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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Duda é melhor que Bolsonaro

1) Você percebe a miséria de um povo quando tomam alguém como Bolsonaro - que se batizou duas vezes - como se fosse religião, quando deveriam na verdade se lamentar, por conta do fato de não ter alguém como um Andrzej Duda aqui.

2) Eu não gosto de presidentes, pois são usurpadores. Mas alguém como o Andrzej Duda faria uma enorme diferença aqui. Se a monarquia fosse restaurada, ele seria um excelente ministro, tal como o Enéas, que tinha um perfil diferente, por ser um gênio.

3) O Brasil precisa de um Duda brasileiro - e não de um Bolsonaro.

Escritores não são máquinas, emboras alguns sejam tão eficientes quanto uma

1) Só uma mente revolucionária é que quer fazer ao pé da letra algo que é conotativo.

2) Exemplo: se houvesse uma integração homem-máquina, que é uma das coisas que é pregada no trans-humanismo, eu seria a fusão de três coisas: café, capacidade de escrever e máquina de escrever. Se houvesse isso de verdade, o robô-escritor, essa máquina de escrever em forma humana, seria o maior feito de engenharia jamais realizado, superando e muito toda e qualquer engenharia alemã, notória pela eficiência.

3) É claro que digo isso em termos de ficção científica, pois isso em realidade não vai acontecer, uma vez que isso é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus: escritores não são máquinas, embora haja alguns tão eficientes quanto uma máquina que só a engenharia alemã é capaz de fabricar - e eu me incluo neste caso, pois escrevo três artigos por dia, em média. Mas acontece que alguns tolos conservam isso conveniente e dissociado da verdade - por isso que estão à esquerda do Pai, no seu grau mais básico. E o pior é que fazem da ficção algo muito sério e monstruoso - vira parte da realidade. E esse tipo de loucura leva ao totalitarismo.

De que forma a Imprensa livre promove a restauração da verdade e da ciência

1) As pessoas dão infalibilidade à imprensa porque não crêem em fraternidade universal, coisa que se funda no Cristo.

2) Se o Estado é o panteão onde todos os homens são tomados como se fossem deuses, então a imprensa é o sacerdócio por meio do qual todas as coisas são ensinadas de modo a que tudo fique em conformidade com tudo aquilo que decorre de sabedoria humana dissociada da divina.

3) Se o dinheiro é tomado como se fosse Deus, então tudo pode ser comprado, corrompido - até mesmo a própria imprensa. Tanto é verdade que eles promovem desinformações e deformações em nome da verdade, da informação, da formação. É o "não" em nome do "sim", é o 0 em nome 1 sistemático.

4) A mesma coisa acontece com o método científico. Onde não existe fraternidade universal, a fé e a razão estão divorciadas - o Santo Espírito de Deus não guiará as pessoas de modo a conduzi-las à sabedoria, através da vida reta, da fé reta e da consciência reta; o autoengano, fundado na sabedoria humana dissociada da divina, é quem promoverá isso. Como tudo isso se funda na vaidade, no final tudo não passará de fraude, de falsificação. Por isso que essas pesquisas científicas são todas fraudadas. E tudo isso é agravado por conta da impessoalidade - como não conhecemos as pessoas com as quais lidamos, então corremos o risco de sermos enganados.

5) A restauração da verdade em Cristo, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, levará à imprensa a ser livre, através do momento em que estiver servindo à comunidade, no sentido de formar e informar. E se a imprensa voltar a ser livre neste fundamento, aí haverá a reconciliação entre fé e razão. As pesquisas científicas serão fundadas na verdadeira investigação, separando a verdade do erro - se Cristo não for visto nesta pesquisa, então esta investigação não será verdadeira, muito menos será aceita. E a melhor forma de mostrar que Cristo está lá é provando e argumentando, pois todas as coisas devem ser examinadas retamente, por meio do Santo Espírito de Deus. Todas as coisas que estão fora da conformidade com o Todo devem ser refutadas e todo discordar fundado em vaidade ou conservantismo é desserviço à verdade, pois é revolta contra a fé e contra a razão.

Reflexão de Thomas Dresch sobre economia

1) A manipulação do mercado de capitais é a prática financeira mais sórdida e comum nestes tempos de economia globalizada. Mas o problema é muito mais complexo que a mera abordagem econômica.

2) Escândalos são forjados pelos controladores das companhias para derrubar o valor de face dos papéis de modo que estes possam ser recomprados pela metade do preço. Há também o caso no qual informações privilegiadas sobre o futuro de determinada companhia são vendidas a especuladores que sempre calculam a propina pelo tamanho do retorno. Isso se dá nas esferas pública e privada, a única coisa que muda é que os burocratas sempre são um poder maior que os empresários, porque aqueles ditam as regras do jogo.

3) A análise da lógica de mercado tal qual ela se apresenta na contemporaneidade mostra que, independentemente da esfera em questão, o problema social mais aparente é a corrupção em todos os aspectos, como nos exemplos supracitados ou em outras formas, por exemplo, o nepotismo que também acontece em ambos os casos, só que nas empresas privadas isso não é tido como corrupção, embora isso possa causar trágicos danos à saúde financeira dos demais sócios pelo simples fato de que o sujeito não é contratado pela competência, mas por ser parente de alguém, normalmente do sócio majoritário.

