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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Engenharia genética e o processo de proletarização do campo

1) A natureza fornece alguns recursos importantes, como certas espécies de vegetais que podem ser usadas em agricultura. Elas são pegas a partir de plantas selvagens.

2.1) Ao longo da civilização, a agricultura constituiu-se uma atividade basilar, pois fornecia todos os bens necessários para o atendimento das necessidades humanas. Do trigo vinha a farinha - e da farinha, combinada com água e outros bens complementares, temos o pão. Graças a isso, a classe camponesa, na Idade Média, adquiriu um poder político muito grande.

2.2) Com a engenharia genética, um novo tipo de bem complementar surgiu: a espécie geneticamente modificada. Da competição do modelo geneticamente modificado com a espécie domesticada, a espécie domesticada terminará extinta - logo, a cultura do colonato terminará escrava de empresas inescrupulosas que trabalham com engenharia genética, como a famigerada Monsanto. Da mesma forma, todo o conhecimento que se tinha por conta da cultura do colonato se perderá, por conta do progresso fundado na ganância, causa da entropia.

2.3) Essas espécies geneticamente modificadas forçam uma atividade agrária organizada tal qual uma fábrica, o que leva a se especular com comida, o que é um pecado contra a Doutrina Social da Igreja, pois querem proletarizar o campo da mesma forma como fizeram na cidade. Se o campo for proletarizado, haverá poder de vida e de morte sobre os que moram na cidade, pois a cidade é um eco-sistema dependente do campo, o que acaba gerando uma luta de classes mais ampla, de proporções gigantescas: campo x cidade.

3.1) Para haver engenharia genética dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, todo esse conhecimento deve estar nas mãos das famílias da forma mais ampla possível, através do distributivismo. Famílias sensatas preservarão suas espécies domesticadas e usarão espécies geneticamente modificadas de modo a colonizar novos ambientes onde a produção agrícola de certos gêneros não era possível, o que expande a fronteira agrícola e o senso de se tomar o país como se fosse um lar.

3.2) Se a genética veio a partir de um padre, então a engenharia genética deve se pautar por postulados próprios da conformidade com o Todo que vem de Deus e não trair tudo aquilo que há de mais sagrado.

sábado, 23 de abril de 2016

Notas sobre como o libertarismo esvazia tudo aquilo que decorre da dor de Cristo

1) Aqui no Pechincha, onde eu moro, sempre soltam fogos de artifício, por conta do dia de São Jorge.

2) Eles não estão comemorando a bravura e o martírio de São Jorge, por lutar contra o mal de modo a defender a fé em Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida - na verdade, o que esses macumbeiros comemoram é o artigo 5º da Constituição de 1988, que garante a falsa liberdade de se crer no que quiser, ainda que isso esteja dissociado da verdade.

3) O libertarismo esvazia culturalmente tudo aquilo que decorre da dor de Cristo e só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Por conta disso, acaba edificando liberdade para o nada.

4) Combater isso é crucial para se combater a mentalidade revolucionária e restaurar a Aliança do Altar com o Trono estabelecida em Ourique.

Sobre o voto censitário

1) Se a pessoa tem renda que decorre de trabalho, isso é sintoma de responsabilidade. E quanto maior a renda decorrente do trabalho, maior a responsabilidade de se fazer uma boa escolha. Por isso que o sufrágio era restrito - se fosse universalizado, a escolha irresponsável era certa.

2) Quando se faz uma má escolha, a renda per capita da população cai. E um dos sintomas de progresso material da população e de sua liberdade está na renda per capita.

3) O problema do voto censitário está quando o grosso da renda está concentrado em poucas mãos, quando o poder de usar, gozar e dispor é dominado e concentrado por todos aqueles que amam mais o dinheiro do que a Jesus Cristo. Além disso, há um outro problema: a política se reduzirá a aspectos econômicos - os aspectos morais deixarão de ser levados em conta, uma vez que há na sociedade a falsa noção de que a fraternidade universal inexiste e que a riqueza é um sinal de predestinação, de virtude, o que certamente prepara o caminho para o comunismo.

