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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Contra fatos não há argumentos que justifiquem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade

Você pode me dizer isto: "discordo da sua opinião, Dettmann. Isto não se aplica a evangélicos".

Eu respondo:

Isto não é opinião, mas fato. Se você for ver os vídeos do Olavo, do Loryel Rocha e livros que tratem do assunto, é exatamente disto que falo.

Além disso, se você conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, então você está negando a realidade sobre a qual este país foi fundado. E por negar a realidade em que este país foi fundado, você está negando a missão salvífica que Cristo instituiu para nós. Se eu te chamar de apátrida, isso não será ofensa, mas constatação mais pura da realidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2017.

Notas sobre a real finalidade deste trabalho intelectual que faço

1) Sinto que todo esse trabalho que faço pode servir de base para se escrever um romance épico sobre a História do Brasil, narrado desde o milagre de Ourique até a crise em que nos encontramos atualmente.

2) Eu não tenho a habilidade de um ficcionista imaginário - sou uma pessoa voltada para as ciências humanas. Por isso, sinto que não estou à altura da tarefa.

3) Se o meu trabalho é inspirar alguém a escrever algo nessa direção, uma coisa é certa: será o maior trabalho de alta cultura jamais feito no Brasil. E certamente este trabalho entrará no cânone da literatura universal. Será um livro tão importante quanto Os Lusíadas. Esse livro será a pedra angular para se entender o Brasil restaurado no seu verdadeiro sentido fundacional, amputado primeiramente por força da secessão de 7 de setembro e agravado ainda mais com a queda da monarquia em 15 de novembro de 1889.

4) Se um trabalho de imaginação deve ser cultivado nesse sentido, então isso vale a pena. Afinal, é um esforço intelectual que não pode ser feito por quem tem alma pequena.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2017.

Esta vai pra quem acha que eu estou escrevendo fora da realidade histórica atual

1) Se o sistema jurídico brasileiro nega uma realidade sobrenatural historicamente documentada, digna de todo o crédito e que lhe antecede cronologicamente desde 1139, então devemos negar a existência do sistema jurídico brasileiro, pois esse sistema jurídico está fundado em princípios vazios e legislando para o nada, por estar vazio de uma conexão de sentido feita de modo a constituir as coisas em conformidade com o Todo que vem de Deus e com a missão que herdamos em Ourique. Até mesmo o mito fundador de que o Brasil foi descoberto em 1500, o chamado quinhentismo, carece de sentido, o que faz com que a secessão feita em sete de setembro de 1822 produza uma civilização destituída de sentido, aberta a toda a sorte de má influência e a toda sorte de governo totalitário.

2) Se estão edificando uma ordem cuja liberdade é voltada para o nada, sem conteúdo salvífico, então isso levará quem acredita nas promessas da Carta de 1988 ao precipício da apatria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2017.

Notas sobre a necessidade de uma solução final para os problemas que afetam esta terra, por conta da má consciência sistemática fundada na mentalidade revolucionária

1.1) Há quem diga que o problema do Brasil é a pobreza.

1.2) Se esse fosse o problema, bastava identificar quem é realmente pobre e ajudar. No entanto, há vários tipos de pobreza - e a pobreza de dinheiro me parece a menos pior dos problemas, pois há muita gente pobre e honrada.

1.3) O maior dos problemas está na pobreza de espírito, na má consciência das pessoas, fundada no fato de não terem Deus no coração; o problema é de cunho espiritual, coisa que demanda mais gente comprometida com o projeto de servir a Cristo em terras distantes, o que exige aliança do altar com o trono, edificada em Ourique. E são pessoas reais, de carne e osso, que precisam ser identificadas e detidas, quando estão a fomentar má consciência, fundada na mentalidade revolucionária. E isso pede trabalho de inteligência, pois é questão de segurança nacional.

