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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Notas sobre a história da nação pseikone

1) Se Israel nasceu de um só homem, então a Pseikörder nascerá de um só homem: a partir de mim.

2) Trata-se de uma nação dentro de uma nação - ela abrange aqueles que se recusam a ser escravos desse espectro de pátria que nos domina há 127 anos. Somos monarquistas e jamais aceitaremos a República no Brasil.

3) Como digo, brasileiros somos poucos: somos os que tomamos o país como se fosse um lar, com base no Crucificado de Ourique, enquanto a maioria toma o país como se fosse religião de Estado da República e é apátrida.

4) Não é preciso fazer secessão - o que precisamos é extirpar a apatria de nosso solo. Não só a apatria como também o quinhentismo, além de restaurar o que foi fundado em Ourique. A glória de nossa pátria toda é do Cristo Crucificado de Ourique, pois D. Luiz é o legítimo sucessor de D. Afonso Henriques, nesta terra.

5) A nação pseikone será grande - ela sempre será vassala do Império do Brasil e do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Nosso destino será sempre ligado a isso: somos portugueses e alemães de sangue e somos poloneses, no sentido espiritual do termo. Nossa cultura pode ser diferente da maioria, mas somos fiéis à missão que o Crucificado nos deu.

O pai da nação pseikone se tornou a reserva moral da nação brasileira que não se rendeu à apatria

Em uma conversa via inbox, me perguntaram:

_ Dettmann, posso te eleger como o comandante da reserva moral da nação? O seu trabalho é magnífico.

_ É claro que pode! Os encargos de alta responsabilidade devem ser dados aos mais preparados. E estou aqui pra isso - disse-lhe.

Se já não bastasse ser pai dos pseikone, essa 21ª província do Império que é virtual e que se recusou a ser escrava da república e do quinhentismo, agora eu estou sendo a reserva moral de alguns cidadãos do país dispersos pelas outras 20 que se renderam à República - e que hoje são 26 estados e o Distrito Federal. 

Se esse trabalho de ser reserva moral da nação for bem feito e se meus filhos honrarem esse legado, a nação pseikone será a jóia do Reino Unido de Portugal-Brasil e Algarves, pois sempre foi fiel ao que foi estabelecido em Ourique. Além disso, temos orgulho de sermos vassalos da Casa de Bragança, pois sem o Brasil não somos nada - assim como Brasil e Portugal não são nada sem o que foi estabelecido em Ourique.

Notas sobre a importância do meu trabalho

1) Segundo o pensador Erik von Kuehnelt-Leddhin, há um conceito de liberalismo que foi deixado de lado. 

2) Antes mesmo da dualidade entre o liberalismo como doutrina libertária e o conservadorismo como doutrina reacionária, existiu um liberalismo cristão que depois voltou a retomar certas características próximas aos pioneiros. 

3) O verdadeiro liberalismo, aquele pioneiro, não tem na economia sua esperança de liberdade, mas em Cristo. Esse verdadeiro liberalismo é um liberalismo que não é exclusivamente econômico, mas que busca a liberdade do indivíduo por inteiro. Trata-se de um liberalismo mais próximo de Von Mises e mais distante de Smith. 

4) No Brasil, José Octavio Dettmann é o único que conheço que tem dedicado valioso tempo para distinguir o liberal-conservador do libertário-conservantista. No sentido por ele tratado em seu trabalho, não faz sentido uma distinção entre liberal e conservador, dado que ambos se complementam na totalidade cristã. Por outro lado, o libertário-conservantista é apenas mais um tipo de imoral. Esse tipo de imoral é o que comumente se chama hoje de "liberal" - na realidade, o termo, como tem se esforçado para mostrar o sr. Dettmann, é uma usurpação, uma desconstrução lingüística.

Douglas Bonafé

O olavismo é movido a conservantismo

1) Vejo, no seio da Igreja, divisões e rupturas entre irmãos por pouca coisa. Geralmente entre os gênios. Todas essas divisões possuem algo daquele antigo ódio de Caim por Abel: irmãos que vivem um drama que termina num homicídio. 

