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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Notas sobre enxertia de frases e produção textual

1.1) Quando você vai fazendo destaques a partir da digitalização de documentos, você acaba desenvolvendo enxertos de frases, de modo a fazer um discurso coerente - e isso é uma forma de cultivar a inteligência. E é por conta da enxertia de frases que você vai aprendendo a escrever um texto.

1.2) O maior exemplo disso é que estou aprendendo a escrever discursos em inglês por meio da enxertia de frases. Pego frases de pessoas importantes e vou achando uma forma de criar um discurso coerente e lógico, como se eu mesmo estivesse dizendo aquilo ali. Isso é como estar ancorado num porto seguro.

2) A fórmula de um discurso coerente é o arranjo organizado das frases seguida de uma lógica reta, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, que é a base da realidade, pois o mero fato de você definir uma ordem das frases já denuncia uma tomada de posição, uma vez que definir ordem das frases é algo muito importante - se você alterar a posição das frases, talvez você acabe criando uma informação nova, o que acaba, até certo ponto, sendo inconveniente, dependendo da circunstância pela qual um texto foi produzido.

3) O professor Olavo de Carvalho dizia que Blaise Pascal tinha o hábito de escrever frases. Ele juntava um pedaço com o outro de modo a fazer um texto - e quando acertava a ordem, o discurso saía poderoso e efetivo

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2016.

Notas sobre fisiocracia e nacionidade


 1) Se a primeira escola de economia foi a fisiocracia, então estudar a terra enquanto fonte primária de riqueza de modo tirar o máximo que ela pode dar e ao mesmo preservá-la da degradação é uma forma de tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

2) Se é verdade que a mão que produz no campo é também a mesma mão que preserva, então o maior apostolado que se pode fazer, no tocante de ir servir a Cristo em terras distantes, é cuidando da terra, da casa comum. E é através da terra que vem o alimento, a bebida, assim como o couro e lã, que serão trabalhadas pelos artesãos. Da mesma forma, a madeira para os móveis.

3) Quem se preocupa com o reflorestamento e a irrigação de uma nação inteira tende a ser um verdadeiro conquistador. Ele não faz isso com armas, mas com inteligência, de modo a conquistar a confiança de uma nação inteira, de modo a ser tomada como se fosse um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2016.

Notas sobre a Casa de Bourbon na França e na Espanha

1.1) Com a ascensão de Francisco I, a França passou a ser governada sob a dinastia dos Bourbon.

1.2) Francisco I era protestante e se converteu o catolicismo de modo a poder governar a França. Foi ele quem promoveu o Edito de Nantes, que permitiu que o protestantismo fosse praticado na França. Ele não era um Rei que vivia na conformidade com o Todo que vem de Deus - era um rei pragmático, um discípulo de Maquiavel. Seu lema era que Paris bem valia uma missa - e por conta disso, procurou cooptar a Igreja Católica local, por meio de privilégios, pensões e presentes, instaurando o galicanismo, que mais tarde, sob o pontificado de São João Paulo II, foi condenado como heresia. O galicanismo encontrou o seu auge durante o Reinado de Luís XIV

1.3.1) Francisco I foi o primeiro rei que contestou o tratado de Tordesilhas, ao fazer esta pergunta: "em que parte do testamento de Adão está escrito que o Novo Mundo seria dividido entre Portugal e Espanha?" O fato de fazer este questionamento já mostra que ele não era um soberano católico, mas um falso convertido que se preocupava com a conquista e manutenção do Poder a todo e qualquer custo. Por conta disso, começou a lançar-se aos mares em busca da maior glória da França. 

1.3.2) Começou traficando pau-brasil, o que fez com que Portugal adotasse, a partir de D. João III, a política de povoamento de nossa terra. Depois, começou fundando a França Antártica e a França Equinocial, mas terminou derrotado.

