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segunda-feira, 27 de março de 2017

Notas sobre um conhecimento de família



1) Certa ocasião, minha mãe recebeu de uma aluna uma colônia, capaz de converter leite em iogurte.

2) Experimentamos todas as marcas de leite possíveis. A que mostrou resultados mais consistentes foi com o Leite Calcar, leite importado do Uruguai.

3) O bom de termos esta colônia é que sabemos se o leite é de boa qualidade ou não. Quando o leite é bom, o iogurte fica cremoso; quando não é bom, o leite fica aguado.

4) No verão, é difícil produzir um iogurte cremoso, mesmo com leite bom. Como estamos na transição para o frio, os resultados ficam excelentes.

5) Se vocês conhecerem outras marcas de leite boas para se fazer iogurte, me digam que eu falo para os meus pais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2017.

domingo, 26 de março de 2017

Notas sobre o feminismo e a liberdade voltada para o nada que isso edifica

1) Esse negócio de "lugar de mulher é onde ela quiser" já encheu a paciência. Isso edifica liberdade para o nada.

2) A vocação da mulher é a maternidade, que é um caminho santificador. Então, ela naturalmente passará mais tempo em casa de modo a cuidar dos filhos. Isso não impede que ela possa trabalhar como autônoma no tempo livre, já que tocar uma atividade econômica organizada pede dedicação e isso pode ser problemático para a estrutura da família.

3) Se tivesse uma esposa trabalhando, eu não me incomodaria com o fato de que ela continue trabalhando. Embora eu seja homem e não tenha habilidades manuais nem domésticas, eu ajudarei minha esposa no que for possível. A advocacia está uma lástima e eu a pus de lado - quando esta for saneada, aí eu exerço a profissão para a qual eu me preparei durante 7 anos. Mas farei isso quando os nossos filhos já estiverem crescidos.

4) Enquanto cuido dos filhos, farei o que puder para continuar escrevendo. Se uma idéia vier, eu anoto no caderno - e quando minha esposa voltar pra casa, ela volta a ser dona de casa e eu volto a ser escritor em tempo integral.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2017.

sábado, 25 de março de 2017

A indolência do proletário, do apátrida, é a mesma do indígena

1.1) Se um lugar é tomado como se fosse um lar, é porque há um dono. E esse dono ocupa esse lugar porque Deus permitiu que o ser humano se ocupasse das coisas, de modo a que as coisas apontassem para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deis.

1.2) Por isso mesmo a propriedade privada se dá por conta da ocupação perpétua das coisas e e capitalização se dá por força do trabalho acumulado que se dá ao longo do tempo.

1.3) Savigny dizia que dois são os requisitos da ocupação, enquanto forma originária de se obter a propriedade das coisas: corpus + animus. Se não houver uma conjugação desse corpo com a alma, o país não pode ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

2) O proletário não tem esse senso - embora tenha contato com o corpus, ele, tal como o índio, não tem o animus, posto que não é capaz de estudar a História do Brasil e de modo a ver o Cristo Crucificado de Ourique, que nos mandou servir a Cristo em terras distantes - e esta terra foi ocupada por força dessa missão.

3) Acredito que deve ser por isso que o indianismo é muito forte em nossa cultura. Como o índio é um ser indolente, então o apátrida ser caracteriza por ser indolente e aceitar a todos as esmolas assistencialistas que decorrem desse governo totalitário, como a CLT ou mesmo o Bolsa Família. Por isso que não saímos desse totalitarismo nunca.

4) O indianismo deve dar lugar aos portugueses e seus descendentes, os bandeirantes, o seu lugar de direito. E é assim que se toma como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2017.

Notas sobre monismo e dualismo (o caso das duas dicotomias Direito Interno x Direito Internacional e Direito Natural x Direito Positivo)

1.1) Direito Interno e Direito Internacional são círculos concêntricos, nunca círculos secantes.

1.2) É por meio deles que o direito positivo acaba servindo como um sistema de garantia política que confirma aquilo que se conhece em termos de direito natural, de modo a que não se traia a aliança do altar com o trono edificada em Ourique.

2) A maior prova disso é que as demandas internas do pais, de modo a que este seja tomado como se fosse um lar em Cristo, fazem com que o governo atue em terras distantes de modo a fazer outras pessoas em terras distantes colaborarem com a missão salvífica que se opera nesta terra, de modo a que isso se torne realidade. Por isso toda importação leva a uma exportação futura.

3) Se faço com que meu país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, então estou fazendo da minha causa nacional uma causa universal, pois ela afetará todos os países que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, que seguirão o exemplo de nossos ancestrais, os portugueses.

4) Se o país é tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, inviável fica o processo de descoberta do outro, o que causa uma espécie de entropia, visto que para se tomar o país como se um lar você precisa se universalizar primeiro. Como a matriz da nossa civilização está na Europa e em Portugal, então acabamos nos tornando apátridas, de maneira sistemática, dado que o nacionalismo manipula o passado e perverte nossa identidade nacional, nossa razão de ser na História e nosso sentido vocacional enquanto civilização.

