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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Deus é a conexão do sentido de tudo


1) A constituição é a fonte do certo e do errado. E o autor da constituição é Deus e não os homens

2) Essa lei das leis é natural - ela se escreve permanentemente na carne e não a tinta que está no bico de pena, de tempos em tempos. E o juramento a esta constituição se faz todo dia, por meio do credo. E isso é um ato sistemático de bondade e de homenagem, que se dá no Espírito Santo.

3) Toda e qualquer legislação humana que venha a reger as relações entre os homens de modo a se impedir o conflito entre eles e uma conseqüente agressão injusta aos propósitos do criador será lei constitucional. Para se ver a justiça da lei, é preciso se ver nela Deus primeiro. Onde Deus não estiver presente, mas sim uma sabedoria humana dissociada da divina, a lei será inconstitucional - e deve ser tirada do ordenamento jurídico, do altar da conformidade com o todo.

4) A lei, para ser conforme o todo, não deve trair os propósitos de Deus, muito menos induzir a traição. E ela deve ser geral - para abarcar o maior número de casos possível -, servir de lembrete do que acontecerá se esta lei se for violada, e deve ser prospectiva, de modo a que seja fundamento seguro para se descobrir regras novas e igualmente seguras de conformidade com o Todo, coisa que será objeto de investigação da sabedoria humana conforme o todo ao longo do tempo e das gerações.

5) Esta é a conexão de sentido de todo bom Direito que se produz. Não há ordem sem Deus, que é o autor do bom juízo.

Deus é a Constituição 2


1) O fundamento máximo para que a nação seja tomada como religião de Estado está na expressão "a voz do povo é a voz de Deus". 

2) A massa ignara é composta do somatório de sabedorias humanas dissociadas da divina que não sabem o que falam - um jogo de soma zero que não diz sim a uma só coisa que é conforme o todo. São essas mesmas sabedorias que vão preferir pedir a libertação de Barrabás a de Jesus. Enfim, a voz dessas pessoas é aquilo de que satã gosta, pois elas promovem o exagero, a inverdade. A "liberdade" delas é, na verdade, a nossa prisão.

3) Enfim, o poder não emana do povo. O verdadeiro poder emana de Deus - e ninguém vem ao Pai senão por Jesus Cristo, Nosso Senhor.

4) Cristo é Rei dos Reis, Juiz dos Juízes, Supremo Sacerdote, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado, consubstancial ao Pai.

5) É da Aliança do Altar com o Trono que se nasce a pátria tomada como um lar, tomando-se por modelo a Pátria do Céu. A cidade dos homens deve ser um espelho da cidade de Deus, um espelho de conformidade com o todo. É de Deus a fonte de toda a justiça que emana das leis.

6) E o objetivo do direito constitucional, das regras que regem à organização do Estado, é a busca sistemática da imitação de Cristo no seio de nossa nação e não fazer o Estado substituir a Deus no papel de Criador dessa obra monumental chamada nação tomada como um lar. O objetivo na terra é fazer da pátria terrena - que é pequena, não importando o tamanho de seu território - modelo para se servir à pátria grande, que faz no Céu. Quem tentar fazer da nação paraíso terrestre estará semeando o mal da nação tomada como se fosse religião - em outras palavras, essa pessoa estará semeando a nulidade da apatria. E os apátridas não podem ser tratados como cidadãos do céu, mas como agentes de Satanás infiltrados.

7) Então, devemos buscar os melhores fundamentos pelos quais devemos servir ordem, de modo a que sejamos bem servidos pelos nossos semelhantes que estão em nosso redor, levando em consideração o fato de que fomos todos criados à imagem e à semelhança de Deus.

Das graves responsabilidades do pai da pátria comparadas com a do pai comum

1) D. João VI disse uma frase interessante: "quando não se sabe o que fazer, o melhor a fazer é não fazer nada"

2) Para um bom pai de família isso é muito sensato e prudente, mas quando se é pai da pátria e de muitos, agravado ainda mais quando se tem o encargo de se servir a Cristo em terras distantes, a indolência, a inação pode trazer sérios prejuízos à nação tomada como se fosse um lar, a ponto de isso ser trocado para se tomar a nação como se fosse religião, que foi o que realmente aconteceu na Revolução Liberal do Porto, em 1820.

3) Um pai da pátria e de muitos tem responsabilidades mais graves do que as de um pai comum, que cuida de sua própria prole. A indolência, a inação pode acarretar sérios prejuízos às futuras gerações.

O ponto alto do mundo português é Ourique


1) O verdadeiro ponto alto da verdadeira nacionalidade portuguesa, do mundo português tomado como se fosse um lar, não são os descobrimentos, mas o sim que D. Afonso Henriques disse à missão que Cristo lhe confiou. Desse sim vieram os descobrimentos. 