4) Como vimos nos parágrafos anteriores, a corrupção é o principal problema que assola a economia moderna, entretanto, essa prática não tem um fim em si mesma como a ampla maioria das pessoas acredita. A corrupção nunca foi um fim, mas sempre um meio de centralização de poder e existe desde antes da invenção da Escrita. Isso mostra, então, que o principal problema social não é a corrupção em si, mas a ambição desmedida de controlar a vida alheia, porque a maior potência deste mundo é a ação humana orquestrada.

5) Sujeitos ao tempo, os homens descobriram que a única forma de marcar seu poder ao longo da história seria mediante a formação de grandes famílias e assim alastrariam o poder da sua linhagem através dos tempos. É tanto assim que na Roma Antiga os proletários podiam apenas ter prole, daí que vem o nome, mas eram proibidos de criar famílias. Foi a partir desse conhecimento que surgiu a idéia de dinastia e é a origem antropológico-social de todas as casas reais do mundo inteiro, por isso que o rei é tido como o pai da nação, da grande família nacional.

6) A ordem da história ou a história da ordem, como diria Erich Voegelin, é, por conseguinte, a luta entre as diversas dinastias pelo poder de guiar as massas. Esse é o problema que integra todos os demais problemas sociais, da política à economia, do capitalismo ao comunismo, ou seja, são apenas discursos retóricos em cada nível do conjunto das ações humanas. Sendo assim, o formato do discurso em cada uma das derivadas não surtirá efeito determinante no integral, o que fará serão apenas os agentes históricos no topo de cada dinastia, isto é, os poderes ordenador e desordenador.

7) Todavia, esta saga da humanidade em que todos nós atuamos e sofremos não está sujeita somente às vicissitudes do tempo e do espaço, não está sujeita exclusivamente à manipulação das grandes dinastias sedentas pelo poder. Caminhou entre nós uma Pessoa que nos ensinou que todos podemos ter a nossa família, mas que devíamos amar o próximo e quem ama não escolhe qualquer meio para arrebatar mais poder, não é corrupto e nem destrói o lar das outras famílias, é prudente com o dinheiro, não promove a guerra e nem a carestia. Jesus de Nazaré ensinou-nos muito sobre a boa economia através do amor. E é exatamente isso que faz falta nos dias de hoje.

Thomas Dresch

domingo, 5 de junho de 2016

Notas sobre o porquê de o Brasil ter nascido nobre

1) Do azul (a cor do céu) com o vermelho (o sangue de Cristo) temos o roxo, a cor da nobreza, da realeza.

2) Todos aqueles que são nascidos no roxo, os porfirogênitos, têm a missão de serem exemplo e servirem a Cristo, de modo a que os de baixo os imitem. Tal qual o sacerdócio do padre, ser um porfirogênito é também um sacerdócio, pois Cristo fez do Rei o servo dos servos, ao ser o senhor dos senhores de sua pátria. É do exemplo do Rei, do uno, que se edifica o múltiplo - e esta distribuição se dá em forma de cruz; ela é horizontal - porque cria a aristocracia - como também é vertical, porque cria a democracia e a meritocracia.

3) Do azul com o amarelo, nós temos o verde, a cor dos Bragança. E do casamento com o verde de Bragança com o amarelo dos Habsburgo, nós temos o Brasil.

4) Eis porque o Brasil nasceu nobre.

Mais explicações sobre o uno, o nulo e o múltiplo

1) Quando Cristo foi crucificado, o uno deu origem ao múltiplo. Múltiplas são as causas que levam à santidade, à conformidade com o Todo que vem de Deus. E o caminho de quem conserva a dor de Cristo é fazer do uno múltiplo - se Cristo é a verdade, a liberdade, então essa graciosidade se distribui, pois Ele veio para que todos tenham vida - e vida em abundância.

2) Quem conserva o que é conveniente e sensato só conhece apenas um dos múltiplos caminhos que levam a Cristo - e quando aprende a conservar a dor de Cristo, ele aprende a fazer do uno múltiplo, pois todos os caminhos do Cristo levam à Roma - é de Roma que a verdade se distribui para o mundo.

3) Quem conserva o que conveniente e dissociado da verdade edifica um não em nome do sim. Troca Deus pela figura do homem - e o panteão de todos os homens tomados como se fossem deuses está no Estado. Se tudo está no Estado, e nada pode estar fora dele, o que é conveniente e dissociado da verdade é distribuído e relativiza tudo, o que prepara o caminho para o totalitarismo. Como isso é fora da Lei Natural, tudo isso é nulo - e acaba fazendo todos se tornarem apátridas.

O verdadeiro liberalismo é um ícone e não um ídolo

1) Toda imagem que serve a algo voltado para o nada, para falso tomado como se fosse verdadeiro, é um ídolo. Em inglês, idol tem a mesma pronúncia de idle (vago, vazio, improdutivo).

2) Toda imagem que nos remete àquilo que é verdadeiro, para a conformidade com o Todo que vem de Deus, é ícone. Tal como disse meu amigo Helleno de Carvalho, as palavras são ícones que exteriorizam o pensamento, que é expresso através da fala, da tradição oral; por sua vez, a palavra escrita é desdobramento desse ícone, pois tem fundamento numa tradição oral, coisa que se dá na carne. Da compilação de vários textos escritos, divinamente inspirados, nós temos a Bíblia, que sistematiza a nossa crença - e isso não exclui nem a tradição oral, nem a sucessão apostólica. 

3) Ícone que se desdobra em ícone leva a um poderoso processo de capitalização moral; ídolo que se desdobra em ídolo é que nem uma hidra - eis a imagem de um terrível monstro, coisa que nos lembra a mentalidade revolucionária.