases mais conectadas a Deus são as que correspondem as fases teocráticas. Ela se inicia com a figura mística de um iluminado, tal como se deu em Israel com Moisés, no islã com Maomé, no Cristianismo com o próprio Cristo, em Rama entre os árias etc.
3.3) A segunda fase do período teocrático começa com a morte dos primeiros homens iluminados. E é neste ponto que entramos na fase do governo dos homens virtuosos, onde um grupo de discípulos mais próximos receberam daqueles a essência mesma do poder que seus fundadores iniciaram. Em Israel temos Josué e os juízes; no cristianismo, com os apóstolos etc. É a chamada fase aretocrática, pois vem de de areté (virtude)

José Octavio Dettmann: Eu discordo. E digo o porquê:

1) A Idade Média foi a época em que os homens mais cooperaram com Deus. A monarquia era o regime da maioria dos povos da Cristandade. Se houve crepúsculo, então isso se deu a partir da Renascença e com a retomada do neopaganismo.

2) Esse neopaganismo certamente retirou todo o transcendente do regime, a ponto de decair numa monarquia imanente, como podemos ver nas monarquias liberais. No caso do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o germe revolucionário veio de fora para dentro, pois Portugal conservou o dogma da fé, como bem disse Nossa Senhora, em Fátima. Digo isso por conta da invasão da França a Portugal, bem como por conta da penetração das idéias da maçonaria no seio da sociedade, nos mesmos moldes do gramscismo.

3)  Há uma tese do Joathas Bello, que tive a liberdade de reproduzir em meu blog, que aponta que a ciência moderna nasceu do casamento do pensamento cristão com o islâmico, a tal ponto que a fé começou a ser substituída pela razão, que passou a ser tomada como se fosse uma espécie de religião. Essa ciência moderna tornou-se o sistema de crença dessa nova religião, a ponto de haver uma tecnocracia, pois a administração do Estado tomado como se fosse religião tornou-se uma ciência, a ponto de estar sempre a serviço das ideologias dominantes.

4) Acredito que deva ser por conta dessa penetração da filosofia islâmica que ela começou a perverter tudo, desde o regime até a alta cultura. Esta é a fumaça de Satanás. á há quem fale nesse negócio de Crislã, de Cristo submetido a Maomé.

5.1) Enfim, Haroldo, o problema dessa sua explicação é que ela se resume a uma só causa, pois faz da degeneração da monarquia método geométrico, a ponto de desaguar num determinismo ou fatalismo histórico (isto está na Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses).

5.2) Jaime Cortesão, citando John Stuart Mill, nos alerta acerca dessas explicações que reduzem tudo a uma única causa. Deve haver muitas outras causas concorrentes, como a questão da ciência moderna ou mesmo a retomada do neopaganismo - e isso não pode ser desprezado.

5.3) Só aí é que você explica a perversão da monarquia em tirania - e da tirania vem a democracia moderna, que prepara o caminho para o cesarismo. Em si, sem essas forças concorrentes, a monarquia continua sendo virtuosa, pois Aristóteles falou que ela é uma forma virtuosa de governo, pois serve a Deus.

José Octavio Dettmann: que livros você andou lendo sobre isso?

Haroldo Monteiro:

1) Trata-se de uma composição tendo por parte algumas fontes, porém todas elas articuladas em torno da teoria do ciclo cultural do Mário Ferreira dos Santos. O texto matriz dessa idéia está nos seus "Aspectos dos ciclos culturais". 

2) É incrível como pelo menos a fase da hierocracia, aretocratica e aristocracia oriunda de aristo (dos melhores) existem em todas as civilizações, até onde eu pude verificar. Na monocracia, que é a ascensão de um monarca, começa o afastamento de todos aqueles que compunham o núcleo dos poderes anteriores. Na monarquia, por um vicio inexorável dessa mesma, ocorre a revolução oligárquica da qual o soberano monarca era um dos melhores.

Facebook, 27 de julho de 2018 (data da reprodução do diálogo neste blog).

https://web.facebook.com/harolalm/posts/2280896701935600

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Tomar o país como se fosse religião tem cunho gnóstico

1) Quando uma nação é tomada como se fosse religião - em que Deus está morto e tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele -, a História desse domínio é pautada por eras de nacionalismo e salvacionismo, uma vez que essa nação não é livre de modo a ser tomada como um lar em Cristo, a ponto de ter sua razão de ser n'Ele, por Ele e para Ele.

2.1) Novas constituições são escritas quando o senso de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade entra em crise, seja por conta da corrupção do pecado, seja por conta das constantes contradições fundadas nas falsas promessas, em que se promete uma coisa e se faz outra.

2.2) Enfim, nesse país tomado como se fosse religião, a mentira é a razão de ser desse país, uma vez que se inventou a alegação de que ele foi colônia de um país ibérico e católico, que serviu a Cristo em terras distantes, por força do milagre de Ourique (no caso, Portugal). E com base nessa mentirosa alegação de que foi colônia de Portugal, foi buscar a grandeza por si, imitando o grande irmão do norte, a ponto de ter o mesmo destino que o filho pródigo, tal como vemos na Bíblia.

