Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Um explicação mais simplificada do artigo anterior


1) Numa relação entre um brasileiro e português, a relação lembra a de um parente. É uma forasteria próxima.

2) Numa relação com povos de língua semelhante, a relação lembra vizinhança, tal como há entre brasileiros e argentinos. Mas a vizinhança não quer dizer, necessariamente, contigüidade geográfica, tal como vemos entre os brasileiros e italianos.

3) Numa relação de povos de cultura não assemelhada, Cristo se faz necessário. O que liga um brasileiro a um polonês é a pátria no céu. Por isso é uma estrangeria próxima. Lembra a relação com os paroquianos, com os concidadãos, na cidade de Deus - ou a dos compatriotas, se a pátria mesmo estiver conforme o todo.

4) Numa relação entre cristãos e muçulmanos, o que há é a relação entre indígenas e alienígenas. Aqui Cristo deve se fazer presente e o Estado laico deve servir de meio, de tal modo a que haja o diálogo entre as culturas. Só através do ecumenismo, em que os judeus e os muçulmanos são convertidos e tomados parte da Igreja de Cristo, que eles passam a ser nacionais, pois amarão a pátria de Cristo como o seu lar.


Esta explicação decorre do meu artigo em que mostro como se deve tomar o país como um lar, a partir do conhecimento da genealogia das nações: http://adf.ly/k8rk8

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Como se estuda a noção de se tomar um país como um lar? Um ensaio sobre a genealogia das nações

1) Conservadorismo e nacionismo são conceitos muito próximos. E não se misturam com conservantismo e nacionalismo. É que nem água e óleo - eles não se misturam.

2) Quando esses 4 conceitos estão bem fundamentados na mente, todo o processo revolucionário, fundado na mentira sistemática, desaba.

3) Não é algo difícil de entender, desde que a pessoa estude de modo holístico e em conformidade com o todo que vem de Deus, já que a verdade é o fundamento da liberdade.

4) Para se conhecer a História de Moçambique e compará-la com a nossa, por exemplo, devemos adotar a mesma coisa quando analisamos os graus de parentesco, de modo a saber se alguém é ou não parente nosso: subimos até o parente comum e depois descemos. Precisamos subir até Portugal e depois descer, tal como se dá na genealogia.

5) Ao estudarmos a história do Brasil, necessariamente precisamos subir até Portugal, em 1139, e ir descendo, de 1500 em diante, quando as nossas circunstâncias, enquanto sociedade, surgem para o mundo civilizado.

6) Quando se abole a tradição, a noção de família também é abolida. E o positivismo, no macro, foi uma abolição sistemática da família da qual fazemos parte, enquanto nação.

7) O marxismo, com o seu materialismo histórico e dialético, completa esse processo no micro.

Notas conceituais:

Conservadorismo (conservar a dor de Cristo, pois é da Cruz que decorre a nossa liberdade)

Nacionismo (tomar o país como um lar - e o lar se estabelece na paz de Cristo)

Conservantismo (conservar aquilo que é conveniente, ainda que dissociado da verdade. Jesus é o caminho, a verdade e a vida - e isso é ignorado deliberadamente)

Nacionalismo (tomar o país como se fosse religião onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele a ponto de estarmos de costas para o que Deus estabeleceu para nós)


Para se entender a explicação mais claramente, segue um artigo complementar: http://adf.ly/kDQ67

A origem comum e a normal de um povo são coisas diferentes. Você encontrará uma boa explicação aqui. http://adf.ly/qrP9L

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2014 (data da postagem original).

Nota sobre o problema do auto-interesse

1) O grande cerne da questão em Adam Smith é o problema da edificação da ordem social a partir do auto-interesse - este é o paradigma civilizacional com o qual lidamos. É no auto-interesse que está o problema do dinheiro transformado em Deus. Isso decorre de sabedoria humana dissociada de sabedoria divina. E para Deus, segundo São Paulo, isso é insensatez.

2) O interessante é que o socialismo nada mais é do que o egoísmo humano transformado em tirania, pois o outro, em sua essência, nunca será observado. O socialismo não anula o auto-interesse - na verdade, ele se alimenta dele e do pecado capital da inveja. É egoísmo sistemático, qualificado.

3) Quando se esbanja ou se diviniza o dinheiro, é natural que isso seja chamariz de ladrão. Se isso ocorre nos indivíduos, no micro, a mesma coisa ocorre no macro. E a ordem do ladrão ditando as regras do jogo é gangsterismo, um tipo de socialismo. O socialismo é gangsterismo + controle do poder legal de se ditar regras jurídicas + negação de Deus como referencial, como fonte da verdade, do certo e do errado.

4) Não é à toa que quando se ama sistematicamente mais o dinheiro do que o outro o produto final sempre será o socialismo. O que é o materialismo senão o amor demasiado ao si, de tal modo que se chega a negligenciar o outro? Isso desagrada ao Pai eterno, pois é um tipo de paganismo sendo retomado.

5) E o que é o paganismo sistemático, senão tomar o líder como um Deus vivo?

