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domingo, 20 de novembro de 2016

Notas sobre medicina clássica e economia subjetiva

1) No mundo clássico, os tratamentos para as doenças se davam através de ervas. Naquela época, por conta da experiência, era verdade sabida que a experimentação com ervas produzia efeitos únicos em cada indivíduo. Por isso, todos os indivíduos tinham que conhecer bem as nuances do próprio corpo e tinham que testar todas as combinações possíveis de modo a encontrar as melhores combinações para que eles mesmos fossem curados de todos os males de que padeciam - e para isso, usavam doses mínimas, de modo a não houvesse efeito colateral algum, o que fazia da medicina tanto uma arte quanto uma ciência, pois o que era venenoso para A podia ser a salvação para B e podia nem surtir efeito em C - e isto é perfeitamente lógico.

2) Como os efeitos eram únicos e intransferíveis, a única maneira de saber o que era bom e correto era comparando uma coisa a outra. Certas combinações podiam não ter efeito numa pessoa, mas teriam efeito noutra e efeito diferente em mais outra. E isso acabava criando vantagem comparativa, o que acabava viabilizando uma cultura de troca, de integração social. E é por conta disso que os valores eram naturalmente desiguais, pois desiguais são os homens nesta circunstância. E é por conta disso que a economia assume nuances subjetivas, interpessoais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2016.

sábado, 19 de novembro de 2016

Como a cultura de confiança favorece a experimentação científica?

1) É sempre bom experimentar, quando se tem circunstâncias favoráveis.

2) Quando você tem uma idéia, mas não tem como experimentar, não guarde isso para si. Você deve descrevê-las em detalhes e passá-la a quem interessar possa - se este amar e rejeitar as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento, ele vai experimentar por você e te contará os resultados.

3) Se você vê seu irmão como um Cristo que faz ciência, então ele passa a ser seu longa manus - assim, você consegue fazer a experimentação científica, ainda que com o apoio de mãos alheias.

4) A experimentação científica não exclui o princípio da confiança, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se a experiência pode ser repetida por todo aquele que tiver circunstância favorável, então não é preciso se prender a um individualismo exacerbado, daqueles em que é preciso ver pra crer. Esse tipo de coisa só gera desconfiança - e isso gera liberdade voltada para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Sobre as conseqüências dessas idéias de maluco que tenho

1) Isso que estou a pensar é interessante. Os havaianos usam o vulcão para assar comida. Os romanos faziam cimento.

2) Há vulcões espalhados por todas as partes do mundo. Por estarem em partes diferentes do planeta, é provável que produzam alguma coisa interessante. É provável que de um Krakatoa não se produza o cimento do Vesúvio, mas pode produzir algo interessante.

3) Os pragmáticos não fariam esse experimento por ser economicamente inviável. Só quem tem conhecimento deste fato histórico faria. Isso faria do conhecimento arqueológico uma espécie de laboratório de P & D (Pesquisa e Desenvolvimento).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Notas sobre mais uma experiência maluca que faria

1) Os romanos usavam material encontrado no Vesúvio de modo a produzir um cimento de boa qualidade. A qualidade do cimento era inigualável - e foi assim verdade até o século XX, quando encontraram materiais tão bons quanto aqueles que só o Vesúvio podia fabricar.

2) Se os romanos habitassem outas áreas sujeitas a vulcanismo, eles experimentariam o material encontrado de um Krakatoa, por exemplo, de modo a ver se é possível fabricar um cimento tão bom quanto o cimento do Vesúvio. Este é um tipo de experimentação que poderia ser feita, do ponto de vista histórico. Até agora, eu não sei se isso já foi tentado antes.

3) Um dos aspectos do nacionismo é exatamente isso: pegar esse conhecimento decorrente do fato de se tomar o país como se fosse um lar, ainda que antigo, e aplicá-lo em outros lugares de modo a ver o que acontece. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Notas sobre outra maluquice que faria

1) Uma outra maluquice que faria seria esta: se estivesse no Havaí, eu iria enterrar um pedaço de carne debaixo da terra. Após alguns minutos, ia sair um churrasco lá de dentro.

2) Pode parecer inusitado, mas a terra lá é vulcânica. Trata-se de um costume dos nativos de lá e é interessante - ainda bem que vi isso na televisão, na época em que a TV transmitia algo interessante. Pena que não tem vulcão ativo por aqui - se estivesse lá, eu iria experimentar fazer uma coisa dessas só para ver o que acontece.

3) Se essa experiencia no Havaí der resultado, eu vou tentar enterrar comida em área próxima ao Vesúvio pra ver o que acontece. Se dá certo no Havaí, então pode dar certo em outros lugar onde haja vulcanismo. E até onde sei, isso não foi tentado antes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Da família como think tank para estudos de história local

1) Se a História do Brasil é um apanhado de coisas que aconteceram dentro das províncias, enquanto microcosmos da pátria, então uma nação de historiadores se faz registrando os acontecimentos do dia-a-dia num diário e coletando toda a memória dos fatos anteriores, a partir da vida dos meus pais e dos meus tios, já que não tenho mais avós vivos.

2) Se o registro se dá no âmbito das famílias, então esta é a fonte mais confiável para se produzir história local. Se esse senso for distribuído e compartilhado sistematicamente entre as famílias, laços de solidariedade são criados - e um processo de nacionidade começa a ser desenvolvido.

3) Se uma mesma família estiver dispersa, tomando vários lugares ou mesmo vários países como se fossem um mesmo lar, então a rede social terminará favorecendo o compartilhamento desses registros e uma relação federal é criada, por força dessa nacionidade. E o primeiro laço federal mais básico é a confederação, criada da associação voluntária para só depois se tornar boa e necessária.

4) Uma das razões pelas quais eu não consigo atuar muito bem no âmbito local é porque tenho pouco conhecimento da realidade local, a não ser das coisas que meus pais me contavam quando era jovem e das coisas que eles ouviam de seus pais. Se as famílias todas fizessem isto e registrassem essas histórias por escrito, seja na forma de um romance ou na forma de um texto histórico, uma tradição brasileira poderia ser criada - e isso acabaria com a hegemonia esquerdista ditada desde o MEC.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/se-houvesse-uma-nacao-de-historiadores.html

Notas sobre uma idéia louca que eu tenho

1) De tanto ver Canal Rural aqui em casa que me veio uma idéia louca: se eu coletasse uma amostra do solo de terra roxa e colocasse num vasinho de plantas, devidamente fertilizado, e botasse uma plantinha nesse vaso, será que vingaria? E se fizesse isso com uma amostra do solo de massapê? Daria o mesmo resultado?

2.1) Eu nunca vi alguém fazendo essas experiências malucas, usando amostras de solo de outros lugares e temperatura e umidade locais de modo a dar alguma coisa. Caso a coisa não dê certo, posso criar um ambiente de temperatura e umidade controlados, tal como ocorre num laboratório, de modo a ver o que acontece.

2.2) Se há uma boa razão pela qual eu gostaria de engenheiro agrônomo, nestas atuais circunstâncias, é para fazer essas experiências malucas - a única coisa que eu não quero é perder 4 anos da minha vida numa universidade. Afinal, eu sempre quis ser um cientista e adoro fazer um experimento  - e esse é um dos segredos para escrever tanto. Eu sempre penso em várias possibilidades e testo - e os melhores escritos decorrem de experiências pessoais.

2.3) Do conjunto de experiências malucas que fizer, eu escreverei um diário familiar e o deixarei como legado de família. Quem tiver interesse pode até comprar uma cópia do diário - a impressão será única e exclusiva, já que isso não será impessoalizado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.