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sábado, 27 de agosto de 2016

Fundamento da boa discórdia

1) Para se discordar bem, é preciso estudar aquilo que será objeto de impugnação, se isso estiver fora da verdade - e para ver se algo está fora da verdade, você precisa fazer uma leitura de avaliação de toda uma doutrina inteira, coisa que poucos mesmo farão. Afinal, impugnar um simples artigo não significa impugnar uma doutrina inteira, construída em mais de 2500 artigos, escritos entre 2009 até os dias atuais.

2) Eu não comecei a pregar o que prego da noite pro dia. Tomei contato com essas idéias desde 2004 e comecei a escrever sobre isso em 2009, depois de vencer todos os compromissos que me impediam de estudar a sério a questão - mas foi só em 2014 que comecei a pregar publicamente sobre isso, pois estava preparado para fazê-lo, depois de escutar muito as lições do professor Olavo de Carvalho, naquilo que é indispensável.

3) Não é à toa que o professor Olavo fala para não levarmos a sério os discordantes de facebook, dado que isto aqui é uma fogueira das vaidades e muitos não têm classe ou modos de gente - até porque muitos deles são bárbaros de banho tomado, aparentam ser bem comportados e têm até mesmo um diploma de curso superior. Até agora, ninguém, dentre os discordantes com que lidei, teve a bondade de me fazer esta pergunta: "José, você poderia me mandar mais artigos, por favor? Pelo que vejo, seus estudos me parecem relevantes e eu adoraria saber mais sobre isso!". Este tipo de postura caracteriza empatia pela verdade e isso é uma marca de vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - e os poucos que me fizeram isso, quase todos tomistas, até agora não discordaram de mim, pois até agora não viram nada de errado, com base no que tenho mandado até agora.

3.1) Antes de me tornar um filósofo, uma das coisas que pregava é que a verdade estava nos procedimentos. Se o proceder não for caridoso, respeitoso, então isso é marca de soberba - e o discordar dessa pessoa será fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.2) Uma das características desse discordar está no fato de que muitos fazem refutações peremptórias, dado que de alguma forma eu ofendo as pessoas com o que digo, ainda não tenha a intenção de ofender pessoa alguma. Se o que é rico em sabedoria humana dissociada da divina se sentir ofendido no que digo e partir para a refutação peremptória, sem estudar todo o conjunto da obra antes, então eu venci o debate, o que me estimula a trabalhar ainda mais.

3.3) Afinal, o debate decorre do fato de A conhecer a doutrina B muito bem, bem como B conhecer a doutrina de A da mesma forma - afinal, isso se chama paridade de armas, fundamento para se fazer uma verdadeira justiça, já que a ação de pensar é uma ação humana e Deus deve se valer desta ação de modo a edificar algo sensato e construtivo a todos.

4) Enfim, eis a verdadeira ciência de discordar - ela se funda na arte de estudar o que o outro pesquisou, dado que é preciso explorar as trilhas abertas por outros de modo a abrir outras brechas para os que nos sucederão daqui pra frente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

Ampliando a defesa do conceito de apátrida que adoto

1) Não creio em liberdade sem responsabilidade, sem ouvir o chamado para o qual estamos predestinados desde Ourique, base para todo o nosso preparo enquanto brasileiros. E o fundamento da responsabilidade, desse chamado, é a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, coisa que é fundada numa vida reta, numa consciência reta e fé reta.

2) Não é à toa que defendo a distinção entre nacionidade e nacionalidade - o verdadeiro vínculo com aliança do altar com o trono, coisa que marca a nacionalidade, se dá a partir do momento em que o tomamos o país como se fosse um lar em Cristo, causa da nacionidade, coisa que começa a partir do batismo de uma nação inteira, tal como se deu na Polônia, por exemplo. Embora Deus permita o pecado, de tal modo a que nos arrependamos um dia, ele não tolera a omissão, pois quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade age como um verdadeiro agente garantidor, dado que favorece que a má consciência sistemática, fundada no relativismo moral, acaba destruindo os bons fundamentos da pátria edificada em Ourique. E isso é, além de heresia, apostasia - e pelo que vejo, muito pouca gente se arrependerá disso.

