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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Guerra do Paraguai - Curso de Geopolítica do Brasil

(0:05) Oi gente, estamos de volta para a nossa aula número 10 da Geopolítica do Brasil. (0:12) Nas aulas passadas eu tenho falado de todos os conflitos na região da Bacia do (0:16) Prata e eu inclusive mencionei e trouxe a guerra do Paraguai, mas na aula de hoje eu (0:23) quero me aprofundar, explicar melhor os contextos, batalhas importantes e as (0:30) consequências dessa guerra e é uma guerra de extrema relevância, dá para dizer que (0:35) é a guerra mais importante da América do Sul. Então temos que olhar para ela (0:39) com mais atenção, a aula de hoje é sobre isso.

(0:43) Oi pessoal, quero mostrar para vocês o meu aplicativo. Vocês já conhecem o HOC Academy? (0:49) Então, aqui está ele. Aqui nessa barra de baixo vocês podem ver que tem a página (0:53) inicial, os downloads e o bunker, mas eu vou falar de cada um deles.

(0:57) O aplicativo, você tem uma série de cursos e aulas exclusivas, além do bunker. (1:05) Os cursos são longos e você pode assistir cada aula separada. (1:10) Quando a gente desce aqui, aqui tem a sessão dos cursos.

Então, inteligência do (1:15) carisma, introdução à geopolítica e os novos cursos que vão vir, vão estar todos aqui. (1:20) Nós temos a sessão das aulas exclusivas, como a política funciona, geopolítica da (1:24) França, lições de Versalhes para a Rússia, outras aulas exclusivas também (1:29) entram aqui. A grande ideia do aplicativo é essa jornada de evolução, aonde nós (1:36) dividimos em três grandes segmentos, três grandes caminhos, o pessoal, o social e o (1:43) global.

Então, você vai ter conteúdos que são (1:47) direcionados para você desenvolver o seu lado pessoal, filosóficos, desenvolvimento (1:53) pessoal no geral e aí nós temos o lado social. E no social, enfim, tudo que é (2:00) pertinente com a sociedade, com o outro. E no global é o contexto.

A geopolítica, por (2:05) exemplo, todos os assuntos de geopolítica estão relacionados com o contexto, com o (2:10) global, mas outras coisas também entram ali no global. (2:13) Esse é um jeito, uma didática que eu criei para ajudar vocês a aprenderem mais, (2:20) para ser didático, para ser interessante, para englobar vários temas, não só (2:26) geopolítica. Além disso tudo aqui, e os cursos novos sempre nós estamos (2:32) lançando outros e quem está no aplicativo tem acesso a todos eles.

(2:36) Além disso, nós temos o bunker. Importante vocês entenderem onde está o (2:41) bunker. Vejam aqui nessa barra de baixo.

Então, é este outro ícone aqui do bunker. (2:47) E aí você entra no bunker. O bunker tem análises diárias.

É um feed, como se fosse um (2:54) feed de qualquer rede social. E aí tem os posts, né? Então, cada post a gente fala do (2:59) que está acontecendo. São vários posts por dia com análises diárias em tempo real (3:04) de tudo o que está acontecendo no mundo.

Então, por exemplo, aqui. Os bombardeios (3:09) russos detectados perto do Alasca. Então, a gente conta o que está acontecendo, (3:14) explica um pouco.

O Irã avisa os Estados Unidos para não atacar um navio no Mar (3:19) Vermelho. E isso daqui, todo dia, aí tem a área de comentários. Todo mundo que está (3:24) aqui dentro participa, comenta.

E vocês imaginam que os comentários são (3:29) produtivos, ricos, reflexões interessantes. Todo mundo conversa com todo mundo. É um (3:35) espaço para você também conhecer gente que está interessada no mesmo assunto que (3:40) você.

E é um lugar sem gritaria, sem toda a histeria da rede social, porque é (3:47) fechado. Quem está aqui quer estar aqui, quer aprender, quer conversar, quer debater. (3:52) Enfim, quer argumentar de uma forma saudável.

Aqui dentro também tem análises (3:58) minhas e as análises são áudios que eu explico algum assunto específico. Tudo (4:03) isso daqui tem muito conteúdo e é muito interessante. O aplicativo é muito (4:09) funcional, é muito legal.

Eu tenho certeza que se vocês gostam do (4:13) conteúdo aqui no YouTube ou nas minhas outras redes, vocês vão amar o (4:19) aplicativo do Rock Academy. Entra, baixa. Tem na loja da App Store e do Android (4:26) também.

E aí você pode se inscrever e fazer parte do HOC Academy. Vem logo, dá (4:32) uma olhada. Novos cursos são lançados sempre e vocês vão ter acesso a tudo (4:36) isso.

A Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice (4:40) Aliança, aconteceu de 1864 até 1870. E ela é uma guerra que é travada entre o (4:49) Paraguai e a Tríplice Aliança que compunha Brasil, Argentina e Uruguai. (4:57) Eu preciso explicar para vocês antes de entrar na guerra, quais eram os contextos, (5:02) as visões de cada um desses países e nós tínhamos um cenário de ambições e (5:09) posições divergentes na região como um todo.

Primeiro, o Paraguai, que estava (5:14) sob o comando do ditador Solano Lopes, que era uma figura bastante (5:20) ambiciosa, que queria transformar o Paraguai numa grande potência regional, (5:27) enfim, imaginava territórios para o país que não estavam sob seu comando, (5:33) principalmente os acessos do rio Paraná e Paraguai, para que a navegação pudesse (5:40) ajudar a economia do Paraguai. Como eu tenho dito para vocês aqui, repetidas (5:45) vezes, o quanto importante são esses rios, o quanto importante é essa bacia para (5:50) todos os países. Ainda mais para o Paraguai, que é um país que não tem (5:54) saída para o mar.

O Solano Lopes também se inspirava muito no seu pai, que tinha (6:00) governado o país e tinha uma visão grandiosa de um Paraguai maior, ele queria (6:07) replicar tudo isso, então esse era o contexto e a visão do Paraguai. (6:13) No caso da Argentina, a situação era diferente, a Argentina tinha acabado de se (6:18) unificar, o governo central tinha um problema com as províncias do interior, (6:23) o país estava dividido entre Buenos Aires e as outras províncias do interior e o (6:28) objetivo do presidente, o Bartolomé Mitre, era unificar o país. Nada melhor para (6:33) unificar um país do que você criar um inimigo externo, você ter uma identidade (6:39) externa que faz as pessoas do país se perceberem como parte de algo em comum.

(6:46) Se a Argentina estava dividida e fragmentada, a presença de um conflito (6:52) externo, a presença de uma identidade estrangeira diferente da deles, (6:57) facilitaria, então a Argentina olhou para o conflito, para a situação do que estava (7:01) acontecendo no Paraguai como uma oportunidade. No caso do Brasil, o Império (7:07) do Brasil, governado por Dom Pedro II, viu o Paraguai como uma ameaça à nossa (7:14) hegemonia regional, ameaça territorial, ameaça de acesso a rios extremamente (7:21) importantes para a região muito relevante da América do Sul, que é o (7:26) Cone Sul. O Brasil estava envolvido em questões de escravidão e (7:31) desenvolvimento, mas o comportamento do Paraguai era uma ameaça para o Brasil e (7:39) o Dom Pedro II queria manter a nossa hegemonia, olhou para essa situação com (7:45) receio, cautela e teve que se movimentar também.

