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quinta-feira, 26 de maio de 2016

O olavismo é movido a conservantismo

1) Vejo, no seio da Igreja, divisões e rupturas entre irmãos por pouca coisa. Geralmente entre os gênios. Todas essas divisões possuem algo daquele antigo ódio de Caim por Abel: irmãos que vivem um drama que termina num homicídio. 

2) No seio da Igreja, vivemos dramas que matam o homem. Homens bons não conseguem deixar de lado as pequenas diferenças e ficam se arranhando, quando deviam sentar-se à mesa com um belo charuto e uma garrafa de whisky. Nesses dramas, pessoas como eu, que apenas lêem e pensam - embora não com tanta genialidade quanto esses homens - vêem o desenrolar dramático de brigas entre gigantes dos quais, de minha modesta posição, só posso admirar a ambos os lados. A épica briga de Sidney Silveira e Olavo de Carvalho rendeu-me um imenso respeito por ambos; as discussões entre Orlando Fedeli e Plinio Corrêa de Oliveira, outra; Olavo de Carvalho e Plinio Corrêa de Oliveira, outra - isso sem falar nas discussões entre os latinistas, um dos quais meu amigo: William Bottazzini Rezende e outro, Rafael Falcón - um sujeito com o qual gostaria de ter amizade. E há ainda as discussões nas quais se envolvia Dom Estêvão Bettencourt, ora contra a TFP, ora contra Montfort e vice-versa. 

3) No meio de tantas discussões, envolvendo todos esses homens, eu sempre percebi haver entre eles a máxima tomista: idem nolle, idem velle. Esse tipo de coisa eu também vejo, por exemplo, no trabalho de José Octavio Dettmann, o qual tenho começado a ler recentemente - e sinto que posso colocá-lo no hall desses nomes.  Quando fico a pensar no termo "olavismo", fico a pensar no que se trata tal coisa. No fim das contas, essas richinhas. essas diferenças pequenas não passam de uma "síndrome de Caim e Abel", a meu ver. 

4) De fato, se colocarmos quaisquer um desses nomes como vox Dei, una et vera, dando-lhes uma autoridade ex-cathedra daí sim podemos imputir-lhes um sufixo "ismo". Fora isso, sou imensamente grato ao trabalho de todos esses homens - e na diferença entre eles aprendo algo de um e algo de outro. 

5) Repito que, no fim, vejo em todos um amor pelas mesmas coisas e um ódio pelas mesmas coisas. Ainda que cada qual tenha amores e ódios particulares que outros não possuem, não vejo entre eles grandes contradições. Não há dúvida de que isso gera conflitos, por isso que acho extremamente salutar o que faziam Tolkien, Lewis e Chesterton. Suas grandes diferenças eram resolvidas banhadas a whisky e provavelmente com amendoins e queijo. 

6) Enquanto ficamos perdendo tempo com nossas vaidades intelectuais, os inimigos de Cristo se unem com uma facilidade tamanha. Se o meio mais promissor de unir os inimigos do socialismo é o COF, então paguemos todos o COF. Depois disso, unamo-nos todos noutro movimento para lutar contra os libertários e depois vençamos o protestantismo e por aí vai. Em vez de nos unirmos, estamos todos cada qual lutando contra um inimigo, dispersos enquanto os inimigos se unem.

Douglas Bonafé

Facebook, 26 de maio de 2016 (data da postagem original).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Fujam dos caricatos

1) Desde que comecei meus trabalhos no facebook, eu vejo como certas pessoas não passam de mera caricatura: Leonardo Pratas, José Arthur Sedrez e outros tantos conservantistas que só ficam falando asneira, em vez de pesquisar e analisar o que realmente está acontecendo.

2) Isso ficou mais evidente quando comecei a coletar dados e a comparar as coisas com base em postagens dos anos anteriores. Além disso, tenho fotografias de posts que comprovam ainda mais o que encontro nos dados.

