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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Mais notas sobre economia impessoal e economia pessoal

1.1) Na economia impessoal - em que a riqueza é vista como um sinal de salvação - o empreendedor, ao estudar o mercado e suas tendências, percebe que um determinado produto, que em si não fere o direito ou a lei natural, vai bombar no verão. Ainda no inverno, ele se organiza, reúne todos os fatores de produção necessários e começa a se antecipar, apostando na possibilidade de isso dar certo. Se a tendência se concretizar, ele atende a demanda sistematicamente e passa a ter um lucro altíssimo, por conta de toda essa incerteza.

1.2.1) Isso se chama aposta no mercado futuro, uma especulação.

1.2.2) Quando recai sobre produtos que não ferem o direito ou à lei natural, assumir o risco de estar numa situação privilegiada e atender a demanda de modo estar à frente da concorrência não atenta contra a ordem pública fundada no princípio do laissez-faire, uma vez que essa vantagem foi fruto de previsão e de providência. Afinal, esse estudo do comportamento do mercado, esse know-how, é um segredo do negócio.

1.2.3) A crítica não está no empreendedor, mas na ordem social que faz empreendedores A e B competirem até a morte de modo a atender o mercado - o vencedor concentra os poderes de usar, gozar e dispor de tal maneira que sabota qualquer tentativa de ameaça ao seu império - e isso é um darwinismo social. Com isso, a economia se torna uma guerra de facção, reproduzindo o jogo de poder pautado na guerra de facção, criando homens piores. Por isso quase todo liberal é, necessariamente, republicano e refratário à santa religião, tal como são os maçons.

2.1) Impessoalidade numa ordem onde a liberdade contraria a verdade, a reciprocidade e a justiça fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus significa indiferença.

2.2) Na indiferença, tudo se reduz a uma solidariedade mecânica, forçada - nela, todo ser humano é coisa e basta só dar o mínimo necessário para se manter de modo a se garantir o maior lucro possível.

2.3) Não é à toa que homens massificados estão na indigência espiritual, pois aceitam esse jugo sem reclamar, de modo a terem uma boa vida, por conta do progresso material do capitalismo. E isso é nefasto! Afinal, o homem não é só corpo, pois o pão não é o bastante para viver - ele também precisa da palavra de Deus. E numa ordem onde a riqueza é vista como sinal de salvação, Deus é negado.

3.1) Na economia pessoal, você faz o seu trabalho. Se alguém tiver interesse no seu trabalho, ele certamente vai te procurar.

3.2) Se você atende bem ao pedido, você é recompensado - fora que este indicará o seu bom trabalho a todos os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo. Uma capitalização moral decorre por força da confiança - o bom trabalhador não pensa em si mesmo, mas em bem servir ao seu semelhante dentro daquilo que é bem capaz de fazer. Laços de lealdade e reciprocidade são criados de modo que uns dependam uns dos outros, pois devemos ver em cada um dos nossos semelhantes a figura de Cristo.

3.3.1) Na economia pessoal, quando o produtor é muito pobre (ubogi) e faz o possível para atender a demanda daquele que foi agraciado por Deus com a riqueza da melhor maneira possível, então ocorre a ação de Deus (Bóg) que, em sua mão invisível, move o rico (bogaty) para dar ao pobre (ubogi) mais do que realmente vale o produto, de modo a incentivar o pobre a produzir mais e melhor, dentro do limite da bondade feita.

3.3.2) Por essa via, a caridade é um excelente investimento, se o comprador der o preço que achar justo pelo produto do pobre, se ele vir nele a figura do Cristo necessitado. Como Deus preza o esforço do pobre, então o lucro é ganho sobre a certeza de que Deus ajuda quem é pobre e se esforça a ajudar os necessitados, sejam eles ricos ou não.