Por fim, nós temos o Uruguai e eu (7:51) já expliquei para vocês que o Uruguai, falei bastante na última aula sobre as (7:54) divisões políticas, as duas grandes facções, os Blancos e os Colorados, os (7:59) Blancos liderados pelo Aguirre e os Colorados pelos Flores. Os Blancos, eles (8:07) tinham como aliado o Paraguai e os Colorados, o Flores, tinha como aliado o (8:13) Brasil e o Brasil vai acabar intervindo para ajudar o Flores nessa intervenção (8:21) Primeiro que o Paraguai fica com medo, afinal de contas o Brasil está (8:25) intervindo num outro país, depois ele também apoia o outro lado dentro do (8:31) Uruguai, os Blancos, e ele tem que repor o equilíbrio de poder, então isso vai (8:37) causar o estopim que vai se iniciar a Guerra do Paraguai. Eu já expliquei um (8:42) pouco desse estopim com a questão do navio brasileiro, mas esse contexto (8:49) político, geopolítico da região que coloca cada um desses países dentro (8:57) desse conflito.

Então, seis semanas depois do incidente do (9:02) navio, o exército do Paraguai, sobre as ordens do Solano López, ele vai invadir (9:08) o sul da província brasileira do Mato Grosso e, em seguida, ele vai invadir a (9:13) província argentina de Corrientes. Isso acontece em 1865, depois da (9:19) Argentina negar a permissão para a passagem das tropas paraguaias pelo seu (9:24) território. Os paraguaios, eles estavam tentando chegar no Uruguai e eles (9:30) pediram essa autorização para os argentinos para passar pelo seu (9:33) território, os argentinos não deram e esses eventos todos levaram, então, a (9:38) formação da Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina, Uruguai contra o (9:45) Paraguai.

Vamos falar da guerra então, gente, e (9:49) eu vou dividir a guerra em três fases. A primeira fase começa com a ofensiva do (9:56) Paraguai, depois vem a contraofensiva da Tríplice Aliança, Brasil, Argentina e (10:02) Uruguai e, por fim, a caça ao Solano Lopes. Deixa eu fazer uma observação (10:09) importante aqui porque a gente historicamente conhece e sabe que a (10:13) guerra foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança e a Tríplice Aliança é (10:18) composta por esses três países, Brasil, Argentina e Uruguai, só que, na (10:23) realidade, na prática, quem enviou mais soldados, mais recursos, quem realmente (10:30) participou ativamente da guerra foi o Brasil.

Dá pra gente quase dizer que essa (10:36) era uma guerra entre o Brasil e o Paraguai. Claro, Argentina e Uruguai (10:41) estavam na guerra, mas um apoio muito mais moral do que efetivo com os soldados, com (10:49) o custo da guerra. Por isso que essa guerra é importante para a geopolítica do (10:53) Brasil, por isso que ela é uma guerra historicamente importante e, para a América (10:58) do Sul como um todo.

Ela trata geopoliticamente desse espaço, de novo, (11:04) mas ela é uma guerra maior e o Brasil participa dela mais efetivamente. (11:11) Então vamos à primeira fase e eu falei pra vocês que a primeira fase é a (11:15) ofensiva paraguaia e ela começa em 64, 65. Primeiro vem a invasão da província do (11:22) Mato Grosso, que nos dias de hoje seria o Mato Grosso do Sul, gente.

(11:27) A província estava dividida de uma outra forma naquela época e o Paraguai (11:33) faz uma ofensiva rápida e muito bem sucedida, conquistando cidades como (11:39) Corumbá e Cochim e o Brasil oferece pouca resistência. (11:45) As tropas brasileiras estavam muito dispersas na região. (11:48) Os ataques paraguaios são rápidos e muito eficazes e eles conseguem (11:53) conquistar uma boa parte da província do Mato Grosso.

(11:57) São muito bem-sucedidos nesse primeiro momento, nesse primeiro movimento. (12:02) O segundo avanço paraguaio vem em abril de 1865 e aí ele não é mais sobre o (12:09) território brasileiro, mas sim sobre a Argentina. (12:12) Lembra que eu expliquei pra vocês que eles pedem a permissão e eles vão atacar (12:15) a região de Corrientes e ali os argentinos são bem mais sucedidos que (12:22) os brasileiros e é uma parte da guerra que eles realmente participam ativamente.

(12:28) O Paraguai tem dificuldades logísticas para conseguir penetrar no território (12:33) argentino e os argentinos conseguem conter. (12:37) Aí esse segundo movimento paraguaio já não é tão bem sucedido. (12:42) O Paraguai consegue, apesar de não terem sido tão bem sucedidos, por que que eu (12:47) falo isso? Porque eles queriam chegar no Uruguai, eles não conseguem nem conquistar (12:51) a província inteira argentina, mas eles conseguem conquistar até a capital da província.

(12:59) Então alguma vitória eles obtém, mas não chegam no seu objetivo final, que era alcançar o Uruguai. (13:05) No dia 11 de junho de 1865, nós vamos ter a Batalha de Riachuelo. (13:10) Riachuelo é um afluente do rio Paraná e essa é uma das batalhas mais importantes da guerra.

(13:16) É uma batalha naval que acontece dentro do rio. (13:20) Os navios do Paraguai tentam surpreender a esquadra brasileira, que responde de uma (13:26) forma muito efetiva e destrói uma vitória excepcional do Brasil, que passa (13:33) então a ter o controle dos rios e com isso as linhas de suprimento paraguaia (13:40) são todas comprometidas, seja para suas tropas que estão no Mato Grosso, seja (13:45) para as outras que estão na Argentina. O controle e o sucesso que a Marinha (13:52) Brasileira vai exercer depois dessa batalha faz muita diferença para a guerra.

(13:57) Ou seja, essa batalha vira o jogo e faz a gente encerrar a primeira fase da guerra, (14:03) que é a fase da ofensiva do Paraguai, para a gente começar a contraofensiva da (14:09) Tríplice Aliança, que vai levar esses três países, Brasil, Argentina e Uruguai, (14:16) para entrarem dentro do território do Paraguai. (14:19) Essa fase que eu vou explicar para vocês agora. Uma das primeiras batalhas mais (14:23) relevantes dessa fase da contraofensiva da Tríplice Aliança é a de Estero Belaco.

(14:28) Ela acontece 2 de maio de 1866 e nela a Tríplice Aliança já está avançando (14:37) dentro do território paraguaio e um general do Paraguai decide atacar o (14:45) acampamento dessas tropas. Eles já tinham avançado, estavam ali acampados e ele (14:52) decide fazer um ataque surpresa. Ele é bem sucedido, esse ataque inicialmente (14:57) consegue matar vários soldados da Tríplice Aliança, mas ele não se dá (15:05) por satisfeito, o general paraguaio, e decide continuar a ofensiva quando ele (15:11) vai se deparar com um acampamento ainda maior, com muito mais soldados e no final (15:15) ele é forçado a recuar em desordem.

