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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sobre os fundamentos da força interior pseikone


01) Como adquiri força interior de modo a não sucumbir à cultura de se tomar o vício como se virtude, um mal que é endêmico deste espectro de nação, que foi edificado em 1889?

02) Antes da internet, tive que criar amigos imaginários, já que os de carne e osso não tinham nada na cabeça. E junto com estes amigos imaginários, fundei um país imaginário, de modo a suportar todas as pressões e vícios inerentes deste republicu em que vivo minha vida. 

03) Naquela época, eu não era católico. Construir uma cultura substituta foi a solução provisória, de modo a que eu não enlouquecesse - o mundo de fora achou que fiquei ensandecido, mas na verdade eu estava defendendo o meu maior patrimônio: a minha sanidade intelectual e espiritual, em face dessa cultura nefasta.

04) O próximo passo foi estudar a história do país, para saber o porquê que estou nele. Ao conhecer o exemplo e a grandeza de D. Pedro II, pus meu pequeno país imaginário como parte do grande país imperial. Fiz de meu pequeno país imaginário uma província virtual do Império do Brazil, que não aceita os vícios da república. E essa província virtual precisava ser virtuosa.

05) Um dos aspectos do Império era a aliança do altar com o trono - ao conhecer a origem disso, que se deu em Ourique, conheci a minha missão: servir a Cristo em terras distantes. Foi aí que me tornei católico.

06) Já que criei uma cultura substituta - de modo a sobreviver aos vícios do Brasil -, já que me tornei católico e já que coloquei meu país imaginário como parte do Império do Brazil, o próximo passo foi criar uma literatura que fosse capaz de edificar as coisas de modo a que o país fosse tomado como se fosse um lar e não como se fosse uma religião de Estado da república. E neste ponto, minha experiência universitária e os meus anos de estudo do pensamento do Olavo fizeram a diferença. E a rede social, sobretudo o facebook, foi o ambiente onde esta veio a florescer. 

07) O fato de estar compartilhando online minha experiência neste aspecto está fazendo com que o vício seja trocado pela virtude. Se uma biografia for escrita ao meu respeito, o autor terá que entrar no universo pseikone, esta 21º Província do Império do Brazil que não aceitou ser escrava da república. 

08) A cultura pseikone não tem tradição literária fundada na narração, mas na dissertação, posto que seu fundador, este que vos fala, sempre foi muito bom neste gênero literário. Ciência Social, fundada na experiência da aliança do altar com o trono, é o único fato que tomamos como coisa, posto que é permanente. E esta é, por enquanto, a nossa literatura - isso é o que produzimos de melhor.

09) Já existe uma nascente cultura narrativa decorrente das experiências de vida pseikone, mas ela precisa de muita experiência de vida, de modo a que haja boas histórias para serem contadas. Qualquer literatura fundada em sabedoria humana dissociada da divina não é experiência pseikone autêntica, mas apátrida, coisa que deve ser atribuída a esse espectro de país chamado Brasil que a famigerada república criou.

10) Para ser um pseikone, é preciso saber criar uma cultura substituta, de modo a sobreviver aos vícios deste espectro de pátria que tanto rejeito e convertê-los em virtude. Ao conservar o que é conveniente e sensato, tudo o mais será acrescentado, de modo a chegar à conformidade com o Todo que vem de Deus.

Listen not to the critics


1) Há quem diga: "José, ouça os outros também".

2) Sempre tive boa vontade de ouvir os outros, mas sei que nada de bom será aproveitado de mentes conservantistas. E não vou desperdiçar meu tempo com quem diz que "a monarquia está morta".

3) Para quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, eu devo fazer ouvidos moucos. Não sou capaz de reconhecer de ouvido aquilo que Jesus disse, pois o conservantista não preza pelo que é conforme o Todo, coisa essa que vem de Deus.

4) Tudo que faço se baseia em investigações sensatas e prudentes. Sempre ouço o Espírito Santo, já que devo apreciar retamente todas as coisas segundo esse mesmo espírito, gozando sempre de Sua consolação, por Cristo, Senhor Nosso.

