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domingo, 9 de setembro de 2018

Notas sobre nacionidade e economia aristocrática

1) Uma forma de tomar o pais como um lar é mapeando cada região de determinado país de modo a conhecer como as coisas são produzidas, uma vez que essas coisas estão lastreadas num modo de ser, numa cultura, num estilo de vida. E isso pode ser feito por meio do turismo.

2) Exemplo: se você visita a região cafeeira da Colômbia, você vai aprender muito observando como o café é lavado e como o café é plantado - e se tiver conhecimento de engenharia agrícola, você pegará um pouco da terra do lugar de modo a analisar a composição dela. Se não estou enganado, a terra da Colômbia é uma terra vulcânica - por isso que o café de lá é de excelente qualidade.

3.1) Se você prova o café da Colômbia e dá valor ao produto local, então você compra uma pequena propriedade na região e começa a produzir café de modo que este possa ser consumido no Brasil, uma vez que você está tomando a Colômbia e o Brasil como um mesmo lar em Cristo, a ponto de fazer da terra que você ocupa na Colômbia uma extensão do território nacional. Se você vai a terras distantes de a modo tomar um segundo país como um lar em Cristo, então certamente precisará manter laços com os parentes e amigos que se encontram no Brasil - e em tempos de rede social esta tarefa se tornou um pouco mais fácil. Afinal, eles serão seus primeiros clientes.

3.2.1) Uma vez feito o café e processado, este deve ser levado a uma casa de encontro. 

3.2.2) Inicialmente, isto pode ser feito na sua própria casa mesmo, reunindo os parentes e os vizinhos para uma boa conversa. Se eles gostarem do produto, você começa a vender café para eles - e este é o começo de uma atividade economicamente organizada. 

3.2.3) Até uma cafeteria ser aberta, o negócio precisa por vários estágios até chegar o dia em que você verá este café sendo consumido pelos fregueses abertamente na rua. Afinal, uma conversa inteligente é regada a doses cavalares de cafeína, uma vez que as cafeterias no século XVIII eram chamadas de "universidades do centavo". Nos tempos atuais, podem ser chamadas de "universidades do real", uma vez que uma xícara de café pode ser vendida a um real.

4.1) Com o passar do tempo, uma oportunidade de diversificação dos negócios pode surgir, se você tomar a Argentina como um lar junto com a Colômbia e o Brasil. Caso isso ocorra, é interessante ter uma pequena propriedade produtora de trigo trabalhando de maneira coordenada com a produtora de café, de modo a abastecer a casa de encontros que se encontra no Brasil.

4.2) Do trigo é produzida a farinha e daí vem o pão. Juntando o pão feito do trigo da Argentina com o café vindo da Colômbia, a cafeteria pode evoluir para uma padaria, o que faz com que as "universidades do real" agora passem a ser um lugar para se fazer corpo-a-corpo na política, a ponto de edificar ainda mais cultura, dando um ar ainda mais aristocrático ao ambiente.

4.3) Dessa trindade, você começa a estabelecer uma verdadeira integração ibero-americana através de uma economia de mercado fundada no encontro, uma vez que a padaria assimila o que há de bom da Colômbia e o que há de bom da Argentina de modo a produzir conversas acaloradas e inteligentes visando a promoção do bem comum e a melhorar o destino do pais como um todo.

4.4.1) Como esse tipo de economia de mercado se dá no encontro, numa liberdade servida, então que ela seja feita entre os melhores, entre os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

4.4.2) O maior desafio a este tipo de economia está na viabilidade - e a melhor forma de fazer um negócio ser viável é vivendo e se sociabilizando - só assim você conhece as demandas de cada cliente e se organiza, a ponto de atendê-las de maneira sistemática. É preciso fazer disso uma cultura e um estilo de vida - ela precisa ser um fato da sua vida real, antes de ser uma atividade que gere emprego e renda para todos os que forem colaborar contigo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2018.

sábado, 8 de setembro de 2018

Diário intelectual - 08/09/2018

1) Esta semana foi pesada: primeiro houve o incêndio do Museu Nacional, cujo patrimônio foi assassinado por conta do descaso do governo bem como pela ação criminosa da ideologia nazi-petista (com o respaldo de suas forças auxiliares, os psolistas). Como se isso não fosse o bastante, Jair Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora por um militante psolista. Ele quase foi morto. A impressão que se tem é de que esta semana de setembro é uma extensão de agosto, mês onde as desgraças políticas sempre ocorrem.