Quando ele tinha uma posição de vantagem, (15:21) que ele poderia ter conquistado aquela pequena vitória, recuar ordenadamente e (15:26) consolidar os seus ganhos, ele não aceita, quer ganhar mais e essa (15:32) batalha acaba sendo uma grande derrota para o Paraguai, perde mais de 2 mil (15:37) soldados somente nessa batalha. A próxima batalha vai acontecer no dia 24 de (15:43) maio, a que eu descrevi anteriormente foi no dia 2 e essa agora é a batalha de (15:49) Tuiuti e é a maior batalha campal da história da América do Sul. (15:55) De um lado você tinha 33 mil soldados da Aliança contra 24 mil paraguaios, vão (16:03) morrer 6 mil paraguaios e mais de 4 mil da Aliança.

No final os (16:12) paraguaios perdem, eles tentam um ataque surpresa e as forças da Aliança são (16:18) capazes de avançar e se recuperar e essa batalha é muito mortífera, muito (16:26) sangrenta, as baixas são muito grandes e elas vão quebrar inclusive o ímpeto, o (16:32) espírito dos paraguaios de continuar lutando e resistindo. A batalha aconteceu (16:37) numa planície pantanosa e ela na verdade é um ponto de inflexão, de virada da (16:43) guerra, porque o resultado, a derrota para os paraguaios mexe com muitas (16:49) coisas na guerra, como eu expliquei. O próximo andamento da guerra então, a (16:55) Tríplice Aliança, ela vai começar uma ofensiva, um ataque a fortalezas (17:00) paraguaias.

A primeira delas é contra Curuzu e ali a (17:06) Tríplice Aliança é bem-sucedida, captura, conquista esse forte e abre espaço (17:13) para avançar em direção a Curupaiti, que é uma das batalhas mais sangrentas da (17:20) guerra inteira. Para vocês terem uma ideia, vão morrer oito mil homens do lado da (17:28) Aliança, os paraguaios eles perdem por volta de mil soldados, não é tanto assim, (17:33) as baixas do lado paraguaio são muito baixas comparado com o lado da (17:39) Aliança, eles conseguem resistir na sua fortaleza, é uma derrota para a Tríplice (17:44) Aliança, isso faz eles repensarem a estratégia naquele momento. (17:50) Essa situação toda ela vai culminar na Batalha de Humaitá e essa é em julho de (17:57) 1867 e essa é a fortaleza mais poderosa, mais impenetrável, mais resistente do (18:05) Paraguai.
O cerco a ela acontece e dura mais de um ano e é um cerco por terra e (18:13) por água para tentar estrangular, tirar os mantimentos e depois de esse tempo (18:20) todo, a Tríplice Aliança consegue finalmente capturar e derrotar os (18:26) paraguaios ali. Essa vitória é de extrema importância, o Paraguai nesse (18:32) momento já está quase que totalmente colapsado, é uma consolidação da (18:38) vitória. Essa batalha também marca a unificação das tropas da Tríplice (18:43) Aliança sob o comando do Duque de Caxias e essa é uma outra transformação.

(18:49) Importante lembrar que esse forte estava localizado próximo ao rio Paraguai, (18:56) então ele também tinha uma posição estratégica. Nós chegamos agora então na (19:00) terceira fase da guerra, que eu tinha explicado pra vocês, essa é a ofensiva (19:06) final e a caça ao Solano Lopes. Nessa fase nós vamos ter uma sequência de (19:12) vitórias da Tríplice Aliança, todas comandadas pelo Duque de Caxias, ele é (19:18) brilhante nas suas estratégias e nós temos uma campanha da dezembrada que (19:23) acontece em dezembro de 1868 e é uma sequência de vitórias do Duque de (19:31) Caxias, enfim, muito bem sucedidas e isso consolida completamente a posição da (19:39) Tríplice Aliança.

Outra sequência de batalhas são as de Lomas Valentinas e (19:43) ali o Solano vai recuando, tem as últimas posições, as últimas fortalezas para (19:51) ele se resguardar, mas ele vai sendo derrotado uma atrás da outra e nessas (19:56) batalhas abre-se caminho para que se conquiste a capital do Paraguai, a (20:02) Assunção. Chegamos então a uma das últimas batalhas, a batalha de Piribibuí, que é (20:08) uma cidade no Paraguai e ali tem o último foco de resistência (20:14) organizada e formal do Paraguai acontece naquele momento, o Brasil, as (20:21) tropas já cercaram e vão capturar a cidade e o Dom Pedro, que estava (20:28) acompanhando inclusive, ele se muda para estar próximo à guerra, as tropas (20:36) do Paraguai elas tentam se render, mas ele não aceita a rendição e ele diz não, (20:42) nós vamos até o fim porque nós precisamos, Dom Pedro diz isso, precisamos (20:47) matar o Solano Lopes e aí capturam mais feridos, mais mortos do lado do Paraguai (20:53) para então chegarmos na última batalha de resistência do Solano Lopes, que é a (20:58) batalha de Serro Corá, ele é ferido no cerco e não se rende até que ele é (21:04) morto e com a sua morte acaba a guerra do Paraguai, um dos conflitos, o maior (21:10) conflito da América do Sul e um dos conflitos mais devastadores da região (21:15) como certeza. Eu quero destacar duas figuras importantes dessa guerra, a (21:21) primeira obviamente é o Solano Lopes, que era um cara ambicioso, determinado, (21:28) obstinado, incansável, mas levou o país à destruição e à ruína total, no final as (21:36) suas estratégias foram fracassadas, a sua ambição desmedida também, mas ele era (21:42) uma figura, assim, audaciosa e combativo, enfim, ele era muito ambicioso, então ele (21:50) queria criar esse grande Paraguai.

Do lado de cá, nós tínhamos o Duque de (21:56) Caxias, que foi alguém muito bem sucedido, principalmente na fase do (22:03) contra-ataque da Tríplice Aliança, a capacidade dele ter unificado as tropas (22:08) e ele combinou uma astúcia militar com uma capacidade diplomática, ele é uma das (22:16) figuras muito relevantes desse confronto. Vamos ao desfecho dessa guerra, gente, e (22:23) assim, o conflito já ficou claro e vocês já devem ter ouvido falar disso muitas (22:28) vezes, foi devastador para o Paraguai, o Paraguai vai perder mais de 300 mil (22:37) pessoas, uma população de 525 mil, então vocês imaginam que é mais da metade da (22:44) população e o número de homens mortos é muito grande, você tem uma proporção de (22:50) população, assim, cidades que você tinha 25 mulheres para um homem, esse é o (22:55) desequilíbrio causado pela guerra. Do lado do Brasil, nós vamos ter uma perda (23:02) de 50 mil soldados, a Argentina quase 20 mil e o Uruguai por volta de 6 mil, como (23:10) eu expliquei para vocês, a participação do Brasil é muito mais efetiva nos (23:15) combates e na condução da guerra.