2.1) Eu simplesmente não acredito em impessoalidade - não posso governar 200 milhões de almas se pelo menos 50 milhões delas se declararam apátridas de antemão ao estarem em conformidade com o Todo que vem do Partidão, financiado pela Nova Ordem Mundial. Pois esses 50 milhões não querem ser tratados igualmente junto com o restante da população, que observa a lei.

2.2) Como diz Cristo, se o olho direito é razão de pecado, arranque-o e jogue-o fora. E é isso que deve ser feito com essa gente - por isso, é um erro chamar esses apátridas de brasileiros. Pois apátrida não tem direito nenhum - e tudo o que eles têm se funda em burla à lei ou em esbulho possessório. Afinal, o comunismo é em essência prática de crimes em nome da causa.

3) Identificar quem são os apátridas, seu grau de ameaça e a função de cada um no esquema destrutivo é essencial para que isso seja resolvido.

4.1) Quando a lei conceitua "brasileiro" quem na verdade é apátrida, por conta de ter nascido biologicamente no Brasil, isso é um sinal grave de impunidade.

4.2) Se isso está previsto na lei orgânica* do País, a constituição de momento escrita para este país, então essa lei é fora da lei natural, pois os conceitos adotados violam a lei eterna, pois inviabilizam aquilo que Cristo disse: a necessidade de purgar o país da presença dos apátridas. Pois o apátrida, ainda que nascido no Brasil, não toma este país como um lar - logo, não está sujeito à lei brasileira, assim como à lei de Deus, por escolha própria. E como não está comprometido com o projeto de civilização que foi divinamente instituído, que ele seja eliminado, pois ele estará obstinado em conservar isto conveniente e dissociado da verdade. E isso é uma heresia política.

4.3) Cristo veio trazer a espada - e essa espada deve ser investida contra os apátridas, até não haver mais nenhum.

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2017.

* lei orgânica é a lei que organiza o Estado brasileiro, no sentido positivista do termo - tecnicamente, Constituição escrita. Como nós moramos num Estado revolucionário - em que o Estado é tomado como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele -, então a Carta de 1988 está fora da lei natural, fundada naquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, assim como naquilo que foi edificado em Ourique.

Comentários:

Cristina Bassôa De Moraes: Essa é uma questão bem problemática, que necessariamente requer outro tratamento, pois não é possível criminalizar pela consciência apenas pelas ações, e não é possível punir alguém lhe retirando sua nacionalidade, mesmo que seja o maior inimigo da pátria.

José Octavio Dettmann: Não se pode criminalizar a consciência, é verdade, embora isso em si seja um crime. A má consciência, neste caso, constitui um animus (uma vontade para se cometer crime sistemáticos de lesa-pátria). Se a má consciência produz ações dessa natureza, então essa ação pode ser punida.

Cristina Bassôa de Moraes: Eu concordo contigo, gostaria muito que essa tua lógica prevalecesse.

Cristiano Lopes Cançado de la Rocha: Para que seu argumento tenha validade, tu terás primeiro de converter a maioria dos brasileiros.

Cristina Bassôa de Moraes: Era o que ia te falar, Dettmann. Quando tivermos essa evolução espiritual, poderíamos pensar em soluções nesse viés. Contudo, isso é considerado uma fonte de injustiça. Dado o caráter dos homens que aplicam a justiça, esta solução é inviável.

José Octavio Dettmann: Sim, é verdade. Se levarmos em conta a situação da Igreja no Brasil, o país está muito descristianizado. E onde o catolicismo vai mal das pernas, a heresia deita e rola.