3.4.1) Na economia pessoal, há sempre favorecimento, pois uma pessoa bondosa, justa e prestativa é um bem escasso. E devemos dar preferências a essas almas piedosas que produzem e nunca aos gananciosos

3.4.2) O pio. esse bem escasso, é preferido sobre o abundante, os gananciosos, que são pessoas egoístas e interesseiras, que fazem da riqueza um sinal de salvação, a ponto de padronizar preços e serem intransigentes nos negócios, já que o amor de si fala tão alto a ponto de desprezarem Deus, uma vez que o céu é o limite para uma ambição desmedida - e isso leva ao inferno, já que a arrogância precede a queda.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2018.

O verdadeiro nacionalismo saudável está na Igreja militante que imita o exemplo da Igreja triunfante, que está no Céu

1) O Vaticano é um Estado.

2) O Vaticano é a nação da Igreja militante, dos que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus e que se preparam para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

3) Em todo e qualquer lugar do mundo há cristãos que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus. Eles tentam tomar o lugar onde nasceram e vivem como se fosse um lar em Cristo, fazendo com o soberano de seus respectivos países se torne um vassalo de Cristo.

4) Se o Papa é o vigário, então todo e qualquer vassalo de Cristo deve ser fiel ao vigário de Cristo, que deve imitar o próprio Cristo enquanto Rei e Sumo Sacerdote.

5) O Vaticano é uma teocracia porque Cristo é Rei e Sacerdote. E o Papa, além de chefe da Igreja, Ele é chefe de Estado em Cristo Jesus.

6.1) Se há um saudável nacionalismo, então Ele se dá em Cristo Jesus. 

6.2) Por isso, cabe ao vigário de Cristo imitar o próprio Cristo e proteger os que estão naturalmente sujeitos à sua proteção e autoridade como se fosse o próprio Cristo, o bom pastor, que sacrifica a própria vida por suas ovelhas. E isso implica necessariamente punir os maus vassalos que imitam o exemplo de Henrique VIII, que acham que tem o corpo espiritual e temporal da nação, imitando o exemplo do Faraó que escravizou os hebreus.

7.1) Só a Igreja militante, que liga a terra ao Céu por força da autoridade do Papa, é que pode ser tomada como se fosse religião.

7.2) Como a Igreja militante é uma nação dos que foram batizados em Cristo Jesus e que estão a servir a Ele evangelizando, então esta é a única exceção admissível, dado que nenhum cristão é a apátrida, muito menos estrangeiro, já que pode tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, uma vez que a Santa Sé historicamente sempre mediou a paz entre nações católicas em conflito. Exemplo disso são os embates entre Portugal e Espanha.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2018.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Comentários quanto à questão de pedir permissão ao Imperador para aceitar honrarias de governos e instituições estrangeiras, nos termos da Carta de 1824

1) Na Carta de 1824, há um artigo de que necessito da permissão do Imperador do Brasil de modo que possa aceitar honrarias por parte governos ou instituições estrangeiras.

2) Considerando que D. Pedro e José Bonifácio fizeram a secessão do Brasil com a fraudulenta alegação de que o Brasil era colônia, seria uma grande tolice pedir permissão a quem traiu todos os seus ancestrais e seus antecessores, que foram vassalos de Cristo ao serem servos dos servos de seu povo, ao serem senhores dos senhores tendo por Cristo fundamento, pois o Deus feito homem os fez reis de Portugal para servirem a Ele em terras distantes, de modo que o nome de Cristo se tornasse público entre as nações mais estranhas e distantes.

3) Se D. Pedro traiu o que decorreu de Ourique, então o Brasil desaguou no centralismo; o imperador passou a ser tomado como se fosse religião, a ter o corpo temporal e espiritual do Brasil, já que tudo está nele e nada pode estar fora dele. O Imperador foi deposto, mas a República maçônica manteve isso conveniente e dissociada da verdade.

