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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O colecionismo evoca a inocência perdida

1) O lado bom do colecionismo é que, quando você vê a moeda como um artefato histórico, isso restabelece o senso da inocência perdida. E para se tomar o pais como se fosse um lar, é preciso ser uma criança espiritual. E uma criança espiritual dá as coisas em generosidade e presta um serviço de uma maneira justa, em conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso que Cristo nos pede que sejamos como são as crianças.

2) Olhar o dinheiro tão-somente pelo seu poder de compra, pelo seu valor de face, é olhar as coisas de uma maneira superficial, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) O pensamento econômico, marcadamente deste mundo e materialista, tende a negligenciar este aspecto que é muito valorizado pelos numismatas. De nada adianta você saber otimizar a riqueza de um país se você não ama aquilo que é importante, que é o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Jesus Cristo. E sendo o país tratado como se fosse um lar, a moeda terá a dimensão própria da eternidade, e será tratada como um artefato histórico - e não como algo descartável, tal como fazem os comerciantes de moeda. E sendo um artefato histórico, as pessoas se apegam a ele pelo que evoca da pátria e não pelo que ele vale no momento - e quando um amigo precisa de ajuda, esse dinheiro deve ser dado, já que ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4) Em uma cultura de sobrevivência, fundada em um ambiente civilizacional miserável, isso gera o amor ao dinheiro pelo seu poder de compra. Como o Estado faz a emissão da moeda e a manipula, a ponto de gerar inflação, o Estado tende a ser tomado como se fosse religião e acaba sendo totalitário. Agora, em um país onde a cultura de vocação de servir a Cristo é forte, a moeda vira símbolo de confiança - e tende a ser valiosa se ela evoca fortes memórias do senso de se tomar o país como se fosse um lar. E num país tomado como se fosse um lar, o serviço é prestado de maneira generosa e o pagamento pelo serviço se dá de maneira generosa. Isso é um atestado da fraternidade universal, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

Como o colecionismo de moedas dribla a usura

1) Uma das vantagens de se fazer colecionismo de moedas em circulação é que você está atento aos detalhes - e isso é uma qualidade própria do historiador do tempo presente; se você estiver atento às circunstâncias em que você se encontra, você adquirirá as moedas quase que de graça, seja por conta do troco ou por conta da generosidade dos amigos. Como são artefatos históricos que haverão de se valorizar no futuro, você deve guardar as moedas para a posteridade - e quando essas moedas estiverem valorizadas, como uma peça histórica, você as vende, guardando um exemplar para si, como um testemunho do passado vivido pela família, na tentativa de se tomar o país como se fosse um lar, em Cristo.

2) Por conta de um amigo que tive na faculdade, eu obtive para a minha coleção moedas de euro, moedas de libra esterlina e moedas de coroa norueguesa. Por conta de contatos do meu irmão, obtive algumas cédulas da moeda vietnamita. Todas moedas que estão em circulação no momento.

3) Eu aconselho que você faça mais ou menos como eu faço: à medida que você vai adquirindo moedas, por conta do colecionismo, você pode usá-las nas próprias compras, se ainda estiverem em circulação e se você as tiver em grande quantidade, mais ou menos o que você faria ao trocar figurinhas. O que é constantemente repetido vai sendo despachado  - e algumas peças acabam sobrando, sendo guardadas com finalidade histórica, pois elas terão valor lá na frente, dependendo do estado e da beleza dos detalhes. Quando as moedas saírem de circulação e passarem a ter valor histórico, aí você pode trocá-las e obter algum dinheiro, tal como se faz com todos os outros artefatos históricos.

4) Quem disse que ser historiador te leva à falência? O conhecimento da dimensão histórica, coisa própria da nobreza, somado ao senso de se empreender no presente e no futuro, são elementos que fazem com que a economia se fortaleça a partir do processo de se tomar não só um país como se fosse um lar mas também vários, por conta da oportunidade e das circunstâncias.

5) Fazer comércio de moeda em circulação, tal como se faz na usura, é não só imoral como também é uma prática cultural abjeta, pois o materialismo é um retrato da miséria espiritual humana, pois o dinheiro tende a ser tratado com impessoalidade e desdém, como se fosse um lixo. Pois amar o dinheiro por conta unicamente do seu poder de compra é um vício de caráter, pois revela ambição desmedida - e isso é ser indiferente para com o próximo, que deve ser visto como um espelho de seu eu - se Deus te ama, você deve amar o próximo como a si mesmo - nele encontramos o espelho do Deus verdadeiro que foi gerado e não criado - e ele é da mesma substância que o Pai.

