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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O que o Brasil tem de bom?

01) A questão que não quer se calar: o que o Brasil tem de bom? Futebol, mulheres nuas e favelas não são coisa a se vender. Se Nossa Família Imperial, o Rio Antigo, as construções do Império, as Igrejas Antigas do tempo colonial fossem mais divulgadas, eu poderia acreditar em mudança, através do turismo. 

02) Mas isso só vai mudar com a tomada cultural do país. A cultura está toda fundada em republicanismo e esquerdismo - e as gerações precisam ser trabalhadas, de modo que os verdadeiros ativos da pátria sejam valorizados. São Paulo, pela herança italiana, o sul, por ter clima parecido ao da Europa, a cataratas do Iguaçu, o progresso do campo, as praias do Nordeste são um ótimo ativo a ser explorado. 

03) Para os esquerdistas isso não é Brasil, pois foi construído pelo homem branco, "explorador e malvado" (sic). 

04) É pelo bem do Brasil que PT, PSDB e todos esses "partidos" que fazem parte do Foro de São Paulo precisam ser banidos sistematicamente. É a saída que eu vejo. 

05) E isso não muda com propagandas, mas com medidas contra-revolucionárias e nacionistas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,  19 de agosto de 2015 (data da postagem original).

Como mostrar que o homossexualismo não convém?

O objetivo é buscar argumentos para dialogar com pessoas que sejam cristãs e não-cristãs (incluindo ateus de fundamento). Aqui expressamos uma compilação das opiniões que lá surgiram e foram discutidas: 

 01 – Anteriormente, nas discussões, ficou bem claro que uma argumentação deve ser realizada com uma pessoa que esteja disposta e aberta, realmente, a aprender alguma coisa e ouvir a verdade. Discutir com quem não quer saber a verdade está mais para jogar pérolas aos porcos do que defender a fé. 

02 – Com um cristão que aceite as verdades da bíblia, a coisa é fácil. Não ficará em cima do muro e nem relativizará as coisas quando percebe a existência de passagens bíblicas tão claras contra as práticas homossexuais. 

03 - 1° Cor 6, 9-10 "Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus". (Bíblia Ave-Maria) 

04 - Levítico 11, 22 "Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação." (Bíblia Ave-Maria). 

05 – Com pessoas que acreditam em um deus que criam na sua cabeça e ficam em cima do muro tentando relativizar até a última gota, as passagens necessitam de um comentário a mais. 

06 – Ver que um dos graves erros é tomar as coisas como naturais a ponto de se afastar dos planos do criador. O erro é conceitual e há uma necessidade grosseira em se difundir tal ignorância. 

07 - Quem faz isso, a ponto de dizer que isso é a sua verdade, certamente fará disso militância, a ponto de combater aquilo que é mais sagrado: o fato de que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e que somos livres a partir do momento em que nos adequamos à vontade d'Ele. 

 08 - É por sermos escravos da palavra de Deus que somos seres humanos livres, já que a liberdade se funda na vida, que é obra de Deus. A liberdade é uma prerrogativa que Deus nos deu de modo a que melhor sirvamos a Sua palavra. E por sermos a primazia da criação temos consciência objetiva do que é certo ou errado, quando nos colocamos à vontade do Criador. 

09 – Jesus é o caminho a verdade e a vida. Seus ensinamentos são a verdade. Do contrário, em uma sociedade onde cada um tem sua verdade, não haverá quem diga o direito ou quem determine o que é certo o errado, pois o direito será fruto do mais forte: mais precisamente dos preconceitos do mais forte. Será uma conversa de surdos, uma verdadeira anarquia. 

10 – Com certeza o ponto mais difícil é discutir com um não cristão. Se ele estiver aberto a verdade, perceberá, sem mesmo tocarmos na palavra Deus, que algumas vaidades humanas são insignificantes perto de algumas reflexões a respeito da vida humana. 

11 – O que garante a sobrevivência da espécie é a relação sexual, que terá por sentido filhos. Retirando isso, tem-se uma busca egoísta pelo prazer. Contudo, isso não quer dizer que de toda relação sexual deva sair um filho, isso realmente não acontece na prática, mas ela deve estar aberta e possibilitar em alguma circunstância que isso ocorra. 