5) Só mais recentemente é que me surgiu um grupo qualificado, capaz de meditar sobre os assuntos que medito, contribuindo e muito para o desenvolvimento do nacionismo. Sara Rozante​ já fala a linguagem nacionista e o Tiago Barreira​ já trouxe ótimas contribuições à tradição intelectual que estou a fundar aqui no face, desde 2009.

6) O dia que houver outros que sejam dignos de conversar comigo sob os mesmos fundamentos pelos quais conduzo as minhas pesquisas, aí terei o prazer de ouvir os outros, pois sei que estes estarão em conformidade com o todo que vem de Deus e tomando o país como um lar, pois são nestes termos que aceito debater. Como muitos tomam o país como se fosse religião, eu simplesmente nem ouço.

7) Poderia pregar o apostolado dos palavrões, tal qual o Olavo faz, mas este não é o meu jeito de fazer as coisas. O meu estilo é bem simples: "Falou merda? Bloqueio na certa! E não tem conversa." Agradeço à Sara Rozante por me mostrar o caminho. 

8) Quero ir ao confessionário quando sentir que estou agindo de modo errado e por motivos justos. Se eu pecar, aí eu vou pro confessionário - e é raro eu falhar, pois sempre prezei a virtude. O apostolado dos palavrões só me levaria ao confessionário com freqüência por motivos injustos, o que invalidaria as minhas confissões, por não serem sinceras.

Literatura tomada como se fosse religião gera u país tomado como se fosse religião


1) Há quem diga que a literatura é uma coisa maravilhosa. E é por ser maravilhosa que ela se torna perigosa. Ela passa a ser a religião de muitos.

2) Hugo von Hoffmannsthal, citado constantemente pelo Olavo,  fala que toda a experiência política de uma nação está em sua literatura. Se a literatura é tomada como se fosse religião, o país será tomado como se fosse religião. E isso é liberdade para o nada.

3) Para se tomar o país como se fosse um lar, é preciso vivência, muita vivência. É interessante que se edifique a imaginação das pessoas, de modo a que possam tomar o país como um lar, mas a partir de experiências concretas.

4) Tudo o que é relevante deve ser reduzido por escrito. E ao escrever, escreva aquilo que mereça ser observado. Pois o escrever é um outro tipo de falar. E ao falar, você deve dizer as coisas de modo a edificar coisas positivas nos seus semelhantes, que devem ser fundadas no Cristo Crucificado de Ourique.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Do conservantismo como um pecado capital


1) Talvez eu não seja muito bom em odiar os 7 pecados capitais, da forma como se espera de um católico bem formado. Ainda tenho muito que aprender a odiar muito bem. Até porque eu quase não lido com pecadores deste naipe.

2) Agora, com relação ao pecado do conservantismo, esse sou capaz de odiar muito bem. E vejo muitos pecando desse modo e sistematicamente. E nesse ponto, eu sou capaz de ser implacável. Eu não odeio o pecador - se eu sentir que um conservantista se arrependeu de seu pecado e passou a conservar aquilo que decorre da dor Cristo, então eu o acolho como um irmão.

3) Pela minha experiência, vejo muito pouca gente se arrependendo desse pecado. O coração dessa gente ainda é feito de pedra.

4) Conservantismo dá causa para outros tipos de pecado mais grave. Todos são de natureza política ou religiosa.

O fantasma da monarquia assombra os conservantistas


1) Quando a ordem fundada a partir do fato se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade começa a fracassar de maneira retumbante, já que não entrega o que a constituição promete, então o desespero começa a bater e o salvacionismo torna-se a ordem do dia.

2)  O salvacionismo, nas atuais circunstâncias, começa a operar a partir do momento em que a sombra do Império restaurado bate à porta, tal como se fosse um fantasma que os perturba, em razão do crime cometido em 1889.

3) Desde que os monarquistas voltamos a ter direito de voz, a partir de 1988, a sombra da volta da monarquia tem se tornado uma ameaça séria e real. Mesmo que tentem deixar o povo por conveniência ignorante e carente de instrução, a verdade não se calará e se imporá por si mesma - e a monarquia um dia será restaurada.

