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sexta-feira, 25 de maio de 2018

A verdade sobre essa greve dos caminhoneiros

1.1) Uma das coisas que me chamou a atenção nessa greve de caminhoneiros foi o extremo grau de organização do movimento.

1.2) Isso denuncia ação de gente de sindicato com vastíssima experiência no setor, como bem apontou o jornal Crítica Nacional. Isso explica certamente os métodos questionáveis, como bloquear as estradas de modo a frustrar o ir e vir das pessoas, o que é ilegal, pois é ato próprio de terrorismo.

2) Um movimento espontâneo não cobriria todo o movimento território nacional - e se fosse espontâneo, não haveria bloqueio das estradas, já que o caminhoneiro estaria vendo no motorista um irmão necessitado da estrada livre.

3) O amor de si até o desprezo de Deus é próprio de quem busca o poder, pois usarão métodos terroristas para conseguirem o que querem, forçando a redução dos impostos, sem se importar com o reajuste fiscal que precisa ser feito, por conta de um rombo deixado nas contas públicas após 13 anos de PT.

4) Quando dizem que liberal é ponta de lança de comunista, isso não é à toa. Não é à toa que muitos dos que divulgavam vídeos a respeito do bloqueio das estradas eram relativos a sites como o Avança Brasil, que é maçônico, revolucionário, o que torna ainda mais evidente que esta ação não tem nada de espontânea.

5.1) Enfim, trata-se de uma verdadeira ação para se seqüestrar do povo todas as ações que devem ser feitas de modo que ele seja verdadeiramente livre.

5.2) E como foi bem apontado pelo 3 em 1, trata-se de uma extorsão mediante seqüestro. Mas seqüestro de um país inteiro de seu povo, de modo a se conseguir o que se deseja. E mesmo que paguem o resgate, eles não ficarão satisfeitos.

José Octavio Dettmann​

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2018.

https://criticanacional.com.br/2018/05/24/o-dirigente-sindical-que-lidera-a-greve-dos-caminhoneiros/

Notas sobre o mapa da ignorância

1) O professor Olavo de Carvalho falou a respeito do mapa da ignorância.

2) Para se mapear a ignorância, é preciso duas coisas: saber o que está sendo conservado conveniente e dissociado da verdade, bem como aquilo que deveria ser percebido, mas não o é por conta do órgão da inteligência não estar desenvolvido na maioria das pessoas, por serem incapazes de ver o que não se vê, uma vez que a inteligência entre as pessoas está distribuída desigualmente.

3.1) A maior parte do que precisa ser mapeado está naquilo que se conserva conveniente e dissociado da verdade.

3.2) Conhecer a verdade oculta por trás do conservantismo é recolher uma jóia preciosa que foi engolida pelo seu cachorro. Essa jóia não será digerida pelo organismo do animal e terminará sendo expulsa por meio da excreção. Até recuperá-la, você terá de limpar camadas e camadas de cocô até recuperar o bem precioso.

3.3) É exatamente assim quando lidamos com conservantistas - em meio a tanto besteirol defecado pela boca ou por escrito, há algumas coisas interessantes e que apontam para a verdade. É preciso que isso seja retido e não esquecido. Enfim, é como procurar ouro no meio do lixão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de maio de 2018.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Se nenhum homem deve dominar outro homem, então nenhuma classe deve dominar outra classe, a ponto de inviabilizar as atividades economicamente organizadas da classe dominada

1) O ideal da República em Roma é que nenhum homem deve dominar outro homem. Da mesma forma nenhuma classe deve ter poder sobre outra classe, a ponto de inviabilizar suas atividades profissionais, tal como vemos atualmente.

2) Se os caminhoneiros param, eles forçam todas as outras classes a parar, forçando um verdadeiro conflito sistemático de interesses qualificado pela pretensão resistida de uma só classe. E caberá ao Estado ter de compor esse conflito de modo que a concórdia seja restaurada.

3.1) Altos impostos inviabilizam que muitos caminhoneiros sejam donos de seus próprios caminhões.

3.2) O banditismo força que muitos troquem o trabalho autônomo pelo trabalho subordinado - se houver uma greve patronal, lockout, eles serão forçados a obedecer.

3.3) O país não tem navegação de cabotagem, nem ferrovias, aumentando ainda mais o poder dos caminhoneiros ou das empresas transportadoras, pois passam a concentrar muito poder em poucas mãos, a ponto de terem poder de vida e de morte sobre aquilo que é feito no país.

3.4) Se você somar tudo isso à ganância, à cultura de riqueza como um sinal de salvação, o caos está feito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2018.

Quem concentra os poderes de usar, gozar e dispor é capaz de fazer lockout: o caso da greve patronal das transportadoras

1) Como foi dito, o Estado não deve ser forte nem fraco, mas eficaz. O caminho do meio é, pois, o caminho da eficácia.

