1) Fico imaginando um personagem na literatura que fosse a mistura do Bandarra (profeta do V Império) com o Olavo de Carvalho (que no meu entender foi outro profeta), dentro de uma circunstância muito parecida com a do Enéas, onde o cenário cultural estava tão contaminado que ele mais parecia um louco, mas que, com o passar do tempo, as pessoas percebiam que ele tinha razão.
sábado, 12 de novembro de 2022
Notas sobre personagens que eu gostaria de criar para os meus escritos, se soubesse fazê-lo muito bem
Notas sobre uma aula de atualidades improvisada que eu dei no Whatsapp
1) Certa ocasião, alguém me pediu dicas para a prova de atualidades. Embora não seja especialista no assunto, aconselhei a essa pessoa que estudasse dois temas que considero quentes para uma prova dessa natureza: o papel das Forças Armadas no exercício do Poder Moderador à luz da Constituição de 1988 e a questão do povo como como titular do poder constituinte originário.
2.1) Para se estudar cada um desses temas, é preciso que se estude o estado de cada questão, o que remete ao estudo das obras constitucionais mais clássicas.
2.2.1) No caso da natureza e dos limites do exercício do Poder Moderador, a questão começa a ser discutida ainda no Segundo Reinado, através da obra de Zacharias de Góes e Vasconcellos, que foi primeiro-ministro do Império e e o primeiro presidente de província do Paraná, quando o território foi desmembrado de São Paulo para virar uma nova província.
2.2.2) Quando a monarquia foi derrubada, a questão do Poder Moderador continuou sendo debatida. Borges de Medeiros, em sua obra O Poder Moderador na República Presidencial, dizia que cabia ao presidente da República exercer o Poder Moderador. Isso levou à autocracia do chefe de Estado, tal como está descrita no livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil, descrita por Ernest Hambloch.
3.1) Com relação, ao povo como titular do poder constituinte originário, esta questão remonta ao livro O que é o Terceiro Estado?, de Emmanuel Joseph Sieyès (que aqui no Brasil foi traduzido como A Constituinte Burguesa).
3.2) O autor reduziu a nação ao terceiro estado, criando uma espécie de luta de classes contra os outros dois estados, o clero e a nobreza. E isso não é muito diferente do que dar todo poder aos sovietes, como fizeram na Revolução Russa. O livro foi publicado em 1988, por ocasião da promulgação da carta de 1988.
3.3) Sobre a questão de o terceiro estado ser uma nação completa temos um caso de comunidade imaginada para se romper com a ordem estabelecida - e todo o pensamento constitucional usado como justificação do poder serviu de base para uma tradição inventada pela mentalidade revolucionária, uma vez que ela justifica seus avanços conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, coisas essas que são fora de Deus.
4.1) Estes dois temas que eu apontei pedem muita leitura do estado da questão constitucional ao longo da História e eles guardam relação entre si.
4.2) O conhecimento do estado da questão desses dois temas já prepara o candidato para lidar com assuntos envolvendo atualidades dessa natureza, pois, ao longo dos tempos, estamos revisitando a matéria - e isso é melhor do que ficar estudando material oriundo de mídia-lixo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2022 (data da postagem original).
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
Comprar com cartão de crédito é como viajar num trem - relatos de minha experiência pessoal
1) Vamos supor que eu faça uma compra no cartão de crédito em janeiro. Ao parcelar, eu faço isso em três vezes sem juros. Vamos supor que fiz isso no dia 01/01/2023 e que a fatura chegue no dia 17 de cada mês.
2.1) Tenho observado que comprar no cartão de crédito é mais ou menos como viajar num trem - e nela cada fatura é uma estação. Há estações de passagem e há estações onde há carga e descarga de passageiros ou mesmo de mercadorias.
2.2) Nas estações onde quito minhas dívidas, eu começo a comprar outras coisas, a depender da minha demanda. Contanto que eu vá numa velocidade segura, o trem pode suportar uma grande quantidade de carga e percorrer grandes distâncias de modo a atender as demandas de que necessito.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2022 (data da postagem original).
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
Notas sobre a natureza dos interesses para o estudo da psicologia, enquanto arte de se conhecer alguém
1) Interesses são determinados aspectos da realidade que chamam muito a atenção de uma pessoa ou de um grupo de pessoas em particular, sobre os quais estas dedicarão tempo e energia de modo a conhecerem melhor àquela realidade a ponto de ficarem íntimos dela.
2) A maior prova disso é o interesse pela natureza - conforme uma pessoa vai ficando íntimo dela, esta vai se tornando cada vez mais amante da vida ao ar livre ou, então, adquirir consciência ecológica a ponto de se importar com causas ambientalistas ou mesmo fazer da reciclagem do lixo de modo a produzir outros produtos úteis para outras pessoas a razão de ser de sua vida, a ponto de fazer disso sua vocação pessoal.
3) Devido ao tempo a que se dedicam a um determinado assunto, naturalmente as pessoas que gostam de um determinado tema em particular tenderão a falar mais sobre este assunto. Como tempo é um bem escasso, sobra-lhes pouco tempo para o estudo dos demais assuntos, seja por conta de julgarem esses temas pouco interessantes para elas, seja por conta não terem disponibilidade para o estudo ou mesmo circunstâncias favoráveis para poderem se dedicar bem ao estudo dessas questões.