2.1) Como o ambiente estava ruim e nefasto, passei uns dias jogando Civilization 5. Resolvi testar civilizações que pudessem dar benefícios se fossem conquistadas.

2.2) Numa das partidas, eu tomei duas civilizações. Ganhei o aqueduto de uma e o templo de outra. Diante da possibilidade dessa grande unidade fundada na conquista, encerrei minha jogatina e me concentrei a escrever uma série de artigos sobre isso.

3) Depois de escrever excelentes artigos sobre isso, conheci uma moça do Paraná e passei a tarde inteira tendo uma excelente conversa com ela.

4) Enfim, consegui sobreviver bem a uma tríplice tragédia: o incêndio, a tentativa de assassinato, bem como ao famigerado dia em que separaram o Brasil daquilo que decorre de Ourique. Enfim, esta semana da pátria foi bem apátrida. Mas consegui sobreviver muito bem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2018.

Não há cinismo maior do que entregar o país à dominação sínica

1) Certa ocasião, estava vendo no youtube uma demonstração do jogo Budokan, um jogo de artes marciais lançado para o Mega Drive.

2) Por curiosidade, descobri que o Budokan é um torneio de karatê. E ao pesquisar mais sobre o karatê, descobri que essa arte marcial deriva de uma outra arte marcial: a mão sínica (mão chinesa).

3) Por conta disso, descobri que a palavra cínico tem um parônimo: sínico, próprio daquilo que vem da China, especialmente do PCC (Partido Comunista Chinês). Como conservantismo e cinismo são quase sinônimos, então devemos ter cuidado com essa tentativa de dominação sínica, pois eles estão comprando todas as nossas riquezas nacionais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2018.

Da família, da comunidade e do Estado ou notas sobre esta unidade de três elementos que organizam a polis

1) De certa forma são três os elementos que compõem o todo, embora esse todo não seja a mera soma das partes: família, a comunidade e o Estado. Eles compõem uma trindade, o que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo.

2) A família forma a persona do indivíduo e esse indivíduo só se realiza enquanto tal quando oferece seus dons a serviço do bem comum, da polis, contribuindo para a boa fama da família que o formou - eis a essência da nobreza.

3.1) Tudo o que é sólido deriva daquilo que é nobre, daquilo é feito com excelência: o indivíduo é uma pessoa, uma vez que ela está em constante solidão enfrentando as suas circunstâncias de vida. Quando esse indivíduo compartilha a sua solidão sistematicamente com os outros que eventualmente descobre, o seu mundo interior cresce, uma vez que seu eu está amalgamado e lastreado aos eus de outras pessoas que lhe antecederam no caminho que está traçando, a ponto de o nós não ser a mera soma de vários eus ao longo do tempo, seja no passado, no presente ou no futuro, uma vez que o nós é a eternidade, é uma unidade fundada em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Por isso que é preciso descobrir os outros de modo a se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis a essência da tradição e da família.

3.2.1) Quando uma família estabelece uma atividade econômica organizada, ela visa a responder aos ditames da vida particular, das suas circunstâncias e o que ela aprende nas suas circunstâncias acaba beneficiando a polis como um todo. 

3.2.2) Por isso que não é sensato estabelecer uma economia de competição, pois as circunstâncias vividas de uma família são exclusivas, uma vez que são irrepetíveis. É mais sensato falar em economia de colaboração, onde famílias ajudam outras famílias compartilhando experiências, bens e recursos de modo que umas e outras cresçam em constante ajuda mútua.

