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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Conservar algo em si mesmo é ato de insensatez, já que isso perde a conexão de sentido com a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus

1) Em língua portuguesa, toda palavra com a desinência "nte" significa aquele ou aquela que pratica uma determinada ação no plano da realidade. Exemplo: presidente (aquele ou aquela que preside uma nação) ou conservante (aquele ou aquela que conserva alguma coisa, por ter algum valor para ela ou para as futuras gerações, o que constitui ato de amor ao próximo, ainda não nascido).

2.1) Quando o conservante conserva por conservar, então sua ação é desordenada, visto que insensatez é um tipo de burrice, tal como foi elencada por Santo Tomás de Aquino.

2.2) E burrice obstinada constitui malicia, já que a ovelha na verdade é um lobo disfarçado de ovelha. Neste ponto o conservantismo constitui mentalidade revolucionária no seu grau mais básico, visto que conservar por conservar é exercer uma ação com fim vazio, sem conexão de sentido com a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Basta que o ato de conservar perca sua conexão de sentido com a verdade que você já está à esquerda do pai, pois a sua escolha foi feita com fins vazios.

3.2) Afinal, as palavras designam coisas e não devem ser usadas com fins vazios, tendo por base um falar por falar, um escrever por escrever a ponto de se exercer uma verborragia despudorada, coisa que é típica dos mais extrovertidos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2017 (data da postagem original).

domingo, 10 de dezembro de 2017

Do perigo que é tomar a polis como um fim em si mesmo

1) O professor Carlos Nougué em uma de suas aulas afirmou que, para os antigos gregos, o fim da polis estava nela mesma. Foi neste ponto que Santo Tomás de Aquino divergiu de Aristóteles.

2.1) O professor Olavo de Carvalho alertou que é preciso saber em quais pontos Maquiavel não enxergava a realidade de jeito nenhum.

2.2.1) O maior exemplo disso está no fato de que Maquiavel era estudioso do mundo antigo.

2.2.2) Como os gregos viam o fim da polis nela mesma, então muitos dos ensinamentos práticos d'O Príncipe tendiam a fazer com que o fim do Estado encontrasse a justificação do poder em si mesmo, a ponto de se tornar uma espécie de religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.1) Essa incapacidade de Maquiavel ver esta realidade também se estendeu à doutrina de Gramsci, a tal ponto que o comunismo é uma religião política e uma soteriologia, onde o fim da revolução se encontra nele mesmo, na destruição pela destruição, movida no mais puro ódio ou irracionalismo.

3.2) E essa fé cega tende a ser um câncer, que um dia entrará em metástase.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2017.

Aforismo sobre política

Se política é a arte de debater os problemas da polis de modo que a cidade dos homens seja um espelho da cidade de Deus da melhor maneira possível, então não é nem um pouco conveniente debater esses problemas com quem confunde tomar o país como um lar em Cristo com tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2017.

Próximos livros a estudar

Após quase 3800 artigos escritos, sinto que vou precisar estudar muito mais. Mas não tem problema - tenho todo o tempo do mundo para isso.

Próximos livros a estudar:

1) O que é uma nação?, de Ernest Renan.

2) Comunidades Imaginadas, de Benedict Anderson.

3) The Frontier in the American History, de Frederick Jackson Turner.

4) O sonho de Champlain, de David Hackett Fischer, escrito em comemoração aos 400 anos de Quebec.

Enquanto estudo mais um pouco, vocês lêem o que produzi, seja no blog, seja na sistematização que vou fazer com os meus livros.

Tudo o que mais quero é ser pago para estudar e fazer algo de bom pelo meu país. Jamais encherei o saco de ninguém.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2017.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A família nuclear nasce da insensatez de quem faz "do minha casa, minhas regras" seu estilo de vida

1) Hoje, 7 de dezembro de 2018, compreendi o real significado do "minha casa, minhas regras".

2) Se eu quiser fazer certos atos que chegam a contrariar às regras mais insensatas da casa, fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então eu não vejo outro caminho que não ter meu próprio teto.

3) O pior é que as regras mais insensatas da casa são aplicadas ao corpo, no "my body, my rules", pois o corpo é visto impropriamente como uma propriedade, quando deveria ser a morada da alma. A casa, enquanto propriedade, suporta o jus abutendi - o corpo não, pois não pode ser destruído.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2017 (data da postagem original).

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Parem de chamar o apátrida de "brasileiro", pois isso é legitimar o que é ilegítimo

1) Como o Olavo fala, as palavras expressam uma verdade, uma ontologia. Elas têm um significado, uma razão de ser.

2) Por essa razão, eu peço a quem me lê que pare de chamar o apátrida nascido no Brasil biologicamente falando - esse que toma o país como se fosse religião e que vive em conformidade com o Todo que vem das mentiras fabricadas por D. Pedro I e José Bonifácio, que levam ao nada - de "brasileiro".

3) Brasileiro, como disse, faz da sua primeira profissão, a de extrair pau-brasil, uma forma de servir a Cristo em terras distantes. No dizer de São Josemaria Escrivá, ele faz da extração de pau-brasil um meio de santificação dessa terra, uma vez que os melhores violinos de música clássica são feitos dessa árvore. Além disso, o vermelho da roupa dos cardeais era feito dessa madeira, uma vez que representava o sangue de Cristo derramado na cruz pelo perdão dos nossos pecados e o sangue dos que morreram para que nossa fé existisse entre nós. Por isso, mesmo trata-se de nacionidade.

4.1) Chamar o nascido nesta terra de "brasiliano" é dar ao apátrida um direito que ele não tem: o de viver a vida fora daquilo que fundou esta terra, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, e permitir que ele edifique um projeto de civilização voltado para o nada, uma vez que isto é legitimar o ato nulo chamado de independência do Brasil; é do "brasiliano" que vem esse negócio tenebroso chamado Brasília, que é o pináculo da cultura de se tomar o Brasil como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - uma nacionalidade, cujo vínculo é voltado para o não-transcendente, para o nada.

4.2) Como já me foi dito pela amiga Sylvia Maria Sallet, sou livre para fazer o bem - e fazer o bem implicar servir a Cristo em terras distantes. É por conta disso que sei de onde eu vim e sei para onde vou - e atualmente muito pouca gente conserva isso por ver nestas coisas que falo a dor de Cristo, o sacrifício derradeiro na Cruz, pelo perdão de nosso pecados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2017.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Notas sobre mecenato e nacionidade

1) Se tivesse dinheiro, eu faria muito mecenato. Eu patrocinaria o restauro de muitas igrejas e incentivaria a preservação e a expansão da calçada portuguesa, que é uma verdadeira obra de arte.

2) Não faria isso com objetivo de pagar menos imposto. Faço isso porque tomo meu país como um lar em Cristo e acredito que a riqueza deve ser usada com fim salvífico, de modo a promover a conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Patrocinaria bons escritores, bons músicos, bons pintores. Patrocinaria o teatro, mas não artistas de viés esquerdista.

4) Enfim, quem patrocina porcaria tem mais é que terminar seus dias na falência. Foi assim com a Petrobrás, que foi saqueada pela gangue do PT e também gastou rios de dinheiro em maracutaia da Lei Rouanet.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2017.