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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Precisamos realmente de um papa forte?

1) Houve quem me dissesse que não precisamos de um papa forte, uma vez que não estamos na Idade Média.

2.1) Quem declara tal coisa está a confundir poder espiritual com o poder temporal.

2.2) Como vivemos em um mundo muito materialista, o poder espiritual dos papas se faz mais do que necessário. Nunca o poder de criar pontes que liguem à Terra ao Céu se fez tão necessário, a ponto de desenvolver ainda mais as verdades conhecidas, a ponto de serem cada vez mais observadas nos dias de hoje.

3) A Idade Média foi a época onde os homens mais estiveram dispostos a colaborar com Deus. Foi a época que mais produziu homens de boa vontade. Por conta disso, a Igreja pôde acumular um poder temporal complementar ao poder espiritual de tal maneira que seus ensinamentos produzissem gestos concretos de conformidade com o Todo que vem de Deus na sociedade.

4.1) A força real do papa está em agir como se Cristo estivesse aqui. 

4.2) Quanto mais ele exerce seu poder espiritual, mais ele mostra que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. E aí a força do Papa, que é tão necessária para estes tempos atuais. 

4.3.1) A crise pela qual atravessa a Igreja se deve a um papa que está disposto a dialogar com o mundo, com o diabo e com a carne, a ponto de se pautar no politicamente correto, o que é odioso. E isto leva a vermos na figura de quem ocupa a cátedra de São Pedro atualmente uma figura indigna de ser respeitada, posto que este não se dá ao respeito, já que este não nos possibilita vermos Cristo em suas ações. 

4.3.2) Quanto mais personalista for a conduta de um papa, pior para o papado enquanto instituição, já que o vigário é acessório que segue a sorte do principal: o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. No final das contas, todos se tornarão sedevacantistas e muitos acreditarão que a Igreja não precisa de um vigário de Cristo - o que é uma afronta ao próprio Cristo, que será tomado injustamente como animal que mente. Digo isso porque não demorará muito tempo para se negar a divindade de Jesus, como fazem os muçulmanos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de maio de 2021 (data da postagem original).

Por que não sou papista? E por que minha obediência ao papa não pode ser cega?

1.1) Para que eu possa obedecer a um padre, a um bispo ou até mesmo a um Papa, eu precisaria ver a figura de Cristo na figura dessas pessoas. 

1.2) O princípio da obediência é o amor que deve ser dado ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida. O papa é o vigário de Cristo - por isso, ele é acessório que segue a sorte do principal, enquanto a segunda vinda de Cristo não ocorre.

2) Agora, se um vigário de Cristo age como um vigarista, comprometido com os conservantismos do mundo de seu tempo ou mesmo agindo de modo a relativizar a verdadeira fé que move todas as coisas da Igreja, então não faz sentido a santa obediência, posto que o vigário está a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de não vermos Cristo na figura dele. 

3.1) A mera figura de um vigarista, de um conservantista na figura de um papa, é uma séria ameaça ao papado enquanto instituição.  

3.2) Por isso, se não vemos Cristo na figura de um papa que age assim, então não faz sentido obedecer, posto que a fé católica não é uma obediência cega a um homem qualquer, mas uma obediência sincera ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Cristo, que é o cabeça da Igreja. Afinal, Ele mesmo garantiu que o mal não prevaleceria na Igreja. 

3.3.1) É por essa razão que eu não sou um papista no sentido de obedecer a toda e qualquer pessoa que foi posta na cátedra de São Pedro. Nominalmente e formalmente falando, a pessoa pode estar na qualidade de papa, mas ela não está revestida de Cristo, se esta conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de promover heresia ou apostasia, ou mesmo a mentira em nome da verdade, como fazem os comunistas.  

3.3.2) Estas são as lições que aprendi por conta da realidade do pontificado do Papa Francisco.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de maio de 2021 (data da postagem original).

Respondendo ao Papa Francisco

1) Papa Francisco declarou que o grande problema do brasileiro é muita cachaça e pouca oração. Isto se aplica perfeitamente a todos que vêem na figura de Lula o arquétipo do Brasil, enquanto terra da malandragem e do vício. 