Em termos de território, o Paraguai vai (23:21) perder territórios para o Brasil e para a Argentina, vai ficar um país (23:26) enfraquecido, humilhado e com uma população pequena e fragilizada e sem (23:34) territórios também, com perda de territórios, então vocês imaginam como (23:39) que isso altera geopoliticamente essa região e a história do Paraguai dali (23:45) para frente. Um outro ponto importante da conclusão aqui, sobre a guerra, eu (23:52) comentei com vocês que a Argentina embarca nesse conflito com o objetivo de (24:01) isso ajudar a unificar o país e dá certo para os argentinos, eles conseguem se (24:06) unificar após essa guerra, o Uruguai também, que tem aquela divisão que eu (24:13) tenho explicado para vocês nas últimas aulas entre os blancos e os colorados, (24:18) também ela é, diríamos que, erradicada nesse momento, os colorados saem (24:25) vitoriosos, então também sai um contexto diferente para o Uruguai. E por fim, então, (24:33) o Brasil e os impactos no Brasil são imensos, essa guerra, apesar do Brasil ter (24:39) vencido, gente, ela tem um efeito muito grande no desenrolar da nossa história.

(24:45) Duas das grandes instituições que nós tínhamos nesse momento no país era, um, o (24:53) império com a monarquia e o outro era a instituição da escravidão, o quanto que (25:00) aquilo movimentava a economia, enfim, todas essas duas coisas amarradas, a (25:06) resistência da guerra, ela traz para o jogo da política, para o jogo social, (25:12) outras forças, os militares agora se tornam figuras relevantes, venceram a (25:19) guerra, estavam equipados, voltaram como heróis e boa parte desses heróis eram (25:28) negros, porque quem lutou eram os negros, só que eles voltavam como heróis e ao (25:34) mesmo tempo o resto dos outros negros estavam escravizados, então, isso (25:42) começa a abalar as estruturas da escravidão, a guerra faz isso e também o (25:50) poder do Dom Pedro, que começa a ficar muito preocupado e com medo dos (25:55) militares e, eventualmente, ele vai perder o poder para os militares, a (25:59) proclamação da república vai vir deste movimento, então, essa guerra externa (26:05) ela tem consequências profundas para a formação do Brasil, para a geopolítica do (26:10) Brasil e para os próximos capítulos e aulas do que nós vamos conversar aqui, dos (26:17) outros imperativos também, porque nós temos essa grande transformação no (26:22) Brasil, Brasil império, proclamação da república e o fim da escravidão.

Professor HOC

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https://www.youtube.com/watch?v=kTqAttQTklM

terça-feira, 23 de julho de 2024

A combinação de empreendedorismo, elisão fiscal e conhecimento das leis de imigração fazem do emigrante um soldado-cidadão nesta guerra que travamos contra a tirania do Poder Judiciário - notas sobre a experiência brasileira em terras distantes, de modo a salvar o Brasil dominado pelo PT

1) O Avenue é um banco feito para atender os brasileiros que estão nos Estados Unidos. E mais do que isso: ele permite que os brasileiros possam fazer suas compras em dólar sem pagar o famigerado IOF, já que a empresa está numa off-shore - ou como Paulo Guedes diria mais precisamente, numa friendshore, já que a liberdade que o famigerado Alexandre de Moraes nos tira a Primeira Emenda da Constituição Americana nos garante, a ponto de termos um porto seguro contra essas ditaduras.

2) Com uma estrutura assim, outros empreendimentos feitos para atender aos brasileiros que estão América e no Brasil são criados, através da elisão fiscal. A maior prova disso é o surgimento de uma rede televisão, a TVD, que operará a partir da Flórida e cujo sinal as pararólcas pegam, via satélite.

3) A TVD será o primeiro canal de TV para quem tem valores conservadores. O público-alvo é quem mora no interior no Brasil - no Brasil profundo, como diria o Dr. Plinio Corrêa de Oliveira. Quando a informação chegar a esse Brasil profundo, aí a mudança começa, pois politicamente esses pequenos municípios têm muito mais força, porque são muitos, do que as grandes capitais ou as cidades médias paulistas - que são poucas, perto da imensidão que é o Brasil.

4) Enfim, a combinação de empreendedorismo e planejamento tributário, bem como dos requisitos da imigração legalizada para os EUA está fazendo toda a diferença, a ponto de a América brasileira estar fazendo toda a diferença na luta contra esse mal objetivo, que é a tirania do Poder Judiciário, que ocorre no STF, através do infame ministro Alexandre de Moraes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de julho de 2024 (data da postagem original).

Entrando na era do social listening - como aplicativos dessa natureza estão acessando as minhas postagens

1) Desde que passei a publicar transcrições e traduções de canais de geopolítica como o Buntownik Jutra, Professor HOC e outros, ao menos dois canais aplicativos de social listening estão acessando as minhas postagens: o Talk Walker e o Brand Watch.

2) Provavelmente, a visita desses aplicativos se deve ao fato de que escrevi algumas impressões a respeito de jogos e softwares que eu usei no passado. Como sou muito sincero no que falo, as pessoas estão acessando as minhas postagens através do aplicativo.

3) Já consegui acessos da Espanha, de Portugal e da Costa Rica. É desse jeito que sirvo a Cristo em terras distantes, pois quando tiver leitores fiéis, aí introduzo mais matérias sobre nacionidade para eles, levando em conta suas circunstâncias locais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de julho de 2024 (data da postagem original).

Das relações entre Zbigniew Brzeziński, H.G. Wells, Comissão Trilateral, Thomas Huxley e Klaus Schwab com o projeto da Nova Ordem Mundial

Zbigniew Brzeziński

  • Em 1970, Brzeziński era professor de ciência política na Universidade de Columbia, onde a tecnocracia nasceu.
  • Escreveu o livro "Between Two Ages: America's Role in the Technetronic Era", que chamou a atenção de David Rockefeller.
  • Junto com Rockefeller, criou a Comissão Trilateral para estabelecer uma nova ordem econômica internacional.
  • No livro mencionado, Brzezinski concluiu que a sociedade seria dominada por uma elite com poder político baseado em suposto conhecimento científico superior, usando técnicas modernas para influenciar o comportamento público e manter a sociedade sob vigilância e controle.

H.G. Wells

  • Escritor britânico cujas ideias e trabalho ajudaram a moldar novas técnicas de guerra cultural com profundo impacto na história humana.
  • Desenvolveu técnicas de programação preditiva e guerra psicológica em massa.
  • Escreveu obras de ficção como "A Guerra dos Mundos" e "A Máquina do Tempo" e obras menos conhecidas como "The Open Conspiracy" e "The New World Order", que serviram como planos estratégicos para a guerra contra estados-nação soberanos.
  • Foi orientado por Thomas Huxley, junto com outros praticantes imperiais de engenharia social e darwinismo social.
  • Participou do Bureau Britânico de Propaganda de Guerra e trabalhou sob o Diretor de Propaganda, Lord Northcliffe.
  • Defendeu um governo mundial sob a Liga das Nações e escreveu o livro "The Open Conspiracy: Blueprints for a World Revolution" como plano orientador para a grande estratégia imperial.
  • Escreveu "The Shape of Things to Come: The Ultimate Revolution", retratando um mundo destruído pela guerra e anarquia, com a solução sendo uma ditadura benevolente do ar restaurando a ordem sob um governo mundial.
  • No livro "The World Brain", defendeu a redução da língua inglesa ao Inglês Básico e a criação de um órgão mundial para coletar e disponibilizar conhecimento.
  • Em "The New World Order", reforçou a mensagem de um governo mundial liderado por engenheiros sociais.