3) Quando uma nação inteira está desligada daquilo que do Céu foi estabelecido, então a apatria está caracterizada, dado o trono está vago. Se o Rei tem a prerrogativa de reger seu povo nesta missão que a ele foi confiada, então ele tem uma chave menor, com poderes específicos pra isso, dado que recebeu mandato do Céu para isso.

4) Das duzentas milhões de almas que há nesta terra, boa parte é alma penada, dado que muitos conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Da mesma forma como poucos são os crismados, os que são formados de modo a ir servir a Cristo em terras distantes, poucos são os que sabem realmente aquilo que foi estabelecido em Ourique. Por isso que digo que brasileiros somos poucos, pois poucos são os conscientes - e esses mesmos que salvarão o Brasil e repovoarão a terra quando todos os apátridas perecerem por conta de seus pecados sistemáticos, coisa que mantém esta República de pé, bem como o comunismo, cujo caminho este regime maldito tem estado a preparar desde 15 de novembro de 1889, há quase 127 anos.

5) Eu estudei a causa da perversão da nacionalidade, formulada por Mancini e que edifica liberdade para o nada, bem como os efeitos que um muro de Berlim pode causar, de tal modo a que o alemão oriental e o ocidental se enxerguem tal como se fossem uma imagem distorcida quando se está diante de um mesmo espelho, coisa que está no livro Belonging in the Two Berlins. Quem não estudar Mancini, Bornenan, a História da República e a História da Mentalidade Revolucionária - da forma como o professor Olavo tem apontado - simplesmente não compreenderá o que estou a dizer.

6) Quando você for discordar de mim, não o faça por vaidade, pois o que digo está fundamentado neste estudo - e não foi à toa que escrevi, até agora, quase 2500 artigos. Por isso, estude os livros que estudei e aí você compreenderá o que digo. Não só estude isso; é preciso meditar muito também - eis o segredo do meu trabalho

7) Quem só enxerga nacionalidade, sem entender nacionidade, simplesmente não perceberá a perversão do conceito elaborada por Mancini e de que forma isso acabou se tornando uma ideologia política, coisa que marcou as revoluções liberais de 1820, 1830 e 1848 - e é justamente pelo fato de que isso estava em moda que o Brasil acabou fazendo secessão do Reino Unido, tentou fabricar uma história dissociada disso e acabou morrendo de vez.

8) Por isso mesmo, façam como o Olavo falou: estudem a realidade. Nossa realidade está totalmente desligada daquilo que foi estabelecido por força desse milagre. Quem não fizer isso acabará incorrendo em doutrinarismo, acreditando que nós estamos salvos ou livres, quando na verdade não estamos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Entendendo a lógica do empowr, comparada com a do facebook

1) A posta alguma coisa edificante. B curte suas postagens e passa a compartilhar as postagens de A. Com isso, uma relação de confiança vai sendo construída.

2) Se o facebook fosse algo realmente democrático, A receberia dinheiro toda vez que alguém desse like em suas postagens. Para ele começar receber dinheiro por compartilhamento, ele precisaria curtir as postagens de B, o que constrói uma relação de interdependência, a tal ponto que B representa A no seu compartilhamento, a ponto de agir como se fosse um verdadeiro distribuidor - com isso, A receberia ainda mais dinheiro por suas postagens, criando um verdadeiro distributivismo, pois o que é voltado para a excelência merece ser bem remunerado.

3) É por conta desse tipo de experiência que passei no empowr hoje que aprendi a ficar mais criterioso ao curtir as postagens. O sensato deve edificar e patrocinar o que é sensato, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) De certa forma, uma rede pessoal como empowr poderia ter um bom se houvesse no nosso tempo o que havia no tempo da Renascença: gente rica ou verdadeiros estadistas praticando mecenato. Como a rede social possui um aspecto democrático, então vira distributivismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

Notas provisórias sobre o empowr:

1) Nesta rede social você posta o seu conteúdo e ganha dinheiro a partir da primeira curtida que você recebe. Segundo o site, "trata-se de uma economia construída na confiança, numa economia democrática, própria da rede social". Isso soa tentador demais, mas não é o dinheiro a razão que me fez entrar nesta rede - o que me fez entrar nesta rede foi fazer as pessoas viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus e despertarem desse sono profundo provocado por conta da má consciência sistemática que o mundo costuma semear por aí.