4.1) Como português nascido na América, só poderia pedir permissão ao Rei de Portugal, já que ele é sucessor de D. Afonso Henriques e tem o dever de imitar Cristo, na sua figura de Rei, Pai, Senhor dos Exércitos e Juiz.

4.2) Como devo ver no Rei de Portugal a figura de Cristo, então é perfeitamente justo que eu peça permissão a ele, caso queira aceitar uma nova nacionalidade por força dos relevantes serviços prestados à Polônia, a qual tomei como um lar em Cristo tanto quanto tomei o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Trata-se de uma questão de justiça, se o Rei de Portugal for um bom Rei e bom imitador de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2018.

Comentário quanto a alegação de atribuir à Polônia a responsabilidade de certos crimes praticados por certos agentes que nasceram na Polônia e que colaboraram com o nazismo

1) Outra grande confusão é a atribuir à Polônia a responsabilidade de haver colaborado com o nazismo só porque algumas pessoas que tinham a nacionalidade polonesa colaboraram com os nazistas.

2) Em primeiro lugar, quem trai o seu país de nascimento, que deveria tomar como um lar em Cristo, não é e nunca foi polonês - essa pessoa se chama apátrida. Os poloneses que colaboraram com a Alemanha nazista colaboraram com um governo estrangeiro - e ao tomarem esse governo estrangeiro como se fosse religião, eles atentaram contra o senso de tomar o país como um lar em Cristo - por isso, são todas apátridas.

3) Uma das razões da hostilidade histórica com os judeus está no fato de que praticam usura. Os judeus estão proibidos de praticarem usura contra os irmãos; como os cristãos - que são também semitas, embora sejam descendentes espirituais de Abrahão - não são considerados irmãos pelos judeus, então eles são vítimas constantes das extorsões e dos abusos decorrentes da usura, que sempre foi condenada pela Igreja Católica.

4) O relativismo moral começou a partir da reforma protestante. No calvinismo, a riqueza foi elevada como um sinal de salvação. O protestantismo judaizou a fé protestante, a ponto de solapar a verdade e a sã doutrina decorrente da verdade. E não é à toa que o capitalismo foi a difusão da usura entre os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estarem à esquerda do pai sistematicamente.

5) Os nazistas são decorrência espiritual da Reforma Protestante. Além disso, os protestantes foram os maiores eleitores de Hitler.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2018.

Mais comentários sobre o perigo da manipulação da linguagem: o caso da nova lei da Polônia que proibe o uso da expressão "campos de concentração poloneses"

1) Tal como devemos evitar o termo justiça social, devemos ser deixados de ser dominado pela linguagem, pela manipulação semântica onde a mentira é pregada como se fosse verdade, em nome da liberdade da expressão, enquanto liberdade voltada para o nada, promovida pelo nefasto liberalismo.

2) Exemplo disso é a expressão "campos de concentração poloneses", atribuindo a todo e qualquer polonês a responsabilidade histórica de ter colaborado com o nazismo. Na verdade, os campos de concentração construídos na Polônia foram criados pelos nazistas - por isso esses campos de concentração não são da Polônia.

3) Por conta desse contexto de manipulação da linguagem, a decisão do presidente Duda está correto, pois está protegendo a Polônia do assassinato de reputação que está sendo promovido.

4.1) Outra manipulação da linguagem está em confundir de propósito anti-semitismo com anti-sionismo.

4.2) O povo polonês é católico - e como foi dito por Pio XII, todo católico é descendente espiritual de Abrahão - e por isso, somos todos semitas.

4.3) O anti-sionista é está em conformidade com o Todo que vem do Estado de Israel, tomado como se fosse religião, como se fosse um paladino da verdade - e com o apoio do Exército Americano, o que temos é um verdadeiro big stick.

4.4) O Estado de Israel foi primeiramente reconhecido pelos comunistas - e eles decorrem de um judaísmo radical, talmúdico, que não reconhece Jesus como o seu verdadeiro messias. Por isso, esse Estado é tão totalitário quanto o comunista, pois é tomado como se fosse religião, sem contar que tem como aliado um Estado pautado na ética protestante e no espírito do capitalismo, portanto anticatólico.