José Octavio Dettmann: Como já falei, existem camadas de apatria. A mais grave é a comunista, a positivista é a camada intermediária e a camada fundada no protestantismo anticatólico é a menos grave - e tanto é verdade que precisamos deles para combater o comunismo. Isso pede que se parta da mais grave para a menos grave. E isso não pode ser resolvido em quatro ou oito anos de governo, mas com gerações de brasileiros preparados para a missão de restaurar o que se perdeu. Primeiro, o que se perdeu no dia 15/11/1889; depois, o que se perdeu no dia 07/09/1822, com a secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

José Octavio Dettmann: Isso pede um povo que tenha consciência de seu destino. Jamais vou aplicar algo num ambiente rico em má consciência - e quando não é afetado pela esquerda, isso é afetado pela ignorância enquanto política de Estado. Eu tenho ciência de onde vim e sei para onde devo ir, mas a maioria não - e mais: essa gente zomba de quem está lhe mostrando o caminho correto, mesmo que com proceder leal e caridoso. Como esse povo pode ser livre e soberano, agindo desse modo? Isso é coisa de apátrida - e como falei, essa gente não tem direito a nada, por entender que tudo é concessão estatal, até mesmo a vida. E isso gera a morte.

José Octavio Dettmann: A maneira como definem apátrida no Direito, por exemplo, não me parece realista. É algo acidental. Por exemplo, se minha esposa fosse brasileira e o filho nascesse na França, ele seria apátrida. Pois se o direito à vida é fato essencial para se tomar o país como um lar em Cristo, então não faz sentido tomar o nascimento como um acidente e negar àquele ser a proteção natural que se espera por eventual nascimento naquele solo, já que é um ser indefeso. Por isso que adoto o critério de tomar o país como um lar, tendo por fundamento isso que foi edificado em Ourique. Cristo fez de D. Afonso rei. Se esse rei é fiel a Cristo, nós devemos ser leais a esse rei. E se somos leais a esse rei, nós gozamos de proteção. Logo, nacionalidade decorre da nacionidade.

Cristiano Lopes Cançado de la Rocha: Você poderia me explicar o que é "lei orgânica"? Seu discurso está bem redigido e, aparentemente, tem boas intenções, porém está totalmente desconexo da realidade atual e da história.

José Octavio Dettmann: Lei orgânica é a lei que organiza o Estado Brasileiro, no sentido positivista do termo - tecnicamente, Constituição escrita, partindo de um falso axioma "lei escrita => lei eficaz". Como nós moramos num Estado revolucionário - em que o Estado é tomado como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele -, então a Carta de 1988 está fora da lei natural, fundada naquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, assim como naquilo que foi edificado em Ourique.

José Octavio Dettmann: Obviamente, eu não reconheço a autoridade do Estado Brasileiro - e por não reconhecer a autoridade do Estado Brasileiro, as soluções jurídicas fundadas nestas circunstâncias em que nos encontramos são nulas, pseudocientíficas e antinaturais, visto que justiça é ver a verdade contida nas relações humanas, posto que dizer o Direito é a dizer a verdade contida nas relações humanas, pois Cristo, o inocente, está entre nós e não posso imitar Pilatos neste ponto. Eu não posso obedecer a um tipo de governo que vai contra aquilo que foi instituído em Ourique, pois esta realidade é sobrenatural e ela não pode ser revogada por forças humanas, tal como a República, ou mesmo a secessão, tentou fazer. Se pudesse, eu pegaria em armas contra esse estado de coisas. Pagaria em armas de modo a restaurar o que se perdeu com a queda da monarquia para só depois restaurar o que se perdeu com a secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

José Octavio Dettmann: Só mais um adendo: chamar a realidade jurídica do Brasil de "realidade" é tomar o fato como se fosse coisa, tal como Dürkheim fala. E isso é positivismo, o que faz da sociologia dele pseudocientífica. Esta realidade aparente, a Republicana, é fora da realidade transcendente que nos dá sentido, enquanto civilização. Devemos ver o que não se vê, como diz Bastiat. E o que escrevo se deve ao fato de que estudei a origem de Portugal, por conta do milagre de Ourique. E eu estudo o Estado fundado por força desse milagre, até porque Cristo é construtor e destruidor de Impérios. E esta Teoria do Estado só pode ser aplicada ao mundo português e não pode ser aplicada a nenhum outro lugar, pois Portugal foi um Império de cultura, ao contrário dos outros - e só houve apenas esse, ao longo da História.

