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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Quando se trata de empreender nas letras, o e-mail é importante

1.1) Em tempos de censura na rede social, penso que seria oportuno me comunicar por e-mail com os meus contatos.

1.2) A vantagem do e-mail é que posso encaminhar a eles postagens de meu blog e pdf's contendo notas e comentários a respeito das coisas que observei nas postagens de meus contatos, o que favorece uma cultura de debate.

2) Como o professor Olavo disse, a rede social não é o melhor lugar para se fazer um debate, embora seja um bom lugar para se difundir uma postagem interessante. Isso sem contar que a rede é dinâmica.

3) Em alguns momentos, é interessante a dinâmica, mas em outros é necessária uma reflexão mais profunda, o que pede conversas por escrito racionalizadas, como vemos na via do e-mail.

4.1) Meu irmão estava errado - ele dizia que o e-mail era coisa do passado.

4.2) Para um filósofo, a troca elaborada de cartas virtuais é essencial para o desenvolvimento do conhecimento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2017.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Coisas que farei caso eu crie um perfil extra no facebook

Quando meu primeiro perfil estiver lotado, eu adotarei a seguinte postura para o próximo perfil:

1) Só adicionarei uma pessoa como amigo após um tempo conversando com ela, pois não adicionarei pessoa alguma arbitrariamente, tal como muitos fazem. E se tentarem me adicionar arbitrariamente, sem antes conversar comigo, a adição será rejeitada.

2) Se a pessoa tiver conteúdo relevante, vou segui-la. E só vou adicioná-la depois de muito conversar com ela.

3) Quem adicionei no perfil 1 não será adicionado no perfil 2.

4) Não adotarei mais a política de marcar todo mundo como faço neste perfil. Farei uma política de porta em porta - mandarei minhas postagens para ela por meio do inbox

5) Quando enviar alguma coisa para alguém inbox, não mandarei para todo mundo de uma só vez, como muitos fazem. Considero isso arbítrio.

6) Se a pessoa expõe detalhes pessoais de sua vida no facebook, anoto esses detalhes num diário à parte, de modo a melhor conhecer a personalidade daquela pessoa. Quando tiver alguma coisa a dizer para essa pessoa, se ela for especial, eu direi.

7.1) Quando falo da minha experiência pessoal, eu só digo isso a título de exemplo que aponta para uma experiência mais ampla, que tende a ser universal.

7.2.1) Por exemplo: quando for falar da minha vida na Polônia, na tentativa de tomá-la como um lar em Cristo, falarei dos problemas inerentes dessa tentativa, que são epistemológicos.

7.2.2) E na tentativa de resolver estes problemas, certamente compararei quais coisas que são boas no Brasil e que podem ser implementadas na Polônia por meio da minha iniciativa. Se isso resultar na mudança de lei, então eu certamente vou ter que passá-la aos poloneses, mostrando a experiência brasileira - o reverso também é verdadeiro. E aí começo a fazer um trabalho político nessa direção, o qual pode ser chamado de diplomacia perfeita, pois estou tomando os dois países como parte de um mesmo lar em Cristo.

7.2.3) Por isso que falo que ter dupla nacionalidade é uma vantagem decisiva, mas ninguém dá valor a isso, pois se você não é estrangeiro nem no Brasil nem na Polônia, então você não encontrará óbice para fazer essa diplomacia perfeita. Afinal, ela é uma ferramenta que deve ser usada para o bem.

7.2.4) Afinal, a verdadeira política é mais ampla, pois envolve lidar com a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo que Brasil e Polônia sejam tomados como um lar em Cristo juntos - e você é a personificação dessa unidade, ao ter a dupla nacionalidade. E isso é um dado irredutível, pois você não é um ser no Brasil e um ser na Polônia. Se você é sincero, você é a síntese das duas experiências, no tocante de tomar Brasil e Polônia como um lar em Cristo - e isso exige presença diante de umouvinte onisciente, que ouvirá tudo e lhe contará aquilo que você não sabe;

8) Se tiver contatos poloneses, eu os colocarei num perfil apartado, onde me comunicarei somente em polonês. Se houver poloneses que falam português, eles vão para o perfil onde eu atuo na língua portuguesa.

9.1) Enfim, estas são algumas medidas que penso implementar no futuro quando tiver um novo perfil de facebook, uma vez que este perfil estiver lotado.

9.2) Trata-se de um jeito de agir, de um projeto de ética virtual. Essa questão é necessária, mas ninguém me dá ouvidos neste aspecto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

Do significado do empate no entretenimento antigo e moderno

1) Na Roma Antiga, quando uma luta entre gladiadores terminava empatada, é indicativo de que ambos venceram.

2) No soccer, dependendo da maneira como o jogo foi conduzido pelas equipes ao longo de 90 minutos, o empate pode significar duas coisas:

A) Se as duas equipes jogaram bem, então ambas venceram, pois puderam proporcionar um bom jogo de futebol para o público pagante, o que valeu o preço do ingresso. Por isso, elas deveriam receber 2 pontos.