2) Para a pessoa se aventurar neste tipo de rede, tal como decidi fazer, esta precisa necessariamente ter muita maturidade - e um indício de vida amadurecida está no fato de que o dinheiro não pode estar à frente deste difícil trabalho a ser feito. Se isso acontecer, a pessoa postará toda uma sorte de postagens de gosto duvidoso ou de qualidade questionável - como isso atrai mais e mais gente que se interessa pelo rasteiro, pelo superficial, a pessoa que posta isso, servindo liberdade para o nada, ganhará muito dinheiro e deixará o site quando estiver satisfeita; o sensato, o que posta textos com reflexões sérias, profundas, não ganhará o mesmo valor. Só no longo prazo é que ele será bem remunerado, dado que o bom trabalho cresce sustentado na verdade. É este o segredo que faz a pessoa ficar em evidência por tanto tempo.

3) Como bem disse o meu colega Gabriel Viviani de Sousa, o maior prêmio, a maior riqueza de um escritor são seus leitores - os prêmios literários, o dinheiro e a crítica literária não são indicativo de sucesso, pois isso só infla o ego - o que edifica liberdade para o nada. E isso é verdade: as doações que recebo no facebook vêm dos meus leitores mais fiéis, como o Vito Pascaretta, Daniel Gurjão ou o Roberto Smera. Se os outros seguissem o exemplo deles, seria ótimo para mim.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

Notas sobre o facebook, enquanto rede social

1) Se o facebook adotasse o critério de ganho por curtida, certas pessoas estariam milionárias. Eu, que tenho poucos contatos, não viveria mal, pois poderia viver de maneira digna escrevendo para os meus pares e cresceria do modo mais sustentável possível

2) A verdade é que o facebook não nasceu para ser democrático, pois foi fundada com o intuito de ganhar dinheiro em cima do conteúdo alheio. E nós, usuários, somos escravos do Zuckerberg.

3) Somos escravos em duas formas: a primeira é que isto aqui é viciante; a segunda é que criamos conteúdo e não recebemos um centavo por isso, apesar do prestígio que recebemos de algumas almas caridosas. Isso sem contar o fato de que no Brasil não existe a cultura de doação, além de todo o patrulhamento ideológico que há por aqui.

4) Enfim, se há alguma coisa que faça com que o facebook seja derrubado é fazer do usuário uma espécie de parceiro, em que ele ganhe por postagem e por cada curtida que ele recebe de sua postagem. Para quem escreve como eu, isso seria um excelente negócio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Notas sobre a necessidade de ocupar novas rede sociais que estão nascendo

1) Como o Olavo falou, precisamos ocupar os espaços. Não só no facebook, mas também em novas rede sociais que estão surgindo eventualmente.

2) Uma dessas novas rede sociais é o empowr. Acabei de entrar nesta rede. E nela estou postando o meu trabalho.

Endereço da nova rede: www.empowr.com/pseikone. Caso queiram me acompanhar lá, sintam-se à vontade.

Atenciosamente,

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

Notas sobre o comunitarismo


1) Comunidade vem do latim communitas, da qual decorre o conceito de comunhão. Comunitarismo é voltar aos tempos em que a vida em comunidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus era não só um ideal de vida, mas uma realidade própria para se viver a vida cristã.

2) A base da comunhão implica amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Além disso, é uma forma de se viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o local prepara o caminho para o universal.

3) Aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, não só vivem junto como também trabalham junto, onde um trabalha em função do outro, gerando uma verdadeira interdependência, pois quem serve ao seu semelhante tem o direito de colher o fruto do seu trabalho - e o fruto do seu trabalho acaba sendo usado não só para o seu bem-estar ou aprimoramento pessoal como também para o bem-estar de sua família, além de ser aproveitado para beneficiar a própria comunidade, dentro daquilo que ele, o indivíduo, é capaz de fazer, pois empreender é um apostolado de serviço, uma vocação.

4) A noção de distributivismo abraça necessariamente a idéia de comunidade. Se essa noção de comunidade cristã não for resgatada, não for uma coisa viva, verdadeira, então a gente não sai dessa ordem econômica e social baseada no utilitarismo e na liberdade servida para o nada, que nega a fraternidade universal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.