Da relação entre o nacionismo e a numismática

1) Quando você toma um país como se fosse um lar, você se preocupa com todos os detalhes: desde a grafia correta dos nomes e sobrenomes das pessoas de um determinado país a aspectos sobre como as moedas dos países são feitas. Conhecer essas coisas não é cultura inútil - trata-se de se importar com aquilo que um determinado povo tem de bom, de modo a que você não se sinta um estranho naquela terra, caso algum dia você vá para lá para servir a Cristo em terras distantes.

2) As moedas e as notas de um país tomado como se fosse um lar tentam reproduzir o que há de melhor no seu povo. Elas são emitidas por uma autoridade soberana, que é a síntese de tudo aquilo que há de bom num povo. Por isso, a emissão de moedas e de cédulas tem forte relação com a tradição monárquica. Por isso que todas essas moedas eram geralmente cunhadas em ouro ou prata.

3) Na república, o amor ao dinheiro é tamanho que a impressão sistemática e massificada de dinheiro em metais de uso industrial leva não só a destruição do valor econômico da moeda como também encarna o desprezo de tudo aquilo que nos leva a tomar o país como se fosse um lar, com base na pátria do céu. Enfim, tratar com impessoalidade e desdém aquilo que a moeda simboliza evoca, enquanto um retrato da pátria, é uma das causas da inflação. Basta ver que as moedas de Real, por exemplo, possuem a imagem de Mariane e figuras decorrentes desse longo processo de tradições inventadas que não têm nada a ver com o senso de se tomar o Brasil como se fosse um lar. 

4) A própria instabilidade da República leva não só à inflação como também à mudança constante de moedas, coisa que é fundada em sabedoria humana dissociada da divina - e isso gera uma enorme entropia cultural, decorrente da falta de estabilidade, pois a moeda é também um importante dado cultural da nossa sociedade, além de ser um instrumento econômico.

5) Numismaticamente, o Brasil é nulo por conta do modernismo, por conta da inflação e por conta da instabilidade monetária, isso sem contar as tradições inventadas por conta do quinhentismo.

A verdade sobre o jornalismo jurídico

1) A verdade é que um jornalismo jurídico sério nunca será feito na TV Justiça. 

2) Se você quiser mesmo fazer um jornalismo jurídico sério, seja você mesmo advogado e apure os casos de interesse. Mantenha sempre um diário e construa boas relações com o juiz ou com o cartorário que cuida dos autos. Seja, pois, um intelectual independente, serviço a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Uma das vantagens da carteira da OAB está no fato de que você pode consultar os autos de qualquer tipo de processo, desde que isso não esteja sob segredo de justiça. Ora, o problema da OAB está no fato de que ela está ideologicamente aparelhada - com isso, perdeu sua legitimidade junto ao povo. Esta instituição deve e precisa ser abolida, para o bem do Brasil - dependendo da circunstância e da importância da consulta que vai ser feita nos autos que se encontram na vara de justiça, essa informação consultada pode ser útil, neste ambiente de guerra cultural em que nos encontramos.

4) O dia em que o STF permitir que eu exerça a minha profissão sem a necessidade da prova da OAB, aí, sim, poderei apurar tudo o que julgar interessante. A liberação acabará me gerando uma oportunidade para eu inventar meu próprio caminho, combinando minha formação jurídica e minhas habilidades intelectuais. Como diz o Olavo, o jornalismo é a porta de entrada dos intelectuais na esfera pública.

5) Enquanto isso não vem, eu faço outras coisas que me são possíveis, como ser escritor e pensador. Pelo menos, estou fazendo bem o meu trabalho e estou sendo bem pago para fazer o que mais gosto - afinal, não tenho do que reclamar. O que vai ocorrer é só a ampliação da minha competência - apenas isso.

Como se deu o processo de descristianização dos bancos?


1) Já vi muita gente ser contra os bancos. Tal como já falei em um artigo anterior, a própria natureza salvífica da Igreja faz com que ela seja um banco por excelência, pois a ordem fundada na caridade e no amor ao próximo é um empreendimento organizado.

2) O x da questão não são os bancos, mas o processo de descristianização dos mesmos, coisa que começou a partir do momento em que semearam a crença herética de que não se deve crer em fraternidade universal. No lugar dela, instituiu-se a divisão do mundo entre eleitos e condenados.

3) A referência a essa divisão está na riqueza como um sinal de predestinação. Com isso, o protestantismo perverteu toda a ordem econômica fundada na caridade, restaurando a ordem fundada no amor ao dinheiro, que é a ordem dos pagãos, anterior a Cristo.

4.1) O amor ao dinheiro leva a concentrar poder em poucas mãos. E a obtenção desse poder se dá através do processo de se concentrar os poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos. Inicialmente, esse processo se dá de maneira privada - e isso se dá gradualmente até se tornar público, patente, escancarado, incontestável. Esse gradual processo de concentração está sendo executado de maneira secreta, quase imperceptível.