B) Se ambas jogaram mal, então ambas perderam, pois não puderam proporcionar um bom jogo de bola para o público pagante. Por isso, recebem apenas um ponto, tal como conhecemos hoje.

3) No Rugby, nós vemos um sistema de pontuação extra por performance. Bem que isso podia ser implementado no soccer.

4.1) Afinal, o que importa não é vencer, mas competir. A vitória, se eventualmente vier, é conseqüência de um trabalho bem feito.

4.2) Esse negócio de vencer por vencer só estimula o pragmatismo, o que é uma espécie de antijogo, o que destrói o senso de espetáculo, a razão de ser de qualquer esporte profissional.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

Por que os ensaios são o ponto de contato entre os dados da realidade documental e a imaginação literária, de modo a ver o contrário, aquilo que poderia ter acontecido?

1) Posso não ser historiador, no sentido de que muitas das fontes documentais me são inacessíveis. E ainda que tenha acesso a elas, eu necessitaria de conhecimento paleográfico, o qual só posso adquirir fora do Brasil. Como, no momento, não tenho condições de ir para outros lugares e tomá-los como parte do mesmo lar em Cristo, então não posso ser historiador, no sentido de lidar com documentos históricos.

2) Então, qual foi o caminho que me restou? Analisar a História do Brasil sob o respaldo dos trabalhos dos professores Olavo de Carvalho e Loryel Rocha, que lidam com obras de pessoas que lidaram com documentos. Quanto mais os ouço, mais vou encontrando subsídios para as minhas reflexões e assim vou especulando sobre outras coisas, cuja confirmação depende da análise documental, coisa que não tenho condição de fazer.

3.1) Como a especulação leva a uma possibilidade, então ela tem carga literária, pois fomenta imaginação. Por se fundar na realidade, que pode ter acontecido ou não, então ela acaba dando margem para o ensaio.

3.2) Ainda que a prova documental mostre em realidade que tal possibilidade não tenha acontecido, isso não nega a possibilidade de que poderia ter acontecido o contrário daquilo que está posto no documento, o que faz com que a História seja maior do que os documentos, os monumentos do passado. Ela não leva a qualquer lugar, como disse Claude Lévi-Strauss - se fosse assim, as coisas iriam descambar numa farsa, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que é pseudocientífico. Se a História levasse a qualquer caminho, então fatalmente poderia levar ao non sequitur, o que faria com que a busca pela verdade fosse voltada para o nada, o que fomentaria relativismo moral.

3.3) Não é à toa que a historiografia tradicional era intimamente ligada à literatura. Se a pessoa não tiver imaginação para ver o contrário, o que poderia ter acontecido, ela certamente não compreenderá o que realmente ocorreu.

3.4) Por incrível que pareça, eu passei a dar mais importância a isso depois que comecei a ouvir o professor Olavo sobre a importância de se ler literatura séria. É se lendo literatura séria que você faz um bom trabalho de filósofo ou mesmo de historiador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Por que abomino quem mendiga o meu afeto?

1) Às vezes as pessoas me pedem para que eu goste delas, como se estivessem mendigando meu afeto.

2) Pela minha experiência, todas as vezes que me doei, ao dar uma esmola nesse sentido, isso acabou me doendo, pois o mendicante foi-me ingrato.

3.1) Não é do meu feitio pisar em cima de alguém que esteja a tentar mendigar o meu afeto. Nunca pisei em alguém de modo a esmagar esse alguém como uma barata, um ser desprezível, embora gente desse naipe mereça.

3.2) Em verdade, se a pessoa quiser a minha atenção, que ela me dê algo que aprecio bastante: conhecimento e interesse pelos estudos. Do contrário, não terá minha atenção.

4.1) Pelo que aprendi dos meus pares aqui de facebook, se a pessoa está querendo que você seja mais amigo dela, então ela está querendo chamar a atenção para si. Mas isso não se volta para uma qualidade que essa pessoa tenha, pois em verdade ela pode não ter nenhuma, mas para uma pose que ela conserva conveniente e dissociada da verdade. Eis no que dá o amor próprio - o que será dado será de pior qualidade. Não é à toa que Deus rejeitou a oferta de Caim.

4.2) Se a pessoa tem qualidade, ela não ficará mendigando atenção ou pedindo que você tenha mais consideração por essa pessoa. A pessoa que tem qualidade é uma coisa que lembra às outras a viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

4.3) Uma pessoa que tem qualidade, que tem virtudes morais, é uma pedra que fala, que entra em cena quando o conservantismo domina todo o cenário sistematicamente, a ponto de dizer que não há mais esperanças para o futuro desta nação, por não haver mais bondade neste mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

É nos estudos que você me encontrará

1) Se domicílio, no direito. é o lugar onde posso ser encontrado de modo a responder por todas as coisas pelas quais sou responsável, então você poderá me encontrar na internet, estudando e escrevendo.