2) No seio da Igreja, vivemos dramas que matam o homem. Homens bons não conseguem deixar de lado as pequenas diferenças e ficam se arranhando, quando deviam sentar-se à mesa com um belo charuto e uma garrafa de whisky. Nesses dramas, pessoas como eu, que apenas lêem e pensam - embora não com tanta genialidade quanto esses homens - vêem o desenrolar dramático de brigas entre gigantes dos quais, de minha modesta posição, só posso admirar a ambos os lados. A épica briga de Sidney Silveira e Olavo de Carvalho rendeu-me um imenso respeito por ambos; as discussões entre Orlando Fedeli e Plinio Corrêa de Oliveira, outra; Olavo de Carvalho e Plinio Corrêa de Oliveira, outra - isso sem falar nas discussões entre os latinistas, um dos quais meu amigo: William Bottazzini Rezende e outro, Rafael Falcón - um sujeito com o qual gostaria de ter amizade. E há ainda as discussões nas quais se envolvia Dom Estêvão Bettencourt, ora contra a TFP, ora contra Montfort e vice-versa. 

3) No meio de tantas discussões, envolvendo todos esses homens, eu sempre percebi haver entre eles a máxima tomista: idem nolle, idem velle. Esse tipo de coisa eu também vejo, por exemplo, no trabalho de José Octavio Dettmann, o qual tenho começado a ler recentemente - e sinto que posso colocá-lo no hall desses nomes.  Quando fico a pensar no termo "olavismo", fico a pensar no que se trata tal coisa. No fim das contas, essas richinhas. essas diferenças pequenas não passam de uma "síndrome de Caim e Abel", a meu ver. 

4) De fato, se colocarmos quaisquer um desses nomes como vox Dei, una et vera, dando-lhes uma autoridade ex-cathedra daí sim podemos imputir-lhes um sufixo "ismo". Fora isso, sou imensamente grato ao trabalho de todos esses homens - e na diferença entre eles aprendo algo de um e algo de outro. 

5) Repito que, no fim, vejo em todos um amor pelas mesmas coisas e um ódio pelas mesmas coisas. Ainda que cada qual tenha amores e ódios particulares que outros não possuem, não vejo entre eles grandes contradições. Não há dúvida de que isso gera conflitos, por isso que acho extremamente salutar o que faziam Tolkien, Lewis e Chesterton. Suas grandes diferenças eram resolvidas banhadas a whisky e provavelmente com amendoins e queijo. 

6) Enquanto ficamos perdendo tempo com nossas vaidades intelectuais, os inimigos de Cristo se unem com uma facilidade tamanha. Se o meio mais promissor de unir os inimigos do socialismo é o COF, então paguemos todos o COF. Depois disso, unamo-nos todos noutro movimento para lutar contra os libertários e depois vençamos o protestantismo e por aí vai. Em vez de nos unirmos, estamos todos cada qual lutando contra um inimigo, dispersos enquanto os inimigos se unem.

Douglas Bonafé

Facebook, 26 de maio de 2016 (data da postagem original).

O trabalho do nacionista é um trabalho essencial

1) Pelo visto, o meu trabalho está mais ou menos no nível do policial, do bombeiro, do médico e do enfermeiro: conscientizar as pessoas, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado da República, é um trabalho urgente, permanente e necessário. 

2) Por conta da enorme quantidade de idéias que tive de registrar hoje, eu passei das quatro da manhã ao meio-dia trabalhando. A missa de Corpus Christi ocorreu enquanto trabalhava - e não podia interromper os trabalhos enquanto não colocasse tudo o que era necessário para o povo de meu país. 

3) Sei que nada pode ser anteposto a Cristo, é verdade - mas, do jeito que se dá a minha profissão, ela está nesse nível de profissão necessária. Sinto que cedo ou tarde eu vou ter de confessar minhas faltas, por conta da natureza da minha missão - mas sinto que fiz o que tinha de fazer, pois não faço isso por amor a mim mesmo - faço isso pelo bem do Brasil.