4) Quanto mais D. Bertrand e seus sucessores falarem aquilo que é bom e necessário, digno de ser ouvido, mais a semente da monarquia germinará entre nós no Brasil. É pela monarquia que tomamos o país como um lar - um governo marcado pela aliança do altar com o trono, como se deu em Ourique, voltado para as gerações é o melhor governo que se pode ter, após mais de 125 anos de experiência republicana fracassada e desastrosa.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tomar vários países como um lar pede o permanente diálogo das diferentes culturais locais


1) A cultura decorre do fato de se tomar o país como um lar sistematicamente, ao longo das gerações. Ela responde à circunstância local e a escolhas de vida nobres que edificam esse senso de se tomar o país como um lar, cujo exemplo, que nasce pessoal, é seguido e distribuído ao longo das gerações a todos os outros que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

2) Quando se aprende a tomar vários lugares como um lar, você aplica as melhores práticas, de modo a fazer com que as culturas de cada terra se dialoguem - as melhores práticas decorrem das práticas mais sábias, as mais virtuosas, que tendem a ser universais, por estarem em conformidade com o todo que vem de Deus.

3) Ao juntar a experiência mais sábia da cultura brasileira com a experiência mais sábia da cultura local, nasce um novo tipo de cultura, a partir da sua experiência de ter vivido nos dois lugares - e o seu exemplo é o apostolado pelo qual isto deve ser servido a quem interessar possa, ao longo das gerações.

Dos motivos determinantes que levam a um candidato a ser escolhido

1) Em um regime político falido - marcado pelo salvacionismo, conservantismo e pela cultura de se tomar o país como se fosse religião, de tal modo a nos afastar da aliança com o altar e o trono, estabelecida pelo Cristo Crucificado, desde Ourique - o sentido da democracia não é o das eleições livres.

2) Em eleições livres, candidatos são eleitos fundados no fato de que você os conhece - para conhecer alguém, é preciso saber se ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, se ele tem formação compatível com as responsabilidades que ele vai assumir, se ele tem experiência na área onde é competente, se é íntegro, se é corajoso, de modo a falar a verdade, doa a quem doer. Esses são os motivos determinantes pelos quais este candidato é escolhido.

3) Não é a quantidade de votos que determina quem é o seu representante, mas os motivos determinantes pelos quais você elege uma pessoa de modo a que esta bem te represente no parlamento. 

4) A buca desses bons motivos determinantes levam a conhecer um candidato honesto - e o conhecimento desses motivos determinantes encontrados numa determinada pessoa em especial precisa ser distribuído para a toda a população de modo, a que se faça uma boa escolha - e tal divulgação deve ser feita por amor a todos aqueles que amam o país como um lar, tal qual você. Se a quantidade de votos fosse o verdadeiro critério, o congresso seria preenchido por 513 tiriricas e viraria um verdadeiro circo, como de fato já é.

5) Eleições livres se fazem a todo o momento e a toda hora - basta que haja um ser íntegro conhecido e que este seja chamado de modo a ocupar o espaço de alguém que não é digno de ocupar o cargo de representante do povo e da nação. 

6) A natureza do voto não é obrigatória, no sentido de satisfazer a um legislação eleitoral que faz com que o conjunto do eleitorado seja reduzido a um mero órgão consultivo que confirma ou não os planos dos que conduzem o povo a uma liberdade para o nada, fundada no fato de se tomar o país como se fosse religião - a natureza do voto é necessária, fundada no fato de que você conhece o pais, toma-o como se fosse um lar e que, pela vivência, você conhece os problemas que te afligem e que você conhece quem é capaz de resolvê-los, fundado no fato de que este ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, já que tomar o país como um lar pede necessariamente isso. 

7) O voto necessário tem natureza de voto obrigatório - por ser dever moral, fundado em Cristo - e natureza facultativa, pois nem todo mundo tem aptidão para a vida política, pois servir ordem de modo a que a ordem bem te sirva é uma vocação e não uma profissão. 

8) Eis aí algumas ponderações que faço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2015 (data da postagem original)