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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Nem toda a direita está à direita do pai


1) Qualquer direita que não esteja à direita do pai está à esquerda, servindo ao diabo. Eis o conservantismo, eis a cultura diabólica de se conservar o que convém, ainda que isso esteja dissociado da verdade . 

2) A palavra do Senhor não pode (e nem deve) ser servida com fins vazios. Que nenhuma boca se declare "de direita" se não conservar no coração e na mente aquilo que decorre da dor de Cristo, que está sentado à direita do Pai. É isso que deve ser conservado: a memória dessa dor que padeceu na cruz, que edificou uma civilização inteira.

Sobre o patriotismo sindical



1) Num país tomado como se fosse religião, a solução para a agonia da pátria não está nem na esquerda e nem na direita.

2) A vitória de um lado sempre implica a derrota do outro, não importa qual seja a situação - nesta ordem política, todos têm a sua própria verdade - e essas "verdades" não estão em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) A verdade, que decorre de Cristo, não precisa ser minha ou sua para que seja nossa. Ela é o fundamento pelo qual o país deve ser tomado como um lar. É sob este fundamento que ocorre a concórdia entre as classes profissionais, que trabalham de modo coordenado e em constante colaboração de modo que haja uma civilização cristã, fundada na valorização do trabalho e da livre iniciativa. 

4) Não é possível falar em vida nacional se o todo da pátria for dividido em duas metades artificialmente inconciliáveis: a dos vencidos, rancorosos com a derrota, e a dos vencedores, enebriados pela vitória, cuja glória é ilusória.

José Antônio Primo de Rivera (texto traduzido para o português por José Octavio Dettmann, com adaptações)

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2015 (data da postagem original)

Comentários sobre uma pergunta do Kujawski


1) No livro A Pátria Descoberta, Gilberto de Mello Kujawski lança a seguinte pergunta: você está satisfeito em ser brasileiro?

2) Para você ser brasileiro, você precisa tomar o país como se fosse um lar. E para isso você deve servir aos seus semelhantes, levando-se em conta a circunstância pela qual se rege a sua vida particular - você deve achar um modo de fazer desta sua circunstância um meio pelo qual o país sejrátomado como um lar, em Cristo - eis a razão de um apostolado de tal natureza.

3) Se servir é caminho de excelência, o bem servir leva ao orgulho. Se estão orgulhosos do que faço, é porque estão orgulhosos do Brasil que tomei como um lar, ao servi-los.

4) Se sei os fundamentos pelos quais eu devo ser brasileiro e faço disso minhas diretrizes de modo a tomar o país como um lar, então eu me sinto satisfeito de ser brasileiro. Só poderei ter orgulho do Brasil se houver outros iguais a mim fazendo trabalhos de excelência no mesmo nível do que aquele que eu faço, fundados na idéia de servir ao país como um lar em Cristo, levando-se  em conta suas circunstâncias particulares - e por enquanto há muita pouca gente nisso. Eis aí a razão pela qual digo que brasileiros somos poucos.

5) Só através da excelência é que posso sentir orgulho e admiração por aqueles que tomam o país como um lar - e para serem meus amigos, eles precisam amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

Nacionismo é patriotismo ampliado

1) Se pátria é família ampliada, então nacionismo é patriotismo ampliado, em que você toma dois ou mais países como se fosse um lar, em Cristo. 

2) Se você sai de um país de modo a servir em outro, você deve seguir o exemplo dos portugueses - você deve servir a Cristo em terras distantes. 

3) Por isso, faça do seu trabalho um apostolado - se o seu trabalho for reconhecido, os que virão depois de você serão tomados como nacionais diante dos países onde você serviu, ao tomá-los como um lar, em Cristo.