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2017 (data da postagem original).

Por que a caridade é maior do que a filantropia?

1) A caridade é maior do que a filantropia.

2)) Na caridade, Deus ajuda o ser humano, decaído por conta do pecado original, valendo-se de mãos humanas de modo a recuperar a dignidade perdida, justamente por ser a primazia da Criação, criado à imagem e semelhança de Deus. É Deus (Bóg) que usa o rico (bogaty) de modo a ajudar o pobre (ubogi). Dentro deste fundamento, é distributivismo, pois está dando ao pobre liberdade dentro dos limites da doação, da esmola (que pode ser até mesmo um emprego com qualificação profissional).

3) Na filantropia, é o ser humano ajudando o ser humano só pelo fato de este ser ser humano. É o que vemos no caso de gente como os Carnegie ou mesmo os Rockfeller quando financiam, por meio de suas fundações, causas anticristãs, como a liberação do aborto ou mesmo da eugenia no mundo. Os progressistas vão achar isso lindo e maravilhoso e comprarão os produtos desses magnatas, fortalecendo ainda mais o poder que eles têm sobre a população comum, descristianizada e estimulada a viver a vida com base numa falsa liberdade, voltada para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2017.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2015/02/debate-importante-parte-1.html

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Notas sobre a diferença entre capitalização e capitalismo

1) O verdadeiro liberal é livre em Cristo. É livre porque ama a verdade e conserva a dor de Cristo. E sem eucaristia não há conservadorismo, enquanto movimento da Igreja militante de modo a servir ao bem comum. Como a verdadeira liberdade decorre da verdade, então o liberalismo decorre da prática do bem, da caridade. Da prática do bem, vem a capitalização moral, que afeta todo o senso de tomar o pais como um lar.

2) A capitalização se dá no tempo de Deus que opera tudo em todos, no tempo d'Ele. É Ele que faz o senso de tomar o país como um lar gerar riqueza para todos.

3) O capitalismo é fazer do processo de capitalização uma religião, o que faz com que as coisas percam a causa de tudo isso: Deus.

4) Quando se pratica o enriquecimento sem causa, o tempo é manipulado com base em razões humanas, em interesses humanos fundados no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - por isso mesmo, fora da lei natural. E aí ocorre cobrança das coisas sem razão produtiva, sem boa razão, uma que isso é ilícito. Eis a usura.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de maio de 2017.

Por que o trabalho que faço é complexo?

1) Se o trabalho do intelectual fosse mais ou menos como ocorre numa fazenda, então a natureza desse trabalho de base que faço abrange pelo menos cinco categorias: transcrição, tradução, digitalização, adaptação e criação. E um bom pioneiro nessa área deve ser que nem um homem renascentista: ser bem versado nestas 5 categorias.

2) Quando a fala é usada como uma segunda escrita, a transcrição deve ser feita. Caso a fala seja feita numa língua estrangeira, é preciso fazer uma tradução - e se a fala estiver centrada numa realidade distinta da nossa, você precisa adaptar o textos com notas que esclareçam o contexto da fala - e esse conhecimento pede que você tome o país do palestrante como um lar em Cristo tanto quanto o seu.

3) No caso de livros, você precisa digitalizá-los. E é da versão digitalizada que você faz uma tradução com adaptações, de modo a criar uma versão brasileira.

4) Quando você estiver suficiente informado, você pode criar muitos artigos por meio de empiria, sem necessidade de informação adicional.

5) O passo 4 é sem dúvida o mais difícil. Ele pede que seus olhos estejam todos para a realidade, fundada no senso de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. E não é qualquer um que tem isso.

6.1) Em parte, o trabalho que faço é um tanto de guerreiro quanto de colono. O teclado é minha única espada; dependendo da circunstância, ela pode converter-se facilmente em arado. E preciso ser bem versado nessas duas coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 maio de 2017.