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terça-feira, 16 de abril de 2019

Notas sobre a relação entre moeda fiduciária, santificação através do trabalho e a forma pela qual você percorre o caminho das honras numa sociedade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento

1.1) Estava meditando sobre a relação entre moeda fiduciária e a forma como você percorre o caminho das honras.

1.2) Quanto mais alto na hierarquia você chega, mais a sua moeda será valorizada, uma vez que você está servindo em confiança dos que acreditam em você, de a obter financiamento necessário para poder oferecer serviços melhores ou a mais gente ainda.
 
1.3.1) Por isso mesmo, trata-se de sacrifício - você deve morrer para si mesmo de modo que você tenha mais ganho sobre a incerteza. Assim, você poderá trocar seu serviço em prol dos outros por serviço que vise ao atendimento de suas necessidades pessoais ou em prol de sua família.

1.3.2) Este é o fundamento pelo qual você deve se santificar através do trabalho, seja como político, seja em qualquer outro trabalho, por mais básico e humilde que ele seja. Essa moeda fiduciária pode ser virtual, pois ela pode estar simbolizada na forma de um trabalho, como o trabalho escrito por um escritor.

1.3.3) Por isso que é possível pagar com trabalho aquilo que não poder ser pago com moeda - e isso cria fungibilidade a algo que é infungível, o que permite uma possível negociação, o que leva as pessoas a viverem sempre juntas, cooperando umas com as outras, o que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo.

2.1) Isso tem profunda relação com a vocação - o melhor trabalho de uma pessoa torna-se para ser usada para se conseguir o apoio de outras, o que fomenta a integração entre as pessoas.

2.2) Se o melhor trabalho se funda na vocação, onde colaboro para o bem comum com as minhas habilidades, então esse valor é objetivo, porque se funda na verdade, nunca no amor de si até o desprezo de Deus. Afinal, se estou me revestindo de Cristo, então devo me santificar através do trabalho, de tal modo que minhas mãos, e não meus lábios, estejam em constante oração.

2.3.1) A liberdade de emitir moeda, de servir confiança, não pode ser servida com fins vazios, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação.

2.3.2) A emissão de moeda nessa direção deve feita pelas pessoas mais honradas de forma a patrocinar o trabalho dos pequenos e dos que estão sob sua proteção e autoridade, tal como um mecenato.

3.1) Quando uma riqueza se torna o símbolo de excelência de uma determinada localidade, a ponto de ser motivo de orgulho e de honra de uma comunidade inteira, então ela se torna o lastro de toda a comunidade, o ponto de referência para se medir os outros trabalhos.

3.2.1) De todas as riquezas que o país já teve, nenhuma delas foi tão valiosa quanto o pau-brasil.

3.2.2) Ele ajudou a edificar alta cultura, a tal ponto de haver uma marca de excelência entre nós, uma marca de nacionalidade, cuja espécie decorre do gênero português, fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

3.2.3) Isso tem mais valor do que o ouro, pois o pau-brasil é uma árvore. Ele é capaz de se reproduzir, embora precise de muito tempo para se desenvolver e descendentes férteis.

3.2.4) O ouro não vale tanto porque não se reproduz. Por não se reproduzir, a tendência é gerar inflação, sobretudo quando há abundância desse vil metal. Isso leva à retenção sistemática do mesmo, o que fomenta a avareza - e isso leva à quebra sistemática de confiança da sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2019.

Da postagem em rede social como moeda

1) Uma outra forma para se construir público de uma maneira mais discreta, quando não se deseja marcar 99 pessoas, é usar a postagem que você escreve como moeda.

2.1) Quando você escrever uma postagem, não marque ninguém, inicialmente falando. Pegue o link do que você escreveu e coloque-o num txt.

2.2) Para melhor identificar esta postagem das demais, faça uma breve descrição do que você escreveu e deixe a postagem estocada até você encontrar uma postagem alheia que tenha uma forte ligação com a sua.  Quando você a encontrar, coloque o link da postagem nos comentários.

3.1) Faça isso num mural de alguém que seja muito acessado e que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o todo que vem de Deus. Você está pedindo o público dos outros emprestado de modo que seu trabalho também cresça e seja valorizado.Se o seu trabalho for sério, isso paga dividendos morais.

