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sábado, 10 de dezembro de 2022

História do tempo em que o Rio quase teve um macaco como prefeito da cidade

1.1) Enquanto o movimento negro, esses filhos ingratos do abolicionismo, celebra Zumbi, esse sujeito que tinha escravos, eu fico a celebrar do macaco Tião, um icônico chimpanzé do zoológico do Rio que quase se elegeu prefeito da cidade e que vivia jogando fezes no Marcello Alencar, um dos nefastos fâmulos do Brizola.

1.2) O ano era 1989 e a constituição mal havia sido promulgada. Naquela época não havia as infames maquininhas e a vontade do eleitor era realmente livre a ponto de votar em qualquer pessoa que não estivesse posta na lista fechada, a ponto de fazer das eleições uma farsa, um jogo de cartas marcadas. Como o nome de quem recebia o voto era escrito, então qualquer pessoa podia receber o voto, até mesmo animais - até mesmo o arroz e o feijão recebiam votos nessas eleições pré-maquinha. Nessa época, o voto de protesto era uma estratégia muito conhecida de expressão da vontade do eleitorado - o que não se sabia nessa época é que isso anulava os votos, em razão das regras da Carta de 1988, que adotava o sistema de lista fechada e só computava os votos válidos.

2) O macaco Tião foi muito bem votado nessas eleições para prefeito. Se esses votos valessem, ele disputaria segundo turno com Marcello Alencar. E se os votos de protesto valessem, ele seria eleito prefeito.

3) Recentemente foi lançado um documentário sobre a História desse icônico macaco que quase foi eleito prefeito do Rio. Naquela época, não tínhamos direita e os políticos eram a mesma escumalha de sempre, os mesmos que instituíram, anos mais tarde, as nefastas cotas para negros, uma forma dissimulada de racismo, de chamá-los de incompetentes. E essa dissimulação é mascarada pela ignorância travestida de educação, dada na forma de ensino sob o método Paulo Freire.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2022 (data da postagem original).

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