4) Se essa gente fosse sensata e usasse as rede sociais com fins científicos, investigativos, eles perceberiam a verdade e aprenderiam a conservar a dor de Cristo a partir do mais básico: conservando o que é conveniente e sensato. E ao conservar sistematicamente isso, essa mesma gente perceberia que está na estrada que foi preparada para o Cristo passar - a estrada que nos leva à verdadeira liberdade, assim como a verdadeira ordem decorrente disso: o liberalismo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Como isso leva à excelência, à magnificência, então o verdadeiro conservadorismo poderá ser praticado, fundado tanto na dor de Cristo quanto nas pontes que ligam a Terra ao Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2015 (data da postagem original)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Do centurismo

1) Derivado do conceito de quinhentismo, da forma como sempre demonstrei, o meu colega André Tavares​ propôs o conceito de centenismo, para apontar que a barbárie que os comunistas promovem tem mais de cem anos, tal como esta república, tão bárbara quanto eles. Trata-se de marco zero que demonstra que o país está sendo tomado como se fosse religião totalitária de Estado - algo que é bem semelhante ao quinhentismo, que é um centenismo cultural, um centenismo de quinta categoria.

2) O centenismo pode se derivar em centenadismo, pois todo país tomado como se fosse religião pode se tornar uma verdadeira de "tierra de nadie" (terra de ninguém, pois nada de bom brota nela, como se a terra tivesse sido de certa forma salgada, como os romanos fizeram com Cartago). Além disso, em Chicago, reduto do Obama, o Chicago Cubs não ganha um título de baseball há mais de 100 anos - neste caso, isso é um sem ter nada qualificado. Para um torcedor desse tipo, trata-se de uma autêntica vida de cão - e só uma fidelidade canina, própria dos filhotes da terra, é capaz de perseverar num ambiente de tanta frustração. E o que é o comunismo senão fidelidade a algo manifestamente falso, que se conserva conveniente e dissociado da verdade - um conservantismo, da forma como sempre tratei?

3) O centenismo pode ter um outro nome: centurismo. Se esse termo for traduzido para o inglês, vai se lembrar desse século de políticas brutais como marco zero da tradição revolucionária, pois século em inglês é century. Além disso, é parte da tradição revolucionária o humanismo secular e o ateísmo militante - e o secularismo radical leva ao laicismo, ao Estado tomado como se fosse religião, base do fascismo.

4) Nos tempos de Roma, de modo a se impor a disciplina militar, os generais dividiam a centúria em dez grupos de dez pessoas e matavam uma de cada fileira. A morte individual sistemática deu origem ao termo dizimar - e os comunistas no Camboja já mataram um oitavo da população do país. E isso é mais do que dizimar, pois a violência já extrapolou o seu significado, a ponto de ficar indescritível. Por essa razão, se eu mandar alguém para o quinto dos infernos, necessariamente estou mandando o sujeito pra Cuba, Coréia do Norte, China ou outros lugares que extrapolaram ou mesmo reinventaram o conceito de dizimar gente.

5) Sociedades comunistas se caracterizam por serem sociedades em que a vida é pautada num regime brutal, militar de governo. E a guerra é parte do modo de ser comunista. Como esse regime já matou mais de 100 milhões de pessoas, ele pode ser também chamado de centurianismo, por ter relação com os centuriões romanos, em que estes dizimavam suas tropas, de modo a impor ordem e disciplina.

Comentários de André Tavares

O meu colega José Octavio Dettmann, notadamente, acertou ao chamar os cem anos de comunismo em nosso planeta de "centurismo". E quero ressaltar que ele acertou ao ligar a expressão "mandar para os quintos dos infernos" com países comunistas. Não por desejo ou chacota, veja:

1) Saul Alinsky traduziu as teorias de Antonio Gramsci em um manual para radicais de esquerda em busca de poder.

2) A esquerda, antes era um bando de hippies, até o momento em que o mundo atual passou a seguir esse manual.

3) Os grupos de defesas das minorias são uma estratégia Alinskyana. Os grupos políticos "progressistas" "ecologistas" "socialistas" (tudo o que seja de esquerda, sem usar a palavra "comunista") são derivadas do manual de Saul Alinsky. A formatação do modelo de protesto da esquerda, os tipos de discursos, o modelo dos discursos, tudo é um seguimento a risca desse manual.

4) A dedicatória de Alinsky, no começo do livro, é oferecida ao que ele chama de "o primeiro progressista, o primeiro revolucionário, aquele que criou seu próprio reino". Alinsky o chama de Lúcifer.

5) Alinsky elogia Lúcifer por ter criado seu próprio reino, o que serve de inspiração a ele e aos seus radicais de esquerda. Só esquece de lembrar aos leitores desavisados que o Reino que Lúcifer criou se chama Inferno.

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2015 (data da postagem original)