3.2) Nos comentários das suas postagens, você pode acrescentar links para postagens anteriores e digitalizações de livros que serviram de base para a sua postagem. A pessoa, se quiser, pode fazer uma aquisição e financiar sua atividade intelectualmente organizada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2019.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Comentários sobre os últimos assassinatos de monumento cometidos

1) Vivi pra ver três assassinatos relevantes de monumento: o World Trade Center, o Museu Nacional e a Catedral de Notre Dame.

2) Parece-me que os dois últimos foram meticulosamente planejados: o Museu Nacional foi assassinado durante a chamada "semana da pátria", enquanto a Catedral de Notre Dame foi assassinada na Semana Santa.

3) A República aqui surgiu cem anos após a Revolução Francesa. Ambas as repúblicas são anticristãs, regicidas e fazem do assassinato de monumentos uma política de Estado, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

4) O Império foi instalado no dia 7 de setembro sob o dístico de Independência Ou Morte, Independência essa fundada na falsa trindade, baseada no homem, pelo homem e para o homem: a igualdade, a liberdade e a fraternidade sem Cristo, a ponto de negar o que decorre de Ourique, do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos mandou servir a Ele em terras distantes.

5) Se pararmos pra pensar, os crimes têm profunda conexão um com outro, dado que os revolucionários são internacionais, pois não tomam nenhum país como um lar, ainda mais em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de abril de 2019.

domingo, 14 de abril de 2019

Notas sobre o feudalismo ou sobre a aliança entre a cruz e a espada

1) O termo "feudo" vem de foedus, que quer dizer aliança, em latim

2.1) O feudalismo foi um momento da História onde houve uma aliança entre as nobrezas locais e a Igreja. 
2.2) Isso deu origem à civilização européia, que é cristocêntrica por excelência. E isso salvou o continente da invasão islâmica que estava acontecendo.


3.1.1) As monarquias nacionais surgiram quando houve a centralização do poder na figura do rei, seja por disputas políticas internas, seja por meio de alianças feitas de modo a se deter um inimigo comum: os islâmicos.

3.1.2) O rei passou a ser o chefe da nobreza, mas sua autoridade estava limitada - ele não podia passar por cima da autoridade da Igreja, uma vez que Cristo, que é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, é quem constrói e destrói impérios, tal como Ele disse a D. Afonso Henriques. Por isso, os reis eram vassalos de Cristo e de seu vigário, o Papa, visando o bem comum de toda a Cristandade.


3.2.1) A partir do momento onde um rei como Henrique VIII rompe com Roma e funda sua própria igreja, aí é que temos o surgimento de uma monarquia absoluta.

3.2.2) É do absolutismo monárquico decorrente de uma heresia que surge o liberalismo (busca da liberdade sem Cristo).

3.2.3) O maior problema é quando importam tais idéias derivadas da heresia e tentam aplicá-las numa realidade que não tem nada a ver com a realidade inglesa, como aconteceu no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

3.2.4) Isso gera um tipo perverso de colonização do imaginário, o que leva a um processo sistemático de invenção de tradições fundadas no homem como a medida de todas as coisas, sobretudo quando este mente em nome da verdade.

3.2.5) O Brasil decorrente de 1822 nasce dessa insanidade - ele foi concebido para ser o império dos impérios fundados nisso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de abril de 2019.

sábado, 13 de abril de 2019

Da necessidade de se obter informações estratégicas sobre o bolivarianismo

1) Para se compreender o bolivarianismo, é preciso que se estude a influência maçônica na História da Venezuela. Um autor é crucial para isso: Romero B. Celestino.

2) Por enquanto, a Venezuela amarga a ditadura de Maduro. Tão logo ele caia, uma janela será aberta. É preciso que se compre esses livros dentro dessa janela, pois o regime pode ser fechado a qualquer momento.

3) Um outro livro para se compreender quem foi de fato o monstro que foi Bolívar é o livro El Terror Bolivariano, de Pablo Victoria. Este livro trata dos crimes de guerra de Bolívar durante o processo de "libertação" da América da Espanha, "libertação" essa feita pela maçonaria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de abril de 2019 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2021 (data da postagem atualizada).

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Como compus minha visão sobre a Teoria dos Três Mundos?

Um colega me fez esta pergunta, sobre o meu artigo a respeito da teoria dos três mundos: "Dettmann, de onde você tirou inspiração para escrever sobre isso? Não conhecia essa teoria a respeito dos países".

Eu respondo:

1) Essa meditação foi baseada na teoria dos três mundos - ela era muito estudada em aulas de geografia, sobretudo na época em que era estudante. Essa teoria foi baseada na teoria dos três estados que compunham a Assembléia dos Estados Gerais, na época da Revolução Francesa. Ou seja, ela baseou num substrato da realidade histórica da França.

