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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Quando se reina, governa e administra um povo, Cristo fala através do Rei

Quando um rei reina, governa e administra seu povo tendo por fundamento aquilo que é conforme o todo das leis de Deus, é Cristo que está falando através do Rei, seu vassalo. Nesse sentido, é verdadeira a expressão the king can do no wrong, pois cabe a ele reinar, governar e administrar seu povo tendo por fundamento Jesus Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2014. 

Sobre a nacionalidade, conforme o todo


1) Um povo que toma seu país como um lar, em Cristo, está sempre exercendo uma relação de nacionidade com a terra onde nasceu, que está sendo usada como campo de aprendizado, de modo a entrarmos na pátria definitiva, que é Cristo.

2) Este processo pedagógico permanente, bom e necessário deve ser protegido de toda a sorte de metástases, sobretudo contra todos aqueles que tomam o país como se fosse religião, de tal modo a ficar fora da conformidade com o todo que vem de Deus - e estes seres são os piores inimigos daquilo que se edificou no Deus verdadeiro.

3) Para se combater os inimigos internos e externos, Deus fez patriarcas, cuja missão é reger seu povo de tal modo a que as leis de Deus não sejam esquecidas ou relativizadas. Ele rege seu povo fazendo leis, gerindo o bem comum e fazendo valer a justiça. Como é muita coisa demais para uma pessoa só, muitos juízes, administradores e legisladores agem de maneira comissionada, auxiliando o rei na tarefa de reger bem o povo, de tal modo a que não se esqueça de o fato de que país deve ser tomado como um lar em Cristo. A origem dos três poderes decorre justamente do desdobramento, da especialização e da cooperação na missão a que Cristo confiou aos reis dos povos que tomam seus países como um lar, em Cristo.

4) Esses patriarcas, que regem, governam e administram, são juízes, por essência, dos debates políticos, de tal modo a que uma facção não acabe matando a outra através dos abusos e dos desmandos. A política deve ser voltada para a colaboração e nunca para a guerra de facção - pois tanto na situação quanto na oposição há brasileiros que tomam o país como um lar e esses devem servir à pátria neste fundamento, de modo a colaborar com o rei ou o Imperador no sentido de se estabelecer uma ordem justa e próspera, de tal modo a que esse senso de tomar o país como um lar, em Cristo, não seja esquecido.

5) Todos os que estão sujeitos à autoridade e proteção desse patriarca são nacionais - e qualquer um queira tomar este país como um lar precisa aprender a tomar por pai o monarca que rege esta nação. E a relação entre o monarca com o súdito é a mesma que se dá entre pai e filho. Se nação é uma família ampliada, a nacionalidade é a relação sistemática entre pai e filho, por força de Cristo, que é o Rei do Reis, pois isso decorre do fato de que o pai protege e rege seus filhos de tal modo a que os filhos possam tomar o seu país como um lar em Cristo, sob a educação e os amparos da Santa Mãe Igreja, que é um verdadeiro hospital para os pecadores que necessitam de seu amparo e auxílio.

6) Eis aí o fundamento da nacionalidade, segundo o nacionismo.

Tomar o país como se fosse religião, seja a primeira ou segunda, é heresia


1) Ainda que se tome uma nação como se fosse "uma segunda religião", como diz Pasquale Mancini, não é sensato tomar o Estado como um Deus, pois um segundo deus, fundado em sabedoria humana dissociada da divina, sempre estará em permanente oposição ao Deus verdadeiro - e ao Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro, que foi gerado, e não criado, e que é da mesma substância que o Pai.

2) Por isso toda teoria que destaque a nacionalidade neste fundamento, de país tomado como se fosse religião - seja a primeira, seja a segunda -, sempre será herética.

3) A relação do Rei com os seus súditos sempre será uma relação de nacionalidade, pois a soberania decorre do fato de proteger um povo que é conforme o todo de Deus e que toma o seu país como um lar,em Cristo. E o rei, como sendo pai de muitos, protege seus filhos e ainda edifica uma ordem, de tal modo a que nos aponte para as leis de Deus, causa para se tomar o país como um lar, em Cristo.

4) Só a nacionidade pode gerar uma boa nacionalidade, fundada na soberania, que decorre da aliança com o altar com o trono. Pois tomar o país como se fosse religião, de tal modo a ficar fora da conformidade com o todo que se dá em Deus, é falsa nacionalidade - é, pois, heresia.

O Brasil tomado como um lar será ressuscitado, quando tudo o mais acabar


1) Se as catedrais são feitas de tal modo a nos apontar para o Céu, então as realizações humanas, fundadas no fato de se tomar o país como um lar, nos apontam para o Céu, já que Cristo fundou este país.

