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terça-feira, 17 de maio de 2016

Notas sobre a politica da vida humana

1) Se a vida é feita da melhor maneira possível, então isso leva em conta o meu ser e as circunstâncias em que se dá a minha vida.

2) Se política é o estudo da ciência do possível, então a vida é regida por escolhas que podem fazer com que a vida seja a melhor possível, desde que eu seja sensato, disposto a conservar aquilo que é conveniente e que se funda no Senhor. Nisso, eu encontro a estrada que me leva à conformidade com o Todo que vem de Deus, coisa que me leva a conservar a dor de Cristo, causa da minha liberdade, já que sou criatura amada por Deus.

3) Uma das regras mais básicas do Direito é que ninguém é obrigado ao impossível. Quem quer nos obrigar ao impossível sempre prometerá o impossível e isso é sempre coisa de quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade - esse tipo de gente, na hora da eleição, sempre faz o diabo para se eleger . Esse tipo de conduta é típico de quem não crê em fraternidade universal, coisa que vem de Deus.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O segredo da excelência está em esvaziar-se de si mesmo

Há quem diga:

_ Eu tenho 35 anos e acho que tenho muita experiência no que tange à área espiritual.

1) Isso é o cúmulo da soberba. Mesmo que eu tenha 70 anos, eu sinto que ainda tenho muito o que aprender. Minha vida inteira não é capaz de abranger todo o conhecimento que decorre da Sã Doutrina Católica. E este tesouro espiritual está sempre sendo aperfeiçoado e expandido, sem se relativizar que é mais caro: a verdade - e o olha que são mais de 2000 anos de tradição quanto a isso, o que atesta um verdadeiro compromisso com a excelência.

2) Eu tenho mais de 2 mil artigos escritos - tenho material suficiente para escrever 2 ou 3 livros, mas ainda sinto que tenho muito o que aprender. 

3) O grande segredo para eu escrever bem é esvaziar-me de mim mesmo e pôr-me como um escravo do Cristo Crucificado de Ourique, através do Santo Espírito de Deus. É nessa santa escravidão que consigo apreciar retamente todas as coisas, sob a supervisão desse Santo Espírito - mesmo que o mundo rejeite o que esteja a dizer, eu sei que terei a consolação de Cristo, Nosso Senhor.

4) A quantidade monstruosa de artigos que escrevi só me é possível porque consagrei minha atividade a Deus. Além de serem tantos na quantidade, muitos são considerados bons para quem os lê de boa vontade - e muitos acabam aprendendo a tomar o país como se fosse um lar com base no Cristo Crucificado de Ourique, coisa que nos remete à pátria que há lá no Céu.

5) É esse tipo de coisa que faz de mim um conservador e não conservantista. Se as pessoas fizessem exame de consciência, não falariam asneiras, tal como vejo por aí todos os dias.

domingo, 15 de maio de 2016

Notas sobre a espiral salvacionista que existe desde 1964 e como ela deve ser enfrentada

1) Em um artigo, eu havia mencionado que estávamos num ciclo de estupidez política que já durava 50 anos. Ele começou em 1964 - e até onde pude analisá-lo, ele terminou em 2014, quando novos tempos começaram a surgir no Brasil, por conta do desenvolvimento da rede social - nela, os melhores, ainda que dispersos pelo país afora, começaram a se associar e a juntar forças contra o mal. E é dentro desta circunstância que foi lançada a semente da restauração da monarquia e da missão que herdamos de Ourique.

2) Esta renovação do espírito nacional está enfrentando uma circunstância difícil, tão difícil quanto aquelas que os portugueses enfrentaram no tempo das Grandes Navegações: cruzar o Cabo das Tormentas. E esse Cabo das Tormentas se chama Espiral do Salvacionismo.

3.1) O começo dessa espiral começou em 1964 e durou até 1988. 

3.2) Em 1988, começou o salvacionismo do salvacionismo: o chamado Estado Democrático de Direito da Nova República, cujo estado de compromisso foi criado a partir da Lei da Anistia de 1980, que perdoou os crimes dos militares e os crimes dos comunistas, criando uma nefasta ordem conservantista. Em 2002, a fase azul foi concluída, após prepararem o caminho para a fase vermelha, totalitária. Essa fase durou até 2016, com o afastamento de Dilma.

4) Com a ascensão de Temer, um novo governo de salvação nacional foi edificado. Até quando romperemos essa espiral? Quando dobraremos o Cabo das Tormentas? 

