Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dica importante para a guerra cultural

1) Nunca percam uma oportunidade de usar contra os jornalistas as mesmas técnicas maliciosas de linguagem que eles usam contra as suas vítimas. Sempre que puderem, colem neles e em suas idéias prefixos como "-ultra" ou "-extremo".

2) Façam-nos provar de seu próprio veneno. Façam-nos sentir que suas idéias são aberrantes, radicais e intoleráveis pela sociedade. Eles precisam passar a ter vergonha de dizer o que pensam, e agir da maneira que agem. Precisam sentir o peso da espiral do silêncio.

Flavio Gordon (https://www.facebook.com/flavio.gordon/posts/1446457362033991?pnref=story)

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2017.

Do jornalismo como uma forma de medicina social

1) Se a filosofia nasce do espanto, então nada é mais natural que o absurdo seja a primeira porta para a verdade, pois ela é a fonte do espanto.

2.1) Um exemplo disso seria esta matéria originalmente publicada pela Telegraph: de que as mulheres em fase de gestação não podem ser chamadas de mães de modo a não ofender os transgêneros (http://www.ilisp.org/noticias/associacao-medica-recomenda-evitar-chamar-gravidas-de-maes-para-respeitar-transsexuais/).

2.2) A matéria é verdadeira, mas vamos supor que ela seja falsa. Ainda que a matéria seja falsa, o simples fato de você chamar a atenção das pessoas para esse absurdo fundado na mentalidade revolucionária já cria um poderoso antídoto contra esse mal: a imaginação moral. O simples fato de que isso é possível de acontecer é realmente verdadeiro, pois é plausível, se você conhecer o modus operandi dos que agem para fomentar a ideologia de gênero.

2.3) É atiçando a imaginação moral das pessoas que elas poderão amar e rejeitar mais claramente as coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Eis um ponto onde o jornalismo pode atuar como uma medicina social por excelência: a verossimilhança pode servir de antídoto na luta contra o mal. É como vacinar o povo contra a febre amarela.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2017.

Por que Deus quis servir-se de mãos humanas? (Algumas notas sobre teoria da instituição)

1) Toda pessoa jurídica, toda instituição, precisa de mãos humanas para poder funcionar. E não pode ser qualquer mão humana - você precisa de gente íntegra, que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, para poder tocar a instituição, tal como os animadores que dão vida a um desenho, ainda que em termos institucionais.

2) Dentre as pessoas íntegras, que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, você escolhe os mais preparados, em termos de experiência. E como se mede a experiência do sujeito? Conhecendo a pessoa, seja de forma direta ou indireta, uma vez que o currículo é um mero pedaço de papel e a pessoa pode falar o que quiser nele, a ponto de servir liberdade para o nada ao faltar com a verdade. Por isso que a combinação de positivismo (no sentido de formalismo) e administração de recursos é perigosa, pois é mortífera, já que faz o Estado ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele.

3.1) Eu costumo dizer que este aspecto da gestão de recursos, dentro do âmbito institucional, é realista. Quando o libertário-conservantista fala que a culpa é do Estado, ele está culpando uma pessoa jurídica, um instrumento feito para atender a necessidades humanas, de maneira organizada. Isso é flatus vocis, como diz o professor Olavo - é o mesmo que dizer que quem matou uma pessoa foi uma arma e não o criminoso, que usou tal instrumento com fim pérfido, de modo a cometer um crime. Isso e o desarmamento são a mesma coisa - servem liberdade para o nada, a ponto de edificar tirania. É um pensamento metonímico.

4.1) Evitemos abstrações. Quanto mais abstrairmos, mais inutilidades diremos, pois são fora da realidade.

4.2) Gerir recursos em âmbito institucional pede que se observe a realidade concreta, presente ou futura. Isso pede imaginação e não abstração - e para se ter imaginação, você precisa ouvir a experiência de quem viveu essa realidade antes de você, seja no mesmo lugar ou em outros lugares. E isso é fonte segura, pois nada substitui o conhecimento decorrente da presença de alguém diante de uma certa realidade institucional, que pode se repetir em uma outra época, diante de uma nova geração de servidores públicos, que precisam estar preparados para isso. 

4.3) Não é à toa que a tradição é o maior ativo que uma instituição deve ter - quanto mais tempo ela tiver de vida servindo à sociedade de modo a fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar, melhor.

4.4) Por isso que não há instituição mais rica neste ponto do que a Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana - ela tem todo esse tempo de vida porque foi divinamente instituída. E a maior garantia dela é que o mal não prevalecerá sobre os valores em que ela foi criada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2017. (data da postagem original).

Dos deveres do jornalista, enquanto agente público

1) Tal como o leiloeiro, que garante a lisura e a transparência de uma transação executada num leilão, o jornalista é um agente público que garante a lisura e a credibilidade da informação que é servida a toda população.

2) A razão para se fazer uma faculdade de jornalismo está no fato de que o portador do diploma é considerado um agente público - e como agente público, ele é considerado agente garantidor, uma vez que está vinculando uma informação verdadeira, vinda de uma fonte idônea.

3) Quando o jornalista atua como agente revolucionário, ele estará tergiversando, ao patrocinar a mentira em nome da verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Além de ser antiético, é também crime. Além disso, ele também responde por crimes comissivos por omissão quando deixa de passar, por interesse próprio ou de outrem, alguma informação importante à comunidade dos que tomam o país como um lar em Cristo necessária à segurança desse lar, quando este corre o sério risco de ser invadido ou ter seus valores ameaçados por força de inimigos internos ou externos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2017.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Por que Igreja Católica precisa ser tomada como a instituição mais importante do Brasil?