6) Certo estava Bento XVI, ao dizer que precisamos retomar ao que os primeiros cristãos fizeram. Foi desse modo que o paganismo acabou em Roma.

Estas são as reflexões de hoje.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2014 (data da postagem original).

Postagem complementar:

Ensinamento de Cristo de que não devemos amar a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo:  

Sobre a verdadeira missão civilizatória que aqui se impõe

A verdadeira missão civilizatória que se impõe em nosso tempo e lugar, muito maior que a de "desnazificar" uma obediente e chocada Alemanha de 1946, é a de recristianizar um anárquico e moroso Brasil de 2014.

Despetizar o país é passo necessário nessa empresa. Necessário, dizemos, mas ínfimo. Sobretudo porque não existe projeto de poder realmente oposto ao desenho petista para a nação. Isso implica que, vença quem vença o teatro de Outubro, suba lá quem queira subir a rampa planaltina após o réveillon, todas as hierarquias, anti-hierarquias, burocracias, organogramas, meios e materiais seguirão exatamente onde e como ora se encontram. Na forma consagrada pela sabedoria popular: mudam as moscas, mas...

(Leonardo Faccioni)

Um conto realista no país do faz-de-conta


Certa vez, alguém proferiu esta lamentação:

_ Queria conhecer as belezas do Rio de Janeiro, mas, com essa violência toda, a gente fica proibido de conhecer a nossa cidade

E a minha resposta foi esta:

_ Quando falo que é preciso se derrubar a república e restaurar a monarquia, de modo a que tenhamos um governo sério e conforme o todo (e olha que digo isso fundado em fatos, pois estudo a história do Brasil faz muitos anos), ninguém me ouve e ainda ficam de gracinha, como se estivesse a dizer uma grande asneira.

Um silêncio sepulcral domina o cenário. Tempo para uma reflexão? Seria maravilhoso se tivéssemos gente sensata a refletir sobre tudo o que falo. Mas garanto que a mesma idiotia será repetida no dia seguinte - ou, quem sabe, na hora seguinte após aquilo que falei.

Este é o (dissimulado) país em que estou a viver. Nada vai sobrar desta sociedade que toma o vício como se fosse virtude. Por isso que me declaro pseikone e não brasileiro; a nacionalidade, infelizmente, se autodeclarou viciosa, conforme os termos da Constituição republicana, mais uma entre tantas. Eu posso ter nascido no território brasileiro, mas quero viver conforme o todo e conforme os valores de Cristo. Se eu não for virtuoso e não me der ao menos a chance de conhecer a verdade, como vou me libertar dos vícios que estão enraizados nesta terra há gerações? Se eu não for virtuoso, como posso me declarar brasileiro? Detesto dizer isso, mas a má consciência é a causa suprema da apatria. Infelizmente, a maioria da população nasceu apátrida e cresceu em ritmo africano.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sobre a insensatez dos que reivindicam salário mínimo


01) O presente artigo, que está em espanhol, fala sobre a insensatez de quem busca ver o Estado como um paizão protetor e que fica a pedir salário mínimo junto aos seus representantes eleitos, no Congresso. É fácil demais negociar, quando se tem uma arma na mão: a lei e os deputados socialistas. Isso faz dos proletários uns ladrões, tal como são os socialistas.

02) No sentido romano do termo, proletário é aquele que não contribui em nada para a comunidade política a não ser com a sua própria prole, o que dá causa ao inchamento das cidades e à marginalização política. Além de criarem uma geração de mimados acostumados às benesses estatais, não contribuem em nada para uma ordem fundada na caridade e no amor ao próximo. Quase todos esses parasitas são ateus declarados.

03) Como são ateus, são incapazes de pedir aquilo que não se vê: a justiça no âmbito das relações do trabalho, fundada em Cristo Jesus. E a justiça decorre de boas leis que estão em conformidade com o todo estabelecido por Deus. Se fossem sensatos, saberiam que a verdadeira justiça no trabalho se funda na proteção à cordialidade e à pessoalidade, no âmbito das relações de emprego. É preciso que haja a amizade entre o patrão e o empregado, de modo a que juntos possam ser sócios e cooperar. É da generosidade e da liberalidade que temos a justa causa da remuneração decorrente do serviço bem prestado - e isso é um fundamento distributista, pois devemos dar a Deus aquilo que é de Deus e ao governo aquilo que é objetivo de um bom governo, isto é, a ordem pública, fundada em boas relações no âmbito privado. Quando tomamos os serviços de nosso irmão, devemos tratá-lo dignamente, já que ele é o nosso espelho, pois ele também foi feito à imagem e semelhança de Deus, como ser humano que ele é.

04)  Liberal, no sentido cristão do termo, não tem nada a ver com liberalismo -  a liberalidade, como já disse, decorre da remuneração generosa, magnânima, fundada no amor ao próximo - isso é um fundamento distributista. As relações de emprego precisam ser menos impessoais, menos verticais e mais humanas, mais horizontais, fundadas na igualdade perante à lei natural, já que somos todos irmãos em Cristo, apesar da diferença de nossos dons e circunstâncias. Só assim é que se evitam os abusos, os arbítrios nas relações de emprego.