2) Mas acontece que Sua Santidade está errado, A maioria da população desta terra é ordeira e trabalhadora, a ponto de Bolsonaro ser o arquétipo desse Brasil real que chegou ao poder em 2018. Ao invés de muita cachaça e pouca oração, agora temos muito leite condensado e muito trabalho. E trabalhar é orar com as mãos, conservando o silêncio dos lábios de modo a não falar bobagem.

3) Esse Brasil "clássico" precisa ser enterrado, posto que não tem mais lugar na realidade. Nem de brincadeira isso deve ser levado a sério - e brincar com o passado tenebroso que tivemos é indicativo de maldade, de conservantismo. Isto é a prova cabal de que não consigo ver Cristo na figura deste papa, em particular. Há muita falta de caridade no que ele diz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de maio de 2021 (data da postagem original).

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Notas sobre a íntima relação entre evolução e envolvimento na verdade enquanto fundamento da liberdade

1) Na língua inglesa, a palavra evolução tem uma relação muito íntima com a palavra envolvimento. Se Deus, através da eucaristia, passa a ser seu professor ,a ponto de aperfeiçoar a sua autoridade, a ponto de você ser cada vez mais capaz de fazer o bem a cada vez mais pessoas, então você está evoluindo, pois em Cristo você está trocando ignorância por conhecimento. E como você empresta seus ouvidos a Deus, você está participando dos santos mistérios da Igreja.

2.1) Se há uma quantidade considerável de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então a base do poder está no povo que ouve a Deus, já que este é a voz de D'Ele. E isto é a verdadeira democracia. 

2.2) Não se trata de uma multidão de pessoas cheias de si até o desprezo de Deus, sem individualidade alguma - trata-se de um uma aristocracia distribuída a um grande número de pessoas que fizeram por merecer, nos méritos de Cristo, a nobreza. Essa quantidade considerável de nobres cristãos vai desempenhar um papel crucial na Terra, a ponto de ser a luz do mundo e o sal na terra da qual nasceram de tal maneira a fazer com que o país seja tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

2.3) O legado dessas pessoas se tornam verdadeiras instituições. Essas instituições são a verdadeira democracia dos mortos, dos que adormeceram no Cristo - um legado para as futuras gerações.

3) Para que haja a evolução - enquanto desdobramento da Criação de modo a se criar novas pontes, novos caminhos que liguem à Terra ao Céu - é preciso que a verdade seja o fundamento da liberdade. Ela é o desenvolvimento das verdades mais caras daquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus sem negar nenhuma verdade de fé, posto que verdade conhecida é verdade obedecida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2021 (data da postagem original).

Não existe esse negócio de ser autodidata, pois o homem não basta a si mesmo

1) O autodidata é aquele que troca a ignorância pelo conhecimento por meio da troca autística. Ele se baseia no princípio de que o homem é o centro do universo e que ele se basta por si mesmo.

2) Acontece, porém, que o homem é o animal que erra. Se ele basta a si mesmo, então ele não é capaz de distinguir a verdade do erro, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Ele ficará cheio de conhecimento, por mais estranhos que sejam - como conhecimento é poder, ele ficará cheio de si até desprezo de Deus, a ponto de ser um animal que mente.

3) O segredo para se santificar através do estudo, que é um tipo de tipo de trabalho, é a eucaristia - se o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem estiver em você e se você estiver no coração d'Ele, você estará vendo o que não se vê: o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem agindo como professor, de modo a te mostrar o caminho das pedras, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida. E como professor, Ele está aperfeiçoando a sua autoridade, a ponto de você ser chamado a servir a Ele na terra onde você nasceu ou em terras muito distantes de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, já que a verdade é o fundamento da liberdade.  

4) Os progressos que você obtém, você registra no seu diário - e com o tempo, você dialoga com o Cristo no confessionário, já que Ele é leitor e ouvinte onisciente. E quanto mais você descobrir, mais Ele te conta sobre quem você é, já que o Criador conhece a sua criatura. Eis o segredo da biografia de si, pois sua vida é meio de santificação de outras vidas - e é Deus que usa você de instrumento para contar uma bela história. E uma vida bem vivida talvez seja o único Evangelho do qual muitas pessoas conhecerão, quando não puderem dispor da Bíblia, dos sacramentos ou mesmo da Igreja.

5) Afinal, como diz Bastiat, devemos ver o que não se vê. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2021 (data da postagem original).