Comissão Trilateral

  • Criada por Brzezinski e Rockefeller para estabelecer uma nova ordem econômica internacional.
  • Gro Harlem Brundtland, membro da Comissão, publicou "Our Common Future", popularizando o termo "desenvolvimento sustentável".
  • A Comissão Trilateral teve papel fundamental na introdução da China no comércio mundial e na transferência de tecnologia para o país.
  • As corporações globais ligadas à Comissão correram para construir infraestrutura na China, transformando-a em um pesadelo de ditadura científica.

Thomas Huxley

  • Cirurgião britânico com profunda misantropia e inteligência.
  • Tornou-se uma estrela em ascensão da Academia Real de Ciências Britânica e moldou o Clube X britânico.
  • Defendeu uma interpretação darwiniana da evolução baseada no caos e fundou a revista "Nature" como ferramenta de propaganda.
  • Orientou H.G. Wells e outros praticantes de engenharia social e darwinismo social.
  • Desenvolveu a ciência do controle populacional que formou a base de um novo sacerdócio científico de governo mundial.

Conexões entre os tópicos

  • As ideias de H.G. Wells sobre um governo mundial tecnocrático e controle social foram influenciadas por Thomas Huxley e o darwinismo social.
  • A Comissão Trilateral, criada por Brzezinski (influenciado pelas ideias de Wells), teve papel fundamental na ascensão da China como uma ditadura científica, exemplificando os perigos da tecnocracia.
  • As ideias de Wells sobre propaganda e controle da informação são evidentes nas táticas modernas de manipulação em massa e na criação de narrativas globais.
  • O conceito de "Grande Reset" promovido por Klaus Schwab e outros ecoa as ideias de Wells sobre uma nova ordem mundial liderada por tecnocratas.

Análise cruzada das transcrições dos vídeos "A Nova Geopolítica dos Mares" e "O Grande Problema de Taiwan", ambos da HOC Academy

Os dois vídeos do canal HOC Academy analisam a geopolítica dos mares e o problema energético de Taiwan, evidenciando a interconexão entre segurança energética e geopolítica.

Geopolítica dos Mares:

  • Importância dos oceanos: O primeiro vídeo destaca a crescente importância geopolítica dos oceanos, com disputas marítimas influenciando conflitos e comércio global.
  • Vulnerabilidade das rotas marítimas: Ambos os vídeos mencionam a vulnerabilidade das rotas marítimas, seja por bloqueios navais, ataques de mísseis ou disputas territoriais. O segundo vídeo foca na vulnerabilidade energética de Taiwan, que importa 97% de sua energia por rotas marítimas.
  • Disputas e conflitos: Os vídeos abordam disputas marítimas como a ameaça do grupo rebelde Houthi no Mar Vermelho, a guerra na Ucrânia e as reivindicações da China no Mar do Sul da China, que podem levar a conflitos e interrupções no comércio global.
  • Tecnologia e legislação: O primeiro vídeo menciona o uso de tecnologias como drones e minas robóticas na guerra naval, enquanto o segundo vídeo destaca a necessidade de Taiwan modernizar seus estoques estratégicos de energia. Ambos os vídeos mencionam a defasagem da legislação internacional em relação aos avanços tecnológicos na área naval.
  • Bloqueios navais: O primeiro vídeo discute o impacto de bloqueios navais em conflitos como a guerra na Ucrânia e a possibilidade de um bloqueio chinês a Taiwan. O segundo vídeo também menciona os ensaios da Marinha Chinesa de cenários de bloqueio naval a Taiwan, destacando a vulnerabilidade da ilha.

Problema Energético de Taiwan:

  • Dependência energética: O segundo vídeo foca na dependência de Taiwan da energia importada, principalmente por rotas marítimas, tornando a ilha vulnerável a bloqueios e interrupções no fornecimento.
  • Questão nuclear: O vídeo explora a complexa relação de Taiwan com a energia nuclear, desde o desenvolvimento de um programa de armas nucleares secreto até a atual dependência de combustíveis fósseis e o debate sobre o futuro da energia nuclear na ilha.
  • Energias renováveis: O vídeo discute os esforços de Taiwan para aumentar o uso de energias renováveis, mas também as dificuldades em atingir as metas devido a limitações geográficas e à instabilidade geopolítica.
  • Segurança energética e geopolítica: O vídeo destaca como a crescente ambição e capacidade militar da China tornam a segurança energética de Taiwan uma questão geopolítica crucial, com a possibilidade de bloqueios navais e interrupções no fornecimento de energia sendo uma ameaça real.

Em resumo, ambos os vídeos analisam como a geopolítica e a segurança energética estão interligadas, com os oceanos sendo um palco para disputas e conflitos que podem ter graves consequências para o comércio global e a segurança energética de países como Taiwan.

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Notas de experiência - da importância do 4k Vídeo Downloader para o meu trabalho

1) No Lenovo, eu tenho um software que sempre baixa vídeos do Youtube rapidamente: trata-se do 4k vídeo downloader.

2) Desde que coloquei este software no HP, o computador do quarto ao lado, eu agora baixo vídeos mais rapidamente, de modo a fazer transcrições no TurboScribe e traduções no chat GPT.

3) Essas transcrições, mais tarde, são submetidas ao Gemini - e com elas eu faço análises detalhadas e comparadas do que foi produzido, de modo a se fazer um trabalho introdutório ou mesmo criar uma tese com base em provas - o que é perfeito para argumentos acadêmicos, essencial para se convencer as pessoas a conhecer a verdade, enquanto fundamento da liberdade.

4) A assinatura do 4k Vídeo Downloader individual custa 25 dólares e ela é vitalícia. Este é um investimento que realmente vale muito pra mim - farei isto nos próximos meses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de julho de 2024 (data da postagem original).

O Grande Problema de Taiwan

(0:00) Após uma disputa acirrada, o povo de Taiwã elegeu seu atual vice-presidente Lai (0:07) Hsin-teh como seu próximo presidente. O resultado mantém o Partido Progressista Democrático que (0:14) defende uma Taiwan mais autônoma e laços mais próximos com os Estados Unidos pelo terceiro (0:22) mandato consecutivo no poder. Embora a gestão das relações com Pequim receba maior atenção (0:29) internacional, nenhum assunto é mais importante para o Partido Progressista Democrático do que (0:37) a questão energética, que é terrível.

Taiwan importa impressionantes 97% da sua energia (0:45) através de rotas marítimas, todas elas extremamente vulneráveis. Qualquer quarentena, (0:51) bloqueio ou invasão da ilha pela China devastaria sua capacidade de sustentar serviços básicos e (0:58) infraestrutura crítica, sem mencionar as fábricas que produzem aproximadamente 90% dos (1:04) semicondutores mais avançados do mundo. Atualmente as melhores estimativas sugerem (1:09) que os estoques estratégicos de energia de Taiwan durem apenas os de gás natural 11 dias e os de (1:17) carvão 39 dias.

Embora Taipeia, capital de Taiwan, reconheça essas vulnerabilidades, (1:23) as possíveis soluções são escassas. Taiwan não foi sempre tão dependente de (1:28) energia externa. Algumas décadas era um grande produtor de energia nuclear.