2) Se não estou estudando ou escrevendo para o bem do país, então nada sou. Minha vida pessoal se resume a estudos e investigações relevantes, que farão o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

3) Alguns podem pensar que eu não me divirto, mas eu me divirto, sim. Eu jogo meus jogos de estratégia e assisto a partidas de baseball, de modo a me preparar para o meu trabalho, que é a escrita. E também costumo ir à missa para me preparar espiritualmente para o meu trabalho. Coisas como ir à balada, ir a museus ou teatros, ou mesmo a bibliotecas públicas, estão fora dos meus propósitos. O Rio de Janeiro não é seguro - por isso, não posso ficar dando bobeira. Não é à toa que nada tenho a acrescentar a pessoas que não pensam em outra coisa que não divertimento.

4.1) E quanto ao romance? Se a mulher não for tão inteligente quanto eu, eu tenderei a não dar muita importância para ela.

4.2.1) Eu costumo dizer que de dez em dez anos aparece uma que me encanta.

4.2.2) O problema é que a inteligência faz as mulheres (ao menos, a maioria delas) ficarem ricas no amor de si, a ponto de serem ingratas, pois exercem liberdade com fins vazios quando recebem a atenção de um homem como eu, que não é um qualquer de sua espécie que perde a vida com divertimentos e baladas.

4.2.3) E é por conta de desperdiçarem a atenção que eu dou a essas pessoas, por gostar realmente delas, que continuo sozinho, mas é melhor estar só do que mal acompanhado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

Eu sou o que investigo

1) Se você quiser tomar o país como um lar em Cristo, então você precisa responder a estas perguntas: quem sou eu e por que razão estou aqui, por força do nascimento?

2) É justamente porque as coisas no Brasil de hoje não fazem sentido que voltei meus olhos para os estudos. Para entender meu país e servir a Cristo nestas terras distantes, eu precisei entender quem eu era. Foi nesse dia que percebi que minha vida era viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, essencial para se servir a Cristo nesta circunstância. E foi nesse dia que me converti ao catolicismo, por força da pesquisa.

3) E quando vi o Crucificado de Ourique e a razão pela qual este país foi fundado, foi aí que descobri meu país: o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é meu lar em Cristo. E desde que aprendi que a ruptura feita por D. Pedro I foi um ato de apatria, então restaurá-lo é conservar a dor que Cristo sentiu quando este infame príncipe-regente violou o princípio da não-traição e começou a criar toda uma falsa cultura que levou ao país a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, o que leva a uma apatria sistemática, a qual, a longo prazo, resultará numa invasão islâmica, que já se encontra em curso.

4.1) O que é o patriotismo de copa senão tomar o país como se fosse religião com base no mais puro materialismo e hedonismo?

4.2) Veja que, nos protestos de 2014, todos estavam com camisa da Seleção Brasileira de Soccer. Em 1964, todos foram à rua com suas melhores roupas, munidos de terços nas mãos e imagens de Nossa Senhora. Em 50 anos, o país ficou esvaziado espiritualmente.

4.3) Hoje só restou à pretensa direita (que é uma esquerda que se diz de direita, nominalmente falando) tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E tudo deságua nos militares - os mesmos que afundaram o país na experiência revolucionária, com o seu famigerado positivismo.

4.4.1) Com esses bens imaginários, com esses ídolos, o país não sai de seu atraso, pois é no atraso que temos povos pobres de bens concretos e ricos em bens imaginários.

4.4.2) Se a caridade é o fundamento da verdadeira riqueza, que decorre da liberdade em Cristo, então precisamos recuperar a verdadeira riqueza que não se esgota: tomar o país como um lar em Cristo, com base naquilo que foi fundado em Ourique.

4.4.3) É assim que trocamos esses bezerros de Ouro (como o culto à falsa idéia de que o Brasil é um país independente, assim como ao nacionalismo e ao saudosismo ao governo militar que disso emana, o qual não moveu uma palha de modo a combater os comunistas que atuavam na vertente cultural) por algo mais digno e conforme o Todo que vem de Deus. Quanto mais aprendo a verdadeira História do Brasil, sem essas mentiras, mais sou capaz de servir a Cristo nestas terras distantes, de além-mar.

4.4.4) É por caridade que conseguirei tirar os que estão ao meu redor da apatria, pois é em Cristo que vejo que minha vida tem sentido. E é por ter sentido que posso planejar minha vida na forma como o Olavo apontou, por meio do necrológio. Até porque o sentido de pátria preexiste ao necrológio - se a história do meu país é falsa, falso será o meu viver, a tal ponto que serei um morto em vida. 

5) Já vi muitos neste estado. E pior: fechados à verdade. Por isso que nada pude fazer de bom por essas pessoas, justamente por estarem fechadas à verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.