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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Notas sobre a relação estreita entre militarismo e catolicismo

1) A vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus é compromisso com a excelência. E compromisso com a excelência tem por base duas coisas: senso de hierarquia e disciplina. Se você observa isso, então você é promovido, pois a quem é muito dado, muito lhe será cobrado.

2) Não é à toa que muitos santos foram de fato militares - São Sebastião, Santo Expedito, São Jorge e Santo Inácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas)

3.1) Se Deus pede que sejamos santos, então ajamos com hierarquia e disciplina. Assim podemos servir ordem de modo que ela bem nos sirva, quando precisarmos dela no momento em os nossos direitos próprios da vida fundada em conformidade com o Todo que vem de Deus estiverem sendo ameaçados por todos aqueles que amam a si mesmos a ponto de negarem Deus, quando o assunto é ter as coisas para si, num contexto em que a riqueza é vista como um sinal de salvação.

3.2) É neste ponto, portanto, que a cidade dos homens mais se aproxima da Jerusalém celeste de Deus, a ponto de ser tomada como um lar em Cristo, o que justamente vai fazer com que estejamos prontos para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

4.1) Quando a vida militar perde sua referência naquilo que se funda em Deus, então o país sucumbe.

4.2) Se a Igreja não for a instituição mais confiável para se tomar o país como um lar em Cristo, então nada pode ser feito. Afinal, não dá para salvar o país com Forças Armadas que tomam o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. O salvacionismo será voltado para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril e 2018.

domingo, 22 de abril de 2018

Como pode um péssimo exemplo de cristão e péssimo militar ser um exemplo de hombridade e honestidade? Não faz sentido!

1) Eu não acredito na honestidade de um homem que, sendo católico, se deixa batizar uma segunda vez para agradar sua esposa protestante, assim como não acredito na sinceridade de um homem que, enquanto militar, violou gravemente os princípios da hierarquia e disciplina.

2) Se ele não é um bom exemplo de cristão (afinal, renegou aquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus) e muito menos é um bom exemplo de servidor da pátria, pois foi um mal militar, como vocês podem acreditar que ele, enquanto oficial subalterno, vai salvar o país, varrendo a corrupção, e a desonestidade, de nosso país e de todas as nossas instituições de uma vez por todas?

3) Enfim, esta vassoura não será usada para a limpeza - na verdade, a vassoura será usada com fins vazios, pois a bruxa está tão à solta que vão usá-la como um meio de voar com ela direto pra Miami (passagem de ida, sem volta).

4.1) É das pequenas coisas que percebemos o caráter de um homem nas grandes. 

4.2) Se vocês não dão importância a isso, então vocês, que apenas nasceram no Brasil no sentido biológico do termo, estão condenados à danação eterna, por força dessa obstinação no pecado de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de abril de 2018.

Notas sobre o 4º Domingo do Tempo Pascal (Domingo do Bom Pastor)

1) Hoje foi o domingo do bom pastor. Quem vive a conformidade com o Todo que vem de Deus sempre agradece a seus verdadeiros pastores pelo serviço de tê-los conduzido ao caminho do Céu. Esses pastores são os padres, os professores, os pais, os que cuidam de crianças e idosos.

2) No caso de Portugal, Brasil e Algarves no dia 25 de julho devemos lembrar do nosso primeiro pastor, a quem Cristo confiou as ovelhas de Portugal de modo a construir um Império para Ele, de modo que seu nome fosse publicado entre as nações mais estranhas. Por isso lembremos sempre de D. Afonso Henriques, fiel vassalo de Cristo, Rei de Portugal pela graças de Deus e bom pastor, que me ensinou, particularmente falando, a tomar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como um lar em Cristo.

3.1) Quem for monarca nesta terra deveria seguir o exemplo de nosso primeiro Rei. D. Pedro II foi um bom governante, mas deixou que a maçonaria arruinasse o cristianismo nesta terra.

3.2) Precisamos voltar aos verdadeiros fundamentos da liberdade - se Cristo é a verdade e nos mandou aos mares para propagar a fé Cristã, então que estes sejam os fundamentos que farão o Brasil ser refundado e tomado como um lar em Cristo, pois isso nos conduzirá em definitivo até a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.3) No meu caso em particular, eu devo ser grato também a outro bom pastor: Papa São João Paulo II. Minha vida como católico não existiria sem o exemplo de ele ter servido a Cristo em terras distantes, enquanto Papa peregrino, atualizando para os nossos dias aquilo que foi estabelecido em Ourique. Graças a ele, aprendi a tomar a Polônia como meu segundo lar em Cristo, junto com o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

4.1) Enfim, onde houver um bom pastor, a terra onde ele cuida de seu rebanho será meu lar também, pois sei que nenhum lobo comunista e apátrida me atacará. Podemos ver isso nas figuras dos presidentes Duda e Orban. Embora presidentes, são bons pastores de seus respectivos povos (Polônia e Hungria). 