Os caminhos criados pelo Espírito Santo são criados de maneira improvisada, mas sólidos e seguros

1) Uma mente inspirada na conformidade com o Todo que vem de Deus - por estar amparada em sólidos princípios morais, em sã doutrina e em uma boa teoria - pode escrever sobre coisas de maneira improvisada, sem planejamento algum - e a coisa terá o selo da bondade, pois escrever para os outros é um ato de caridade e isso geralmente é atribuído ao Santo Espírito de Deus.

2) Uma leitura ou outra serve de referência, mas só no Espírito Santo é que fazemos as pontes de modo a que possamos construir os caminhos necessários de modo a encontrar o verdadeiro tesouro: o saber.

3) O processo de construir, de inteligir essas pontes, está na empiria - quanto mais experiência você tiver na vida reta, na fé reta e na consciência reta, mais você poderá extrair o que há de bom em cada leitura. 

4) Não adianta ler 80 livros se você não estiver devidamente inspirado. Uma vez feito esse trabalho, depois vem a transpiração - tal como vemos na tradução ou na revisão do texto, de modo a que ele fique gramaticalmente correto.

Sobre o fato de ser guiado pelo Espírito Santo

1) É verdade que o Espírito Santo, tal como o vento, sopra onde quer - mas, ao contrário dos seres com vocação para biruta de aeroporto, quem se deixa ser inspirado por Ele sempre acha um caminho, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) É como o bandeirante - caminhando e explorando esses caminhos que encontra, sempre encontrará verdadeiros tesouros. E esses tesouros são espirituais, pois valem mais do que ouro e prata.

De que modo posso ser útil à Pátria

1) Meu lugar é estar diante dos mais ilustres varões do Império e do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

2) Para eu ser útil no Congresso, ponham-me entre gente inteligente - não sou a pessoa mais indicada para lidar com gente inferior, como é o grosso dos nossos congressistas. 

3) Calígula nomeou um cavalo senador. A república fez algo pior: montou um estábulo - só tem cavalgadura da pior espécie.

Notas sobre três perfis de principado

1) Há príncipes com vocação para serem excelentes generais. (D. Pedro I)

2) Há príncipes com habilidades intelectuais tão notórias que dão excelentes juízes e pais da pátria. (D. Pedro II)

3) E há os príncipes pios que dizem sim a Cristo, levando povos inteiros sob sua proteção a dizerem sim a Ele. (D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal).

4) Os perfis dos príncipes são vários, pois os príncipes que tivemos tinham personalidades diferentes, pois eram pessoas diferentes que exerceram ao longo da história papéis diferentes, em função de seus dons e do modo como responderam às circunstâncias de seus respectivos tempos, em Cristo. É por isso que um rei tinha que ter muitos filhos para colaborar com os planos de Deus - a exemplo do grande número de cardeais passíveis da escolha divina, a existência de muitos príncipes nos permite antever que nunca faltará a vocação justa e adequada para um dado momento do reino.

5) Mas o que importa, para a estabilidade da monarquia, é que o papel inspiracional do monarca seja bem desempenhado. E bem desempenhado sistematicamente, ao longo do tempo e das gerações. Quando o papel inspiracional é bem desempenhado, isso supre as deficiências dos príncipes nos outros papéis onde eles não são tão bons.

6) Quando o príncipe é um bom exemplo de modo a se tomar o país como um lar, não faltará gente para representá-lo e supri-lo onde ele mesmo não tem habilidade. Logo, os inspirados atuam como longa manus dos príncipes nos setores onde eles são mais fracos: e as vitórias dos substitutos são também vitórias dos próprios príncipes, que deram causa para que o país vencesse uma guerra, em Cristo.

7) O ideal é que todo príncipe fosse perfeito. Mas a perfeição não é algo que Deus deu aos homens, marcados pelo pecado original. O príncipe perfeito é aquele que desempenha brilhantemente estes três papéis. Mas isso é algo muito raro. Só em momentos muito especiais na História que Deus manda esses gênios especiais para reger a pátria, nesses três perfis.

8) Quando um rei rege nesses três aspectos e é conforme o todo de Deus, ele é um santo.