5) Se esse Cabo for contornado, ele certamente será rebatizado em Cabo da Boa Esperança. E essa boa esperança dar-se-á a partir do Terceiro Reinado, quando passaremos a tomar o país como se fosse um lar, com base naquilo que se edificou em Ourique, ordem essa fundada na Aliança do Altar com o trono, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Não haverá quinhentismo, que edifica liberdade para o nada, e nem salvacionismo, fundado no conservantismo - o que haverá é ordem justa, paz constante e prosperidade completa, fundado em sabedoria divina e não em sabedoria humana dissociada disso.

Das origens salvacionistas da Carta de 1988

1) A fórmula do presidencialismo de coalizão surgiu dentro de uma mentalidade salvacionista, claramente esquerdista.

2) Segundo a mentalidade dos arquitetos da Nova República, a democracia tem um fim em si mesmo - e por isso deve ser tomada como se fosse uma segunda religião. Eis o Estado Democrático de Direito - ele usa a democracia só de fachada, com o intuito de mascarar um Estado socialista, totalitário.

3) Essa Nova República se contrapõe ao governo de exceção que governou o Brasil por 21 anos - o regime militar. Só que esse governo de exceção existiu por força de expressa permissão da Carta de 1946. Como eles, os militares são positivistas, autoritários, eles aproveitaram e rasgaram a constituição de modo a fazer uma nova: a carta de 1967, que se tornou a carta de 1969. Com isso, abusaram do poder.

4) Não é à toa que existem duas esquerdas no poder: os positivistas, que edificaram esta república, e os comunistas, que vão progredir ainda mais no estado revolucionário em que nos encontramos de modo a que viremos uma Cuba ou uma Venezuela.

Da relação entre governo de salvação e governo de exceção

1) Como falei, todo governo de salvação é sempre um governo de exceção. Ele existe por conta da falência da ordem constitucional vigente.

2) Se o presidente é o agente garantidor do estado de compromisso que vai ser adotado de modo a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então ele pode tudo e não terá limite algum ao seu poder, visto que a Lei Natural, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, será vista como se fosse um preconceito. E é nesse ponto que a república presidencialista se aproxima de regimes totalitários como o comunismo, que enxergam a lei natural e a lei positiva, que edifica liberdade para o nada, se como se fosse preconceito.

3) Por conta do salvacionismo, a exceção acaba virando regra. E governo em que a exceção é regra se chama ditadura.

sábado, 14 de maio de 2016

O presidencialismo é um eterno salvacionismo

1) A maior prova de que o presidencialismo é falho é o fato de que os estados de compromisso existem com o nome de "governos de salvação". Eles ocorrem por conta do fracasso da ordem constitucional vigente. 

2) Nesse estado de compromisso, o presidente é a ponta do iceberg, que garante a renovação da cultura dos vícios, sem que haja uma mudança para a melhoria das coisas, o que marca um claro sintoma de que o governo de um presidente sempre serve a uma oligarquia - e a oligarquia não é a aristocracia, pois não são os mais virtuosos que governam, mas os mais ricos que mandam e desmandam. E o Estado se reduz à religião dos que governam por amor ao dinheiro e não a Deus. É por conta de haver uma oligarquia e que a chefia de Estado será confundida com a chefia de governo e nunca será neutra.

3) A monarquia precisa dos melhores para governar - e a fonte dos melhores sempre virá do povo, este manancial que não se esgota. A aristocracia precisa ser aberta aos melhores que estão dispersos no povo. E esses indivíduos, por conta do que fizeram de bom no passado, passam seu exemplo para a família. A relação entre realeza, nobreza e democracia é estritamente umbilical - é o tripé da monarquia.

Notas sobre o fracasso das Diretas Já

1) Se olharmos para o que foi estabelecido em 1988 até os dias atuais, vai ser verdade conhecida o fato de que presidentes acidentais são melhores que os eleitos. Isso prova a falência das Diretas Já, pois a natureza do presidencialismo é de uma monarquia piorada. Trata-se, pois. uma cópia malfeita de um instituto americano e fora das nossas tendências históricas. Isso mostra que a cópia foi feita mais por modismo. 

2) Aqui no Brasil, o modismo é um problema muito sério. 

3) Muitas pessoas aderem a idéias e soluções que vêm de fora sem se dar conta se elas vão ser perfeitamente aplicadas ou não à nossa realidade, que é completamente diferente da realidade americana ou mesmo européia. E isso é uma tolice muito grande. Isso é sintoma de conservantismo, pois preferem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - como a verdade está ligada à realidade das coisas, então, terminam sendo insensatos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2016 (data da postagem original).