3) O país teve 7 ou 8 constituições, sendo a primeira no Império secedido do Reino Unido, marcando a transição para esta República, este inferno em que nos encontramos hoje. Olhando para todos estes fatos, isto explica o argumento de Ernest Gellner, mas é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.1) As explicações de Gellner sobre as eras de nacionalismo tendem a ser explicações panenteístas, a ponto de resumir esse senso a uma única causa, sempre fatalista. O ciclo é uma linha reta, com começo e fim nela mesma, já que o fim da pólis é a própria pólis - o que é uma concepção marcadamente neopagã, gnóstica, uma vez que se trata de um sistema fechado. 

4.2) Da crise do conservantismo da situação anterior vem um senso de tomar o país como se fosse religião, que e feito de tal maneira a reescrever a constituição e reedificar a ordem nacional a partir do zero. E nesse ponto, a nova ordem é sempre pior que a antiga ordem constitucional. Basta ver a experiência republicana brasileira, ao longo desses quase 130 anos.

5.1) Esta é a mesma impressão que eu tive do artigo que meu colega Haroldo Monteiro escreveu, quando disse que a monarquia é o começo do fim de uma civilização, não sua aurora, tal como se deu em Ourique.

5.2) Esta explicação só tem sentido num mundo quinhentista e divorciado daquilo que se fundou em Ourique, marcado por um mundo em que os eleitos foram agraciados com a República (os EUA) e os condenados imitados a imitá-la (Brasil e os demais países ibero-americanos). Enfim, isto não procede, pois não faz sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2018.

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira:   

1) O Brasil foi um país que já nasceu recusando duas constituintes populares. As elites queriam ser as campeãs da democracia, mas quando esta não foi de acordo com a sua vontade simplesmente a ignoraram. Primeiro, recusaram a constituinte democrática do Império porque não queriam se submeter à vontade dos deputados da metrópole. Depois fizeram uma constituinte só com brasileiros, mas também acabaram por recusá-la. 

2) A tática da elite dominante foi quase sempre a mesma: dominar aparentando democracia e manipular o povo por força disso. Tem sido assim até hoje.

Gilmara Farias:  Sete ou oito constituições é muita coisa. Este fator fragiliza a credibilidade de uma nação.

José Octavio Dettmann: É o que dá tomar o país como se fosse religião. Se ela não está presente diante do Senhor, do Crucificado de Ourique, que credibilidade terá? Eis porque o professor Olavo fala tanto da cultura de fingimento que há por aqui,

Gilmara Farias: Essa inconstância dá medo em qualquer investidor.

José Octavio Dettmann: Exatamente.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Notas sobre o perigo de se estudar o panenteísmo

1) O problema dessas explicações que buscam a unidade transcendental das religiões está no fato de que todas as religiões são boas, são verdadeiras. Se todas as religiões são boas, elas dispensam a pessoa de Jesus, a ponto de se reduzirem a uma bondade operativa, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e sensato, como se o homem não tivesse sido marcado pelo pecado original, como se essa barafunda entre o sensato e o insensato não existisse.

2) A verdade é uma só, pois só no Cristianismo é que encontramos um Deus que veio até nós, na pessoa de seu Filho muito amado, de modo a nos salvar do pecado. Como Ele é a verdade em pessoa, então Ele tem a realeza em pessoa, e essa realeza nunca entrará em colapso, pois Ele venceu a morte. Por isso, tudo o que se fundar na conformidade com o Todo que vem de Deus jamais entrará em colapso, uma vez que o Salvador feito Homem garantiu que o mal não destruirá a Igreja, assim como o acessório que segue a sua sorte: a civilização cristã.

3) Quando se busca a unidade transcendental das religiões, então tudo se reduz a uma só causa, a ponto de apontar a monarquia como o começo do crepúsculo da civilização, e não sua aurora, jogando na lata do lixo todas as lições de Aristóteles sobre as formas virtuosas e viciosas dos regimes políticos, por conta de estarem ou não em conformidade com o Todo que vem de Deus. Isso necessariamente leva a uma linha inexorável de decadência e morte, como se Deus estivesse morto. E quando admitem que Ele não está morto, então dizem que temos um Deus que simplesmente não age - uma explicação deísta, o que é tipicamente maçônico.

4) O problema dessas explicações é que elas dispensam o milagre e a renovação da verdade por essas forças extraordinárias de ação que decorrem de um Deus onipresente. Essas explicações negam as fundações do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves decorrentes de Ourique, pois são fatalistas. Eis o verdadeiro perigo desses estudos panenteístas - eles são relativistas. Afinal, as idéias têm conseqüências - e essas conseqüências são nefastas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2018.