Durante meados da (1:35) década de 1980, a energia nuclear respondia por cerca de metade do consumo de eletricidade da ilha. (1:41) Na época, Taiwan tinha seis reatores operacionais com planos para construir mais. Mas nas últimas (1:47) décadas, Taipei reduziu sua dependência da energia nuclear.

E o PPD, partido que ganhou (1:53) destaque defendendo uma onda antinuclear, desempenhou um papel-chave nessa mudança (1:59) energética. Quando o partido venceu a presidência em 2016, comprometeu-se a eliminar completamente (2:06) a energia nuclear. Se Lai cumprir as promessas de sua antecessora, os últimos dois reatores da ilha (2:14) serão desativados no próximo ano.

Considerando sua localização em uma das áreas mais problemáticas (2:19) do mundo e sua relação tensa com a China, a resistência de Taiwan ao que era uma fonte de (2:25) energia doméstica confiável pode parecer intrigante. Para Taipei, no entanto, a discussão é bem (2:32) complicada. A escolha que Lai terá que tomar de preservar ou abandonar a opção nuclear será (2:38) influenciada por uma longa e menos conhecida história de proliferação, espionagem, (2:44) desastre e democratização.

Então, vamos contar essa história e voltar no tempo. (2:50) O interesse de Taipei em tudo que é nuclear começou nos primeiros dias da Era Atômica. (2:55) Em dezembro de 1949, após anos de guerra civil com o Partido Comunista Chinês, o PCC, (3:00) o general Chiang Kai-shek fugiu com as forças nacionalistas para a ilha de Taiwan, (3:05) onde estabeleceu uma ditadura sobre o comando do Partido Kuomintang, o KMT.

(3:12) Chiang Kai-shek não abandonou, porém, as ambições de recapturar o continente. E, (3:18) à medida que o general consolidava o poder na ilha, ele via a tecnologia nuclear como (3:23) um meio de adquirir prestígio internacional e vantagens geopolíticas. Embora houvesse (3:29) desacordos internos sobre se Taiwan deveria imediatamente tentar adquirir armas nucleares, (3:36) o governo começou a construir capacidades nucleares sobre o disfarce de projetos civis.

(3:41) Em 1955, Taiwan e os Estados Unidos chegaram a um acordo de cooperação para o uso pacífico da (3:47) energia atômica, que iniciou o programa nuclear de Taiwan, permitindo que o governo do KMT obtesse (3:52) tecnologia-chave e enviasse cientistas e militares para o exterior para treinamento e formação. (4:00) Embora Taiwan oficialmente renunciasse às armas nucleares em troca de assistência de Washington (4:05) com projetos civis, na prática, os líderes do país tinham outras intenções, cultivando expertise que (4:13) poderia ser direcionada também para fins militares. O programa secreto de armas nucleares de Taiwan (4:19) começou a ficar mais sério e urgente depois do primeiro teste nuclear da China em 1964.

(4:27) O teste abalou a sensação de segurança de Taiwan. Embora os Estados Unidos tivessem (4:31) se comprometido com a ilha no Tratado de Defesa Mútua de 1955, o governo do KMT temia o abandono, (4:40) especialmente após a Casa Branca rejeitar seus apelos para atacar instalações nucleares chinesas (4:46) no continente. Os líderes também se preocupavam que o desenvolvimento nuclear reforçaria o (4:52) status de Pequim na comunidade internacional às custas de Taiwan.

Uma vez que Pequim finalmente (4:57) conseguiu a bomba, o governo do KMT redobrou seus esforços no programa de armas nucleares. (5:05) Para liderar esses esforços, os líderes estabeleceram um Instituto de Pesquisa de (5:09) Energia Nuclear, que estava intimamente ligado ao uso militar, embora o governo insistisse (5:15) publicamente que suas atividades eram exclusivamente civis. Em 1969, Taiwan comprou um reator de (5:21) pesquisa moderado por água pesada e alimentado por urânio natural, conhecido como Reator de (5:27) Pesquisa de Taiwan, do Canadá.

Esse tipo de reator é propício para a produção de plutônio de grau (5:33) armamentista. A partir daí, o governo tentou adquirir outras tecnologias críticas, incluindo (5:39) instalações de reprocessamento de plutônio de fornecedores estrangeiros, embora Washington, (5:44) cada vez mais suspeito das intenções de Taiwan, tenha frustrado muitas dessas vendas. No entanto, (5:51) mesmo com dificuldades e bloqueios, a pesquisa militar de Taiwan e as capacidades de produção (5:57) progrediram, embora em uma escala menor e em um ritmo mais lento do que originalmente planejado.

(6:03) Apesar dos seus planos secretos, Taiwan assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear em 1968 e o (6:10) ratificou em 1970, provavelmente esperando gerar boa vontade da comunidade internacional. Mas, (6:17) em 1971, a ONU reconheceu a República Popular da China, baseada no continente, (6:23) como os únicos representantes legítimos da China, expulsando, portanto, Taiwan, (6:30) que era reconhecida como República da China nas instituições multilaterais. Por extensão, (6:37) Taiwan automaticamente não era mais membro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e da (6:43) Associação Internacional de Energia Atômica.

Tudo isso tornou mais difícil para a comunidade (6:48) internacional monitorar as instalações nucleares da ilha e fazer cumprir as normas de não-proliferação, (6:54) precisamente quando as armas nucleares se tornaram mais atraentes para a própria ilha, (7:00) tanto por motivos de status quanto de segurança. As preocupações de Taiwan se tornaram ainda mais (7:05) agudas após a histórica visita do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, (7:10) à China em 1972. À medida que o seu programa de armas nucleares progredia, Taiwan também (7:16) começou a construir usinas nucleares para um programa civil de geração de energia.

(7:23) O KMT tinha planos ambiciosos de transformar a ilha em uma economia industrial moderna, (7:28) mas a crise do petróleo de 1973 demonstrou os perigos da falta de recursos energéticos (7:34) locais internos para Taiwan. A energia nuclear surgiu como uma alternativa viável aos combustíveis (7:41) fósseis importados, já que a ilha tinha a expertise e infraestrutura necessárias. (7:48) O crescimento da energia nuclear facilitou o crescimento da indústria dentro da ilha.

(7:52) Sem a energia, seria difícil imaginar que Taiwan seria o líder de fornecimento global (7:57) de semicondutores de hoje em dia. À medida que o seu programa de armas progredia, (8:02) Taiwan também começou a construir usinas nucleares para a geração de energia. (8:08) O KMT tinha planos ambiciosos de transformar a ilha em uma economia industrial moderna, (8:13) mas a crise do petróleo de 1973 mostrou as vulnerabilidades de Taiwan na questão da (8:21) dependência da energia externa e não ter uma fonte local de energia.

(8:26) Em 1977, depois que inspetores dos Estados Unidos e da Agência Atômica Internacional (8:32) descobriram evidências de que Taiwan estava fazendo pesquisas ilícitas e desviando o (8:38) material do reator, Washington decidiu intervir. Embora minimizasse as capacidades de Taiwan em (8:44) público, em privado, a administração do presidente americano Jimmy Carter ameaçou (8:49) impor sanções e cortar a assistência militar a menos que Taiwan se concentrasse exclusivamente (8:55) em aplicações da energia para fins pacíficos. A crescente dependência de Taiwan à energia (9:01) nuclear aumentou o poder de barganha de Washington porque a ilha dependia dos Estados Unidos para o (9:07) combustível do reator e para suporte técnico.