4.2) Definitivamente, o Brasil realmente precisa mesmo de um bom pastor e não de um pai dos pobres ou mesmo de um salvador da pátria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de abril de 2018.

O princípio da legalidade mandou lembranças

1) Eu ouço o mundo falar em defesa da legalidade.

2) Agora, quando o TSE resolve descumprir uma lei que garante a confiabilidade do sistema eleitoral, o pessoal resolve jogar isso pra escanteio, já que muitos deles resolveram apostar todas as fichas no messias que tem Messias no nome. Afinal, o salvacionismo da República é mais importante que o princípio da legalidade.

3) Esse pessoal nunca foi sincero. E tem sido assim desde que a monarquia foi deposta, no fatídico dia 15/11/1889.

4) Quando digo que essa esquerdireita está colaborando com os comunistas na chamada técnica das tesouras, eu não estou brincando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de abril de 2018.

Notas sobre esta eleição de 2018

1) Imagine a seguinte situação: a lei do voto impresso foi sancionada e o tribunal que garante o cumprimento da Lei das Eleições diz que não vai obedecer à lei, conservando de maneira conveniente o sistema eleitoral fraudulento, que se tornou um verdadeiro escândalo desde as eleições de 2014 (pra falar a verdade, desde que foi implementado, nas eleições de 1998 - a gota d'água se deu mesmo em 2014).

2) Some-se a isso o fato de que Bolsonaro está sendo tomado como se fosse religião e que muitos irão às urnas para votar nele, por meio dessas urnas fraudulentas, dessas maquininhas dos infernos. O professor Loryel mencionou que o messianismo do Bolsonaro está sendo fabricado pelo PT, por meio de estimulação contraditória, já que ele Lula são os dois lados da mesma moeda, como bem apontou o Marco Antônio Villa

3) O conservantista do Bolsonaro está dando causa para que a esquerda faça a impugnação das eleições; se isso acontecer, Bolsonaro será retirado da Presidência. Ele, se fosse mesmo patriota, tinha que denunciar a tentativa do TSE de descumprir a lei, mas o amor de si é tanto que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E lá vamos nós de novo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de abril de 2018.

sábado, 21 de abril de 2018

Sobre uma conversa que eu tive

Meu colega Arthur de Alencar me fez este comentário:

_ Dettmann, é a segunda vez que vejo você estabelecendo a diferença sobre dois termos aparentemente semelhantes (revolucionário e revolucionista). Fui pesquisar a palavra "revolucionista" e confesso que não consegui encontrar nada, nem mesmo no google. Ou eu estou diante de um idiota que usa dicotomias só para aparecer ou estou diante de um gênio que pensa a linguagem, que está muito a frente do tempo comum.

Aí eu disse a ele:

_ Essa diferença veio de uma reflexão do meu colega André Tavares e escrevi um artigo confirmando essa reflexão. Além disso, eu segui a dica do Olavo de pensar a linguagem e de não ser levado por ela. Por isso que levo muito a sério esse trabalho que faço, pois é de certa forma uma filosofia da linguagem. Se não levasse a sério o que faço, então quem levaria?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2018.

Uma leitura da História do Brasil à luz do trabalho de René Girard

1) Para Platão toda arte derivava de imitação direta da natureza. Se a natureza é bela, então bela é a arte que copia a natureza.

2.1) Os gregos pensavam que é do belo que vem a noção de verdade, já que isso aponta para Deus.

2.2) Como a obra de Deus é bela, perfeita e acabada, então a conformidade com o Todo que vem de Deus aponta para a verdade, já que Deus se fez carne e passou a habitar em nós, por meio da Santa Eucaristia.

3.1) Aristóteles falava que a mimesis não é só cópia, mas também emulação - simulação de algo que decorre da realidade. 

3.2) Na peças de teatro, os dramas emulam situações reais ou possíveis de ocorrer dentro das possibilidades humanas, concretas ou futuras. Como a tragédia é cópia da natureza humana, da experiência humana decorrente a partir da queda de Adão, então a arte dramática tem fundamento edificador, enquanto a comédia tende a ser voltada para o divertimento.