5) Se o Direito Internacional e o Direito Interno forem vistos como instâncias independentes, dualistas, então o direito positivo fica dissociado do natural. Pois é dualismo que gera um outro dualismo, uma espécie de capitalização imoral que prepara o caminho para que a liberdade seja voltada para o nada, o que favorece a mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2017.

Notas sobre a relação entre apatria, voto facultativo e proletarização da sociedade

1) No sentido romano do termo, proletário é aquele que não contribui em nada com a comunidade política, a não ser botando filho no mundo de modo a que o mundo possa criá-los a própria sorte.

2.1) Se o país é tomado como se fosse um lar em Cristo, não votar não é opção, dado que é exercício de um dever patriótico, dado que é exercício de legítima defesa sistemático, de modo a destituir um mau político ou um mau regime político. Afinal, o eleitor é juiz e está colaborando com o Imperador, que no exercício do Poder Moderador é também juiz. Trata-se de princípio da inafastabilidade, pois o eleitor, enquanto juiz, deve apreciar as lesões que um mau político causou à nação bem como a ameaça de lesão que pode vir a acontecer se escroques como Renan Calheiros forem mantidos no Congresso Nacional, por exemplo.

2.2) Se o voto se torna facultativo, então a liberdade é voltada para o nada - e aquele que não contribui para a sociedade política não passa de um proletário, que é uma espécie de apátrida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2017.

Notas sobre a animalização do ser humano e o fim da política e da História

1) Do jeito que está a coisa, até o errado dá certo.

2) Se falar a verdade viola o conforto psicológico daquele que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, então a reação do conservantista é instintiva, tal qual um animal. E é esse instinto faz do ser humano, enquanto animal político, um ser extinto, uma vez que a razão morreu - e se a razão morreu, Deus também morreu, de alguma forma, dado que a fé em Deus foi negada por meio do racionalismo puro dos iluministas.

3) Então, neste sentido, podemos falar em "extinto de sobrevivência", pois esse instinto de vida aparente leva à morte eterna.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2017.

Comentários complementares relativos àquilo que escrevi

1.1) A natureza jurídica do voto no sufrágio, bem como os motivos determinantes do voto do eleitor, são matéria de ordem pública, tanto que está inserido no rol dos direitos indisponíveis, uma vez que a manifestação política negativa é também um direito público subjetivo. Muito diferente da escolha divina do Papa, coisa que dá através da revelação divina, uma vez que Deus, em sua Soberania, não tem obrigação legal de prestar contas de suas escolhas ou de seus escolhidos, pois Ele é o legislador. Por isso mesmo, o Estado, que é uma criação humana, não pode ser tomado como se fosse religião.

1.2) Em matéria de ordem pública, a publicidade é a regra, uma vez que o anonimato implica em negar à sociedade e ao sistema democrático a transparência e o controle necessários a sua legitimidade e lisura.

1.3.1) O voto secreto é a prova cabal de que não há liberdade política verdadeiramente falando, pois o eleitor está à mercê das retaliações e revanchismos das grandes oligarquias que se encontram no poder.

1.3.2) A maior prova disso foi o Estatuto do Desarmamento - a maioria do povo o rejeitou, mas o governo contornou a vontade popular por meio de medidas administrativas, inviabilizando o direito à defesa pessoal em todos os sentidos.

2.1) Num sistema que se diz democrático, garantista e livre, ocultar a manifestação cívica é, no mínimo, um contrassenso.

2.2)  O direito a essa ocultação perverte a legitimidade e dificulta a fiscalização. Do mesmo modo, a obrigatoriedade do voto é um voto de cabresto também, dado que é um cabresto geral e impessoal, dado que o voto secreto estimula a fraude eleitoral e compra e venda de votos, gerando uma captação ilícita de sufrágio.

2.3) Para se contornar esse problema, temos o sistema do VOTO A DESCOBERTO, sistema esse praticado nos países escandinavos.

2.4) Nele, o voto do eleitor, bem como os motivos determinantes de seu voto, são vinculados a sua identidade - e esses dados ficariam armazenados na Justiça Eleitoral. A pedido do interessado, o voto do eleitor pode se tornar público, caso haja suspeita de que o eleitor é um mau juiz, por haver trocado seu voto por um prato de comida. Isso acabaria anulando todos os votos dos eleitores do PT, por exemplo, matando a base de sustentação do partido, o que o elimina do cenário público de vez.

3.1) Acredito que essa obrigatoriedade do voto tem objetivo de dar uma falsa robustez à democracia, uma vez que haverá sempre votação intensa, o que camufla um possível desencanto com esse regime de governo, que é revolucionário em sua essência. Isso explica a manutenção do regime republicano, que faz o país ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele.

3.2) No caso da monarquia - em que o país é tomado como se fosse um lar em Cristo, por força da Aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique -, não votar não é uma opção, pois votar é um dever patriótico. Se eu não votar, posso ser tomado como apátrida, visto que não estou tomando meu país como um lar em Cristo.

Catolicismo Explicado (compilação feita por José Octavio Dettmann)

Rio de Janeiro, 25 de março de 2017.