4.5) Esse negócio de a América estar a acima de tudo o tempo todo faz o país ser tomado como se fosse religião, a tal ponto que os valores da liberdade voltada para o nada, próprios da maçonaria, acabam se tornando uma verdade, já que é esta mentira está sendo afirmada sistematicamente como se fosse uma verdade.

5) Enfim, é preciso estarmos atentos quanto a essa desinformação que está a ocorrer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2018.

Notas sobre a nobreza civil

1.1) Nas cidades imperiais livres da Alemanha, o eleitor da cidade era o seu primeiro cidadão, um príncipe. Dependendo do quão desenvolvida fosse a cidade, maior era o ranking desse príncipe-eleitor na nobiliarquia.

1.2) Numa cidade como o Rio de Janeiro, por exemplo, somente uma pessoa da mais alta nobreza civil poderia ser o príncipe-eleitor da cidade, pois a cidade é uma metrópole nacional e foi capital do país.

1.3.1) Se alguém quiser ser parte da nobreza, então essa pessoa precisa servir muito bem ao povo para só depois pleitear o direito de ser parte da nobiliarquia municipal. Assim, ele poderá participar da vereança - e quanto maior a cidade, maior a exigência para ser vereador.

1.3.2) Como as cidades menores estão no interior, isso é uma maneira de fazer deslocar a população do litoral para o interior.

1.3.3) Por isso, os que querem chegar aos postos mais altos precisam ser ao povo das cidades menores para serem promovidos na hierarquia nobiliárquica. Eles precisam percorrer o caminho das honras (começam governando simples aldeias para só depois governarem grandes metrópoles nacionais).

1.3.4) O príncipe-eleitor do Rio de Janeiro, por exemplo, escolhe qual dentre as figuras mais proeminentes da cidade-Estado vai representar a província da Guanabara no Senado da República, enquanto a Assembléia, que representa o povo, escolhe os deputados federais, uma vez que a relação do deputado é uma relação mais com o povo do que com a nobreza.

2.1) A relação do príncipe-eleitor com o povo que está sob sua proteção e autoridade deve ser tal qual a do Rei de Portugal com os seus súditos: uma relação de cumplicidade.

2.2) O príncipe-eleitor da cidade é parte da nobreza civil, pois ele administra a cidade - e para isso ele precisa ser cidadão da cidade, ao determinar que seu domicílio é nesta cidade. Em muitos casos, este domicílio tende a ser necessário, uma vez que ele se torna um servidor público, pois ele, como homem, deve viver morrendo para si de modo que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem possa viver em nós, de modo a nunca ser esquecido, a ponto de se tornar uma cultura política.

2,3) Conforme vai desenvolvendo o lugarejo, a cidade vai sendo promovida de aldeia para vila, de vila para cidade, de cidade à cidade livre e depois a metrópole provincial, para só depois vir a ser metrópole nacional, podendo ser capital do país, dentre as metrópoles nacionais.

3.4.1) À medida que a cidade vai sendo promovida, o príncipe-eleitor é promovido na hierarquia nobiliárquica, percorrendo o caminho das honras.

3.4.2) O exemplo dele é deixado como legado aos descendentes, na forma de pontuação familiar - e à medida que essa pontuação vai sendo acumulada ao longo das gerações, um título de hierarquia superior na nobiliarquia poderá ser pleiteado - e com ele mais responsabilidades, mais poderes.

3.5.1) Se o príncipe-eleitor toma mais de um lugarejo como um mesmo lar em Cristo, de modo que os dois lugares dialoguem e progridam juntos, então ele pode fazer parte da nobreza provincial, que é o segundo escalão da nobreza civil.