12 - Se amputarmos a finalidade do sexo, que é a família, o próprio sexo deixa de ser sexo para se tornar uma caricatura grotesca de si mesmo. Privado de toda complexidade de sua essência, o sexo passa a ser nada mais que uma vulgar masturbação. 

13 - Tendo em vista que o sexo deve permitir a geração de descendentes, o sexo só é realmente sexo quando feito entre homem e mulher. Do contrário, a vaidade do homem, levará ele a ir contra a própria natureza humana. 

 14 - Fazer ao não crente a seguinte pergunta: "você acha certo a pessoa se dedicar de tal modo a natureza a ponto de fazer coisas sem sentido, que não o farão uma pessoa melhor, a ponto de este ser objeto de vergonha e chacota em relação a todos o que o conhecem? E se for um filho seu, a quem você tanto preza? Certamente você se preocuparia, se você for sensato - pois a sensatez é um sentimento natural, que nos liga a Deus. Quem busca a sua verdade não se preocupará em respeitar o próximo. Conviver fica inviável. E isso não é buscar a própria felicidade, mas cavar a própria cova, sua ruína." 

15 - Estas são algumas colocações sobre a questão sobre o porquê de o homossexualismo não convir. Ele perverte o significado do que é natural - tudo deixa de ter um significado funcional, fundado na verdade - que não precisa ser minha ou sua para ser nossa - e passa a ter significado subjetivo, fundado na sua verdade, no seu bel-prazer. Esse particularismo destrói a vida em comunidade. Fomenta conflito. 

16 - O particularismo deriva do fato de se fazer disso militância política ou ativismo judicial a ponto de destruir a noção de que a verdade reina entre nós. E isso é altamente destrutivo. Vários outros pontos poderiam ser acrescentados. Esses são somente alguns. Desejamos que esses conhecimentos sejam agregados a sua vida e a sua fé. 

 Compilação feita por José Octavio Dettmann e Petrus Cefas

Jamais ouça a boca pequena

Uma amiga monarquista me confessou: O único motivo que me faz evitar essa aliança (do altar com o trono) é ouvir a boca pequena falar da infiltração maçônica que há na Familia Imperial. Eu respondo: 

 1) Pelo que venho até agora levantando, um exame mais a fundo revela que o argumento desse povo não parece ser verdadeiro e nem merece prosperar - esse argumento convém aos republicanos de modo a que afaste o povo da verdade, fundamento da nossa liberdade. Mas vou investigar melhor os fatos. E vou escrever artigos sobre isso. 

 2) Eu vou te dar um conselho: não ouça muito essa lorota de que a Família Imperial é maçônica. Se fosse verdade, não haveria cristianismo no Brasil há muito tempo - e o Brasil deixaria de ser pátria, pois não haveria boa razão para tomá-lo como se fosse um lar, mas sim como a religião de Estado dos maçônicos. 

 3) A maçonaria começou a prosperar viva e forte desde que monarquia caiu, por isso que vemos coisas cada vez mais destituídas de sentido, com o passar do tempo. Se puder ir atrás das biografias do Octavio Tarquínio de Souza, Pedro Calmon, Heitor Lyra e outros livros sérios sobre o assunto, isso já seria ótimo. 

4) Leia mais os livros sérios sobre o assunto e cerque-se dos sérios e dos bem-intencionados. 

 5) Ou você pode fazer tal como eu tenho feito: torne-se um centro de opiniões excelentes, sensatas e sérias sobre o assunto. Aí você afasta os fofoqueiros e mal-intencionados e atrai os sérios pra você. 

 6) O único porém é que esse trabalho é para quem tem habilidade na escrita, para quem tem o dom da ars bene decit. 

 7) Se você tem esse dom, sirva à verdade, ensinando. Assim você serve ordem e a ordem bem te servirá.

