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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Olavo de Carvalho, sobre o tratamento que precisa ser dado aos muçulmanos


Muçulmanos devem ter, nos países de maioria cristã, OS MESMOS direitos que os países muçulmanos concedem aos cristãos. Nem mais, nem menos. 
(Olavo de Carvalho)
 1) Trata-se do princípio da reciprocidade. Isso é matéria de Direito Internacional.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sobre a importância dos padre do deserto nas atuais circunstâncias


1) Os Padres do Deserto eram felizes - para sobreviver à aridez do deserto, precisavam estar em conformidade com o Todo do deserto - e agindo assim, estavam em conformidade com o Todo que vem de Deus. Como Deus controla o deserto, o deserto era generoso com eles, pois Deus é generoso. E a vida contemplativa ficava fácil, pois é só você e Deus, numa relação de amizade e cooperação. Eis o fundamento da vida monástica, pois é a pátria do céu tomada como um lar na sua forma mais concreta. E o que é a vida em sociedade virtuosa senão a imitação daquilo que se edificou nos mosteiros?

2) Para se edificar sabedoria neste deserto urbano em que vivo, não basta só viver em conformidade com o todo que se dá Deus, pois este deserto se funda em sabedoria humana dissociada da divina. Para se bem viver nele, é preciso semear consciência e estar atento, de modo a que você se associe a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

3) Aqui, é preciso saber ajuntar tesouros, de modo a poder sobreviver, pois há o problema da mentalidade de massa, da falsa cultura de se tomar o país como se fosse religião, coisa que nos ameaça constantemente de nos afastar daquilo que é conforme o Todo. Sem os amigos adequados, morreremos, pois as pessoas perderam a noção de Deus. Enfim, este deserto é mais inclemente do que o deserto de verdade.

4) Para ser um Padre do Deserto Urbano, há que se tomar o país como um lar em Cristo - é preciso ser a voz que fala do deserto, mesmo que não te ouçam. Mas Deus é o jardineiro - ele cuida dessa planta e uma floresta frondosa nasce onde só havia selva de pedra, onde só havia árvores ocas.

5) Nos vários desertos sistemáticos que compõem a pátria, o país vai sendo restaurado. E é com a fé de um Padre do Deserto que você aprende a servir a Cristo nestas terras distantes.

Se liberdade é prerrogativa, então não ser informado é um exercício da mesma


1) Como escolhi estar em conformidade com o todo que vem de Deus, eu tenho o dever de exercer esta prerrogativa de ser livre em Cristo de tal forma a não trair a Deus. 

2) Uma das maneiras pelas quais devo exercer bem esta prerrogativa de está no fato de escolher se quero ou não quero ser informado acerca de determinada situação.

3) Como estou farto de mentiras e do conservantismo daqueles que buscam a liberdade fora da liberdade de Cristo, eu nem ouço os apelos histéricos e voltados para o nada do "Je Suis Charlie" - a revista ofendeu a fé católica, a nossa fundação, a torto e a direito e nada lhe aconteceu. Agora, ofendeu os muçulmanos e pagou o preço, pois o buraco é mais embaixo. 

4) É por essa razão que não coaduno com o relativismo moral - e já estou vendo que vou ter de deletar muita gente que ficou a abraçar o "Je suis Charlie". Ainda bem que a verdade vem à tona - esperei até o último momento um pronunciamento  sensato, de modo a que me servisse de base para o meu próprio pronunciamento. Agradeço aos amigos Paulo Henrique Cremoneze, Sara Rozante e Arthur Benderoth von Karvalhostein e outros tantos por isso.

5) Certamente o círculo vai encolher-se daqui pra frente - como falei, brasileiros somos poucos, já que os apátridas são muitos.

O conservador é prudente e humilde


1) Quando se busca conservar a memória da dor de Cristo, que edificou uma civilização entre nós, a prudência, o discernimento e a moderação são os instrumentos pelos quais conseguimos enxergar se uma determinada coisa dita por alguém é ou não é conforme o Todo que vem de Deus.

2) Não podemos deixar que a nossa sabedoria humana, dissociada da divina, nos guie neste caminho - é preciso que se invoque o Espírito Santo, de modo a nos guiar neste processo.

3) Quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, se baseia tão somente na sabedoria humana dissociada da divina e no fato de reduzir a Bíblia a uma mera crença de livro, de modo a dizer toda uma sorte de coisas de tal maneira a nos afastar da amizade com Deus e a nos afastar daquilo que é conforme o Todo que d'Ele decorre. Esse conservantismo não é humilde e acaba esvaziando entre nós a cultura de país tomado como se fosse um lar em Cristo, levando-nos necessariamente a uma cultura de país tomado como se fosse religião, onde a crença em Deus se reduz a uma mera questão privada, esvaziando e inviabilizando toda uma ordem fundada na verdade que decorre do Crucificado. Essa cultura, que decorre de uma atitude espiritual errada, leva ao conflito.