4.1) Quando Deus disse a Adão e Eva para serem fecundos, de modo a ter domínio sobre todas as criaturas criadas por Deus, Ele fez de Adão e Eva modelos de excelência para toda a humanidade. 

4.2) Quando eles perderam a amizade com Deus, esta imitação ficou imperfeita, marcada pelo pecado original, dado que muitos passaram a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.Todo um caminho precisou ser pavimentado até a chegada do segundo Adão, Jesus Cristo. Os que morreram na amizade com Deus e que falaram em nome d'Este, os profetas, todos eles falaram desse Messias que viria.

5.1) Quando este Messias chegou, percebeu-se desde cedo que Ele seria um enorme sinal de contradição no mundo.

5.2) Quando este modelo foi contraposto ao primeiro modelo, que foi corrompido pelo pecado, criou-se uma relação triangular e o verdadeiro Messias foi rejeitado por todos os insensatos, por todos os que conservaram o que era conveniente e dissociado da verdade: o modelo antigo, adâmico. Ele atraiu para si o ódio e a maldição de muitos, sendo preterido por Barrabás a ponto de ser crucificado por um crime que nunca cometeu, que é o de ser Rei dos Judeus.

5.3.2) No Antigo Testamento, o cordeiro sacrificado no lugar de Isaac já era uma prefiguração do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.

5.3.3) Quando o Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro foi sacrificado na Cruz, no dizer de René Girard, ele acabou se tornando o novo modelo pelo qual os homens passaram a imitar, renovando definitivamente toda a criação. Todos os que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus passaram a ser livres em Cristo ao conservar a memória da dor de Cristo, já que a Páscoa significa a libertação decorrente da escravidão do pecado, a passagem definitiva do Senhor para este propósito salvífico.

5.3.4) Todos os homens que imitam a Cristo tornam-se virtuosos - e esse modelo é copiado a partir dos homens virtuosos em Cristo. Assim, a cópia do verdadeiro homem, que é também verdadeiro Deus, é distribuída a todos a ponto de Deus fazer Santa Habitação em cada ser humano. E nesse ponto, meu colega Haroldo Monteiro está certo em dizer que a vida vivida em conformidade com o Todo que vem de Deus é a verdadeira religião da humanidade.

5.3.5) Quando se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, o egoísta distribui o seu modelo a outro indivíduo e assim sucessivamente.

5.3.6) Quando o mundo está repleto de conservantistas, o modelo é deixado de lado. O vício é tomado como se fosse virtude - e para que a pessoa tenha sucesso, basta parecer ser o que não é, emulando o contrário do vício, que é a virtude.

5.3.7) Eis aí o efeito do protestantismo no mundo, a mais pérfida das heresias contra a Cristandade. É da ética protestante que vem a riqueza como sinal de salvação - e daí vem a cultura de liberdade para o nada que temos hoje em dia, a ponto de relativizar a verdade em pessoa, que é Jesus Cristo.

6.1) No mundo português, podemos ver uma inversão disso.

6.2) D. Afonso Henriques foi escolhido como vassalo de Cristo de modo a servir a Cristo em terras distantes. O Brasil foi fundado por desdobramento daquilo que houve em Ourique.

6.3.1) A partir de 1822, D. Pedro resolve romper com esse modelo, a ponto de ser como Adão. 

6.3.2) O Brasil se tornou uma nação anticristã e passou a viver na conformidade com o Todo que vem da maçonaria, vivendo uma mentira que nos foi ensinada como se fosse verdade, já que a História do Brasil é a falsificação sistemática de nosso passado, feita à revelia da documentação portuguesa.

6.4.4) Todo esse caminho que foi pavimentado vai fazer o país abraçar cada vez mais o protestantismo, a ponto de ser uma cópia perfeita dos Estados Unidos da América. 

6.4.5) Com base na mentira, o nosso imaginário vai sendo colonizado, a ponto de perder o amor pela verdade - o país não será tomado como se fosse um lar em Cristo por força de Ourique, mas como religião, em que tudo está no Estado e nada está fora dele ou contra ele. E o exercício desse governo totalitário será na forma do governo do povo, pelo povo e para o povo - e foi dessa forma que Jesus foi preterido por Barrabás.

6.4.6) Será que alguém terá que morrer no Brasil a ponto de se restaurar o que foi rompido em 1822? Alguém precisa servir de cordeiro para ser imolado, de modo que aquela verdade negada seja restaurada?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2018.