05) Quando se pede salário mínimo em vez de se pedir a justiça no âmbito no trabalho, o proletário demanda uma drástica intervenção do governo no âmbito nas relações privadas. Ele acaba contribuindo para a construção de uma ordem totalitária, em que o Estado dirige a economia, ditando o que se pode e não pode produzir através da lei, passando a estar de costas para os planos de Deus, fonte de todo o certo e todo o errado nas relações humanas. Além disso, com o salário mínimo sendo fixado em lei, ele acaba gerando inflação, pois lei é força, coação, o que perverte o valor real do trabalho, fundado na produtividade. E a inflação é um imposto indireto que alimenta a máquina estatal, usada para se promover opressão e abuso.  É uma bola de neve.

06) Após essas considerações iniciais, segue o texto: http://adf.ly/jMnQR

Textos relacionados:

Tomar o trabalho como extensão da casa (causa de se tomar o país como um lar): http://adf.ly/jN1PA

O católico deve ser distirbutivista?: http://adf.ly/jN2WF

Considerações sobre a essência de uma Guilda Medieval: http://adf.ly/PJfJo

Da amizade como a base para a comunidade política: http://adf.ly/c8q6A

Distributivismo não é fascismo: http://adf.ly/atr9B

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Conversa sobre financiamento público de campanha




Sara Rozante: José, quero saber sua opinião sobre um tema: o quê acha do financiamento público de campanhas eleitorais/partidárias?

José Octavio Dettmann:

1) O financiamento público decorrerá dos impostos. É imposto eleitoral - praticamente um voto censitário, se levar em conta a seletividade tributária. Já não bastasse o fato de que já somos vistos como um órgão eleitoral, por conta do voto obrigatório, agora o nosso dinheiro será usado para financiar todas essas facções malditas, quase todas esquerdistas.

2) Imagina como fica a situação do católico que é tributado e o dinheiro do imposto que vai pra um partido socialista ou PT da vida? Se não lutarmos contra isso, estaremos todos excomungados.

3) Quando a gente paga imposto, o dinheiro vai pro orçamento. E é do orçamento que virá a verba para o fundo partidário, que será distribuído entre os partidos, com base no número de cadeiras no Congresso. Será puro conservantismo.

4) Eu não iria ficar nem um pouco feliz se o dinheiro do meu imposto fosse pra um PT da vida ficar fazendo campanha mentirosa, de modo a eleger seus asseclas. E detalhe: sou católico e não votaria no PT, por ser anticristão. Se sou forçado a financiar o partido com os meus impostos, posso ser excomungado se deixar por isso mesmo, pois a minha omissão dá liberdade pro PT agir, já que eles terão a grana que virá do meu bolso. Por isso que devemos lutar contra isso tudo.

Sara Rozante: Também acho. Mas o financiamento privado também pode fazer um grande mal, como vemos quase todos os dias nos noticiários. Sinceramente, o único modo que vejo como isso possa melhorar, são os próprios políticos e partidos bancarem suas candidaturas. O quê achas?

José Octavio Dettmann: Estou de pleno acordo.

5) Além disso, a república é essencialmente uma guerra de facções. E o lobby é a principal marca dessa guerra. Por ser uma guerra de facções, os partidos não passam de clubes eleitorais de massa. O PT mesmo é fruto dessa lógica republicana.

6) Os partidos não representam bandeiras, associações de pessoas que trabalham juntas em prol de um bem comum e que fazem o pais ser tomado como um lar. Elas se associam para a tomada do Estado. Não passam de quadrilhas.

7) Essas quadrilhas são partidos socialistas, em quase sua totalidade. E há os que fazem de causas como o trabalhismo ou o ambientalismo trampolim para se praticar mais socialismo. Até mesmo a própria Igreja Católica serve de trampolim, tal como ocorre com aquele safado do Chalita, por exemplo.

8) Eu considero o pluripartidarismo legítimo, mas existem apenas 4 movimentos que são historicamente legítimos, por conta das circunstâncias: um partido brasileiro, que vise a manutenção da independência do Brasil; um partido português, que vise a reconciliação do Brasil com Portugal, de modo a se restaurar o Reino Unido; um partido que busque desenvolver economicamente o povo sem cair no progressismo barato e um partido que lute pelo bem-estar dos trabalhadores, sem cair no socialismo barato.

9) Além da dicotomia capital e trabalho que precisa ser equacionada numa concórdia de classes, o grande x da questão e que decorre da nossa formação sempre será a existência de um partido que defenda a manutenção da independência do Brasil e um partido que vise a reconciliação com Portugal e a restauração do Reino Unido. Haverá partido republicano, tal como havia, mas sem positivismo ou esquerdismo - e só será aceito se estiver conforme o todo.

10) O que importa é que Cristo seja o norte da política e que os partidos colaborem uns com os outros. Eles não podem ser facções que brigam pelo poder. Se houver isso, um poder moderador se fará necessário, de modo a se evitar isso.