1.3.3) Seu sucessor nesta política foi Colbert - e foi com base nisso que a França passou a adotar a política de cooperação com os nativos, desenvolvendo a manufatura de luxo. E este tipo de comércio fez com que a taxa de juros fosse a mais alta de toda a Europa, até o momento em que a Revolução Francesa explodiu.

1.4) Os Bourbons assumiram a Espanha. Por conta de sua natureza, são reis usurpadores. A maior prova é que Juan Carlos I não é do ramo legítimo, quando a monarquia foi restaurada na Espanha. Tal como ocorreu aqui, a monarquia na Espanha é uma transição para a república - e tudo começa com a descristianização desse país.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2016 (data da postagem original).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Da doutrina da lealdade e do colonialismo em Maquiavel

1) Maquiavel dizia que o Príncipe deve encontrar meios de modo a que os estão sujeitos à sua autoridade dependam de seu governo. Em relação a terras que se encontram no além-mar, isto se deu na forma de colônias.

2.1) A França, a Holanda e a Inglaterra foram em busca de si mesmas e fundaram colônias. 

2.2) A França, a Holanda e a Inglaterra, países fortemente marcados pelo protestantismo, adotaram a doutrina do dois corpos do Rei. Enquanto na Inglaterra os reis procuraram ser o corpo espiritual e temporal da nação, através da Igreja Anglicana, na França os reis tentaram cooptar a Igreja Católica por meio de privilégios, através do galicanismo, fazendo com que a Igreja local se comportasse nos mesmos moldes da Igreja Anglicana na Inglaterra ou a Igreja Luterana na Suécia. Por conta disso, o clero passou a compor um dos três Estados Gerais.

3.1) O livro de Maquiavel não passa de um manual pragmático para a tomada e manutenção do poder. Ele não estava interessado na doutrina do Direito Divino, que estabelecia regras relativas à conquista e manutenção do trono tendo por fundamento à conformidade com o Todo que vem de Deus. A falta de consideração com este importante elemento da época já nos permite ver que Maquiavel era um anão moral, um sujeito mesquinho e indigno de atenção, tal como o professor Olavo de Carvalho bem apontou. Não é à toa que Maquiavel preparou o caminho para Gramsci, outro anão moral.

3.2) Pois se Cristo é o Rei dos Reis, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida, então o verdadeiro abolutismo monárquico se dá n'Ele e somente n'Ele, pois Ele é sumo legislador, sumo sacerdote e sumo juiz - e também senhor dos Exércitos. 

3.3) Os Reis, tal como D. Afonso Henriques, são vassalos de Cristo - seu poder decorre da autoridade de Cristo e governarão a terra enquanto bem servirem à missão que Este estabeleceu para uma nação como Portugal: servi-Lo em terras distantes. 

3.4) O fundamento desta soberania está justamente nisso, pois o Rei foi ungido com um propósito, para o bem não só de seu povo mas também de toda a Cristandade. Por isso que D. Afonso Henriques, e não D. João II, deve ser considerado o príncipe perfeito, pois serviu a Cristo dentro dos fundamentos daquilo que foi edificado em Ourique. Por isso que pode ser tomado como um santo de Deus, tal qual Santo Estêvão, Rei da Hungria. E esse príncipe perfeito é o modelo que todo monarca deve levar em conta, quando se trata de reger o mundo português como um todo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016. 

Notas sobre o princípio da não-traição aplicável à missão estabelecida em Ourique (o caso de D. Pedro e a secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves)

1) Com base naquela declaração do professor Loryel Rocha mostrando que D. Pedro e Bonifácio de Andrade e Silva inventaram a alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, o que levou o Brasil à secessão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, minha amiga Sara Rozante me fez esta pergunta: "A separação que Dom Pedro fez foi um ato de apatria. Com isso, a legitimidade dele e de sua casa pode ser questionada?"

2) Observando o princípio da não-traição à verdade revelada e a cláusula de enquanto bem servir edificada em Ourique, D. Pedro acabou violando estes dois fundamentos de Direito Natural. E ao trair estes dois fundamentos, ele acabou violando a missão que recebemos por conta daquilo que foi edificando em Ourique.