4) Nunca aceite a nacionalidade de um país fundado numa cultura em que o país é tomado como se fosse religião - nele, o governo é separado daquilo que está edificado na Santa Igreja de Deus. Se você toma o Cristo de Ourique como referência para tomar o Brasil e Portugal como um lar, seria renegar a missão se você aceitar as exigências da legislação de uma país que força você a trocar de nacionalidade, para efeito de ter direito à residência permanente nele. 

5) Não é você que deve mudar - é a sub-cultura, que leva à apatria, que deve ser mudada. Por isso, evangelize e sirva nesta terra, de modo a que a cultura de país tomado como se fosse religião mude. Isso vai fazer com que a forma do Estado que dá causa a esta falsa cultura mude, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2015 (data da postagem original).

Nacionalismo gera entropia


1) Certa ocasião, Cristina Froes me perguntou se nacionismo e patriotismo eram sinônimos. 

2) Antes, achava que eram coisas diferentes. Com o tempo, fui vendo que eram sinônimos. 

3) Pra dizer a verdade, é sensato pensar que, se você toma um país como um lar, você é capaz de tomar outros como um lar também, se você for chamado a servir em terras distantes.

4) No caso de um país como o nosso, onde o país é tomado como se fosse religião e onde a lei não pega, o povo brasileiro vai pra outros lugares achando que o outro país é a mesma zona que o Brasil. 

5) O povo brasileiro está tão pervertido que é incapaz de pensar naquilo que houve em Ourique, Cristo mandou aos portugueses que servíssemos a Ele em terras distantes.

6) Muitos de nós somos descendentes de portugueses - e isso deveria estar no nosso sangue. Com o nacionalismo, jogamos essa informação fora. Por isso que odeio nacionalismo - ele gera entropia. A nossa língua mesma é constantemente mudada em razão do fato de se tomar o país como se fosse religião - ela perde sua relação com o latim e se torna uma não-língua, uma língua de analfabetos e apátridas.

7) O fato de estar sempre debatendo permanentemente estas questões me permite sempre vendo e revendo permanentemente a situação da questão do debate. Um dia, eu faço uma compilação sobre a evolução do estado da questão até chegar à conclusão que cheguei hoje.

Nacionismo, patriotismo e nacionalismo explicados


A pedido de minha Sara Rozante, estou dando aqui uma definição mais clara da diferença do que é nacionidade e nacionalidade. Além disso, nacionismo é uma evolução do patriotismo, no sentido singular.

1.1) Patriotismo implica tomar um país como um lar, no seu sentido singular. E esse país deve ser tomado tendo por base Cristo. 

1.2) É sob a aliança do altar com o trono que  o país é tomado como se fosse um lar - nele, o rei rege seu povo ao longo das gerações, tendo por Cristo fundamento. No caso de Portugal, a missão de servir a Cristo em terras distantes é o fundamento para este país seja tomado como um lar. E em cada lugar, novos países surgem, a partir dessa missão que se deu a Portugal.

1.3) Não posso ser brasileiro sem antes tomar como um lar Portugal - o sim deste país a Cristo, de modo a servi-lo em terras distantes, é o fundamento pelo qual meu país foi fundado.

2) Para quem tem vínculo com dois ou mais países, cabe a pessoa aprender a amar dois ou mais países com os quais têm vínculo de modo a que sejam tomados como se fossem um lar, em Cristo. Nisso o nacionista, em sua santidade, deve ser um diplomata perfeito. E este exemplo forma um novo tipo de povo. De um só virtuoso, nações inteiras poderão advir, tal como houve com Abraão. 

3) Nacionalista é quem toma o país como se fosse religião, seja como sua primeira (como no caso do comunismo, que extirpa a religião), seja como se fosse a sua segunda, onde o Estado cresce de tal forma, a ponto de surgir uma cultura de ateísmo ou laicismo entre nós, a ponto de a religião tornar-se desnecessária, já que o Estado está sendo provedor e competindo com a Igreja, a ponto de você poder sonegar o dízimo - nele, o Estado e a Igreja se separam permanentemente, como há nesta República.