4.2) A chave desse segredo está justamente quando se elimina toda a oposição a esse projeto de dominação através dos trustes e dos cartéis - uma medida típica de crime organizado. Se concorrência é colaboração, fundada no fato de que as classes produtivas se completam, justamente porque amam e rejeitam tendo por Cristo fundamento, então a competição é uma luta de morte, posto que se funda no amor ao dinheiro, como um meio de se obter poder absoluto, edificando toda uma ordem fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Amor ao dinheiro, somado à cultura de se tomar o país como se fosse religião, leva ao nacionalismo monetário. E o nacionalismo monetário leva  a um novo tipo de metalismo, a idéia inevitável de que o país que dominar todas as reservas de ouro do planeta terá a sua moeda como referência universal de valor. Eis aí o que aconteceu com o dólar em Bretton Woods.

6) A usura, a cobrança decorrente de empréstimos improdutivos, foi liberada, edificando uma liberdade fora da liberdade em Cristo - e com ela, a agiotagem; e com a agiotagem, a extorsão. A máfia surgiu por conta desse contexto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2015.

domingo, 25 de outubro de 2015

Três depoimentos sobre o indianismo

Marcos Peinado:

1) Eu já me cansei dessa história de que os índios são "donos do Brasil".

2) Eu já me cansei de dessa história de que nós devemos alguma coisa para eles, de que devemos terras, de que devemos isso e aquilo. 

3) Eles nunca foram e não são donos de absolutamente NADA. 

3.1) Em primeiro lugar, eles não possuem noção de propriedade privada - muito menos senso de nacionalidade ou de patriotismo. Isso NUNCA existiu entre os índios - isso começou agora, graças às ONG's de esquerda, que fazem agitação entre eles.

3.2) Em segundo lugar, eles se mudavam tão logo a fertilidade do solo se esgotava - eles se mudavam tão logo acabasse a água, tão logo se acabassem os animais, os peixes, etc.

4) É preciso se acabar com a visão romanceada do índio bonzinho, amigo da natureza. José de Alencar, quando escreveu Iracema, nem imaginou que isso iria acontecer; se soubesse, talvez tivesse desistido da idéia de escrever o livro.

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José Octavio Dettmann:

1) Se nômade não é capaz de tomar a terra onde vive como se fosse um lar, então o Estado será um totem, pois a constituição, fundada na liberdade para o nada, garante a livre mobilidade dele em qualquer parte do território nacional. 

2) Se índio tiver nacionalidade, senso de tomar o Estado como se fosse religião, ele estará conforme a esta cultura que a esquerda nos impõe: a idéia de que o país deve ser tomado como se fosse religião de Estado, onde tudo está nele e nada pode estar fora dele. Trata-se de nacionalidade destituída de nacionidade - causa de apatria, base para uma nova ordem mundial fundada na apatria sistemática

3) Esse tipo de coisa abrange não só o indianismo, que é usado como bucha de canhão de projetos verdadeiramente criminosos de poder, como também a causa gay. Não vai demorar a surgir "nações gays" por aí.

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Sara Rozante:

1) É importante valorizar a cultura indígena naquilo que é verdadeiro e conforme o Todo que vem de Deus - e isso é muito diferente de se querer privilegiá-los, como se estes tivessem sua própria verdade, destituída de tudo aquilo que é universal. Digo isso porque sou tataraneta de bugres.

Como a Igreja é o fundamento da instituição bancária


1) Quando a Igreja ensina a todos os fieis a tomarem um país como se fosse um lar, ela presta um serviço, coisa que é remunerada através de dízimos, doações e ofertas.

2) Como a missão da Igreja se dá em todas as nações do mundo, ela recebe doações nas mais diferentes moedas do planeta.

3) Como a moeda reflete a força da economia de um povo, é natural que a Igreja promova a caridade fazendo com que o serviço num lugar leve às pessoas a doarem para Igreja - e ao se doar para a Igreja, a pessoa investe na caridade que será desempenhada em outro lugar. E o investimento produtivo leva à remuneração do capital investido, pois existe um compromisso em se servir bem àquele que me ajudou, de modo a que eu possa progredir - eis os juros.

4) A caridade sistemática leva à uma ordem econômica - isso pode levar às pessoas a criarem uma economia própria organizada, de modo a atender as necessidades da população, de modo a fornecer calçados, estudos e outros tipos de coisas que são necessárias de modo a que uma comunidade possa prosperar e tomar o pais como se fosse um lar, de uma maneira melhor

5) A natureza da Igreja, por ser organizada e por servir no mundo inteiro, leva a ser uma instituição bancária por excelência. 

6) Ao contrário dos bancos descristianizados, que fazem comércio de dinheiro e impessoalizam os seus negócios, a natureza bancária da Igreja estimula o dsitributivismo e o nacionismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2015.