3) Dentre os sucessores de El-Rei D. Afonso Henriques, D. Pedro pode ser chamado de Judas, uma vez que D. Afonso, vassalo de Cristo e rei de Portugal pela graça de Deus, é considerado o apóstolo de Cristo enquanto construtor e destruidor de Império, cristologia essa se encontra bem documentada na História de Portugal e fora da Bíblia, mas ainda assim tradição católica, fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo por força dessa missão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

Notas sobre conversantismo e pós-verdade

1) Houve quem me dissesse que as pessoas hoje são pós-modernas. Elas sabem que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, mas no fundo gostam de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de criar o pseudoconceito de pós-verdade, como se o Cristianismo tivesse sido superado.

2) Eu vejo isso em algumas pessoas: algumas me adicionam e depois me deletam quando resolvo ir ao lago dessas pessoas, seus respectivos murais de facebook, de modo a pescar mais e mais pessoas de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus e a tomarem o Brasil como um lar em Cristo, com base naquilo que foi edificado em Ourique. E a maioria desses contatos de facebook que me bloqueiam se dizem católicos e conservadores.

3) Se essas pessoas realmente amassem e rejeitassem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, jamais fariam o que fazem, que é cassar a palavra deste que está sendo apenas um missionário da História do Brasil e da fé verdadeira que fundou esta terra. No fundo, essa gente é tão egoísta que acha que o mural de facebook é como se fosse a sua casa -  um asilo inviolável, fundado num título de propriedade sobre o qual versam seus direitos sobre a coisa, que são absolutos. Ora, se na Constituição não há direitos absolutos, então muitos você vai esperar tal respeito por parte do Zuckerberg. É uma perda do senso das proporções completa. Esta não é a nossa atual realidade - e é por estarem fora da realidade que estão a praticar arbítrio contra quem só fala a verdade.

4) O que tenho no facebook é uma permissão - posso falar o que quiser, desde que issi não viole as regras do facebook. Ou seja, posso edificar liberdade para o nada, defender o que não presto, que nada vai acontecer comigo. Agora, quando vou exercer a prerrogativa própria da conformidade com o Todo que vem de Deus - que é falar a verdade, de maneira caridosa, livre e sincera, mostrando minha real presença diante de um ouvinte onisciente -, aí eu sou bloqueado PELOS PRÓPRIOS CATÓLICOS, os quais, a bem da verdade, não passam de católicos de IBGE, de idiotas úteis que colaboram com a tirania do Zuckerberg, ateu militante autodeclarado.

5) Certa ocasião eu compartilhei uma matéria falando que menos de 10% da população declaradamente católica no Brasil guarda o domingo. Se essa gente mal guarda o domingo, como essa gente será capaz de guardar a palavra de Deus? Essa gente com certeza vai impedir o trabalho que faço. Por isso que o Olavo condena esse fingimento - e a maior prova da cultura do fingimento é isso: no final termino sendo descartado porque falo a verdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

Por que o senso de tomar o país como um lar pede monarcas esclarecidos?

fóton - uma partícula sub-atômica que emite energia, na forma de luz. É o que decorre da troca de cargas decorrentes da interação entre prótons e elétrons, de modo a criar as ligações químicas.

fotel - cadeira, em polonês

1) Uma autoridade sábia - que serve a Cristo em terras distantes quando está sentada em seu trono, que é uma espécie de cadeira - toma decisões esclarecidas. 

2) E a partir de decisões esclarecidas o país é tomado como se fosse um lar em Cristo, pois Ele, que é a luz do mundo, não deixará que o inferno, a fonte das trevas, não prevaleça nestas terras, enquanto prevalecer a cláusula de bem servir estabelecida em Ourique.

3) Boa políticas fazem efeito ao longo das gerações. E  monarquia é voltada para as próximas gerações e não para as próximas eleições.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.