3.5.2) Quando ele toma várias províncias como um mesmo lar, ele pode compor a nobreza federal. Ou seja, um membro da alta nobreza federal precisará de gerações com passado de servir aos mais diferentes lugares de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo. Ou seja, só os melhores dentre os melhores da nobreza civil poderão compor a chamada nobiliarquia federal.

5.1) Enfim, é percorrendo o caminho das honras desde baixo até o grau da nobreza civil, militar e eclesiástica que teremos dentre eles o melhor sucessor para aquele que é senhor dos senhor sendo dos servo dos servos de Cristo: D. Afonso Henriques.

5.2) Se não houver mais descendentes da casa de Avis, o melhor dentre os nobres será escolhido para assumir a realeza e assim se tornar Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. E para tonar-se soberano, ele precisa ser aclamado, pois Cristo deve ser visto na figura do novo Rei - e aí poderá começar uma dinastia nova.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre os principais obstáculos relativos à implantação do voto motivado

1) Um dos problemas relativos à aplicação da fundamentação do voto em matéria eleitoral é que isso pede um povo muito bem instruído (capaz de ler e escrever muito bem em língua portuguesa), além de ser muito bem educado no valores fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus e consciente da missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

2.1) Ora, essas três coisas não temos. O voto tende a ser obrigatório porque o eleitorado se reduziu a um órgão que confirma o que foi decidido pela cúpula.

2.2) Quando o eleitorado é reduzido a um órgão, a uma máquina a serviço do establishment, o voto tende a ser automatizado - eis o voto eletrônico, pois é a quantidade, sistematicamente repetida, quem decide e não os motivos determinantes fundamentados, pois só quem sabe ler, escrever e quem é cultivado na virtude de se tomar o país como um lar em Cristo é que pode fundamentar a razão pela qual está votando - eis o fundamento da capacidade eleitoral; só os capazes de fazer isso é que podem ser cobrados, responsabilizados pela más decisões que tomam - e isso só pode ser atribuído aos melhores, coisa que se volta para poucos. E não é à toa que digo que brasileiros somos poucos, pois esses poucos é que sabem de onde vieram e para onde vão.

3) Outro problema está no fato de que muitas seções eleitorais se dão em áreas conflagradas, como as favelas. Como o voto tende a ser medido pela quantidade e a ser uma coisa mecânica, então os motivos determinantes estão mascarados - o que favorece a coerção, o voto de cabresto. E nós temos voto de cabresto nas favelas, pois se eu não voto no candidato financiado pelo narcotráfico, então minha família e eu sofreremos as represálias.

4.1) O sigilo do voto não adianta porque isso contraria a natureza da escolha política, pois o eleitor está atuando como juiz e ele tem o dever de pensar no bem comum, na polis, de modo que a cidade dos homens imite a cidade de Deus da melhor maneira possível e para isso ele deve motivar o seu voto. Além disso, nem todo mundo está voltado para a atividade política, que é uma expressão da cultura, coisa que é feita por gente que serve ao povo de tal maneira a se ensinar de que maneira devemos tomar o país como se fosse um em Cristo, com base naquilo que sabemos desde Ourique - e este encargo recai sobre os nobres.

4.2) Outra razão pela qual o voto secreto não adianta é porque mascara os motivos determinantes do voto, o que faz com que a quantidade seja manipulada, por meio da fraude. Como bem disse Nicolás Gómez Dávila, a quantidade de votos aponta a mediocridade daquele que não tem nada a contribuir para a sociedade política, a não ser colocar filhos no mundo para o mundo criar.

4.3) Enfim, o sufrágio universal é o indício supremo da proletarização geral da sociedade. Isso aí é liberdade voltada para o nada - eis porque o liberalismo pavimenta o caminho para o totalitarismo. E numa sociedade onde todos têm direito a verdade que quiser, então a política se reduz a uma guerra de facções pelo poder - e nessa guerra ninguém está seguro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2018 (data da postagem original).