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Tudo é heteronomia - notas sobre isso

1) Tudo é heteronomia. As coisas da criação foram criadas sob uma hierarquia de fatos, valores e normas cuja fonte é Deus. Para se ver isso, é preciso ver o que não se vê, como diz Bastiat. E neste caso, devemos ver Deus em tudo o que Ele fez de bom e belo, já que as coisas foram criadas por Ele com amor.

2.1) Animais e plantas são seres que se destinam ao atendimento das necessidades humanas, já que Deus o criou como a primazia da criação. Por isso mesmo, são bens e são coisas, já que são servos que atendem a essas necessidades. 

2.2.1) Por não terem razão, não podem estar na mesma hierarquia que o homem ocupa, que é a primazia da Criação, até porque são seres indefesos, pois são incapazes de reagir à agressão à natureza que um conservantista faz quando projeta seus sentimentos desordenados, fundados numa falsa piedade que conserva o que é conveniente e dissociado, sobre o sofrimento animal. 

2.2.2) A humanização dos animais e a animalização dos homens é um assassinato ontológico e civilizatório - e isso deveria ser tratado como um crime hediondo, no mesmo grau que um homicídio, pois gera um horror metafísico, o que nega tudo o que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Engana-se pensar que o homem é o centro do universo, que é o topo da pirâmide, só por conta de ter razão e que somente isso basta. Embora ele tenha sido criado à imagem e semelhança de Deus, ele é também criatura, a ponto de viver sob a dependência de Deus e de outras criaturas. Por isso, ele está numa hierarquia intermediária - afinal, as obras que ele faz visam a promover a Criação, a grande obra de Deus. Por isso mesmo, é um agente econômico por excelência, um agente intermediário.

4.1) Deus é o centro de todas as coisas. Para Ele, nada lhe é impossível. Todas coisas foram feitas n'Ele, por Ele e para Ele. Ele basta a si mesmo. Ele é o começo e o fim de todas as coisas, o alfa e o ômega.

4.2) A pessoa que nega Deus não tem competência alguma para falar sobre economia, pois ela está comprometida com a mentalidade revolucionária, visto que está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2021 (data da postagem original).

Da falácia do argumento de Ludwig von Mises sobre troca autística - notas sobre o caso do homem criado em laboratório que faz fotossíntese

1) Para que o argumento da troca autística, segundo von Mises ,valesse, o homem precisaria ser capaz de fabricar seu próprio alimento. Ou seja, ele precisaria necessariamente fazer fotossíntese, ter qualidades de uma planta.

2.1) Na hiperciência, onde os homens fazem do conhecimento da ciência biológica ciência do poder total - a ponto de criar seres em laboratório que melhor atendam ao seus vis interesses, fundados naquilo que conservam de conveniente e dissociado da verdade -, eles são capazes de combinar dna de planta a células embriões humanos de modo a ver se as pessoas são capazes de fazer fotossíntese - agindo assim,  homem nenhum terá fome ou sede, a ponto de serem deuses. 

2.2) Afinal, um escravo que não sente fome ou sede é o escravo perfeito - ele não seria muito diferente do Deus da teologia da prosperidade, onde Deus é escravizado de modo a atender os caprichos dos seus seguidores, que fazem da riqueza sinal de salvação. Um consectário lógico da ética protestante e de seu subproduto, o capitalismo.

3.1) Acontece, porém, que o ser humano tem alma e ele precisa de Cristo - e a eucaristia é vital para a sobrevivência do mesmo neste vale de lágrimas. Ainda que este fizesse fotossíntese, sem a palavra de Deus não haveria a luz do sol tão necessária para que ele seja capaz de produzir seu próprio alimento. 

3.2) Além disso, o trabalho dignifica o homem - para ter o que comer, é preciso trabalhar, é preciso cuidar das plantas de modo que produzam alimento para ele.

3.3) É na dependência que tenho dos outros seres, animais ou vegetais, que vivo a vida na dependência de Deus. Eis o poder moderador mais natural que tem - eu preciso descobrir os outros, ainda que não sejam da minha espécie.

3.4) Não é à toa que hiperciência é ciência e técnica a serviço da mentalidade, a ponto de ser magia.  Por essa razão, isso é condenado pela Igreja Católica, pois isso é heresia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2021 (data da postagem original).