4.1) É importante não confundir nacionalidade, vínculo jurídico de estar sujeito à autoridade de um soberano, com nacionalidade, enquanto produto sociológico de uma cultura de se tomar o país como se fosse religião. 

4.2) O nacionalista acha que ama um país, ao tomá-lo como se fosse religião, mas na verdade é apátrida, pois seu amor é desordenado, pois é fundado numa sabedoria humana dissociada da divina. Se Deus não estiver presente, nenhuma nação é possível de ser formada ou tomada como se fosse uma lar.

4,3) Além de ser brasileiro, eu tenho direito à nacionalidade portuguesa, pois também tenho o direito de tomar por meu rei D. Duarte sem renegar a minha fidelidade a S.A.I.R, o príncipe D. Luiz de Orléans e Bragança. 

4.4) Como estar sujeito à proteção e à autoridade dos dois é parte do meu ser, posso servir aos dois países de tal forma a que ambos os países sejam tomados como se fossem um lar. E ao servir, aproximo portugueses e brasileiros, de tal maneira a que haja uma concórdia entre os povos, de tal maneira que, se isso for feito sistematicamente e ao longo das gerações, os dois povos se unam e voltem a ser de fato o antigo Reino Unido do Portugal, Brasil e Algarves, fundado por el-Rei D. João VI.

5) Nacionismo é, pois, desdobramento do patriotismo, fundado na missão de servir a Cristo, em terras distantes.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Fundamentos do nacionismo cristão

1) Como carioca, devo ser corajoso tal qual São Sebastião, padroeiro de minha cidade - e é assim que se toma a antiga e verdadeira capital do Brasil como se fosse um lar.

2) Se Cristo nos enviou de modo a servirmos a Ele em terras distantes, então devemos ser como São Sebastião. E por essa linha a cidade do Rio de Janeiro, que foi consagrada a este Santo, é a capital e o coração do meu Brasil.

3) O fato de muitos de minha terra não terem essa coragem e de nem lembrarem da missão que recebemos de Ourique é um sintoma claro de apatria - e essa apatria se irradia por todo o País como se fosse uma caixa de ressonância.

4) Acredito que deve ser por isso que há tão poucos cariocas nacionistas, pois muitos não estão à altura do fundador da doutrina, de modo a substituí-lo quando este for chamado para junto do Pai, na Pátria do Céu. Os paulistas e os gaúchos que me ouvem, que são maioria dentre os meus discípulos, estão mais perto de serem cariocas do que os nascidos aqui. E para tomar o Rio como um lar, certamente precisarão ter devoção por São Sebastião, padroeiro da cidade, sem deixar de esquecer dos santos padroeiros que norteiam as cidades paulistas e gaúchas.

5) Para se tomar o país como um lar, é importante que cada lugar do país seja tomado como um lar, em Cristo. Se você é carioca, você precisa venerar São Sebastião, pois ele é o padroeiro de sua cidade; se você é carioca e vai morar em São Paulo, você não só venera São Sebastião, mas também São Paulo, no dia 25 de janeiro.

6) E quanto mais você for tomando os lugares do país como um lar, mais devoto você deve se tornar, a ponto de poder ir à Igreja todo Santo Dia para poder comungar. Só assim que você toma o país como um lar: tomando cada lugar do país como um lar. E a devoção precisa se tornar mais forte ao longo das gerações: a geração seguinte não deve esquecer que seu antepassado tomou o Rio e São Paulo como se fossem um lar - se forem para a Irlanda, tomarão São Patrício como referência para se tomar a Irlanda como um lar, sem esquecer do Brasil. É assim que se faz.

7) Quando se toma um lugar como um lar, a devoção aos padroeiros se torna uma verdade de fé, um preceito. E quando se toma vários lugares, a comunhão diária torna-se preceito, verdade de fé, pois todos os santos estão representados. Eis a essência do nacionismo.