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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Notas sobre um efeito decorrente dos muitos anos de vida virtual

1) Desde 2007, eu levo uma vida online. Graças ao orkut e ao facebook, eu consegui conhecer pessoas com cabeça muito parecida com a minha, ainda que dispersas por todo o território nacional ou na Lusitânia Dispersa (países onde a língua oficial não é o português, mas que tem parte da população capaz de se comunicar perfeitamente bem em língua portuguesa).

2) Graças a esses amigos adequados, que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, eu pude desenvolver minhas habilidades intelectuais e me tornei católico. Durante o tempo em que São João Paulo II foi Papa, eu estava inclinado a ser católico, mas não tinha quem me ensinasse os fundamentos da fé verdadeira - e isso eu encontrei na vida online. Os mais de 3000 artigos que escrevi entre 2014 e hoje são um atestado do quanto progredi na vida em dez anos de vida online.

3) Passados dez anos desta vida, eu comecei a me relacionar com as pessoas da paróquia. Sinto-me mais solto - até porque tenho os amigos adequados para me ajudarem naquilo que eu mais precisar. Eu fui pra vida online porque o que encontrava na minha circunstância não supria o que precisava: de boas amizades, onde pudesse crescer intelectualmente e espiritualmente. Agora volto ao mundo real preparado para ser a luz do mundo e sal da terra.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2017.

Notas sobre propriedade pública e propriedade privada em terra comunal

1) Em terra comunal, onde não houvesse direito preferencial à coroa ou à Igreja, a terra era de uso comum do povo, seja para morar nela ou nela trabalhar.

2) Em terra de uso comum, há o natural direito de privacidade, de modo a que uma família possa se sentir bem onde vive e tomar o país como um lar em Cristo. Por força disso, essa família tinha o direito de uso dessa terra não só para viver no país como também de trabalhar essa terra, coisa que adquiria por meio de usucapião, por meio de ocupação mansa e pacífica do solo em que vivia.

3.1) A propriedade das terras pertencia a Cristo, pois é próprio do proprietário perceber direitos senhoriais (royalties). Como o mundo português foi fundado numa missão salvífica, então o direito de propriedade está lastreado na missão de servir a Cristo em terras distantes - e este direito é absoluto enquanto vigorar o bom serviço a esta nobre causa.

3.2) Não é, como na república, um direito com um fim a si mesmo, voltado para o nada, pois a riqueza se destinava para aprimorar as coisas e não como um meio de salvação. Com a República, a ética protestante e o espírito do capitalismo vieram junto com o regime.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2017.

Antes do Imposto de Renda, havia o direito senhorial (royalty) por conta uso das terras, que pertenciam ao Crucificado de Ourique, administradas pelo seu fiel vassalo, sucessor de D. Afonso Henriques

Antes do Imposto de Renda, havia o direito senhorial (royalty) por conta uso das terras, que pertenciam ao Crucificado de Ourique, administradas pelo seu fiel vassalo, sucessor de D. Afonso Henriques

1) Se o Cristo Crucificado de Ourique fez de D. Afonso Henriques seu vassalo, então todo o território sujeito à proteção e autoridade desse vassalo é terra comunal, pois pertence a Cristo, que é o verdadeiro Senhor de todo o mundo português.

2) Em terra comunal não se paga imposto, paga-se um royalty, por força do direito de usar uma terra que pertence a Cristo e que está sujeita à proteção e autoridade do vassalo de Cristo, que é o Rei de Portugal.

3) A importância desse royalty é definida por força da importância econômica da região para o mundo português bem como por conta da natureza estratégica para a defesa nacional, tomada como um lar tendo por Cristo fundamento. Essa importância era paga costumeiramente, pois era tributo dado ao verdadeiro Senhor dos Exércitos, que é também construtor e destruidor de impérios.