Washington e Taiwan finalmente chegaram a um (9:12) acordo secreto no qual a ilha prometeu, entre outras coisas, restringir as atividades sensíveis, (9:19) exportar combustível irradiado e modificar o reator de pesquisa para conter a produção de (9:25) plutônio, tornando funcionalmente mais difícil para os cientistas acumular material físseo (9:30) suficiente para construir uma bomba secreta. Embora Taiwan tenha cumprido muitos desses (9:35) termos, a implementação foi lenta e os militares em particular estavam insatisfeitos com a capitulação (9:42) do governo às demandas americanas. Essas frustrações se transformaram em urgência em (9:47) dezembro de 1978, quando a administração Carter anunciou que encerraria o tratado de defesa mútuo (9:54) aos Estados Unidos com a República da China, no caso Taiwan, e reconheceria formalmente a (10:00) República Popular da China, a China continental, continuando a reaproximação da administração (10:06) Nixon com o Pequim.

Com essa decisão, os líderes de Taiwan, amedrontados pelo ostracismo e pelo (10:13) vizinho continental mais forte e agora com reconhecimento internacional, voltaram a (10:18) tentar construir uma bomba. Esse segundo ato na história da indústria nuclear militar de Taiwan (10:23) foi mais complicado. Embora o término do tratado de defesa mútua tenha encorajado atores domésticos (10:30) que favoreciam a construção da bomba, a ilha ainda dependia dos Estados Unidos para apoio militar e (10:35) econômico.

Nem os líderes taiwaneses pareciam concordar sobre o objetivo final de um programa (10:41) de armas nucleares ressuscitado. Enquanto alguns esperavam desenvolver silenciosamente um pequeno (10:46) arsenal, outros, incluindo o então presidente Xi Jinping, aparentemente favoreciam apenas a (10:53) aquisição dos ingredientes para montar rapidamente uma bomba, algo como a postura de hedging, (10:59) uma espécie de prevenção de países como o Japão que adotam essa postura. Todos esses planos (11:06) previam evitar a detecção pelos Estados Unidos ou pela China até que o programa tivesse (11:12) suficientemente avançado.

No entanto, a partir de um certo ponto manter as coisas sob sigilo teria (11:17) sido difícil e extremamente arriscado. Se o segredo fosse descoberto, Taiwan arriscaria irritar Pequim e (11:24) afastar os Estados Unidos de uma só vez. Mas como a gente sabe hoje, as tentativas de Taiwan de (11:28) adquirir a bomba já estavam completamente comprometidas.

O vice-diretor do Instituto de (11:33) Pesquisas de Energia Nuclear, Cheng Hsien-Yi, era, na verdade, um informante da CIA que vinha (11:40) passando informações secretamente para os Estados Unidos. Ele fazia isso há anos porque temia que o (11:44) programa de armas secreto desencadeasse uma guerra com a China. Em janeiro de 1988, Cheng enviou sua (11:52) esposa e filhos de férias para a Disneylândia, em Tóquio, e dirigiu até uma base da CIA em Taiwan.

(11:58) A família foi reunida em Seattle alguns dias depois e colocada sobre um programa de proteção (12:04) de testemunhas. Armada com novas provas de má conduta, a administração Reagan confrontou Taiwan. (12:11) Exposta mais uma vez enfrentando a perspectiva de abandono dos Estados Unidos e a ira chinesa, (12:16) o governo concordou em desmantelar de uma vez por todas o seu programa nuclear de armas.

Ou seja, (12:22) no fim de 1980, Taiwan tinha abandonado completamente a ambição de possuir (12:27) armas nucleares. Mas a sua história nuclear estava longe de acabar. (12:32) O fim do programa de armas nucleares de Taiwan coincidiu com uma profunda mudança em sua (12:38) política doméstica.

Até esse ponto, eu disse para vocês que o KMT havia presidido durante toda a (12:44) história de Taiwan, mantendo um monopólio político muitas vezes brutal sobre a ilha. (12:49) No entanto, em meados da década de 1980, grupos pró-democracia estavam ganhando tração, (12:56) à medida que o crescimento econômico e a insatisfação com décadas de repressão do KMT (13:01) alimentavam demandas populares por reformas. Em 1987, o governo suspendeu a Lei Marcial e (13:08) começou a se preparar para uma nova era de eleições abertas.

Na vanguarda desse processo (13:13) estava o Partido Progressista Democrático, o PPD. Quando o PPD apareceu em cena, (13:18) a energia nuclear era vital para a economia de Taiwan. Globalmente, no entanto, a fé na energia (13:24) nuclear começava a diminuir.

Acidentes graves despertaram medo sobre a segurança nuclear, (13:29) primeiro em Three Mile Island, em 1979, nos Estados Unidos, e depois em Chernobyl, em 1986, (13:37) na Ucrânia. Esse aumento no sentimento antinuclear também foi alimentado por revelações de que o (13:42) governo taiwanês havia usado a Orchide Island, ou Ilha das Orquídeas, uma ilha próxima a Taiwan, (13:49) parte do território de Taiwan, como um depósito de resíduos nucleares. O Partido Nascente, o PPD, (13:57) aproveitou o momento global e fez da oposição à energia nuclear um dos seus princípios basilares, (14:03) um meio de atrair atenção no exterior enquanto se distinguia do KMT em casa.

(14:08) Mesmo hoje em dia, muitos taiwaneses associam qualquer coisa nuclear com a ditadura militar. (14:14) As mesmas forças que moldaram a transição da ilha para longe do governo autoritário, (14:20) assim, moldaram as atitudes em relação à energia nuclear. Em outras palavras, (14:25) a politização da energia nuclear foi um subproduto da democratização de Taiwan.

(14:29) Apesar disso, no curto prazo, a crescente oposição à energia nuclear não teve efeito (14:34) prático na matriz energética de Taiwan. O KMT afirmava, com razão, que a energia (14:40) nuclear era a única maneira de evitar a dependência da importação de combustíveis fósseis. (14:45) Em 1999, um governo liderado pelo KMT iniciou a construção de uma à muito planejada quarta (14:53) usina nuclear chamada Lungman.

Quando o PPD ganhou a presidência pela primeira vez em 2000, (15:00) o gabinete recém-eleito suspendeu a construção. No entanto, voltou atrás apenas um ano depois, (15:07) após vários obstáculos legais e políticos. Apesar da oposição de muitos ativistas, (15:12) o trabalho em Lungman continuou na próxima década, embora tenha sido atormentado por atrasos, (15:18) controvérsias e excessos de custos.

Em 2011, outro acidente, dessa vez na usina (15:24) nuclear de Fukushima, no Japão, inclinou decisivamente a balança contra a energia (15:30) nuclear em Taiwan. Como o Japão, Taiwan é propenso a atividades sísmicas, e o acidente (15:37) de Fukushima reviveu sentimentos antinucleares na ilha e em toda a região. Taiwan tornou-se o (15:42) maior doador para as vítimas de Fukushima, e milhares de taiwaneses foram às ruas para (15:47) protestar contra a continuidade da dependência do país em relação à energia nuclear.