2) Os descobrimentos são, pois, conseqüência do sim que foi dito lá em Ourique, em 1139. Isso é que selou o destino de Portugal, enquanto nação não só de seu próprio povo, mas de muitos, como são os brasileiros, angolanos e outros tantos.

A nacionalidade se dá no sim do soberano a Cristo, a ponto de se tornar pai de muitos


1) Quando um rei ou imperador segue o exemplo de D. Afonso Henriques e diz sim à missão que o próprio Cristo lhe confiou, povos inteiros ficarão debaixo de sua proteção e amparo. Logo, o rei, fundado em Cristo, será pai de povos inteiros, ainda que dispersos por todo o Globo, já que é de Portugal a missão de servir a Cristo em terras distantes, coisa da qual nós, como brasileiros, somos também herdeiros.

2) A verdadeira nacionalidade se deve ao fato de se tomar como pai um rei que diz sim a Deus e que assume ser pai da pátria e de povos inteiros sob sua proteção. É sob a liderança desse pai que aprendemos desde cedo a tomar o país como se fosse um lar.

3) O verdadeiro conceito de nacionalidade decorre da nacionidade, do fundamento de se tomar como um lar a pátria do céu e o conseqüente sim de um rei como pai da pátria terrena em Cristo.

A verdadeira História Constitucional começa em Ourique, em 1139

1) A verdadeira história constitucional do Brasil não se dá na Revolução Liberal do Porto, em 1820. 

2) A Lei de Deus, que organiza e rege tudo, se escreve na carne. E a organização política do Estado deve ser fundada nesta razão.

3) A verdadeira ordem constitucional brasileira se dá com o surgimento de Portugal, em Ourique em 1139, quando Cristo aparece para D. Afonso Henriques e o faz Rei de Portugal. E com isso, a missão de servir a Cristo em terras distantes.

4) É da aliança do altar com o trono que se nasce não só a verdadeira ordem constitucional como também a própria nacionidade, isto é o verdadeiro sentido pelo qual o país deve ser tomado como sendo o nosso lar. E essas duas coisas se dão em Cristo, que é o Rei dos Reis, o Juiz dos Juízes e Supremo Sacerdote

5) Esta meditação se faz necessária, pois as coisas devem ser ditas, sob fundamento na verdade, na bondade e na caridade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janerio, 12 de agosto de 2014 (data da postagem original).

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Comentários sobre a ambidestria política de D. João VI

1) A respeito da crise provocada pela Revolução Liberal do Porto de 1820, D. João VI praticou verdadeira ambidestria política.

2) Eis o conceito de ambidestria política, tal como eu defini: "ambidestria em política seria costurar aliança com parlamentares de direita (conservantista) e esquerda (revolucionária). Isso é o contrário do real significado do que é ser ambidestro na escrita - na verdade, é estar em cima do muro e conservar as coisas como estão porque é conveniente. Além disso, é covardia, pois a pessoa não lutará pela verdade, que decorre de Cristo".

3) No contexto daquela época, quem apoiava as idéias liberais era revolucionário. E eles queriam viver num estado de coisas em que as coisas do Estado tinham que ser necessariamente separadas dos valores da Santa Religião - enfim, eles queriam uma ordem onde os valores de Cristo e da Lei Mosaica não interfeririam nas coisas que se fundam no poder, que se alimentaria através da riqueza da população, através dos impostos. Em termos práticos, adotar-se-ia a lógica de Maquiavel: a política seria separada dos valores éticos, tal como vemos serem apregoados na Santa Religião.

4) Os liberais queriam libertar toda a sociedade desses valores que deram causa à fundação da nossa civilização, achando que a razão por si mesma bastaria para mantê-los. Pura ilusão! o século XX foi o século onde tudo se desaguou numa enorme tragédia.

5) Do outro lado estavam os conservadores, os defensores da aliança entre o altar e o trono. Gente do naipe de Sylvestre Pinheiro e conselheiro Thomaz Antônio, que viram os malefícios de uma constituição escrita pelo homem, divorciada de Deus, e do mal que isso poderia trazer, se D. João fizesse concessões perigosas a esses revolucionários.

6) A ambidestria política de D. João VI neste campo resultou no dualismo constitucional e na ulterior guerra civil entre D. Pedro e D. Miguel.

7) O Brasil passaria por muitas revoltas que quase esfacelaram a unidade territorial, de tal modo que isso só foi se resolver com a subida D. Pedro II ao poder.

8) Enfim, a História Constitucional Brasileira é marcada por revoltas e instabilidades políticas, tanto no seu surgimento, como um reflexo direto da revolução francesa, quanto nas sucessivas crises ao longo da república, em que a Constituição foi escrita e reescrita diversas vezes.


9) Seria mais sensato que D. Pedro I tivesse seguido o conselho de seu sogro: que não se preocupasse com constituições. Pois a aliança com a Igreja bastou para se criar uma ordem estável, tal como víamos na Idade Média.