Uma oportunidade de ouro

Um colega meu me procurou:

André Tavares: Dett, estou escrevendo um livro - vou chamá-lo de "A crise da Direita". Vou enviar alguns manuscritos para você dar uma olhada - vamos trabalhar isso juntos.

André Tavares: minha proposta de livro é um voltado para a direita politica perceber o quanto ela é imbecil, frente às estratégias esquerdistas. Esse livro deve ter artigos seus que se encaixam - e vou fazê-lo antes das eleições americanas. O livro sera escrito em inglês.

André Tavares: O livro terá uma ótica que traduz os feitos dos esquerdistas, as leituras imbecis da politica de direita - já no desfecho eu abordo o assunto com diversos temas com esse viés.

Recebo os artigos e os leio. Ao ler tudo, eu digo:

José Octavio Dettmann: Eu vou te mandar minha produção. É bem na linha do que falo.

André Tavares: Por isso que te chamei (risos). Como é um livro, é difícil achar textos inteiros que tenham começo e fim. Normalmente, isso envolve várias páginas, e então fica difícil postar no face. É como tentar explicar a política brasileira em 4 minutos - isso é impossível.

André Tavares: uma análise política séria implica remontar até a Revolução Constitucionalista, o movimento integralista - e tudo isso já era ataque comunista desde aquela época. E tudo isso nasceu após o contexto da crise de 1929. Bastou o Brasil acabar a monarquia que virou refém do comunismo desde 1918.

José Octavio Dettmann: E não só o comunismo, mas também o liberalismo de tipo francês, se você remontar a Revolução Liberal do Porto. E é aí que entra o quinhentismo e essa desgraça toda.

André Tavares: É como sempre digo: o diabo não dorme no ponto.

André Tavares: A origem "esquerda" é da Revolução Francesa, né? Eu falo isso para algumas coisas porque acho que sei mas não pesquisei.

José Octavio Dettmann: Sim, as pessoas do Terceiro Estado sentavam-se à esquerda, nos Estados Gerais. E o primeiro e segundo Estado, à direita.

André Tavares: Tem muita coisa para escrever - por isso, eu quero bolar um Índice, pois alguns temas são fáceis; já outros, mais complicados.

André Tavares: Acho que pode ser um best-seller. O livro do Olavo é muito bom, mas não é um livro para endireitar a direita política. E esse livro tem o objetivo de fazer os políticos conservadores serem menos idiotas. Por isso, ele vai ser publicado aqui e nos Estados Unidos.

(Comentários: eis uma oportunidade perfeita. Meu colega sabe do trabalho que faço em purificar a direita no Brasil - e para purificar a direita, é preciso ir no centro criador: os EUA. Enfim, aceito o desafio).

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Debate rápido sobre algo inportante

Tiago Barreira:

1) A ordem constitucional inglesa é compatível com a subsidiariedade católica.

2) Eu prefiro chamá-la ordem constitucional inglesa a chamá-la de ordem constitucional anglo-saxã, pois "anglo-saxão" é um termo étnico. E seria polilogismo usar esse termo, pois reduziria todos os pressupostos de direitos individuais à expressão coletiva de um grupo, o que levaria a Inglaterra, ou mesmo os EUA, a serem tomados como se fossem religião. Os termos "liberalismo" e "anglo-saxão" expressam, portanto, idéias completamente deturpadas da realidade.

3) A ordem constitucional inglesa, se for entendida como sinônimo de separação de poderes, descentralização política, common law, governo limitado e parlamento autônomo, é conforme o todo que vem de Deus e é liberdade em Cristo, pois reforça a noção de fraternidade universal. Logo, sou liberal nesse sentido.

4) A ordem constitucional inglesa já existia na Idade Média - e ela foi preservada. E por ter sido preservada, ela foi a que menos sofreu com os problemas decorrentes do absolutismo monárquico.

José Octavio Dettmann:

1) Da forma como o Tiago apontou, isso deve ser retomado e conjugado com a missão constitucional que foi estabelecida em Ourique.

2) O grande erro que se pratica é importar essas idéias ainda sob os efeitos do quinhentismo. O quinhentismo precisa ser retirado antes, de modo a que isso não se perverta.