2) E um dos fundamentos da eficácia se dá em negociar com classes profissionais essenciais à economia da nação ainda quando o problema é um germe, de modo a atender suas reivindicações justas, como vemos com a classe dos caminhoneiros, reintegrando-as ao senso de tomar o país como um lar em Cristo. Durante o governo Dilma os caminhoneiros já haviam parado por conta do preço do diesel. E parece que o pessoal de Brasília ainda não aprendeu a lição - é preciso baixar os impostos de modo que muitos caminhoneiros possam comprar o seu próprio caminhão.

3.1) É sintoma de fraqueza, de anarquia, quando a riqueza se torna uma espécie de salvação de tal maneira que aqueles que concentram os poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos acabem determinando uma greve patronal de modo a parar toda a economia do país, como que num efeito dominó.

3.2) Muitos dos caminhoneiros não são donos dos instrumentos de trabalho - eles são empregados que seguem a ordem do patronato, das empresas de transporte.

3.3) Quem tem esse enorme poder faz do Estado fraco uma religião, pois tudo está no Estado mínimo e nada pode estar fora dele ou contra ele, o que faz do liberalismo uma versão anã do fascismo. E a república brasileira neste fundamento é essencialmente fascista, pois pratica um socialismo de nação, seja no Estado agigantado na sua versão reduzida, mínima. E isso, somado ao que falei no artigo anterior, é um verdadeiro desastre.

4.1) Se todos os caminhoneiros fossem donos dos seus próprios caminhões, jamais haveria uma greve de tamanhas proporções, pois ninguém estaria dependente dos favores do Estado totalitário ou de seu equivalente mínimo. E muito deles não adotariam táticas terroristas aprendidas de grupos como MST ou do MTST, de Guilherme Boulos, a ponto de buscarem um exercício arbitrário das próprias razões, ainda que justas, já que isso é servir liberdade com fins vazios.

5) A carga tributária é altíssima, o que faz com que tudo esteja nas mãos do Estado - e neste ponto eles têm razão. Mas fechar a estrada e impedir que a população comum não possa circular é exercício arbitrário das próprias razões: ou seja, crime. Então, os dois lados estão errados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2018.

Sara Rozante: Essa inflação é injusta. O prof. Angueth tem um artigo falando sobre esse tipo de abuso.

Notas sobre a conseqüência prática dos 50 anos em 5, de Juscelino Kubitschek

1) Efeito prático da promessa dos 50 anos em 5, de JK: todo o transporte se reduziu à rodovia. Nenhum investimento em ferrovia ou navegação de cabotagem foi feito.

2) Quem fala que República é progresso é "jênio" (com j). Basta que os caminhoneiros tenham consciência de classe e façam uma greve, ainda que com fim justo, que o país pára, com os preços dos alimentos e dos combustíveis subindo até a estratosfera, por conta da inflação de demanda, por conta de nossas falhas de infra-estrutura.

3.1) Enfim, quem governa o país não entende nada de geopolítica.

3.2) Eis a lição que fica: o transporte de bens e de pessoas não pode ficar reduzido à rodovia. Precisamos de ferrovia e cabotagem também (será que esses néscios não percebem nós temos muitos rios?)

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2018.

Comentários:

Eric Fernando: JK era um comunista sem-vergonha, assim como todos políticos são desde 25 de março de 1922, data de fundação do PCB, o partidão. 

Notas sobre a necessidade de uma rede social católica

1) Em tempos de facebook censurando o pensamento sério como se fosse notícia falsa, penso que seria muito mais sensato se houvesse uma rede só nossa, composta por pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2) Uma rede social católica seria uma boa idéia, já que, segundo o professor Olavo, somente o catolicismo ofereceu uma resistência mais séria ao comunismo, por força de sua unidade, já que a união faz força, ao se conservar a dor de Cristo.

3.1) Quem fala em "unir a direita" está mentindo.

3.2) Quem está à direita do Pai já é unido a Ele, pois está conservando a dor de Cristo porque sabe que é livre n'Ele, por Ele e para Ele. Logo, essa direita já está unida há pelo menos 2018 anos e fazendo o que o Crucificado de Ourique nos mandou fazer: servir a Cristo em terras distantes.

3.3) Logo, unir quem conserva a dor de Cristo com quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade é promover a divisão, a insensatez - é exatamente isso que gente como Rodrigo Constantino está propondo fazer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2018.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Só quem foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem é que sabe nos dizer o que é necessidade humana concreta

1) Só alguém que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem é que conhece as reais necessidades humanas, já que ele é a verdade em pessoa.

2) Cristo foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Por isso, ele é o fundamento para se tomar o país como um lar e para se organizar a produção de modo a construir um legado para as futuras gerações, na forma de um bem comum que faz com que esse senso de nacionidade se torne uma realidade concreta.

3.1) Por isso, toda busca pela verdade leva necessariamente a se imaginar o que Cristo faria se estivesse nas circunstâncias em que estamos hoje, muito diferentes daquelas de sua primeira vinda.

3.2) Se verdade conhecida é verdade obedecida, então a constante imaginação da segunda vinda em diferentes épocas faz com que atualizemos as coisas a ponto de conservarmos o que é conveniente e sensato, sem que caiamos no risco do conservantismo insensato, fundado no amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2018.