4) Para se combater o relativismo moral, essa atitude espiritual precisa ser combatida, pois só os que amam e rejeitam mesmas as coisas tendo por Cristo fundamento estarão em conformidade com o Todo daquilo que foi edificado, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e ninguém vem ao Pai senão pelo Filho. E quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, quer ter a relação direta com o Pai sem passar pelo Filho - e não se pode chegar ao Filho sem o intermédio da Mãe de Deus que O gerou, cujo sim heróico deu causa a tudo isso.

5) Eis a diferença gigantesca entre ser conservador e ser conservantista. Não existe conservadorismo se não houver sim sincero àquilo que é conforme o Todo que vem Deus.

O nacionismo é ciência, sim


1) Há quem me fale o seguinte: "Não vejo o que deve ser feito para o caso da França".

2) A França desde 1789 é tomada como se fosse religião. E para que ela seja tomada como um lar, o primeiro passo é abolir essa cultura e restaurar os valores Cristãos. Obviamente, esta reconquista do lar vai custar sangue e vidas humanas, isso não tem dúvida, mas é o caminho mais seguro e trabalhoso a se fazer.

3) Um modo por onde podem começar esta busca é olhando para as análises e esforços que produzi de tal modo a que a cultura de Brasil tomado como se fosse religião da República se acabe, de modo a que o País seja tomado como um lar, em Cristo, através da restauração do Antigo Regime, onde a aliança entre o Altar e o Trono é a sua característica mais marcante.

4.1) Quando se compara o que faço aqui com o que deve ser feito lá, você pode chegar a uma teoria geral da nacionidade.

4.2) Essa teoria se funda em casos mais recorrentes e gerais, coisa que acontece a qualquer país cristão, não importa o tempo, o lugar e a circunstância, dando um caráter universal e conforme o Todo que vem de Deus.

4.3) Esta teoria também abraça casos mais particulares, fundados na experiência de um grupo de países cuja cultura é mais ou menos assemelhada.

4.4) E esta teoria também abraços casos sui generis, fundados numa experiência una, singular, cuja comparação não dá para se fazer com um outro caso semelhante, nem no tempo, nem na circunstância, nem no lugar. Neste caso, a comparação deve ser buscada no campo da eternidade, com a cidade de Deus, que é o modelo que devemos reproduzir, pois é para lá que iremos - e para isso a pátria provisória precisa ser modelo de virtude, de modo a chegar até a pátria definitiva.

5) Enfim, tomar o país como um lar é uma verdadeira ciência.

Das vantagens de se renovar o velho estilo de escrever na forma de tópicos


1) Quando você escreve na forma de tópicos, você pode enumerá-los em tópicos principais ou secundários, que são os sub-tópicos.

2) De um ponto 1, você pode introduzir três argumentos: ponto 1.1, ponto 1.2 e ponto 1.3. 

3) Se você for analisar mais a fundo o 1.1, você pode introduzir um ponto 1.1.1, um ponto 1.1.2 e assim sucessivamente - o que enriquece o texto, sem a necessidade de introduzir um subtítulo ou correr o risco de se ter uma quebra na coerência, de tal forma a que você perca a qualidade do texto trabalhado. Contudo, é muito importante que o texto tenha brevidade e que se vá direto ao ponto, pois a vocação natural da prolixidade acadêmica é a de se ir para o lixo.

4) Vejo muita gente ainda com o a cacoete de escrever em parágrafos e usando expressões verbais tão complexas quanto incoerentes. É necessário que se escreva do modo mais simples possível e de maneira funcional, para só depois escrever de uma maneira mais culta, uma vez estando a alta cultura disseminada entre nós. Não posso partir do ponto de que meu leitor é tão culto como eu - muitos não sabem nada do que falo - e aí eu tenho de dar uma de professor, introduzindo o tema para eles.

5) Enfim, quanto menos academicismo na nossa cultura, melhor.

Sergio Menezes, sobre a liberdade de expressão

1) Esse negócio de que “a liberdade de expressão é um direito inalienável do homem” é uma macumba moderna que não existe, nem pode existir, de fato. É só mais uma fórmula mágica no devaneio gnóstico de alteração da realidade.

2) É impossível reunir homens em sociedade e lhes permitir que divulguem como queiram toda bobagem que lhes vier na cabeça, pois algumas bobagens são bem perigosas. E todo mundo concorda com isso (muito embora alguns, para repetir o mantra politicamente correto, sustentem que não). 

3) Ninguém com o juízo no lugar vai dizer que deve haver liberdade irrestrita para, por exemplo, difamar injustamente alguém, ou divulgar uma mentira como se verdade fosse. Como dizia um velho professor, todo mundo concorda que não há liberdade para divulgar que dipirona cura câncer. 

4) ALGUM LIMITE para a liberdade de expressão tem que haver, E SERIA IMPOSSÍVEL VIVER EM SOCIEDADE SE NÃO HOUVESSE. É incrível como se repete chavões vazios sem se pensar em seu conteúdo e em suas consequências. E é mais incrível ainda que a sociedade ocidental contemporânea paute seus debates por esses clichês completamente desprovidos de significado real.

Facebooks, 8 de janeiro de 2015 (data da postagem original).