4.1) O tempo dedicado à observação e ao estudo de alguns aspectos da realidade que interessam a uma pessoa em particular formarão o seu caráter, a ponto de esse conhecimento ser parte da sua essência, da sua razão de ser enquanto ser.
4.2) Se esse conhecimento e o ser dessa pessoa formarem uma unidade inseparável, você consegue descobrir um traço da personalidade dessa pessoa a partir do que ela mais ama, pois esse traço será uma constante na vida dela até o fim de sua vida, já que este é um traço muito marcante de sua alma, pois isso define esta pessoa em relação às demais - o que permite que saibamos qual é o seu destino e se este se realizará ou não.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2022 (data da postagem original).
sexta-feira, 4 de novembro de 2022
Do papel da família num grande protesto de massa contra o comunismo - como o patriarca deve montar a equipe que vai representar a família na operação de cerco
1) Se eu fosse chefe de família e estivesse numa situação semelhante à ocorrida nos grandes protestos de Kiev ou a estes protestos que estão a ocorrer agora em todo o Brasil de modo a impedir que Lula assuma a presidência, já que ele foi posto na presidência através da fraude nas urnas e libertado da cadeia por meio de uma manobra jurídica que houve no STF, eu faria com que toda a minha família participasse dos protestos da seguinte forma:
2) Se minha família for composta de pelo menos 6 pessoas plenamente capazes, cada pessoa fica no local do protesto por 4 horas até passar sua vez para outra pessoa da família e esse processo vai se repetindo até passarem 24 horas, mais ou menos como fazem na Igreja quando velam o túmulo de Jesus de enquanto Ele não ressuscita no sábado de Aleluia.
3) Se minha família for muito grande, podemos pelo menos montar 3 equipes de 12 pessoas onde cada pessoa passa duas horas no protesto até se completarem 24 horas. A equipe A atua na segunda, enquanto B equipe atua na terça e a equipe C atua na quarta. Aos domingos, todos vão para a missa, enquanto outra equipe D atua no domingo de modo a dar descanso a elas.
4) Por isso que a Igreja defende família grande - em dia de grandes protestos, a família deve estar presente ao grande esforço de guerra cultural e espiritual de modo a se combater o inimigo revolucionário. Quanto mais membros houver, mais fácil você será capaz de montar o plantel necessário de 36 pessoas para se combater o comunismo no dia-a-dia, que atuará de segunda a sábado. Enquanto essa equipe descansa, uma equipe substituta atuará no domingo de modo de modo a dar descanso às 3 titulares, a ponto de completar todo os dias 7 dias da semana.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2022 (data da postagem original).
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Que me venham os Cristos necessitados dispostos a aprender comigo
1) Certa ocasião, estava vendo o meu amigo Silas Feitosa dizendo que tudo no Brasil nunca é movido de forma sincera ou desinteressada: se não for para se eleger a vereador de modo a se locupletar do dinheiro público do contribuinte, ninguém monta um clube de tiro ou mesmo um clube de leitura ou um grupo de estudos. Nesse sentido, a direita é na verdade uma esquerda que usa as cores verde e amarelo, à maneira dos positivistas, pois é cheia de si até o desprezo de Deus - o que mostra que eles são conservantistas, não conservadores.
2) A maior prova disso é que já até considerei montar um grupo de estudos de modo a passar tudo o que sei e pesquisei no campo da nacionidade, a respeito do senso de se tomar um país ou mesmo vários países como um mesmo lar em Cristo. Mas sabe quantos são os que estão realmente interessados naquilo que tenho pesquisado? Absolutamente nenhum, sobretudo na minha cidade, o Rio de Janeiro! Muitos ainda me humilhariam dizendo que, se a coisa não for voltada para a aprovação em concurso público, então o estudo, de modo a descobrir a verdade das coisas, não tem valor. E eu já tive o desprazer de lidar com várias pessoas assim na época da faculdade, nos anos 2000.
3.1) Neste tempo de crise, muito raramente me aparecem algumas pessoas que me batem à porta querendo aprender comigo, sobretudo no campo da História do Brasil. Recentemente, eu dei aula para um desses Cristos necessitados.
3.2) Essas coisas acontecem de vez em quando, de tempos em tempos - e elas não se dão no meu tempo, mas no tempo de Deus. Não sei quando mais pessoas dessa natureza virão, mas gostaria que me viesse uma legião de pessoas humildes e realmente interessadas em aprender dessa forma que eu ficarei eternamente grato a Deus por isso, pois fazer propaganda ofertando isso só vai atrair o pior tipo de pessoa possível.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 02 de novembro de 2022 (data da postagem original).
terça-feira, 1 de novembro de 2022
Novo livro que verei mais tarde para meus estudos
1) Numa das minhas postagens da minha página de escritor, onde comento a ingratidão dos apátridas nascidos desta terra que vivem a piratear a obra do Olavo de Carvalho, alguém me indicou o livro A doença que somos nós: uma crítica de Jung ao cristianismo. Já incluí o livro na lista desejos e vou ver esse livro depois.
2) Considerando que o hábito reiterado de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade é insalubre para a alma, já que o homem foi feito para adorar a Deus, então devemos estudar essa doença fundada na falta de sentido como uma escolha, como uma decisão política. Isto explica a tibieza dos líderes como um mal-estar social, a ponto de matar o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus do povo inteiro.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2022 (data da postagem original).