3) A maior prova de que o pensamento inglês pode ser perigoso, se isso for tomado como se fosse religião, está no fato de que os ingleses estudam algo chamado Teoria do Governo - e eles, nas aulas, tendem a lamentar a "infelicidade" de todos os que não nasceram na Inglaterra - e esse tipo de atitude mata a universalidade.

Todas as tradições liberais que são fora de Cristo são heréticas


1) Liberdade sem Cristo e sem estar em conformidade com o Todo que vem de Deus é liberdade para o nada. E qualquer pensamento fora do que foi edificado em Ourique não vai levar o país a ser tomado como se fosse um lar. Como o Olavo falou, o liberalismo, enquanto mentalidade revolucionária, pretende regular cada aspecto da vida social, exceto a economia, pois essa tradição é cria da tradição protestante, que não acredita na fraternidade universal.

2) Eu acho uma desgraça esse modismo de seguir idéias importadas sem se ter a noção crítica ou a dimensão exata daquilo que realmente somos, por força de Ourique. Eis aí a nefasta conseqüência do quinhentismo no movimento conservador brasileiro - esse movimento tende a ser um movimento consevantista, algo que é tão esquerdista e revolucionário quanto o próprio PT e o Foro de São Paulo. E o que vai acontecer é que um novo tipo de esquerda vai ser edificada, enquanto o verdadeiro eu-nacional não for reformado, de modo a ficar em conformidade com o Todo que vem de Deus, tal como foi estabelecido em Ourique.

3) Eu estou sempre de olho nesses entusiastas do liberalismo, seja na tradição anglo-saxã ou seja na tradição européia continental (francesa e alemã). Eles são Rodrigo Constantino distribuído: anões intelectuais que só falam algo que é óbvio, o mais do mesmo.

4) Meses antes eu já falei isso no mural, mas ninguém deu bola. Bastou que alguém publicasse na Mídia Sem Máscara que virou moda. É... parece que o pessoal não quer pensar com os próprios miolos - a moda agora é seguir modismos intelectuais e erigir bezerros de ouro, coisas essas que são fora do que é o Brasil de verdade. É de dar nojo!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Mais uma nota sobre distributivismo

1) Estava aqui pensando na clássica distinção entre gênero e espécie, segundo Aristóteles, e acabei percebendo que, por distribuição, um indivíduo que se deu por inteiro por todos nós se tornou espécie. E essa espécie, com a ação do tempo, se torna gênero, pois se funda no fato de que esse indivíduo é especial, já que é o caminho, a verdade e a vida - e foi o próprio Deus quem disse que devíamos ouvi-lo, pois é o filho muito amado.

2) As pessoas tendem a pensar gênero e espécie de maneira rigidamente separada, com base em reducionismos cientificistas modernos, coisa própria dos biólogos. Mas, para a Deus, essa fusão não é impossível.

3) A questão da fusão que se dá por distribuição, em que o indivíduo, o próprio Jesus, se torna espécie com a dor e morte na Cruz, e se torna gênero por força de a verdade se impor por si mesma, confirma a teoria dos círculos concêntricos e a própria noção de subsidiariedade.

4) A maior crítica que fazem ao distributivismo é em apenas uma parte, sem se levar em conta o sistema - eles fazem essa crítica como se estivessem dissecando um cadáver ou estudando natureza morta. Mas não enxergam que essa parte deve ser vista trabalhando conjuntamente com todos esses outros elementos que apontei no artigo anterior, pois o Todo é maior que a soma das partes. E esse sistema é orgânico, vivo - se você amputar uma parte, o todo morre, como ocorre com os indivíduos, quando se corta a cabeça de alguém.

5) Não é à toa que é uma doutrina social. É doutrina porque se funda na verdade, pois Cristo é a verdade e nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus - e é social porque a sociedade é um sistema vivo e organizado. Enfim, o que se escreveu foi só o aperfeiçoamento de dogmas que já existiam antes, Nada de novo há - o que se fez foi a renovação das coisas, do jeito como elas são.