1) É verdade que a Igreja no Brasil vai mal das pernas, mas isso não é motivo suficiente para fazer do Exército uma instituição com mais popular do que a Igreja Católica. Digo "mal das pernas" por força de expressão, uma vez que ela jamais esteve ou jamais estará em tal condição, como se Deus tivesse dificuldade em semear a sua palavra - o que seria uma verdadeira contradição, já que para Ele nada é impossível.

2) Se examinarmos as obras, veremos que dar mais prestígio ao Exército do que a Igreja é injusto.

3) A Igreja, com o apostolado jesuítico, fez o que o Crucificado de Ourique mandou fazer: serviu a Cristo em terras distantes. O Exército desfez, por força da espada, aquilo que foi sobrenaturalmente fundado: a Aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique - e isso acabou semeando o relativismo moral, a liberdade voltada para o nada.

4.1) Enquanto a Igreja não tiver mais prestígio do que o Exército, este país continuará mal. E é aqui que reside o fato de o Brasil ir mal das pernas, pois o homem nascido nesta terra, no sentido biológico do termo,  é rebelde que adoece a sociedade ao seu redor, ao tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. Isso confirma a natureza adâmica dos apátridas - por fraqueza acabam caindo ao conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, mesmo diante das advertências do Pai.

4.2) A Igreja é como lírio que floresce até no pântano, se necessário - como todas as glórias e honras precisam ser direcionadas a Deus primeiro, então é justo e necessário que a Igreja tenha mais prestígio até mesmo do que o monarca - se o monarca tiver mais prestígio do que a Igreja, ele vai acabar tendo o corpo espiritual da nação, a ponto de romper com Roma e fundar sua própria Igreja, tal como Henrique VIII fez. E este é o principal problema do regime do padroado, nos termos da Carta de 1824.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2017.

Por que a Reforma Trabalhista no Brasil não vai ser benéfica?

1) Uma cultura em que o negociado tem mais valor do que o legislado pede mais do que leis trabalhistas que favoreçam esse tipo de cultura. Você precisa cristianizar todo o ambiente de trabalho, de modo a que atividade econômica de uma nação fique em conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

2) De nada adiantam leis trabalhistas favoráveis a isso se a ética de trabalho é fundada no protestantismo, em que a riqueza é vista como sinal de predestinação, pois quem a possui será salvo por Deus. Isso é heresia e edifica liberdade para o nada.

3) Vindo de uma República, que rompeu com toda aquela ordem fundada em Ourique, isso não passa de hipocrisia. O comunismo só voltará mais forte.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre o verdadeiro liberalismo na ordem econômica e social

1.1) Todo trabalho liberal pede uma remuneração liberal.

1.2) Isso pressupõe que eu seja o dono de minha força produtiva, já que Deus me deu dons - e um desses dons é o dom de si. É do dom de mim que me ponho à serviço dos meus pares, uma vez que vejo neles o espelho de meu próprio eu, ainda que em terras distantes.

2) Se tenho o dom de mim, de modo a responder ao chamado de que Deus me faz através do meu trabalho, então o meu próximo, ao me ver como um espelho de seu próprio eu e como prestador de serviço, deve negociar comigo de modo a que meu tempo não seja desperdiçado com coisas vãs, vazias. Se tiver que trabalhar num projeto organizado por este próximo e tiver as forças do meu trabalho dirigidas a algo nobre e edificante, então aceito trabalhar sem problemas neste projeto. Tudo é muito simples: basta negociar. Meu tempo é valioso - e se faço um bom trabalho, então eu devo ser bem pago.

3) Uma das razões pelas quais não estou no momento trabalhando em economia subordinada é porque não encontrei alguém íntegro o suficiente para ser meu chefe. E para ser meu chefe é preciso ser boa pessoa e pagar muito bem pelo serviço que presto - e eu darei o meu melhor e espero que ele me pague bem por isso. Como não conheço ninguém, no sentido mais íntimo do termo, então não aceito me sujeitar a quem não conheço, pois não sou rato de laboratório.

4.1) Dentro desta circunstância, prefiro fazer o que faço: trabalhar em casa e edificando as pessoas na internet por meio dos meus escritos. Toda vez que tiver algo edificante para falar, eu falarei - e é assim que me sinto útil à sociedade.

4.2) Não estou há muito tempo nisto - por isso, ainda não são muitos os que colaboram com o meu trabalho. Mas com o que faço eu já sou capaz de montar uma biblioteca bem equipada e continuar trabalhando mais e mais. E é desse trabalho que faço que terei meu próprio canto e manterei uma família - se tiver que buscar a vida que todo mundo busca, que leva à depressão e ao suicídio, isso eu não quero pra mim.

4.3) Pior do que ter um Estado que suga o nosso dinheiro com impostos é ter gente FDP no empresariado que suga o nosso viver e nos paga uma miséria de salário, como se fôssemos seres descartáveis - e é isso que esses débeis mentais, esses libertários-conservantistas, não enxergam. Por isso que Chesterton está certo em dizer que capitalismo demais gera comunismo na mesma proporção - é da liberdade para o nada que se dissemina a injustiça no seio da sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2017.