Notas sobre o protestantismo historiográfico

1) Esse pessoal que está a conservar o que conveniente é e dissociado da verdade é incapaz de perceber as nuances da linguagem que norteiam a nossa imaginação, base para se conhecer verdade, uma vez que Cristo é o juiz de toda a História.  

2) Essas nuances da linguagem atuam de tal forma a readequar o ensino de História à realidade, à conformidade com o Todo que vem de Deus - é por essas razões que o estudo da história dos fatos não pode se reduzir a um doutrinarismo.  Por isso que o estudo científico deve se fundar numa fé reta, numa vida reta e numa consciência reta. E para se estudar de maneira segura, é preciso ter conduta de santo e buscar a verdade, sem doutrinarismo.

3) Interpretar a História tal qual uma crença de livro não é muito diferente de interpretar a Bíblia tal qual uma crença de livro - e ser um protestante histórico é uma desgraça, pois é desserviço á verdade, pois a pessoa quer ser mais juiz que Jesus, a ponto de impugnar de maneira peremptória e hostil os argumentos expostos, sem ter a cautela ou caridade de examinar se os mesmos são válidos. E essa postura já denota caráter, pois descreve um quadro de falta de amor pela verdade - e isso é péssimo.

4) Esses pseudo-historiadores, gente essa com reduzido horizonte de consciência, farão uma péssima obra. Esses oligofrênicos serão pessoas de pouco entendimento e viverão a vida fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. E isso é um prato cheio para a mentalidade revolucionária, pois há conservantistas no mercado a falar asneira.

5) No meu debate com o Conde eu pode perceber que ele está a fazer tábula rasa da História, pois nem se deu ao trabalho de examinar o que escrevi acerca do pensamento liberal fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. Ele está tão acostumado a combater protestante que não percebe está a se tornar um. Tive que bloqueá-lo, pois senti que o Espírito Santo não fala mais naquele ser.

Notas sobre o liberalismo, enquanto gênero

1) Se o liberalismo, enquanto gênero, é a ordem fundada na liberdade, no fato de que nenhum homem terá poder sobre outro, então esse gênero se opõe ao despotismo, enquanto categoria de gênero.

2) Erik von Kuehnelt-Leddihn registrou quatro tipos de liberalismo que se deram ao longo da História, sendo o mais recente, fundado no modernismo herético, aquele que restaura o despotismo em nome da liberdade, criando uma mentira em nome da verdade. E foi isso que São Pio X condenou. Esse pensamento se coaduna com a tradição aristotélica de pensar as coisas segundo o gênero e a espécie.

3) Cada espécie de liberalismo se funda na verdade, coisa que se dá conservando o que é conveniente e sensato até chegar àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, o que nos remete a dor de Cristo. É conhecendo a dor de Cristo e internalizando-a na carne que se tem o conhecimento definitivo da liberdade - e é este liberalismo, que é universalizante, que se torna ordem definitiva, pois decorre de uma conservadorismo definitivo, fundado em Cristo, que veio ao mundo para nos salvar, seja se o ser amado por Deus é judeu ou pagão, gentio. Ao sermos conservadores, nós somos liberais, pois distribuímos esse senso através da caridade, da benevolência - e quando fazemos isso sistematicamente, isso vira distributivismo.

5) O liberalismo verdadeiro decorre da convergência de três espécies de liberalismo: o romano, o grego e o judaico. É desse casamento de Roma, Atenas e Jerusalém que temos a civilização ocidental.

6) Da Idade Média, surgiu um liberalismo fundado na ordem consuetudinária, que é a filha dessa fusão. Da restauração do mundo neopagão, esse liberalismo uno e trino terminou sendo convertido em um falso e herético, que serve de elemento de transição do liberalismo, enquanto gênero, para o despotismo.