(15:51) Temendo a inquietação pública, em 2014, o governo novamente parou a construção da (15:57) quarta usina, mesmo que o trabalho estivesse quase completo. Embora o presidente de Taiwan, (16:03) o líder do KMT, Ma Ying-jeou, apoiasse o projeto, ele recuou após protestos em massa, (16:10) incluindo uma greve de fome por Li Yanxing, um ex-presidente do PPD e herói do movimento (16:17) Pro-Democracia de Taiwan. Em 2016, o PPD fez campanha com a promessa de uma nação livre da (16:23) energia nuclear, e com a sua vitória, ele começou o desligamento desses reatores.

(16:30) Mas essa decisão se mostrou muito problemática, porque Taiwan desligou a sua fonte confiável de (16:37) energia justamente no momento que os preços da energia estavam aumentando. Numa hora que ela (16:43) precisava ainda mais de energia limpa e confiável. Reconhecendo o desafio contínuo da insegurança (16:51) energética e a crescente exigência de reduzir as emissões de carbono, o atual presidente, Tsai (16:57) Ing-wen, integrante do PPD, prometeu que as energias renováveis gerariam 20% da (17:04) eletricidade de Taiwan até 2025.

Mas Taiwan falhou em atingir essas metas. Atualmente, (17:11) as renováveis representam apenas 8%. Taiwan intensificou os projetos de energia eólica offshore, (17:18) já que o terreno montanhoso da ilha impede o desenvolvimento solar em grande escala.

Embora (17:23) avanços tecnológicos ou reformas regulatórias possam impulsionar o setor, a expansão é limitada (17:29) pelo espaço disponível físico. Turbinas localizadas no estreito de Taiwan também vão ser vulneráveis (17:36) em uma crise, e muitos investidores estão cautelosos em apoiar projetos situados em uma (17:41) localização geopolítica tão instável. As energias renováveis podem melhorar a resiliência de Taiwan (17:48) a longo prazo, mas é improvável que elas sejam suficientes no curto prazo.

Enquanto isso, a ilha (17:54) continuará dependendo fortemente do carvão, 42%, e do gás natural, quase 39%, para a geração de (18:02) energia e eletricidade, tornando-se um dos países com a matriz energética mais suja do mundo. Isso (18:07) também apresenta desafios para a considerável base industrial de Taiwan. A Taiwan Semiconductor (18:12) Manufacturing Company sozinha consome mais de 6% da energia total da ilha, e a demanda só está (18:19) aumentando.

Líderes da indústria também se preocupam que a falha em atingir as metas climáticas (18:24) reduzirá a competitividade das exportações da ilha. Enquanto isso, uma China mais ambiciosa e (18:31) militarmente capaz está tornando ainda mais difícil separar segurança energética da geopolítica. A (18:38) Marinha Chinesa regularmente ensaia cenários de bloqueio naval e quarentena que sublinham (18:44) sua capacidade de interromper as cadeias de suprimento de energia de Taiwan.

Enquanto isso, (18:48) a ilha está tomando medidas para modernizar e expandir seus estoques estratégicos. As atuais (18:54) instalações de armazenamento de gás natural, liquefeito, são particularmente inadequadas e (18:59) invulneráveis a um potencial bloqueio ou ataque. Esses problemas ressuscitaram questões sobre o (19:04) futuro da energia nuclear em Taiwan.

Embora o sentimento antinuclear permaneça forte, (19:10) quando o PPD realizou um referendo sobre a sua política de eliminação gradual da energia (19:15) nuclear, em novembro de 2018, 59% dos eleitores a rejeitaram, citando preocupações ambientais e os (19:23) perigos da insegurança energética. E durante as eleições recentes, os oponentes de Lai endossaram (19:30) propostas para reconsiderar o projeto Langman e manter os reatores remanescentes em funcionamento (19:37) após 2025. Por agora, como presidente eleito, Lai permanece comprometido em desativar os últimos (19:44) reatores de Taiwan, embora em outubro tenha dito que não descartaria o uso nuclear seguro sem (19:50) resíduos.

Alguns relatórios também sugerem que os líderes taiwaneses estão investigando a (19:55) manutenção de reatores nucleares em espera em caso de emergência, mas não está claro como isso (20:00) funcionaria. Se Taiwan reconsiderar sua eliminação gradual da energia nuclear, não vai estar sozinho. (20:06) A Coreia do Sul e o Japão já estão reinvestindo em suas empresas nucleares em resposta a preocupações (20:13) climáticas e de segurança, mas implementar uma reversão provavelmente seria mais desafiador (20:18) em Taiwan do que nesses outros países, especialmente com o PPD no poder.

Sentimentos (20:23) antinucleares estão enraizados no DNA político do partido, tornando seus integrantes hesitantes (20:30) em contrariar esse legado. Os líderes também teriam que lidar com vários desafios práticos. (20:36) Os reatores viáveis de Taiwan estão no final de suas vidas úteis de 40 anos.

Embora extensões (20:42) de vida dos reatores sejam possíveis, os riscos de uma infraestrutura nuclear envelhecida em (20:48) uma área sísmica ativa só vão aumentar. Reiniciar o trabalho nos reatores mais avançados em Langman (20:54) poderia resolver essas preocupações, mas os taiwaneses devem ser realistas sobre os custos (20:59) e os cronogramas. Em 2019, a companhia estatal de energia Taiwan Power concluiu que o projeto (21:06) demoraria de seis a sete anos, e as estimativas hoje em dia provavelmente aumentaram devido à (21:12) erosão da expertise nuclear na ilha e à degradação física do local da obra.

(21:17) Líderes da indústria expressaram interesse em tecnologias nucleares mais avançadas, (21:24) como os reatores modulares pequenos, que alguns argumentam ser mais seguros do que os modelos (21:28) mais antigos. Embora isso possa aparecer uma opção promissora no futuro, a tecnologia ainda (21:34) não está suficientemente desenvolvida. Mas os problemas também não são só esses.

Devido (21:39) à oposição doméstica, Taiwan ainda não encontrou uma solução permanente para armazenar e descartar (21:45) resíduos nucleares. Outra questão é que a energia nuclear também não é imune a bloqueios, já que (21:50) Taiwan deve importar combustíveis para reatores, embora esse tipo de combustível dure muito mais (21:56) tempo do que o normal. Talvez mais preocupante ainda seja a situação da usina de Zaporija, (22:05) na Ucrânia, que mostrou o quanto delicado é quando você tem uma guerra do lado de uma (22:11) infraestrutura nuclear.

Inclusive, nós temos um vídeo aqui no canal sobre isso, então assistam (22:18) que eu conto os detalhes dos riscos que a usina de Zaporija está enfrentando. Ou seja, Taiwan se (22:24) encontra num banco sem saída e isso é um produto da sua própria história. Como que a administração (22:30) lai vai gerenciar esse problema diante da ameaça chinesa que se mostra cada dia mais (22:37) eminente é incerto, mas é um problema muito sério.

Professor HOC

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