4) Ao se derrubar a monarquia, aboliu-se a noção de royalty - e no lugar disso veio o chamado imposto de renda. A principal riqueza, a terra, foi trocada pelo dinheiro - e o mundo português na América saiu do feudalismo para cair no capitalismo de Estado, que é tão totalitário quanto o comunismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2017.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Notas sobre o legado histórico, jurídico e político da Rerum Novarum para o mundo cristão

1) Se a História é luta de classes, então cada classe tem a verdade que quiser, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, estratégias para a tomada do poder são criadas, uma vez que essas classes, para terem a hegemonia, necessitam ter tanto o corpo temporal e espiritual de uma nação ao mesmo tempo. Se cada classe tem sua verdade e cada uma tem sua estratégia para a tomada do poder, então nada mais lógico e insensato afirmar que cada classe tem sua ideologia.

3) Se a verdadeira política decorre da Aliança do Altar com o Trono estabelecida em Ourique, então a verdade não precisa ser minha e nem sua para que seja nossa, uma vez que Cristo está em nós, por força da eucaristia, e entre nós por força da vida gregária que se dá em comunidade. Por isso mesmo conciliar as diferentes classes da nação, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo em razão de uma trabalhar em função da outra, é um dos propósitos do nacionismo. Melhor a concórdia do que o conflito.

4) As lições da Rerum Novarum pedem um novo tipo de estudo histórico de modo a que se chegue a verdadeira justiça - e a verdadeira justiça no âmbito da sociedade pede a concórdia, a conciliação e não o conflito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2017.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Rastreando a origem do chavão liberal

1) O chavão liberal de que o Estado é sempre um problema só faz eco num lugar onde a chefia de Governo e a Chefia de Estado se encontram na mesma pessoa: o presidencialismo. Como o presidencialismo tem sua razão de ser nos EUA, então esse chavão tem seu sentido naquela sociedade, naquela realidade.

2) Ao longo da História do EUA, maus presidentes governaram aquele país. E maus presidentes fizeram o peso do Estado ser sentido por Todo o povo.

3) Esses que querem ser americanos trouxeram esta nefasta estrutura para o Brasil, sob a alegação de que "monarquia é atraso e república é progresso". Já são 127 anos convivendo com este regime importado e artificial. Só tivemos problemas com ele.

4) Isso só confirma o argumento do colonialismo imaginário, o que reduz o horizonte de consciência das pessoas, pois estamos pensando o Brasil com olhos de quem é americano e não de quem toma o Brasil como um lar em Cristo por força daquilo que foi edificado em Ourique.

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Análise da barafunda salvacionista que foi criada

1) Como vou me aliar com alguém que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade? Como vou me aliar com alguém que trata Nossa Senhora, a Virgem Maria, como uma mulher qualquer, ao invés de ser a Mãe do meu Senhor, do meu Salvador? Mesmo que haja um inimigo em comum, a tendência é que a Aliança seja traída.

2) O pressuposto de uma Aliança deve ser santo, conforme o Todo que vem de Deus. Veja quem ama e quem rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e você terá um aliado fiel. É por força do idem velle, idem nolle que vem a solidariedade - e é da solidariedade que vem o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Sem valores sólidos fundados na amizade com Aquele que é a verdade em pessoa, nada faz mais sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Liberais, como os comunistas, negam a liberdade fundada na verdade (apliquemos àquilo que conhecemos por força de Ourique)

1) Aquele a quem o mundo chama de "liberal" fala que a culpa é sempre do Estado. O comunista fala que a culpa é sempre da sociedade.

2) Afinal, a função do Estado é governar a nação em nome da sociedade que toma o país como um lar em Cristo, tendo por força aquilo que foi edificado em Ourique. Cristo fez de D. Afonso Henriques Rei de modo a dar ao povo português um senso de liberdade por conta de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus - e esse senso de liberdade encontra seu sentido quando serve a Cristo em terras distantes.

3) O trabalho de todo sucessor de D. Afonso Henriques é fornecer os meios necessários de modo a que o povo tome o país como um lar em Cristo por força dessa missão que recebemos em Ourique. E isso é governar - função de Estado. E o principal encargo de quem é sujeito à autoridade e proteção desse augusto soberano é contribuir com o governo, de modo a que ele continue seu trabalho, que favorece a um objetivo salvífico, fundado em Cristo.

4) Se o Estado fosse o problema - então Cristo seria o problema, posto que fez o Rei de Portugal vassalo d'Ele. E isso é falácia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.