3.3) Como um dos fundamentos da atividade economicamente organizada é a integração entre as pessoas, então as experiências sistematicamente compartilhadas acabam fazendo com que as economias particulares virem cooperativas de crédito, edificando uma ordem comunitária, uma ordem pública fundada na ação das iniciativas particulares das famílias, cabendo ao Estado proteger tal trabalha contra quem deseje sabotá-la

4.1) É preciso ressaltar muito bem a diferença de particular e privado.

4.2) A iniciativa privada desordenada se funda no amor de si até o desprezo de Deus - e por isso mesmo ela exclui os outros, por força do egoísmo. Se esse egoísmo for tomado como se fosse religião, isto leva a uma ordem pautada no relativismo moral, onde a liberdade será servida com fins vazios, uma vez que para esse indivíduo o direito é um preconceito e os vícios são virtudes.

4.3.1) A iniciativa particular decorrente da ação de um único homem virtuoso que enfrenta suas circunstâncias e suas misérias perante a vida, a Deus e a História, esta é digna de ser vivida, pois isto exige a melhor parte do ser humano, que é a coragem. Foi a partir desta coragem que ele consagrou sua vida e sua atividade economicamente organizada, a serviço de Deus e de todo aquele que precisar de sua ajuda. 

4.3.2) Essa iniciativa particular, em consórcio com outras iniciativas particulares, ela pode ser tornar uma iniciativa comunitária. Ela colabora com a missão dada em Ourique de servir a Cristo em terras distantes, naquilo que é capaz de fazer de melhor. 

4.3.3) Por isso mesmo, por honra a essas virtudes heróicas, essa atividade precisa de um sucessor, geralmente alguém da família, pois os filhos tendem a conhecer mais a persona do pai do que qualquer outra pessoa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre o esquema globalista russo-chinês

1) Definitivamente, a China é a última fronteira a ser conquistada. Ela não é só pagã, mas também comunista.

2) O esquema globalista russo-chinês é a combinação dos erros da Rússia, denunciados por Nossa Senhora de Fátima, como também dessa grande unidade estabelecida pelo Império dos Qin, da qual a China é derivada.

3) Se a Rússia for consagrada, os erros são eliminados. Como o comunismo é fundado no que é conveniente e dissociado da verdade, então esse pragmatismo revolucionário não encontrará fundamento para se expandir através da mentira e da desinformação. Como a China está sendo progressivamente conquistada por força dos mártires cristãos, cujo sangue está sendo sistematicamente derramado em seu território, então esse esquema está sendo paulatinamente derrotado.

4.1) O único problema está na consagração que foi feita em 1984. Segundo o padre Gabriele Amorth, os bispos do mundo inteiro não estavam rezando junto com o Papa nesta intenção, o que faz desse ato nulo, inválido em relação às coisas que decorrem da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2) Como bem mostrou o meu colega Bruno Braga, os bispos da CNBB ligados à Teologia da Libertação, nessa época em que a consagração se deu, estavam comprometidos com a implementação do comunismo aqui, coisa que se deu com a Nova República no ano seguinte, marcando o fim de 21 anos de governo de exceção no Brasil (também conhecido como governo militar, impropriamente chamado de "ditadura militar", que não foi ditadura coisa nenhuma).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Se a política é continuação da trindade, então a globalização decorrente de Ourique é uma unidade fundada em três elementos: a ordem romana, a filosofia grega e a religião cristã

1) A grande unidade portuguesa decorre da grande unidade romana, que foi incorporada pela Santa Madre Igreja. Os componentes dessa unidade são a ordem romana, a filosofia grega e a religião cristã, da qual veio a missão de servir a Cristo em terras distantes, de modo a expandir o império.