2.1) Um livro que me serviu de base para escrever esta reflexão foi "O que é o Terceiro Estado?", de Emmanuel Joseph Sièyes - aqui no Brasil, ele recebeu o nome de A Constituinte Burguesa.

2.2.1) Nesse livro, Sieyès fala que o terceiro estado é a verdadeira nação por si mesma, visto que essa classe ficou rica no amor de si até o desprezo de Deus - afinal, os mercadores, a base da maçonaria, eram todos membros desse chamado terceiro estado.

2.2.2) Tal como houve no calvinismo, na Revolução Protestante, eles se declararam eleitos de antemão e os demais estados, clero e nobreza, se tornaram condenados de antemão, tanto é que vários foram condenados à morte por força do Terror Revolucionário.

2.2.3) Por razões de Estado e de bem-estar social, alegaram que os membros dos dois primeiros estados eram de origem estrangeira, impura - e isso ensejou a teoria do jus sanguinis como uma forma de justificar a tomada desse poder. Esse ato de arrogância deu origem à moderna Teoria do Poder Constituinte, fundada no povo, pelo povo e para o povo, como se ele fosse a voz de Deus. Para o Estado ser tomado como religião, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele, isso já é um pulo.

3.1) À medida que essa religião liberal foi se tornando organizada, alguns países acabaram se tornando nações sacerdotes - essas nações, que constituíram o chamado segundo mundo, se arrogaram o título de "apóstolos da Revolução" de modo a exportar a revolução pelos quatro cantos, como se ela fosse um verdadeiro evangelho.

3.2.1) A Rússia é, por excelência, a nação sacerdotal dessa religião revolucionária - e os erros da Rússia, dessa nação sacerdote, foram se espalhando.

3.2.2) Como um heresiarca é sempre um sacerdote rico no amor de si até o desprezo de Deus, então foi preciso que uma nação sacerdote servisse a Cristo em terras distante de modo a se trocar o certo pelo errado. E aí Portugal foi escolhido novamente para este trabalho, pois já fazia esse trabalho há muito tempo, desde Ourique.

3.2.3) É por isso que Nossa Senhora apareceu em Fátima. Os países mais fiéis à Cristandade, que haviam se tornado terceiro mundo segundo critério revolucionário, se tornaram o primeiro mundo em Cristo, a ponto de dar combate a essa sorte de erros.

4.1) Além do que aprendi em geografia e desse trabalho do Sièyes, o conhecimento da História de Portugal também serviu de base.

4.2.1) Também me vali de coisas que aprendi na época do Direito sobre a Teoria da Instituição. Eu percebi nela uma certa ironia: o condenado vira um dia vira eleito e o eleito, rico no amor de si até o desprezo de Deus, é condenado ao ostracismo, à lata de lixo da História, a ponto de esses impérios fundados no homem perecerem.

4.2.2) Mas esta contra-revolução, que está em marcha, tem sua origem num império fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - Deus transformou nações condenadas, como Polônia e Hungria, em nações eleitas, de primeiríssimo mundo, a ponto de comporem a nova nobreza da cristandade, já que Portugal já faz o trabalho sacerdotal.

4.2.3) Se você observar, há uma certa dose de metafísica nessa analogia que escrevi.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de abril de 2019.

Descoberta uma chave para se ler Aristóteles

1) Ontem, eu fui fazer uma busca por obras de Mário da Gama Kury (um dos maiores tradutores de língua grega que o país já teve). Estava procurando traduções dele da obra de Aristóteles, mas acabei encontrando outra coisa: a obra Pluto ou Um Deus chamado dinheiro, de Aristófanes. Ele fez também a tradução da peça, tradução essa que vou adquiri-la mais tarde.

2) Agora eu compreendo por que Aristóteles usou o termo "crematística" - ele está se referindo a um modelo de imitação que é próprio do comportamento de Crêmio, o personagem principal desta peça. Por isso mesmo, vou lê-la, para efeito de referência.

3.1) O professor Olavo falou que Aristóteles foi crítico literário das obras gregas, tanto de comédia quanto de tragédia.

3.2) Todo o fundamento filósofo de sua obra tem substrato na literatura, cuja função é captar a estrutura da realidade pela qual uma determinada comunidade política e social passa ao longo de sua história.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de abril de 2019.