2) Como o Olavo disse, língua, alta cultura e religião são os elementos que sobrevivem, mesmo que o Brasil físico se acabe.

3) O português sobreviverá, pois foi a língua dos que serviram a Cristo em terras distantes; a fé católica é a fé fundadora; e o nacionismo é cultura que nos aponta para o céu. Por essa razão, o nacionismo sempre será alta cultura.

4) Mesmo que eu morra, mesmo que o Brasil morra, o nacionismo, da forma como estou a edificar, semeará a consciência de todos aqueles que queiram tomar o Brasil como um lar, ao exercerem a liberdade de buscar o conhecimento e aprender a tomar o Brasil como um lar. E é com base nesse modelo, que eles se tornam brasileiros e ainda aprendem a tomar outros países como se fossem um lar, de tal modo a serem verdadeiros diplomatas perfeitos, em Cristo.

5) Quando isso acontecer, o Brasil será ressuscitado, não só na sua fé, não só na sua língua, não só na sua alta cultura, como é o nacionismo, mas também renascerá fortalecido de uma aura universal, da qual serviu-se de modelo, por conta de sua fundação histórica, mas também por conta deste pensamento destilado em teoria, como estou a fazer.

Não é preciso nascer no Brasil para tomar o Brasil como um lar


1) Para ser brasileiro, não basta só nascer no Brasil - é preciso aprender a tomar o Brasil como se fosse um lar e a não tomá-lo como se fosse religião, de tal modo a ficar fora da conformidade com o todo que se dá em Deus.

2) E ao aprender a se tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo, então se perceberá que você pode ser brasileiro, ainda que não tenha nascido no Brasil.

3) Os verdadeiros brasileiros, se olharmos bem, são tão estrangeiros quanto os que não nasceram aqui, justamente por serem mais brasileiros que os idiotas nascidos nestas terras.

4) Neste ponto, o pensamento constitucional edificado em 1988 é inconstitucional, pois está fora da conformidade com o todo que se dá em Deus. Essa mentira só se torna verdade porque os positivistas tomam este espectro de Brasil como se fosse religião. E o resultado é que nascem verdadeiros abortos da natureza todo santo ano. 

5) Por isso que esta guerra cultural é mais grave do que aquela que o Olavo descreve. Ela precisa ser erradicada desde a origem.

Tomar o país como se fosse religião decorre da liberdade para o nada


1) Libertar-se da ordem fundada em Cristo, que nos leva à liberdade, é libertar-se para o nada. É do nada para o nada que se toma o país como se fosse religiião. Nele, o Estado se confunde com a nação e esse bezerro de ouro será adorado, em oposição ao Deus verdadeiro. É daí que nasce o comunismo e o fascismo - ele nasce da liberdade para o nada, fundada no liberalismo.

2) Quando tomo meu país como um lar, eu me baseio no fato de que Cristo enviou meus ancestrais para cá, de modo a servi-Lo em terras distantes. E foi Cristo, ao enviar os portugueses, que fundou esta nação. Então, ser missionário é necessariamente o fundamento pelo qual devo tomar meu país como um lar.

3) Quando as cruzes dos tribunais são retiradas, o que está se buscando é uma justiça fora de Cristo - e fora de Cristo o que há é injustiça. Além do mais, quando as cruzes são retiradas, junto com elas vai-se a lembrança de que um inocente morreu por conta da justiça fundada na sabedoria humana, dissociada da divina. E ainda que se lave bem lavadas as mãos, o sangue das vítimas permanece - ainda que ele não esteja visível para nós, para Deus, autor das coisas visíveis e invisíveis, esse sangue é visível.

4) É contra essa cultura que devemos lutar - ela dá causa ao marxismo cultural.

O mundo inteiro cabe no Brasil por forças naturais


Há quem diga que o Brasil é português e americano. Na verdade, ele é mais do que isso:

1) Em circunstância geográfica, o Brasil é americano

2) Em circunstância vocacional e imperial, o Brasil é europeu.

3) Em circunstância cultural, o Brasil é ibero-americano, cristão e ocidental.

4) Por conta da herança cultural africana, o Brasil é africano.

5) Por conta da imigração japonesa, o Brasil é asiático.

6) Por conta da lusitânia dispersa, e por conta da associação com Portugal, o Brasil é parte da Oceania.

7) Todas as circunstâncias estão legitimamente representadas no Brasil - o que se deve fazer é tomá-lo como se fosse um lar, em Cristo.

8) Por isso, esqueçam o nacionalismo, pois o mundo inteiro cabe no Brasil, por forças naturais.