2) Se o império português é uma unidade composta de um tripé civilizacional, então essa trindade política reflete a santíssima trindade, já que Deus é uno e trino. Logo, podemos dizer que a comunidade política fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes é a continuação da trindade do Céu na terra, a ponto de compor a Igreja militante por força da missão de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de fundar novas comunidades eclesiais, novas nações que precisarão ser tomadas como um lar em Cristo, por força da expansão do império fundado na fé verdadeira, coisa que se dá na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A globalização fundada a partir do milagre de Ourique - que decorre da grande unidade romana, cristianizada - se contrapõe ao globalismo chinês, que decorre da grande unidade dos Qin: tirânica, absolutista, centralista e atéia, já que esse legado foi assimilado pelos comunistas, que são internacionalistas e ateus por excelência. Essa grande unidade sínica (chinesa) é monarquiana, o que nega a trindade - ela decorre de uma tradição que tem sua razão de ser num único homem, que é tomado como se fosse um Deus e que criou esse império fundado no amor de si e conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. E o mitologema chinês é todo pautado na história de Qin Shi Huang, que criou a China tomando todos os demais Estados guerreiros.

3.2) Desse choque, a verdade prevalecerá. Como ela decorre de Cristo, então a China acabará se convertendo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2018 (data da postagem original)..

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Da grande unidade romana comparada à grande unidade chinesa

1) Para se entender a China, é preciso entender o período dos estados guerreiros da China. Desses estados, o Estado Qin prevaleceu - e não é toa que a à China é a terra dos Qin, da qual veio o seu primeiro imperador, Qin Shi Huang.

2) Os Qin adotaram técnicas dos estados guerreiros adversários, incorporando-as aos seus exércitos, a tal ponto que o exército se tornou praticamente imbatível. Uma vez que todos os estados guerreiros foram tomados, os Qin adotaram o pensamento legalista: unificaram os pesos e medidas, bem como as leis, a ponto de fazer com que a lei esteja acima do costume.

3) A China tem uma longa tradição de centralismo, positivismo, tirania e absolutismo monárquico, por força de seu paganismo. Não é à toa que do ponto de vista do Direito Internacional a China era considerada um Estado quase bárbaro - tinha elementos avançados de organização política, muito semelhantes aos nossos, mas sociologicamente os homens eram todos escravos de um tirano, posto que não conheciam a Cristo.

4.1) O contraponto da grande unidade chinesa está na grande unidade romana.

4.2) Roma era uma república - e o ideal republicano esteve no imaginário desse povo durante a maior parte de sua história, exceto no dominato, quando esse ideal foi abandonado, marcando o fim dessa civilização.

4.3) Os romanos, tal como os Qin, incorporaram armas e táticas de seus adversários. Mas eles não se limitaram só a isso: Roma incorporou técnicas agrícolas bem como a alta cultura e as visões de mundo dos seus adversários, além de suas religiões. Até mesmo um panteão foi construído para isso, dedicado a todos os deuses romanos, os naturais e os que foram incorporados pela conquista.

4.4.1) Essa constante assimilação de povos diferentes fez com que o direito romano evoluísse, a ponto de ser pautado mais no costume do que propriamente na lei positiva.

4.4.2) Como o direito se funda na religião e busca a justiça, isso acaba criando subsídios para que os costumes sejam justos. Como bons costumes acabam refletindo a justiça, então o rigor da forma legal acaba sendo gradativamente abrandado.

4.4.3) Não é à toa que o direito romano foi incorporado pelo cristianismo, pois ele regulava o comportamento social de tal maneira que o amor de si até o desprezo de Deus não fosse a causa para a divisão sistemática da sociedade com o um todo, a ponto de gerar uma anarquia.

5.1) A ordem romana, a filosofia grega e a religião cristã se tornaram o tripé necessário para que esta grande unidade fosse mais duradoura do que aquela estabelecida pela China.

5.2) Do choque dessas duas grandes unidades, do choque dessas civilizações, a China acabará por converter-se, uma vez que a China não é só comunista - ela tem uma longa tradição de tirania, que é anterior à época de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2018.